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História O meu mundo Ice and Fire - Cersei I


Escrita por: ThaiSnow

Capítulo 12 - Cersei I


Fanfic / Fanfiction O meu mundo Ice and Fire - Cersei I

Cersei I

 

Ela era a Rainha, seus filhos estavam mortos. A profecia cumpria-se.

“Uma nova Rainha,  mais jovem e mais bela”.

Como de costume, passava a maior parte do tempo na sala do Trono. Não lembrava a última vez que havia tido uma refeição, ou a última vez que seu estômago não estivesse cheio de vinho. Ela não tinha mais um pequeno conselho, ela tinha Qyburn e Montanha. Enquanto Qyburn se ocupava com os suspiros dos sete reinos, Montanha não saia do seu lado.

Desde que soubera que o anão estava com a puta Targaryen, ela o imaginava se esgueirando por entre as passagens da Fortaleza Vermelha, pronto para cumprir mais uma parte da profecia, o Valonqar. Mas ela estava decidida, não morreria pelas mãos do anão. Se esse momento chegasse,  levaria todos junto com ela. Mas com Montanha constantemente ao seu lado,  talvez ela pudesse esmagar o maldito anão.

Suas preocupações recentes eram,  apenas, o aumento dos estoques de fogo vivo e os locais onde estavam dispostos. Ordenou Qyburn uma investigação mais aprofundada sobre outras histórias do Rei Aerys, inclusive os barris que estariam no subsolo da sala do Trono. Jaime lhe fora mais útil do que todas. E por mais louco que Aerys estivesse no fim de sua vida, o homem também estava certo. Se você está no jogo dos tronos, deve estar preparado para toda e qualquer consequência. Afinal,  para que dragões se há Fogo Vivo!

Naquela manhã, seu novo comandante da Guarda Real havia aparecido para que lhe reportar o reforço de sua nova segurança, assim como da Patrulha da Cidade. Ela sabia que Petyr estava a caminho,  o homem deveria ter fugido de Winterfell no dia que enviara a carta. Algo havia acontecido no Norte, e ela precisava saber.

Ela não confiava em Petyr, mas ela precisava de informações e isso ele teria. Além do mais, ele era inofensivo para ela, ela já o havia mostrado o quão poderosa era, isso que, à época, não era a Rainha absoluta.

- Minha Rainha, conforme havíamos antecipado, um novo visitante chegou a cidade. Vossa majestade estava certa,  o homem fugiu no dia em que enviou o corvo. Ele deseja uma audiência com a vossa graça.

- Mande-o entrar,  Qyburn. Vamos ver o que ele pode nos oferecer.

- Vossa majestade,  o Trono lhe cai bem. Melhor do que aos seus antecessores, preciso dizer.

 

- Não precisa dizer nada, Mindinho. Assim como este trono servia muito melhor aos meus filhos. Joffrey deveria estar vivo.

- Por que você está aqui? Não deveria estar no Vale servindo à coroa, era esse o acordo com o meu Pai,não?

- Mas você achou que os Lannister haviam encontrado seu fim. Agora vejo que está aqui, mais uma vez, implorando.

Ela o assustava, ela tinha certeza. Ela estava no trono e tinha Montanha ao seu lado. Nada poderia derrubá-la. Nem a maldita e seus dragões.

- O que o trouxe aqui, Lorde Baelish O que busca?

- Imagino que a Rainha já saiba dos eventos no Norte, e saiba também da Rainha Targeryen e seus dragões. Mas vossa majestade sabe do Dragão que está Winterfell?

 

-Dragão em Winterfell. Oras, não me venha com lendas, Lorde Baelish.

 

- Me refiro ao filho do Príncipe Rhaegar com Lyanna Stark,  criado por Ned como bastardo, aos olhos do Rei Robert Baratheon.

- A pretensão dele ao trono é melhor do que a da Rainha que se aproxima,  e essa pode ser uma boa oportunidade. Tudo o que ele busca é um exército para lutar contra os outros. Se vossa majestade lhe ofertasse isso. Talvez se Jaime lutasse a causa do Rei do Norte.

- Vossa majestade poderia casar-se com ele, e Jaime poderia, bom, guerras e reis. Se o Rei Robert morreu por um javali, imagino que não seja muito difícil o Rei do Norte perecer em uma batalha contra os mortos vivos. Tudo o que você precisa é de um herdeiro com  Rei do Norte, bom, na verdade, de um herdeiro.

 

- Suma de minha frente. Não sei posso confiar nessas suas histórias. Por ora, pretendo apurá-las. Torça para que sejam verdadeiras,  ou sua cabeça rolará.

Pediu para que escoltassem o homem até os seus aposentos. Acompanhada apenas por Montanha, perdeu-se em seus pensamentos.

Ela não cogitava casar novamente. Mas ter um filho de um dragão lhe agradava. Ela deveria ter casado com Rhaegar, se o tivesse, talvez os Targaryen não teriam sido quase extintos. Mas o maldito do Aerys a ignorou.

