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História O meu mundo Ice and Fire - Brienne I


Escrita por: ThaiSnow

Capítulo 21 - Brienne I


Fanfic / Fanfiction O meu mundo Ice and Fire - Brienne I

Brienne I

Lady Sansa havia concordado com Rei e dispensado de Brienne de suas obrigações. Ela marcharia para Porto Real junto com Jaime. Era uma das poucas que sentia segura em relação à palavra de Jaime. Torcia para que realmente estivesse certa e não fosse um tola.

Arya, a contragosto do Rei, acompanharia a missão. Parecia ter um objetivo à parte. Sabia que ela odiava a Rainha,  mas jamais imaginaria que ela voltaria ao lugar que lhe trouxera tanta infelicidade. Mas ela não era mais a criança que havia fugido de Porto Real. Ela sobrevivera sozinha e desafiando as probabilidades,  havia se tornado uma habilidosa guerreira. Compensava seu tamanho em agilidade. Era o dobro da menina, e tinha muito mais anos de  treinamento. Mesmo assim, a menina sempre dava trabalho.

Estava tudo pronto para a partida. Achou por bem despedir-se de Lady Sansa. Pretendia voltar, mas, às vezes, não basta querer.  Seguiu até o quarto de Sansa, nos últimos dias havia preferido ficar mais em seus aposentos. Desconfiava que ela não gostava muito da nova rainha e temia as razões que a levavam a tal sentimento.

Bateu na porta e logo foi recebida. Era incrível como lembrava a mãe, nos olhos de Sansa, podia ver novamente a mulher que salvara.  

- Lady Sansa! Devo partir em breve, vim me despedir e lhe assegurar que findada a guerra,  retorno à Winterfell para continuar lhe servindo.

- Espero que fique à salvo. Mas volte apenas se realmente desejar. Se preferir seguir outros rumos, entenderei. Uma guerreira como você não deveria ficar presa em Winterfell.

- A senhora está bem? Desculpe a intromissão, Lady Sansa. Mas tenho lhe achado um pouco melancólica nos últimos dias. Tão diferente da senhora que tomou esse castelo.

- A vida nos surpreende, Brienne.

Alcançou uma taça de vinho e pediu para Brienne ficasse um tempo com ela, para que conversassem.

Sentou e escutou os desabafos de sua senhora.

- Não sei como Arya tem coragem de voltar para aquele lugar. Eu nunca mais quero colocar meus pés em Porto Real. Eu adoraria ver Cersei morta, mas,  apesar de tudo, eu não a odeio da forma como eu deveria, eu sei.

- Uma vez ela contou as coisas que nós somos capazes de fazer por amor. Especialmente por nossos filhos. Na época eu estava prometida para Joffrey,  meu pai há pouco havia sido sentenciado à morte por ele,  e ela me disse que eu amaria meus filhos, mesmo que fossem filhos de Joffrey.

- Quando eu estava com Ramsey a remota ideia de ter um filho com ele me deixava apavorada. Eu não poderia, não com ele. E se a criança fosse como ele…

- Em Porto Real eu descobri o quanto eu era inocente e como podemos mudar o rumo de certas coisas em nossas vidas.

- Eu estou melancólica e recolhida porque eu não podia ter um filho daquele monstro. Apenas Meistre Volkan sabe. Imagino que mais ninguém nesse castelo me perdoaria.

Ela não havia dito claramente, mas não restara a ela nenhuma dúvida do que Lady Sansa havia feito.

- Não diga isso, Lady Sansa. Todos a entenderiam.

Desabou em seus braços. Nunca a havia visto tão frágil.

- O que a minha mãe diria? Ela me odiaria por ter feito isso. Por que eu não pude ter um bom marido. Por que o destino não me reservou isso. Por que essa rainha pode ter  tudo.

- Você encontrará um bom marido, Lady Sansa. Você é bela mulher e com um bom nome. Na hora certa um bom pretendente há de aparecer. Um homem digno da senhora.

- Eu merecia Joffrey. Tudo o que eu queria era ser uma maldita rainha e ter filhos com cabelo dourados. Eu era tão estúpida, eu continuo sendo estúpida. Não importa o tempo que passe, eu sigo sendo estúpida.

Nunca havia visto a menina daquele jeito. Podia imaginar o que ela havia passado nas mãos de Ramsey, de Joffrey. E depois de tudo o que passara nas mãos de seus algozes,  o destino ainda lhe pregara mais um infortúnio.

- Você fez a coisa certa. Você não deveria ter essa criança, isso lhe faria mal.

- Você era uma menina, uma criança com um bom coração e a ilusão de um mundo mais justo.  Eu tenho certeza que o Rei lhe encontrará um bom marido e a senhora poderá ter uma linda família.

