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História O Mestiço e o Vingador do Planeta Vermelho - A verdade está lá fora


Escrita por: SpiderFromMars

Capítulo 7 - A verdade está lá fora


Fanfic / Fanfiction O Mestiço e o Vingador do Planeta Vermelho - A verdade está lá fora

               Parte dois
                 Família

   A nave usada por Kevin e por Diego para fugirem não era lá muito grande. Tinha um formato triangular, com vários apetrechos aerodinâmicos em seu exterior, o que dava ao veículo uma bela expressão futurista. Os detalhes cinzas do lado de fora era um dos charmes das naves de Redder. Essa nave em especial continha vidros bem resistentes por quase todos os lados. Na parte de trás estava o sistema de propulsão que dava à nave uma surpreendente velocidade. No lado de dentro, todos os equipamentos, armas e suplementos eram de alta tecnologia, e algumas eles nem sabiam como usar. A iluminação interna era eficiente e forte, podendo assim dar invisibilidade à espaçonave. O sistema de defesa era complexo e potente. Armas externas e internas fazia parte do arsenal tecnológico da nave.
   Depois de algumas horas, Diego continuava sentado em uma cômoda cadeira. Calado, olhava com desconfiança para o humano que pilotava o veículo. O mestiço parecia não entender o porquê de Kevin não ter voltado para ajudar o seu líder. Por algums segundos deixou de olhar para o velho homen e olhou apenas para o espaço escuro e infinito pelo qual viajavam. Em seguida mirou suas próprias mãos, e depois voltou a olhar para o espaço pelos vidros da nave, pelo qual podia ver um pouco do seu reflexo.
   - Sabe, eu acho que nós devíamos ter voltado quando podíamos - disse o mestiço, olhando diretamente para o humano.
   - Não.
   - Mas nós poderíamos...
   - Não! - interrompeu Kevin. - Não daria tempo. Se tivéssemos voltado morreríamos também.
   O mestiço refletiu um pouco sobre o assunto.
   - De qualquer forma a culpa é minha. Eu achei que poderia fazer mais e agora, agora somos os últimos redders vivos. Provavelmente vamos morrer antes de encontrar um lugar seguro e que seja habitável.
   Kevin se espantou ao ouvir tais palavras e olhou profundamente dentro de si mesmo para tentar achar uma resposta para esse problema. Assim como Diego fez há pouco, ele também olhou para as próprias mãos e depois viu o seu rosto refletido no vidro.
   - Sabe - disse o velho homen -, existe um lugar muito bonito para onde podemos ir.
   Diego olhou com alegria para o humano e riu discretamente.
   - Sério? Onde?
   - Bem, é muito longe daqui. É um planeta bem diferente do que você nasceu. Tem muitos animais, árvores e várias outras coisas que você nem imagina.
   - Legal. - Apesar da felicidade, ele demostrava desconfiança - Mas como você sabe disso? Como conhece esse lugar?
    - Porque... porque eu sou um humano e nasci lá!
   - Mas , mas o líder Troan disse que você nasceu com uma doença rara...
   - Nós mentimos. Eu nasci em um planeta chamado Terra. Vou lhe comtar a história.
   - "Há muitos anos, eu estava servindo às forças armadas de meu país. Eu era um tenente da marinha. Estávamos fazendo testes em um submarino, eu e outros cinco. Tudo corria bem, como qualquer outro dia, até que voltamos ao navio, onde o jovem Smith jurava ter visto uma nave sobrevoando a embarcação.
  - 'Deve ter sido um disco voador', brincou o general Thomas.
   "Mal sabíamos que ele estava certo. Em cima de nossas cabeças uma gigante nave ficou visível aos nossos olhos repentinamente. A porta da nave se abriu lá de cima e, por algo que se assemelhava a uma escada rolante, descia um grande alien vermelho: Troan.
   - 'Seu planeta está sofremdo. Vocês vão morrer se continuarem aqui. Venham conosco' - foi o que ele nos disse.
   "No começo não entendemos muito bem. Estávanos tão hipnotizados com aquele ser que quase nem nos movíamos. O jovem Smith, porém, tentou enviar um sinal de socorro à base, mas ninguém respodeu. Estávamos em alto mar e tinhamos que retornar ao continente.
   - 'Tudo vai ser destruido' - voltou a dizer o alien.
   "Íamos preparar o navio para o retorno quando o mar ficou inexplicavelmente agitado. Uma forte chuva começou a cair e uma gigantesca onda teria nos naufragado, se Troan não tivesse nos levado à força para sua nave.
   - 'O que vocês fizeram com as outras pessoas?' - perguntou o Sales ao alien.
   - 'Não fomos nós quem matamos o seu povo. Foram desastres naturais.'
   "Sentimos a nave partir e no fundo da minha alma eu sabia que algo de ruim estava acontecendo. Dentro da gigante nave ficamos sem saber o que fazer. Ficamos totalmente avulsos, até o alien voltar a nos dirigir a palavra.
   - 'Só estavamos observando e estudando o seu povo. Repito: não fomos nós quem os matamos.'
   - 'Como assim?' - perguntei. - 'Quem os matou?'
   - 'Uma cadeia de desastres naturais. a maioria deles, provavelmente, povocado pelo mal uso de seus recursos naturais. Acho que todos devem estar mortos. Levaremos vocês para Redder e viverão em nosso planeta.'
