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História O Mestiço e o Vingador do Planeta Vermelho - Um Mestiço Indeciso


Escrita por: SpiderFromMars

Capítulo 6 - Um Mestiço Indeciso


Fanfic / Fanfiction O Mestiço e o Vingador do Planeta Vermelho - Um Mestiço Indeciso

   A escuridão da fria noite reinava durante a batalha. Os "gritos" assustadores de algums cravers ali perto deixavam os arzarianos preocupados. Os pios do animal alado ecoavam por toda parte, como se estivesem prevendo que algo de ruim estava prestes a acontecer. Alguns soldados de Redder se mostraram superticiosos.
   - Senhor - dizia um soldado olhando para Troan -, esses gritos de cravers não são um bom sinal.
   - Do que você está falando? Ficou maluco? Não é hora pra isso!
   - Sim, senhor! - se recompôs o soldado.
   Uma rajada de vento soprou forte no rosto de Cacuham, como se o próprio vento estivesse trazendo ideias ao arzariano. Ele olhou para cima por algums segundo e depois olhou para o seu exército ( ou o que sobrou dele ). Os redders continuavam em sua posição defensiva, mas Troan viu uma brecha. Reparou em Cacuham, que se virava de costas e, atirou. Simplismente atirou! O laser que saiu da arma do redder queimou a carne do inimigo, deixando em seu tórax um espaço vazio. O interior do corpo dos arzarianos era sensível e detalhado. Os soldados ali presente viram o pequeno - porém poderoso - coração de Cacuham palpitar acelerado.
   A principio, os soldados de Redder não entenderam o que Troan fez. Ele tinha proposto uma postura defeniva mas quando teve a chance, atacou. Cacuham, mesmo com um enorme buraco atravessando-lhe a barriga, virou a cabeça e olhou diretamente para Troan. Esse último se assustou ao ver que o arzariano não morreu. O comandante de Arza olhou com profundidade - com os olhos quase lacrimejado - para o líder local e, com todo o fôlego possível, gritou a seus soldados:
   - Atirem!!! Os guerreiros de Arza tomaram a frente de seu líder e de longe atiraram com todas as suas armas. Os soldados de Redder fizeram o mesmo, mas sempre protegendo seu líder. Troan, assim como os seus soldados, ficou em choque ao ver Cacuham se reabilitar do golpe que sofrera. Viu com seus grandes olhos negros a carne viva do arzariano voltar ao seu lugar. Nenhuma cicatriz. Era impossível ferir a carne daquele arzariano! O líder do planeta vermelho ficou paralisado de medo. Ao seu redor voavam lasers. No campo de batalha podia se ver os corpos, de ambos os lados, caírem. Inúmeros soldados eram mortos em segundos em uma luta que, para os redders, não fazia o menor sentido.
   Vendo que não havia mais salvação para os seus soldados, Troan entrou na base militar. Do lado de dentro os soldados podiam ouvir os tiros que, aos poucos, iam matando os seus conterrâneos. Os raios começavam a danificar a estrutura da base.
   - Eu sinto muito pessoal mas só temos mais uma chance de pará-los - disse Troan, preocupado e exausto. - Diego, assim que entrarem, o futuro de nosso planeta e da nossa espécie estará em suas mãos.
   - Sim... - Diego parecia estressado e distraído - claro.
   Troan olhou com preocupação para os seus soldados, que já estavam perdendo as esperanças. Nesse momento, todos dentro daquela base militar escutaram os gritos dos últimos soldados que defendiam o exterior. Um por um ia morrendo nas mãos dos poderosos arzarianos, que por sua vez, ficavam cada vez mais próximos do triunfo.
   - Estão matando todos - disse o mestiço tão baixinho que quase não o ouviram.
   Uma explosão aconteceu no teto da base. Pareceu um terremoto!
   - Ah, líder Troan, eu acho que eu não posso... não consigo...
   Os arzarianos apareceram no buraco do teto, causado pela explosão, e pularam para o interior do local. Em pouco tempo a base estava lotada de arzarianos armados e sedentos.
