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História O meu mundo Ice and Fire - Jon IV


Escrita por: ThaiSnow

Capítulo 22 - Jon IV


Fanfic / Fanfiction O meu mundo Ice and Fire - Jon IV

Jon IV

Do alto dos muros de Winterfell via enquanto seu exército partia para Porto Real. Seu coração ainda estava apertado por ter permitido que Arya seguisse para aquela guerra. Mas sabia que nunca a impediria. A maioria do exército que seguia odiava Cersei acima de tudo. Os Tyrell destruiriam Jaime se ele tentasse traí-los. Confiava em Tyrion, ele nunca havia lhe dados razões para não agir assim.

Não conseguia parar de pensar no que Brienne lhe dissera sobre Sansa. Ele havia prometido protegê-la, mas com a casamento e a guerra, havia se esquecido completamente dela. Sequer lembrava a última vez que haviam conversado. Como fora tão tolo, ela não merecia mais esse abandono.

Pediu para que um dos guardas fosse até a cozinha e preparassem bolos de limão, os preferidos de Sansa. Foi atrás de Meister Volkan, que o assegurou que Sansa estava bem, ao menos sua saúde. Mas o homem sempre olhava com desespero. Ele imaginava o que Sansa tinha passado, mas nunca entrara em detalhes. Achava que era melhor não saber.

Não queria seguir o conselho de Brienne, falar com Theon sempre o deixava alterado. Não conseguia perdoá-lo, por mais que tentasse. Ele havia traído Rob, e isso, isso era imperdoável. Apesar de tudo, foi até a árvore sagrada e pediu que chamassem Theon. Com sorte os deuses o guiariam e ele não quebraria o pescoço de Theon. Sabia que ele partiria em breve.

- Vossa majestade!

-  Theon!

- Como posso lhe servir?

- Sansa. Me conte o que Ramsey fez com ela?

- Me perdoe, mas o senhor não deveria perguntar isso para ela. Eu…

- Eu sou seu Rei. Casado com a sua Rainha, você realmente quer me desobedecer Theon?

Ele sabia que Theon não estava errado, mas ele também sabia que Sansa jamais o contaria. E ele só poderia ajudá-la se entendesse a gravidade do que estava lidando. De todos, ele era o que tinha o pior relacionamento com Sansa. Eles sequer conversavam. Até mesmo Theon a conheceria melhor. Queria que Rob estivesse ali, ele saberia como lidar com Sansa. Ele não era bruto.

- Eu não vou lhe dizer o que você já sabe, Jon. Porque você já sabe que ele abusou dela de todas as formas possíveis, ele a violentou na minha frente, ele a deixou presa no quarto, ele a torturou e destruiu sua alma.

- Era isso que ele fazia. Ele torturava até que as pessoas esquecessem quem eram. Ele as subjugava, as quebrava.

- Tenho certeza de que a sua imaginação será o suficiente para compreender o que ele fez com Sansa enquanto a mantinha trancada em seu quarto tentando ter um herdeiro.

- Lembre-se do que ele fez com você e Rickon.  E eu tenho certeza que você sabe o que ele fez comigo, o que ele tirou de mim.

- Quando eu vi Sansa lá eu chorei, ela não merecia estar lá. Eu sabia o que ele faria com ela,  mas, mas,  eu era Reek. Theon havia morrido. Sansa me salvou. A vontade de salvá-la foi o que me fez ter coragem de voltar a ser eu.

- Ela está quebrada, Jon. Sansa era a menina que gostava de vestidos e histórias de príncipes galantes e cavaleiros. A menina que nós não tínhamos paciência. Ela era uma menina. Uma menina que preferia morrer a continuar sendo torturada por Ramsey. Uma menina que nunca encontrou amor.

- Eu não sei se há nada que possa ser feito, Vossa Majestade. Eu sei que eu mereci o Ramsey fez comigo. Eu merecia tudo de novo.

- Eu traí a única família que eu conheci. Eu traí o único irmão que eu tive ao buscar aprovação de um pai que me repudiava por eu lembrá-lo da guerra que ele havia perdido.

- Eu matei Sir Rodrik,  o homem que me ensinou a usar uma espada e sempre me tratou bem.

- Eu permiti que todos acreditassem que eu matei Rickon e Bran. Eu permiti que Rob morresse pensando isso. Eu permiti que Lady Catelyn morresse sem saber que seus filhos poderiam estar vivos.

