Ino ficou surpresa assim que eu lhe contei, que estava morando sozinha, alias não foi só a Ino que ficou surpresa, o Sasuke-kun também, que depois disse:
_ Me desculpe, mas o seu pai... Ele é um pau no cu.
_ Não precisa se desculpar, ele é mesmo.
_ E o Satoshi, quem diria hein?
_ É. Ele nunca quis trabalhar na empresa, o papai já tinha cogitado que ele seria o vice-presidente, mas ele surtou.
_ Ele não quer ser empresário?
_ Não, ele quer ser um astro de rock.
_ Todo garoto da idade dele, quer ser um astro de rock, até eu mesmo queria ser um.
_ Sério?
_ Sim.
_ Agora que você não vai mais comandar, a empresa da sua família, pretende fazer o que?
_ Não sei, eu já tinha aceitado há muito tempo o fato de ser empresária, que nunca quis pensar em outra coisa.
Ele me olhou em silencio, o mesmo sabia que por dentro eu estava triste e desesperada, não pelo fato de ser deserdada e sim, pelo fato do meu pai ter me tratado daquele jeito.
_ Ele me odeia... Sasuke-kun.
_ Não diz isso, ele só é rígido com você, mas não te odeia.
_ Se ele gostasse mesmo de mim, tinha me deixado namorar com você, alias, ele tinha me deixado ser o que eu quiser.
_ Hey, você tem a mim, o Satoshi, a sua mãe e todos os seus amigos, você não está sozinha.
_ Eu sei, às vezes, eu só queria um pai carinhoso, e não um tirano.
Depois ele me abraçou, e quando nos soltamos, ele me olhou maliciosamente, e depois falou:
_ Pelo menos a gente, vai ter mais privacidade.
_Sasuke-kun!
_ Que foi? Vai dizer que não gosta?
_ Acho melhor a gente, ir para sala.
Ele riu e a gente foi para sala, mal prestei atenção na aula, por causa daquela situação com o meu pai, eu sempre tive fé que ele se tornasse um pai mais carinhoso com o tempo, mas aquela fé toda foi embora, depois de ontem.
Quando a aula acabou, eu fui para minha nova casa com o Sasuke-kun.
_ Eu não sei o que fazer, morando sozinha.
_ Você já tem dezoito anos.
_ Eu sei.
_ E também, uma hora ou outra você teria, sair da casa dos seus pais.
_ Também sei disso, eu estava pensando...
_ No que?
_ Você podia vim ficar comigo, algumas vezes. – Eu falei sentindo o meu rosto esquentar.
_ Não precisa ficar corada, eu sou o seu namorado, e é normal, eu vim dormir aqui com você.
_ Eu sei, mas eu estou falando em dormir.
_ Para com isso Sakura, nos já transamos.
Ele sentou no sofá, e eu sentei em seu colo, e depois disse:
_ Agora vamos ter privacidade.
_ Sim.
_ Eu amo você, Sasuke-kun.
_ Também amo você, Sakura.
A gente passou a se beijar, foi então que eu ouvir a porta, do meu apartamento ser praticamente arrombada.
Eu sai do colo do moreno, e vi o meu pai, que assim que viu o Sasuke-kun, perguntou:
_ O que esse moleque, faz aqui?
_ O que foi, não posso ficar na casa, da minha namorada, com ela?
_ Kizashi, não se estresse. – Minha mãe falou colocando a mão no ombro dele.
_ Como não vou me estressar, se a minha primogênita invés de se concentrar nos estudos, fica na escola namorando!
_ A Sakura é uma ótima aluna, além do mais, a gente só namora no intervalo.
Ele apertou a minha mão, e eu perguntei:
_ Como posso ser sua primogênita, se você me deserdou?
_Deserdando ou não, você infelizmente, continua sendo minha filha.
_ Calma Kizashi. – Minha mãe pediu.
_ Acho melhor vocês terminarem, antes de...
_ De que? – O Sasuke-kun perguntou com a sobrancelha direita, arqueada.
_ Antes de vocês transarem.
Ele me olhou e eu confirmei dizendo para ele falar:
_ Lamento em lhe dizer, mas isso, já aconteceu.
Meus pais se assustaram ao ouvi-lo, eu então vi meu irmão parado na porta, nos olhando surpresos, depois de alguns minutos meu pai, perguntou:
_ Como assim?
_ Foi o que o senhor ouviu papai.
_ Fique tranquilo, Kizashi, a gente se protegeu.
_ Você tirou a virgindade, da minha filha... Quer que, eu fique tranquilo?
_ Desculpa Kizashi, isso não vai acontecer de novo.
Eu tive vontade de rir, e percebi que o Satoshi também, o Sasuke-kun estava andando demais no facebook.
_ Você é um insolente garoto, vou falar com o seu irmão, para dar um jeito em você.
_ O Itachi não vai fazer nada, até porque ele aprova o nosso relacionamento.
_ E eu também aprovo. – Ouvi minha mãe falar.
_ O que? Mebuki? Você...
_ Eles são jovens Kizashi, e o Sasuke, é um bom garoto, não vejo nada demais deles namorarem.
_ Chega, essa palhaçada acabou, arrume suas coisas Sakura, você vai voltar para a mansão.
_ O que? – Perguntei assustada.
_ Se você continuar aqui, eu sei muito bem, o que vai acontecer.
_ Não, eu não volto para lá, nem morta.
_ Se não voltar, vai para o internato.
_ Também não.
_ Está vendo só Mebuki, ela estar se tornando uma adolescente rebelde, tudo isso por influencia desse ai.
_ Não tem nada a ver com o Sasuke.
Todos olharam para o meu irmão, que se desencostou da batente da porta, e caminhou até a gente:
_ Até você...
_ O Sasuke é um cara legal, e minha irmã não está assim por causa dele, e sim, por sua causa.
Eu sorrir ao ver o meu irmão me defendendo, ele caminhou até o meu lado e do Sasuke-kun, e continuou falando:
_ Se ela quiser continuar aqui, beleza, eu aceito, desde que eu sempre possa vê-la, além do mais, a Sakura já é grande o suficiente para decidir o que quer, ela não é mais criança.
_ E outra coisa, eu não vou ser presidente, e muito menos vice, daquela empresa, sei que tenho muitas chances de não ser um rock star, por isso decidi fazer faculdade de engenharia.
_ Sério? – Perguntei.
_Sim, se minha carreira não der certo, eu viro engenheiro.
_ Satoshi...
_ Podem me tirar todos os vídeo games, os animes, a internet o que for, mas eu estou do lado da minha irmã.
_ Quando chegarmos em casa, vamos ter uma bela conversa.
_ Dessa vez pai, o senhor está sozinho.
Assim que o Satoshi fechou a boca, vi nossa mãe ficar do nosso lado também, e meu pai disse:
_ Até você?
_ Sim, eu cansei das suas tiranias, Kizashi, você se tornou algo, que havia me prometido que nunca seria.
_ Quer saber? Eu tenho mais o que fazer, mas depois, Sakura, a gente vai ter outra conversa, e dessa vez, particular.
Ele virou as costas e saiu da minha casa, da mesma forma que veio.
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