   "Já faz tanto tempo que eu nem me lembro de quando tempo demorou para chegarmos em Redder, mas lembro que quando estávamos nos aproximando, todos nós desmaiamos. Acho que foi o choque de tudo que estava acontecendo, só sei que não conseguíamos respirar e nossos batimentos cardíacos estavam lentos. Me lembro de ouvir Troan gritar para os seus médicos me socorrerem. Uma ou duas semana depois eu acordei em Redder e vi que fui o único a sobrevier. Me disseram depois que os outros não resistiam e que, por eu ter sido o primiro a receber os cuidados, fui o único que escapou.
  "Os primeiros dias lá foram muito difíceis. Às vezes eu achava que havia morrido e tivesse ido para o inferno. Vomitava quase todos os dias e o calor me fazia desmaiar constantemente. Demorou algums meses para que eu me acostumasse com aquele novo mundo, mas Troan me ajudava muito na adaptação. Logo nos tornamos grandes amigos. Eu não sabia o porquê, e ainda não sei, mas por algum motivo, os males da velhice não me afetavam. Quando cheguei aos cem anos eu ainda podia correr como uma criança. Cheguei a pensar que eu era imortal, mais um motivo para achar que havia morrido, mas desta vez não era inferno, era o céu."
   Ao terminar os seus relatos sobre como foi parar em Redder, Kevin já estava com lágrimas a jorrar pela sua face. O mestiço não soube nem o que dizer, ficou apenas fitando o humano com seus grandes olhos.
   - Sabe rapaz - voltou a falar o homen -, isso me leva a crer que eu preciso te contar uma outra história. Mas esta é um pouco mais... complicada.
   - Por quê? Que história é essa?
   - É sobre o seu nascimento.
   Esta resposta fez o híbrido Diego sentir várias emoções, algumas que talvez ele nem soubesse o que era. Angustia, ansiedade, medo e outros sentimentos agora circulavam pelo corpo do jovem.
   - Há mais ou menos vinte e cinco anos atrás os arzarianos invadiram Redder com o intuito de tomar o planeta para eles. Nós não sabíamos o motivo, aliás, ainda nem sabemos, mas o que sabíamos é que eles eram muitos e bem poderosos. - Diego ouvia tudo com muita atenção. - Apesar de não parecer - continuou o velho -, Troan sempre foi bastante superticioso. Ele era um grande adimirador da antiga líder de Redder, Yomna. Ela, uma vez, pronunciou uma profecia sobre uma raça estrangeira invadindo o planeta e que um mestiço seria o salvador do mundo com um ato de sacrifício. Assim que os arzarianos chegaram Troan sabia que aquela era a situação da profecia. Em uma operação científica, tentaram criar um híbrido a partir de mim e de uma mulher redder.
   - Você é meu pai? - pergutou Diego, dando um pulo da cadeira, de tanta preocupação.
   - Não - riu o velho homem -, não. A operação falhou feio e os cientistas nos informaram que as chances da operação dar certo seriam maiores se a reprodutora fosse humana. Mesmo não sabendo se ainda tinha gente na Terra, Troan se ofereceu para ir lá e trazer uma mulher. Eu fui contra a essa ideia mas salvar o planeta era mais importante. Mesmo sabendo que havia a possibilidde de não ter mais ninguém na Terra, o líder recrutou dois soldados e partiu rumo à Terra. Onze dias depois e eles voltaram com uma mulher e imediatamente começamos a operação. Você nasceu nove meses depois e eu te nomeei de Diego. Esse era - sua voz já estava quase sumindo devido à emoção - o nome do meu filho.
   O inocente mestiço, mais uma vez, não soube o que dizer e nem o que pensar. Com os olhos lacrimejando, se levantou e se mostrou zangado. Parecia uma fera.
   - Como vocês... Por quê... Como tiveram coragem...? - perguntava, sem saber ao certo por onde começar.
   - Salvar o planeta era o mais importante - disse Kevin - Não tínhamos outra opção.
   - Mentiram para mim durante toda minha vida... - O mestiço voltou à sua cadeira e se sentou. Olhou para as suas mãos e depois viu o seu rosto refletido mos vidros da nave, como fizera antes. - Que tipo de ser eu sou? - perguntou, já um pouco mais calmo.
   - Você ainda é o mesmo de antes.
   Por algums segundos os dois se acalmaram e respiraram fundo, mas logo Diego voltou a se agitar.
   - Eles não tinham o direito de fazer isso.
   - Troan estava desesperado. Compreenda- o. A profecia era a única chance, só não deu certo porque...
   - Porque eu fracassei na hora mais importante. É que eu não conseguia parar de pensar nos sonhos que eu estava tendo. Eram tão reais...
   - Não estou dizendo que você esteja errado. Eu não o culpo. - O velho levantou-se da cadeira. - Acho até que...
   Talvez tanha sido a idade avançada ou, quem sabe, as emoções sentidas, ou, ainda, o choque por perder o planeta, mas, por algum motivo, o velho humano teve um ataque cardíaco fuminante e, após cair, morreu. Diego correu até o seu velho amigo e, vendo que já era tarde, se desmanchou em lágrimas.


Notas Finais


Prox. capítulo: "Terra: Planeta água."


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