- Eu mereci cada tortura. Sansa não fez nada de errado, ela só sonhou. E mesmo assim, ela só perdeu.

- E agora ela perdeu o único irmão que ela tinha. O irmão que a salvou.

- Ela não me perdeu, eu continuo aqui, Theon. Eu não irei a nenhum lugar. Eu a protegerei sempre.

- Desculpe,  Vossa Majestade. Mas você não é mais o irmão dela. Você é o primo. O rei dela. Você tem a sua rainha. Em breve terá seus príncipes e princesas. Você, o bastardo, está vivendo o sonho de Sansa.

- Você acha que ela me odeio por eu ter sido declarado rei? Não, Sansa não é assim. Ela me considerava o seu irmão.

- Eu não acho que ela lhe odeie por você ser rei, Jon. Eu acho que ela o ame.  Você é homem dos sonhos delas.

- Você está louco,  não sei porque eu resolvi conversar com você. Suma da minha frente, desapareça!

As palavras de Theon não saiam de sua cabeça. Ecoavam feito uivos. Sabia que deveria visitar Sansa, mas não conseguia. Maldito Theon.

Tentou se ocupar com inúmeros afazeres. Se permitiu, até,  uma conversa com Melisandre e Toros. Escutou suas profecias e a lenda do príncipe prometido. Não acreditava em nada do que lhe diziam, mas, mesmo assim, estava ali os escutando. Ela o trouxera de volta, algum poder ela tinha. Não faria sacrifícios,  ele não era Stannis. Ela já havia percebido isso. Nem se deitaria com ela novamente, ele não faria isso com sua esposa,  Daenerys não merecia isso.

O dia passou sem que percebesse. Não conseguiu visitar Sansa, mas se assegurou de que ela estava bem. Meister Volkan estava cuidando dela.

Sabia que Daenerys o aguardava e,  como imaginava, lá estava ela. Como sempre, bela. Vestia uma camisola transparente com todo o seu corpo à mostra. A abraçou e a beijou. Sabia que deveriam deitar-se. Ele precisava de um herdeiro, e ele certamente a queria. Mas não conseguia parar de pensar em Sansa.

- O que foi, meu rei. Já enjoou da sua rainha?

Perguntou a mulher deslumbrante que, seminua, sentava-se em seu colo e cheirava a flores do campo. Certamente, ela lhe proporcionava o melhor do seu dia.  

- Perdão,  Danny! Claro que não enjoei de você, só um louco faria isso. A beijou,  tentando apaziguá-la.

- Estou preocupado com Sansa, ela, ela estava grávida de Ramsey. Não está mais. Meister Volkan a ajudou. Lady Brienne veio me contar que estava preocupada com Sansa. Ela está triste. Me senti culpado, sequer lembro a última vez que falei com ela. Eu prometi que a protegeria.

- Você não poderia protegê-la disso, Jon! Ninguém poderia. Mas entendo a sua preocupação. Se quiser, posso me aproximar de Sansa, tentar ser sua amiga. Eu passei por algo parecido, talvez eu a entenda melhor.

A sugestão o havia consolado um pouco,  embora as palavras de Theon ainda martelassem em sua cabeça. Não poderia acreditar naquilo. Sansa sempre seria sua irmã.

Beijou sua esposa e lhe despiu. Mesmo com tudo o que se passava, a mulher lhe excitava e nada no mundo poderia impedir o desejo que sentia por sua esposa. A tomou em seus braços e a possuiu, com calma e depois com fúria. Dessa vez a dominou. Pode perceber que ela o acompanhava em seu frenesi. Notava, em seus olhos, que ela sentia o mesmo prazer que ele.

A atração que sentiam era indescritível. Ele amara Ygritte, mas com Danny era diferente. Era uma paixão que o dominava e o deixava incontrolável. Seu corpo, sua pele,  seu cheiro o deixavam louco. Toda vez que a possuía, terminava esgotado na cama. Divagava em seus pensamentos e vislumbrava que a mulher que estava ao seu lado podia estar carregando um filho seu. Um filho. Por anos a ideia o atormentara, mas agora,  era algo que desejava profundamente.

Ela estava nua ao seu lado. Adormecera com a cabeça em seu peito. Ainda não sabia se a amava,  mas não duvidava, nem por um segundo, que poderia ser feliz ao lado da mulher que tinha ali consigo. Ela o compreendia. Ela era boa. Adormeceu envolto aos sentimentos que tinha por Daenerys e por Sansa.

…..

