As semanas se passaram e o dia do baile estava chegando, e isso foi deixando a escola toda maluca.
O único que não estava gostando nada disso era o Sasuke-kun, ele dizia que o barulho que todo mundo, estava fazendo era desnecessário.
Nesse momento, eu estava com a minha cabeça no seu ombro como sempre, a gente ficava observando a paisagem da escola, depois daquele beijo, nunca mais rolou nada, ele também nem comentou nada sobre o assunto, e por causa disso, resolvi não insistir.
_ Está pensando em quê? – Ele me perguntou me fazendo voltar à realidade.
_ Em nada.
_ Como é que se pensa em nada?
_ Não sei. – Disse sorrindo, e ele sorriu também.
_ Eu estava pensando... – Ele começou a falar, mas depois parou, eu desencostei a minha cabeça do ombro dele e fiquei o olhando, ele me olhou de volta e colocou uma mexa do meu cabelo atrás da minha orelha.
_ Pensando em quê? – Eu perguntei curiosa.
_ Sobre esse baile, você quer ir mesmo?
_ Não sei, você quer?
_ A gente pode fazer algo melhor, sozinhos.
_ Tipo o quê?
_ Assistir um filme como naquele dia.
Eu corei ao ouvi-lo, aquele dia que ele estava se referindo, foi no dia em que eu o beijei de surpresa, e por causa disso, eu disse:
_ O que acha da gente ir ao baile, e depois sair só nos dois?
_ Seus pais não vão se incomodar?
_ Depois eu dou um jeito.
_ Okay.
Voltei a encostar a minha cabeça no ombro dele, e ele encostou a dele na minha, ficamos naquela posição durante um tempo, todos os dois calados.
Estar ali com sozinha com ele era tão bom, eu me sentia bem mais confortável, a presença dele me tranquilizava e eu sabia que ele sentia o mesmo.
A aula já tinha acabado, mas mesmo assim a gente não tinha ido para casa, o Satoshi já tinha ido para casa sozinho, o Sasuke-kun estava esperando o motorista dele para ir para casa, e eu estava ali com ele.
Meus pais não iriam almoçar em casa por isso, eu estava aproveitando o tempo livre que tinha com ele.
_ Tomara que o Satoshi, não te entregue para os seus pais.
_ Se ele me entregar, eu arranco a língua dele.
Eu ouvi o Sasuke-kun dar risada, e eu deixei risada também, está sozinha com ele estava sendo perfeito.
Eu queria poder abraça-lo, beija-lo e dizer que eu o amava, mas eu tinha medo, medo de que ele me tratar mal ou fazer pouco caso do meu sentimento.
_ Está pensando o que? – Ele me perguntou.
_ Em nada.
_ Você já percebeu que essa é a segunda vez hoje, que você pensa em nada? Tem certeza, que você está bem?
_ Sim, do seu lado, eu sempre estou bem.
_ Falando assim, você parece minha namorada. –Ele falou sorrindo de canto.
Eu corei ao ouvi-lo, e ele riu do jeito que eu corei.
Vi que o motorista dele tinha chegado, e parece que ele também tinha visto, já que ele levantou do chão e limpou a sua calça, depois ele estendeu a sua mão e eu a peguei.
A gente caminhou até o carro dele, e entramos, e fomos para casa.
Quando cheguei na minha casa, eu agradeci a carona, e resolvi dar um beijo na sua bochecha, mas quando fui dar, ele virou o rosto e acabei dando um selinho nele.
_ Sasuke-kun, eu... Me desculpe.
_ Não precisa se desculpar Sakura, acontece.
_ É, acontece.
Eu sorrir para ele e agradeci a carona uma vez, e sair do carro, passei a caminhar em direção a minha casa sem acreditar que eu tinha o beijado novamente.
Quando cheguei em casa tomei um susto, quando vi o Satoshi pular em cima de mim.
_ Satoshi, você me matou de susto!
_ Eu sei. – Ele disse rindo.
_ Como você sabia que eu estava chegando?
_ Eu vi a limusine do Uchiha, parar aqui na frente, então eu vi você saindo dela, e ah, o papai quer conversar com você no escritório.
_ O que ele quer comigo?
_ Eu contei para ele que você, ficou sozinha com o seu namorado na escola, e ele quer satisfações.
_ Ele não é meu namorado! – Eu disse dando um murro na cabeça dele.
Eu caminhei até o escritório do meu pai, morrendo de medo, eu queria esganar o meu irmão, por ter aberto aquela merda que ele chama de boca.
Quando cheguei ao seu escritório, eu vi que a porta estava entreaberta, por isso eu entrei.