   - Diego - disse Troan mirando o híbrido com desconfiança -, é só matar o líder. Se acabar com o comandante, o resto cairá.
   nesse instante, Cacuham se destacou de seu exército, dando algums passos à frente. O arzariano encarou o mestiço e logo percebeu que ele era diferente do resto. Diego, tentando tirar forças de onde não tinha, encarava o arzariano de volta. Após pegar um impulso, ele se deslocou, começando a correr na direção de Cacuham. Ele pulou. Tirou os pés do chão e preparou as mãos para atacar o inimigo, mas, enquanto "voava", coisas terríveis lhe veio à mente. Teve alucinações. Via água caindo. Sentia que a água era salgada. Queria experimentar aquele líquido. Ia tocá-lo. Estava quase tateando a água até que... teve a noção de que não havia nenhuma água caindo ao seu redor.
   Quando retomou a sanidade, viu que já estava perto de mais do inimigo e, um segundo depois, sentiu uma violenta pancada na face. O mestiço voou de volta ao local de onde partira, caindo aos pés de seu líder, que o olhava sem acreditar. Cacuham gargalhava.
   - É esta a grande defesa que eles têm? - Olhava para os seus soldados ao dizer essa frase.
   Os soldados arzarianos também gargalhavam. Troan viu Diego se levantar e correr na direção da porta mais próxima. O líder, vendo que tudo estava perdido, fez o mesmo, deixando seus soldados na mira dos arzarianos. A porta pela qual os dois passaram dava a um corredor que ligave o local à sala fortaleza onde repousavam os incapacitados. Antes de entrarem na sala, Troan prensou o mestiço crontra a parede e o questionou:
   - Mas que merda foi aquela? Você devia matá-lo. Era você quem devia por um fim nisso.
   Diego ficou parado, sem se mover, com os olhos cheios d'água e com a respiração ofegante.
   - Eu... eu não sei o que houve... eu não conseguiria... -
   Não sabe? - gritou Troan e, perdendo a cabeça, jogou Diego no chão. A porta da sala se abriu e de lá saiu um velho homem.
   - O que houve? - perguntou o humano, ajudando Diego a se levantar.
   - Por culpa desse inútil, nós estamos condenados.
   O líder supremo dos redders entrou na sala furioso. Kevin ajudou o mestiço a se reerguer e juntos, também entraram, com a porta se fehando logo atrás. Lá dentro, Troan abriu um compartimento onde se via duas grandes naves.
   - O que está fazendo? - perguntou o velho humano. - Não pode nos deixar aqui.
   - O meu planeta está morto! Eles venceram! - respondeu o líder, já dentro da nave com outros vinte redders. (entre fêmeas, idosos e crianças). - Pegue a outra nave e leve o restante.
   Imediatamente, Kevin e Diego subiram na outra meganave, enquanto vinte e oito nativos se preparavam para entrarem a bordo. Assim que os dois se ajeitaram, viram a porta da sala mais segura da base ir abaixo. Dois soldados de Arza apareceram armados, prontos para matarem os sobreviventes. Os arzarianos atiraram, matando os redders que se preparavam para entrar na segunda nave. O desespero para sair do local era sentido por todos. Kevin ligou sua nave e, em alta velocidade, atravessaram o teto e sumiram no espaço.
   A nave em que Troan estava ficou na mira dos inimigos. Os arzarianos respiraram fundo antes de atirar. Eles queriam curtir o momento. Matariam ali os últimos redders. Os dedos já quase tocavam os gatilhos quando de repente, os dois arzarianos foram decapitados por uma mordida fatal de um pólus. Troan ficou, ao mesmo tempo, feliz e preocupado, pois sabia que para os pólus não havia diferença entre redders e arzarianos.
   Para um carnívoro irracional, carne é carne. Troan começou a preparar a nave para partirem, quando ele e seus passageiros viram o colossal animal correr em sua direção. Foi só preciso uma cabeçada do animal para que a nave fosse seriamente danificada. O redder tentou ligá-la de novo mas os comandos não respondiam. Mas o sistema de comunicação ainda funcionava. Troan se conectou com a nave que levava Kevin e Diego, e pelo monitor, os viu.