- Mãe, que lugar é esse?

- Esse é o lugar onde eu nasci, Jaehaerys. Você passará um tempo aqui com seu Tio Ned, até que tudo se resolva.

Quando os imensos portões se abriram, a sua frente,  um senhor de olhos escuros e cabelos negros como a noite os esperava. Ao seu lado, um menino ruivo de cabelos vermelhos e uma menina pequena, também com cabelos vermelhos. Eles tinham olhos azuis profundos, assim como o da moça que o olhava carinhosamente.

- Ned.

- Lyanna. Senti sua falta.

- Caty, obrigada por nos receber e por aceitar cuidar do meu filho.

- Esse é Jaehaerys. Ele precisa conhecer os costumes dos Starks. Além do mais, depois do que o Rei Aerys fez. Rhaegar está inconsolável e preocupado com o bem estar de seu único herdeiro. Por sorte, Daenerys não morreu,  estava em Pedra Dragão. Mas o pobre menino Viscerys.

Ele ficou lá e viu sua mãe partir ao longe. Ela voltaria em breve para buscá-lo, ele sabia.  Moraria com seu tio e com seus primos. Os anos se passaram, e com eles notícias que só o deixavam triste. Sua mãe morrera tentando dar a luz a um novo filho. A morte deixara seu pai inconsolável.

Jaehaerys era o novo rei, tinha apenas 14 anos. Seu tio, Ned,  era seu mão. Seguindo o desejo de sua mãe, se casaria com sua prima, Sansa Stark. Sua tia Daenerys estava prometida a Dorne. Tudo estava ajeitado, mas o menino ainda sentia-se perdido. Casaria em breve com menina que era sua prima, quando atingisse um pouco mais de idade. Seu tio o deixara livre para escolher o que achasse melhor.  Mas ele era uma criança, como saberia melhor.

Os Lannister haviam aparecido com propostas de casamento, mas seu tio não confiava na família. Jardim de Cima também parecia promissor, mas para isso, seu Tio tinha uma ideia um pouco diferente mas que os manteria próximos à família real. Rob seria o pretendente.

- Tio.

- Sim,  Jaeherys. O que se passa?

- Eu não sei se quero casar com Sansa.

- Você deve escolher o que é melhor para você. Ela é uma boa menina, que sempre sonhou em ser rainha. Imagino que será um boa mulher para você, sua mãe e seu pai concordavam. Mas você sabe que essa é uma escolha sua e eu aceitarei o que você considerar melhor, desde que não traga prejuízos ao Reino.

- Você prefere se casar com Danny, é isso? Vocês cresceram juntos e sempre foram muito amigos,  eu entenderia.

- Não. Na verdade, não sei. O que eu devo fazer?

- Deixe o tempo resolver essas coisas,  você ainda é novo.

Alguns anos depois, já com 17 anos, ele tinha feito sua escolha. Atenderia aos desejos de sua mãe, pai e tio. Sansa estava linda.

…………………

Acordou assustado, transpirando. Ao seu lado estava  Danny, sua esposa. Em seu sonho ele tinha tantas pessoas que o amavam. Ele tivera seu pai e sua mãe por um longo tempo. Eles o amavam. Era o herdeiro do trono. Seus irmãos haviam morrido, mas ele crescera com Rob, que ainda estava vivo. Lady Catelyn o tratara como uma mãe em seu período em Winterfell. E ele escolhera Sansa para ser sua esposa. Sansa era sua rainha, sua prima. Ela nunca fora sua irmã.

Passou o resto da noite se remexendo em sua cama, lembrando de sua infância e da infância que poderia ter tido.  Rob era seu irmão, não importava o que dissessem, sempre se trataram assim. Rob era bom e não se importava com o fato de Jon ser um bastardo. Andavam à cavalo,  brincavam com espadas, corriam e sonhavam em ser cavaleiros e senhores de seus castelos. Sansa os desprezava e seguia brincando com Jeyne Poole. Arya os seguia, assim como Bran. Rickon pegara o mesmo costume. Apesar de tudo, Jon fora feliz. Ele não tinha uma mãe, mas ele tinha uma família.

Procurou nas suas lembranças momentos que tivera com Sansa, eram poucos. Ela não tinha a menor afinidade com as brincadeiras dos irmãos. Além do mais, quando não estava com Jeyne, estava com sua mãe.