Meu pai estava sentado na sua mesa, lendo alguns papeis, eu me aproximei devagar dele.
_ Sakura, sente-se.
Eu sentei na cadeira e olhei para o meu pai, ele largou os papeis e me olhou sério.
_ Que história, é essa de você estar namorando o Uchiha, e ter ficado sozinha com ele na escola?
_ Ele não é meu namorado.
_ O Satoshi disse...
_ O Satoshi é uma criança retardada, ele não sabe a diferença, entre namorados e amigos.
_ Você tem certeza, que são apenas amigos?
_ Sim, eu tenho.
_ Okay então, mas da próxima vez, venha para casa com o seu irmão ao invés de ficar, na escola com ele.
_ Sim papai.
_ Agora vá almoçar.
Eu levantei da cadeira e fui procurar o meu irmão, eu estava com uma grande vontade de matar aquela peste.
_ Satoshi! – Sair gritando pela casa, não demorou muito e eu o encontrei jogando vídeo-game no quarto dele.
_ Sua peste! Porque você falou com o papai, que o Sasuke-kun, é meu namorado?
_ Porque ele é oras.
_ Às vezes eu me pergunto, se você é realmente, meu irmão!
_ Também faço a mesma pergunta.
_ Se da próxima vez, você...
_Eu vou contar para a mamãe, que você está me ameaçado.
_ Pode contar, eu não tenho medo!
_ Não tem medo, de que Sakura?
Quando olhei para trás, vi minha mãe parada na porta do quarto do meu irmão.
_ A senhora e o papai, não deviam estar na empresa?
_ Resolvemos ficar um pouco em casa com nossos filhos, mas parece que um deles resolveu chegar tarde, não é Sakura?
_ Eu... Eu...
_ Ela estava com o namorado dela! – Meu irmão gritou.
_ Satoshi! Eu já disse um milhão de vezes, o Sasuke-kun, não é meu namorado!
Eu tinha certeza que eu estava corada, afinal eu sentia o meu rosto ficando quente.
_ Estava com o Uchiha, hein? Fazendo o que?
_ Conversando.
_ Sobre?
_ Assunto nosso.
Eu sair do quarto do meu irmão, e fui para o meu, não valia a pena ficar num interrogatório que eu sabia muito bem, que não iria dar em nada.
Almocei e depois fiquei no jardim da minha mãe olhando as flores, eu tinha varias atividades para fazer, mas agora, eu não estava nem um pouco a fim de respondê-las.
Foi então que eu sentir a minha mãe se aproximando, ela se sentou no banco em que eu estava sentada, e eu perguntei:
_ Não devia estar na empresa?
_ Eu já disse, eu e seu pai queríamos ficar um pouco, com os nossos filhos, porque você não gostou?
_ Digamos que eu, já me acostumei com vocês dois longe.
Ela suspirou, e depois me perguntou:
_ Sobre a história do Uchiha, é verdade?
_ Não mãe, ele não é meu namorado, porque todo mundo acha isso?
_ Você fica mais com ele, do que com a sua própria família, e fora o fato de você ser uma menina e ele um menino, as pessoas maldam as coisas.
_ Eu sei. Todos na escola acham que ele é meu namorado.
_ Está vendo, porque você não se afasta um pouco?
_ O que? Não! Eu sou a única amiga dele, não posso fazer isso.
Minha mãe falando para eu me afastar do Sasuke-kun era horrível, eu não queria ficar longe dele, não só por causa daquele fato, mas também porque eu o amo, mas isso eu não poderia contar a minha mãe.
_ Sakura não arranja desculpas, eu sei que você é apaixonada por ele.
Eu me assustei ao ouvir o que minha mãe tinha falado, olhei para o rosto dela surpresa, depois de alguns segundos eu perguntei:
_ Como?
_ Está na cara que você gosta dele, até o Satoshi já percebeu isso.
_Eu já disse, o Satoshi é uma criança retardada, não se pode ligar pro que ele diz.
_ Então se não pode ligar, porque você fica nervosa, toda vez que ele insinua que o Uchiha é seu namorado?
_ Fodeu. – Eu pensei enquanto olhava para a minha mãe.
_ Hein Sakura, estou esperando a sua resposta.
_ Porque o Satoshi me estressa.
_ Você sabe que pode contar para mim, se você gosta ou não do Sasuke, não é mesmo? Eu sou sua mãe Sakura, mãe e filha contam tudo uma para a outra.
_ Está bem, mas promete que, não vai contar para o papai?
_ Prometo. – Ela disse sorrindo.
_ Sim, mamãe, eu gosto do Sasuke-kun.
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