História O meu mundo Ice and Fire - Jon e Daenerys I

Jon e Daenerys I

Eles estavam casados. Nada os impediria agora. No Norte, os ritos nupciais em que os noivos eram carregados e despidos  poderia ser ignorado. Especialmente, se os noivos fossem rei e rainha. Esperaram um pouco a festa e atendendo às súplicas de seus súditos, se despediram e seguiram até os quarto de Jon, o aposento que há alguns dias vinha sendo ocupado por Daenerys.

Não ficaram constrangidos. O desejo os inundava e não existiam razões para suprimir tal sentimento. Bastou fechar a porta para que ela,  apressadamente, lhe roubasse um beijo, avidamente correspondido por Jon. Ele tinha pouco controle sobre o seu corpo e sobre a forma como desejava sua nova rainha, não queria ser afoito, mas desejava tê-la para si.

A virou de costas,  dessa forma poderia começar a despi-la. Afastou seus longos cabelos prateados, fazendo com que uma de suas mãos encontrasse o decote cavado de seu vestido, a altura de seus seios. Com outra, procurava desvencilhar-se das amarras de seus vestido. Fora mais fácil do que imaginara, em questão segundos, o vestido pesado que outrora escondia suas curvas, encontrava-se no chão, deixando-a apenas com um leve  tecido sob o seu corpo. Não resistiu e retirou o resto de tecido que lhe impedia de enxergar nua a mulher que desejava apaixonadamente.

Beijou suas costas e colocou as mãos em sua cintura permitindo que assim pudesse, novamente,  girá-la. Estavam frente a frente. A beijou com tanta intensidade que sentia seus corpos em combustão. Ela estava nua, linda e perfeita. Seus seios eram pequenos, seu mamilos rosados. A pegou no colo, apoiando-a em sua cintura enquanto a levava para cama.

Sob a cama,  a beijou novamente, só que agora, não apenas o seus lábios. Seguiu um caminho que começara em sua boca, mas que percorreria seu pescoço, seus seios, com atenção aos mamilos que, devido à excitação, encontravam-se rígidos.  Beijou sua barriga e alcançou o seu sexo. Podia sentir seu corpo se contorcendo, ela não resistia ao êxtase ao qual estava sendo submetida. Seu sabor, seu corpo eram únicos. Então isso era o que significava ter uma rainha em seus braços.

Antes mesmo de chegar ao clímax, ela o parou.

Era sua vez de controlar, sua vez. Jon ainda estava vestido quando ela começou a desamarrar sua roupa. Nem ela mesma imaginava o quão rápida poderia ser. Em questão de segundos seu marido estava nu. Sua pele era branca, era magro, mas com músculos proeminentes.  Agora, era ela quem estava por cima. E, assim como ele, seguiu seu compasso. Primeiro o beijou, depois, com seus lábios,  percorreu o seu corpo. Beijou cada uma de suas cicatrizes. Sabia que não precisava fazer nada, ela o sentia, seu membro já estava pronto, mas ela queria ir além e assim o fez, seguiu com boca por todo o corpo de seu rei.  

Eles dançavam, ela sentia. Ele não ficaria sob seu domínio por muito tempo. Antes que ele a virasse,  ela o teria como uma rainha que era, e sob o seu corpo, acariciou o seu membro e o guiou até o seu sexo.

Ela já tinha tido outros homens, mas o prazer que o seu novo marido lhe proporcionava era algo novo. Ele era gentil, ele queria agradá-la. Era viril sem ser agressivo. Eles estavam em sintonia,  o que os levou a horas intermináveis naquela cama.  

….

Estavam exaustos. Seu corpo havia ficado leve. Apoiou sua cabeça sob o peito do rei. Com a mão sob suas cicatrizes. Ele não costumava falar muito sobre o assunto. Ela apenas imaginava o que havia acontecido, mas essa era a  primeira vez que podia vê-las. o local, e a quantidade. Ele havia sido apunhalado. Enquanto divagava sobre tudo o que o seu marido havia enfrentado até o momento,  sequer notara que ele a admirava, com os olhos mais doces do mundo, algo que ela nunca havia sido introduzida. Drogo a amava com intensidade, a desejava e a protegeria. Mas eles não eram iguais, ela sabia. Ela nunca amou Daario verdadeiramente, e o que o homem sentia por ela era uma mistura de fascínio com o desejo. Seu amor era reflexo de sua servidão e admiração.

Jon era diferente. Eles eram iguais, até mesmo em seus sofrimentos. Jon não a via como um ser inferior por ser uma mulher. Ele a protegeria, ele poderia amá-la, mas,  acima de tudo, ele a respeitaria.  

- Eu sei tão pouco sobre o seu passado meu Rei, mas os seus amigos selvagens gostam de contar bastantes histórias.. Riu e com olhos travessos provocou seu marido.

- Meus selvagens falam bastante,  assim como seus Dothrakis e Imaculados, respondeu, apenas para vê-la irritada.

- Nós tivemos o nosso passado,  agora o que importa é o nosso presente. Eu nunca vou desrespeitá-la ou desonrá-la,  eu prometo.  

- Ela sabia disso, Tyrion havia lhe dito. Jon fora criado por Ned.

- Eu quero que você me ame e me respeite Jon. Mas eu também quero que você sempre seja sincero comigo. Eu sei que o nosso casamento é um mero acordo, mas temos tanto em comum, quem sabe,  quem sabe….

Ele a interrompeu. O casamento havia sido, sim, orquestrado e imposto por ela. Jon não sabia se já amava, mas sabia que o que haviam tido ali não era apenas um contrato. Uma simples obrigação. Colocou suas mãos sob os seus lábios para que parasse de falar,  se virou e ficou de frente para sua rainha.

- Eu estou feliz por estar aqui, Danny. Eu talvez seja um dos homens mais sortudos deste mundo ao ter em meus braços uma mulher como você. Lady Catelyn costumava dizer que o que ela e Ned tinham era algo que havia sido construído durante os anos, aos poucos,  e com o tempo havia sido solidificado como as paredes de Winterfell. E isso que eu quero pra gente.  Ficou um tempo olhando seu rosto, a Rainha que até então havia sido uma mulher tão firme estava agora em seus braços e desprotegida de toda sua armadura. A beijou com toda intensidade que o seu desejo comandava e começaram novamente uma dança que duraria a noite inteira.