Lembrou da comitiva de Porto Real, quando suas vidas mudaram drasticamente. Lá estava ela sonhando com seu príncipe de cabelos dourados. Rob estava com ciúmes da irmã. Mas ele sentia-se indiferente, não eram tão próximos. Sequer se despediram. Eram estranhos morando no mesmo castelo. Se culpava por nenhuma vez ter pensado nela. Quando Ned morreu, ficou apreensivo, suas irmãs estavam lá. Mas era Arya por quem perdia o sono. Sua pequena irmã. Foi só quando teve Sansa em seus braços em Castelo Negro, quando a viu em pedaços que reconheceu sua humanidade, que lembrou da menina doce que ela era. Foi quando ela o abraçou sem medo, mas com toda a entrega de um ser, ele sabia, ela era sua.

A manhã chegou e com ela, suas incertezas e dúvidas se acentuaram. Danny acordara, linda e resplandecente. O beijou suavemente e logo vestiu suas roupas de montaria. Sabia que iria atrás de seus dragões, era seu hábito pela manhã, ver seus filhos. Às vezes a acompanhava, os dragões não o estranharam,  ao contrário.

Percorreu as torres e o pátio de Winterfell. Checou seus exércitos. Mas nada tirava seus pensamentos do sonho da noite anterior e de que, mais cedo ou mais tarde, deveria falar com Sansa. Seus pensamentos foram interrompidos por Sor Davos, que trazia apressadamente um corvo de Edd. Por um momento teve certeza que os outros se aproximavam, o que fariam?

- Vossa alteza, tenho boas notícias. Melhor, o Comandante da Patrulha da Noite as tem. Leia.

“Jon,

Não acreditei quando vimos em nossos portões seu irmão Brandon Stark. Ele está aqui, com uma menina chamada Meera Reed. Fique tranquilo, por enquanto está tudo seguro na muralha. Principalmente após os reforços enviados.

Venha buscá-lo, meu amigo.

Edd.”

Bran estava vivo, seu irmão sobrevivera. Nunca pensou que poderia ficar tão feliz em sua vida. Ele teria consigo Arya, Bran e Sansa. Eles sobreviveram apesar de tudo. Saiu correndo como uma criança, feliz com a notícia que, certamente, tiraria Sansa de sua melancolia e os faria voltar ao que eram. Entrou no quarto, abruptamente, ela ainda estava com suas roupas íntimas.

- Desculpe,  Sansa! Eu realmente tenho que aprender a bater na sua porta.

Enquanto ela vestia um pesado vestido, pôde perceber o corpo de Sansa. Ela havia ficado linda. Mesmo as marcas que agora cobriam sua pele não retiravam sua beleza. Ela era mais alta que Danny,  sua pele era ainda mais branca. Mas eram os seus olhos azuis que tiravam seu fôlego.

- Diga, Jon. O que foi? Por que me olha desse jeito?

- Nada.

- Como nada, você entrou aqui como criança que acabara de ganhar uma nova espada.

- Bran está vivo! Vou hoje mesmo buscá-lo. Está na Muralha.

Sansa pulou em seus braços como fizera quando se reencontraram depois de tantos anos. Aquele mesmo abraço, com aquele mesmo carinho. Aquela certeza de juntos eram mais fortes. Um abraço que para eles significava tanto. Não puderam salvar Rickon, mas, ao menos, salvariam Bran.

Era estranho, eles não precisavam dizer nada para externar seus sentimentos. Mergulhou na profundidade de seus olhos azuis, azuis escuros. Azul como um oceano profundo. Ela se soltou de seus braços e se afastou.

- Que bom que ele está vivo,  Jon.  Traga-o seguro, por favor!

- Você está bem?

Se aproximou e sentou ao lado dela.

- Não muito. Minha mãe nunca me perdoaria pelo que eu fiz. Eu matei uma criança, Jon.

- Lady Catelyn era uma mulher justa. Você era a princesa dela. Ela a amava imensamente Sansa, eu tenho certeza que ela estaria aqui ao seu lado se pudesse e ela apoiaria.

- Ela não está aqui, mas eu estou. Eu sei que não é a mesma coisa, mas eu sempre estarei aqui por você.

Ela se apoiou em seu peito, seus olhos marejados. Não era justo tudo o que havia acontecido com ela.

- Você será feliz, Sansa. Eu lhe prometo.

- Não faça promessas que você não pode cumprir. Eu sei que é isso que você deseja. Mas eu  não tenho mais essas ilusões.