E agora poderia ser a sua vez de ignorar um dragão. Mas a ideia de casar com o filho de Rhaegar não a desagradava.

Esforçou-se ao máximo para lembrar do bastardo de Ned. Ela o havia conhecido quando fora a Winterfell, mas nenhuma memória vinha a sua mente. Lembrava apenas do menino que Jaime empurrou da torre. Os outros, em sua mais absorta mediocridade, passaram como um borrão aos olhos de Cersei.

Após um tempo, enquanto pensava em sua ida a Winterfell, finalmente lembrou da conversa que teve com Tyrion. Ele admirava os Starks e ressaltava a ironia de que o mais possuía os traços dos Stark era, na verdade,  o bastardo. O herdeiro, era Tully, até mesmo em seus cabelos ruivos e olhos azuis.

Foi nesse momento que lembrou do rapaz de cabelos negros e olhos cinzas. E percebeu o que sempre esteve a sua frente. Ele lembrava Rhaegar jovem. Não fosse a cor dos olhos e dos cabelos, o menino lembrava o príncipe que ela conhecera quando ainda era adolescente.

A ideia a agradava. Um dragão jovem em sua cama não era uma má ideia. Não lembrava a última vez que um homem havia lhe dado prazer. Desde que Jaime tivera a mão arrancada, ela sentia asco. Ele não era mais o mesmo. Lancel tinha uma pele macia, mas era desajeitado. Até mesmo o último soldado que havia solicitado, era fraco. Talvez o dragão não fosse. Começou a pensar que o menino deveria ser inexperiente,  mas que poderia ter potencial. Poderia ser ensinado. Pensava em Jon, mas imaginava Rhaegar em sua cama. Rhaegar e seu cabelos prateados em cima de seu corpo nu. Um homem viril que saberia possuí la. Um jovem de olhos púrpuras.

Sentada no trono, começou a percorrer seu corpo com suas mãos, alcançando a parte do seu corpo que mais ardia ao pensar no príncipe que ela poderia ter tido. Acariciava-se pensando em Rhaegar, em seu corpo, sua pele branca. O misturava com a jovialidade e brutalidade que o Rei do Norte poderia ter. Estava prestes a alcançar um orgasmo quando Qyburn a interrompeu.

Como o momento havia passado, e sem se importar com a reação do Mão. Se ela fosse um homem, ou Robert,  trepando com qualquer vagabunda na sala do trono ninguém se importaria. Mas uma mulher encontrando seu prazer, ah, isso era desconcertante. Mas ela era a Rainha, ela poderia fazer o bem entendesse. Não havia mais nenhum Pardal para lhe dizer o contrário.

Aproveitou, então, para confidenciar seu plano a sua Mão.

- Temos apenas um problema, minha Rainha. Enviamos um corvo ameaçando-o.

 

- Envie outro corvo. Diga que Petyr está aqui e pretende trair o Rei Targaryen. Ofereça uma aliança por casamento. Se ele aceitar,  Sansa será perdoada e poderá viver em Winterfell, como protetora.

- Qyburn, diga, ainda, que teremos um exército a dispor do Rei nas guerras vindouras.

- Mais, diga, que tudo o que busco dele é a sua semente. Um herdeiro Targaryen.

 

- Mas, minha Rainha, o pretende fazer como Rei das Ilhas de Ferro?

 

- Ah, esse homem. Talvez seja interessante sua armada.

- Podemos fazer algo diferente. Sansa será rainha e eu terei minha vingança contra a vadia.

- Proponha ao Rei do Norte que ele se case comigo e seja meu rei. E que se Sansa se case com Euron Greyjoy, e que ambos sejam reis do norte. Não me importo com aquele lugar. Se tivermos sorte, Euron e Sansa morrerão.

- Agora vá, saia! Faça o que eu ordenei e me consiga esse casamento.

Ela tinha tudo desenhado. Faria a mesma aliança que seu pai fizera com os Tyrell. E mais uma vez poderia ver a cara de desolação de Sansa. Ouvira histórias de seu casamento com o bastardo Bolton. Euron deveria estar a altura. A vadia sofreria novamente.

Seu vinho havia acabado, gritou para que lhe trouxessem mais. Voltou aos seus devaneios de como teria sido sua vida se Rhaegar tivesse sido seu marido, se ela tivesse lhe dado herdeiros. Sem Elia, sem Lyanna, sem Robert, sem Jaime.

Ela sorria. Seu pai não a havia conseguido casá-la com um Targaryen. Contentaram-se com um usurpador, com praticamente nada de sangue de dragão. Ela, Cersei, era superior. Ela se casaria com último dragão e destruiria a usurpadora que se aproximava. Com o filho de Rhaegar ao seu lado, ninguém contestaria sua coroa.

Ela estava pronta. Ela venceria, finalmente! Ela era a nova rainha que destronaria a si mesma.

O servo lhe trouxera mais um jarro de vinho. Ela deliciava-se com a bebida e perdia-se em seus sonhos. Uma nova Cersei estava nascendo.


 



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