   - Kevin! Kevin, um pólus nos atacou e danifificou a nave. Volte aqui e nos resgate! - O redder mostrava desespero e preocupação em sua voz.
   Um estrondoso urro do pólus fez com que os redders se preocupassem com seus sistemas auditivos. Levaram as mãos às orelhas e se protegeram. Na outra nave, que já vagava pelo espaço, Diegou questionou:
   - Devemos ir resgatá-los?
   - Não! É arriscado demais. Não vamos correr esse risco! - respondeu o velho homem com tristeza porém decidido.
   Na base, o pólus continuva a balançar a nave com seu corpo avantajado.
   - O que estão esperando? Voltem aqui! Isto é uma ordem! - disse, via monitor. Vendo a tela do aparelho ficar sem sinal, Troan percebeu que haviam partido.
   O pólus urrou mais uma vez e em seguida deu uma chacoalhada na nave com a cabeça, fazendo os tripulantes da nave notarem que o veículo não ia aguentar por muito tempo.
   - O que faremos, senhor? - perguntou um velhor redder.
   - Vamos sair pela porta lateral. Sei onde tem outra nave. O pólus bateu na nave e desta vez quebrou quase todos os vidros. Os redders aproveitaram o momento e desceram. Troan notou algo estranho. Enquanto corriam por suas vidas, o líder se deu conta de que estava rodeado por velhos, fêmeas, crianças e doentes. "Só irão me atrasar", pensou. O pólus sentiu aquele movimento com seu poderoso nariz e logo começou a correr. Para um animal tão grande até que ele era bem veloz. Em poucos segundos a fera alcançou os redders debilitados e os dilacerou com mordidas mortais. Troan não parou e nem olhou para trás, apenas continuou correndo, enquanto ouvia os gritos agoniantes dos últimos redders.
   O líder do planeta corria sem parar na direção da sala onde, segundo ele, havia outra nave. O pólus percebeu e correu com velocidade atrás dele. Os pólus eram animais soberanos na natureza redder. Jamais deixavam uma vítima escapar. Com sua rapidez, o animal já estava quase alcançando Troan naquele estreito corredor, mas teve seu rosto atingido por raios da arma do líder. Tais raios não foram suficientes para parar o animal e, quando o corredor ia se acabando, Troan deu de cara com três arzarianos. O último redder vivo abriu a primeira porta que viu e conseguiu escapar dos tiros do inimigo, deixando para os arzarianos um pólus sedento por carne.O animal, que vinha em alta velocidade, não tomou conhecimento de quem estava na sua frente e ferozmente, matou os três arzarianos com seus dentes afiadíssimos. A fera saboreou cada pedaço de seu jantar e, logo que terminou, farejou Troan com o seu potente olfato.
   O faro dos pólus eram incrivelmente sensíveis. Podiam sentir o cheiro de qualquer carne (viva ou morta) a quilômetros. Assim que terminou com os soldados de Arza, o animal correu até a sala em que Troan havia entrado e derrubou a porta de aço com seu peso. Troan estava parado, admirando uma bela espaçonave. Essa nave era menor do que as outras mas mesmo assim, servia. Ao ver a porta sendo esmagada pelo pólus Troan correu e subiu na nave rapidamente. O animal o seguiu e atravessou a porta ainda aberta e bateu do outro lado, caindo desmaiado. Desta vez Troan conseguiu dar a partida e, com o pólus a bordo, ele decolou, deixando o seu planeta vermelho para os arzarianos.
   Enquanto sentia o alívio pela sobrevivência, Troan, com uma face de maníaco, designava mentalmente um jeito de achar e se vingar daquele que o deixou sem consideração e daquele que o fez perder a guerra, e ele sabia muito bem onde iria encontrá-los: na Terra.


Notas Finais


Fim da Parte Um.
Prox. Capítulo: "A verdade está lá fora."

Obrigado aos que acompanharam até aqui.


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