- Espero que você esteja feliz com sua Rainha. Ao menos, eu sei que você sempre a tratará com respeito. Afinal, você até pode não ser meu irmão, mas foi criado pelo mesmo homem que eu. E meu pai o ensinou a ser um grande homem. Você tem sido um grande Rei, um dia será um grande pai. Daenerys é uma mulher de sorte.

- Você me dá mais créditos do que eu mereço.

- Eu não vou descansar enquanto eu não puder fazê-la feliz. Você merece ser feliz,  Sansa.

Pegou seu rosto e novamente mergulhara em seus olhos.

- Você é linda, sempre foi. Essa beleza que nunca pertenceu aos portões de Winterfell. Essa beleza que claramente não veem dos Starks,  e sim de sua mãe.

- Você é doce e gentil. É também forte e justa.

- A vida não foi como imaginávamos. Você deveria ser uma Rainha de um Rei que amasse acima de tudo e a fizesse a mulher mais feliz do mundo.

- Eu tenho certeza que esse dia chegará.

- Beijou sua testa e abraçou. Gostava de tê-la em seus braços. O conforto que lhe trazia era algo que não conseguia medir. Era como se encontrasse paz. Como se aquele abraço lhe desse volta tudo o que lhes fora usurpado. Abraçar Sansa era como abraçar seu passado. As risadas soltas com seus irmãos. Os olhares caprichosos e mimados de Sansa enquanto os via sujos. A mesa do grande salão de Winterfell com Ned e Lady Catelyn. Era seu lar. Sansa era seu lar, seu porto seguro.

Sabia que precisava soltá-la,  precisava sair dali. Mas uma parte de si queria ficar naquele momento para sempre. Quando finalmente se desvencilhou, novamente cruzou com seus olhos profundos. Nunca saberia o que o possuiu, o que levou a um ato que precisaria de mais uma vida para justificar. Mas seus lábios se encontraram e não da forma como deveriam, mas como se tivessem sido feitos para aquele momento preciso.

Era doce, suave e terno. Tinha gosto de lar, de certeza. Era puro. Era deles. Se beijaram como se o tempo fosse deles.  Sem pressa para que aquele momento chegasse ao fim. Não queriam dizer adeus ao que aquilo significava.

Segurou seu rosto e afastou. Era errado, mas ao mesmo tempo tão certo. Porque algo errado era tão bom.

Não podemos fazer isso, Sansa. Você está machucada por isso… por isso fizemos isso. Vai passar,  eu lhe prometo. Você encontrará alguém que lhe ame da forma que você merece. Que a projeta, que a trate com cuidado e com todo amor que você instiga.

- Eu.. eu não posso fazer isso. É errado.. Você mesmo me pediu para que não desrespeitasse Daenerys.

- Jon, como algo errado pode ser tão bom?

- Sansa, você é minha irmã, isso não pode acontecer.

- Não, Jon. Eu sou sua prima. E sim,  isso pode acontecer. Eu te amo como nunca imaginei que amaria ninguém na minha vida. Eu sei,  eu sou a pessoa mais estúpida do mundo. Eu só amo príncipes e reis. Não é? Uma garota estúpida.

- Eu amo desde sempre, eu só não sabia diferenciar. Foi preciso que mundo me quebrasse. Foi preciso ver as pessoas pelo que elas realmente são para saber que nenhum homem nesse mundo poderia me fazer feliz,  a não ser alguém que compreendesse quem eu realmente sou.

- Eu não vou me casar com ninguém. Eu não vou pretender ser feliz. Eu quero ser feliz de verdade e só há uma pessoa nesse mundo que pode me dar isso, e essa pessoa é você.

- Eu vou esperar ou morrer esperando.

Ela o beijou novamente. Ele queria controlar seus impulsos,  mas não resistiu. Seu corpo e mente foram consumidos por aquele momento. Ele a queria para sempre com ele. Era egoísta de sua parte, mas aquele beijo significava muito mais do que ele poderia descrever. Se afastou antes que perdesse  totalmente o controle dos seus desejos.

- Eu preciso ir, Sansa. Eu preciso buscar Bran.

Juntou seus homens, se despediu de Daenerys e seguiu em direção à muralha. A última vez que  seguiu por esse caminho sua vida mudara drasticamente. Mas ele voltaria. Sua vida, seu coração e seu futuro estavam ali. Ele voltaria para sua família, nada o impediria.

 


Notas Finais


Eu acho que a história tem que se repetir e afinal de contas agora ele é um Tagaryen.


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