- Não pretendo casar, Brienne. O homem que eu quero jamais me pertencerá.

Serviu um segundo copo de vinho e bebeu rapidamente.

- Vá para sua guerra. Assegure o trono para Jon e Daenerys. Encontre a sua felicidade. Volte se quiser voltar, mas se desejar ficar, fique. A vida é curta demais. Você me salvou uma vez, agora me deixe salvá-la. Seja feliz,  Brienne! Mesmo que essa felicidade seja ao lado de um Lannister.

Assentiu e saiu do quarto, deixando Sansa sozinha. Preocupava-se em deixá-la, mas sabia que teria mais utilidade em Porto Real do que como guarda de Sansa. Ela estava segura. Não poderia fazer nada pela menina, mas, talvez,  seu irmão pudesse.

Foi ao encontro do Rei, como de costume, nos últimos dias, estava envolto aos preparativos do ataque a Porto Real. Embora não fosse acompanhar, havia participado de todas as decisões, sentia que ele tentava analisar possíveis falhas no planos que sugerissem uma emboscada. Fez questão que todos os generais soubessem de cada um dos movimentos, dessa forma, se fossem traídos, saberiam. Ela mesma havia sido convocada.

Jaime respeitava o Rei, mas não o idolatrava. Tyrion, por outro lado, havia desenvolvido um relacionamento especial com o Rei. Às vezes se indagava se era o mão da Rainha ou Rei.  Notava também que o sentimento era recíproco. Jon confiava em Tyrion. Sabia que eles se conheciam há algum tempo, quando Jon estava a caminho da muralha. O rei havia passado por muita coisa, de certa forma, entendia a admiração que ele inspirava.

A Rainha também tinha um passado notável, mas nos últimos tempos, deixara-se esconder pela sombra do marido. Estava mais quieta do que de costume. Talvez não entendia muito de guerras.

Esperou que os homens saíssem e pediu para conversar com rei, precisava contar a ele sobre Sansa. Alguém precisava saber. De todos, ele sempre parecera o mais solícito. Além do mais, Arya seguiria para Porto Real, ele ficaria.

- Vossa majestade!

- Brienne. Como possa ajudá-la?

- É sobre Lady Sansa, sua graça. Estive com ela há pouco para me despedir. Ela pareceria estar chorando. Ouvi dizer que recorreu a Meister, creio que referente a uma possível gravidez. Sei que estou traindo a confiança dela, mas você ainda é seu irmão. Eu nunca a vi naquele estado.

- Obrigado por ter me contado, Brienne. Não se preocupe, cuidarei de Sansa. Meister Volkan havia me informado. Sansa estava grávida de Ramsey, mas é bom que não esteja mais. Isso poderia machucá-la ainda mais. A ela e a criança.

- Ela se culpa, meu rei. Se culpa por ter feito isso. Se culpa por ter desejado ser uma rainha. Se culpa por tudo o que aconteceu a ela.

- Fique tranquila, Brienne. Cuidarei de Sansa. Irei até ela agora mesmo. Ela estará em boas mãos e ficará protegida em Winterfell.  Se eu pudesse, eu quebraria a cara daquele maldito um milhão vezes.

- Talvez,   o senhor devesse conversar com Lorde Theon. Ele compreenderá melhor o que se passou com Sansa. Eu nunca a vi assim.

Deixou o grande salão com a consciência um pouco mais aliviada. Sansa estaria em boas mãos, Jon cuidaria dela.

Foi ao encontro de Jaime, ele a esperava com um cavalo selado. Sairiam em breve. O inverno havia chegado, os Starks estavam certos. O frio a congelava, mas,  ao mesmo tempo, a deixava imensamente feliz. Um estrada à sua frente,  a perspectiva de uma guerra, e um antigo companheiro de viagem.

Lorde Tyrion seguia ao lado dele, junto com Bron. Pod seguia ao seu lado. Atrás, Martell e Tyrell erguiam suas bandeiras. Os Greyjoy seguiriam por mar. Sor Davos havia ficado em Winterfell a pedido do Rei. Um pouco mais ao fim, estava Arya, junto com seus lobos alguns membros Irmandade sem Bandeiras. Nem todos quiseram seguir para Porto Real. Alguns preferiam ficar por ali mesmo, queriam a guerra contra os Outros. Cão de Caça estava ali, ao lado de Arya,  como se ainda a protegesse. Àqueles dois, de certo modo, haviam desenvolvido uma relação estranha.

A viagem seria longa, mas enquanto olhava para tamanho de seu exército. Para o poder que a união das casas trazia, tinha apenas uma certeza. Eles poderiam vencer facilmente essa guerra. Cersei perderia seu trono muito em breve.



 



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