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História O meu professor de química - Como o errado pode parecer tão certo?


Escrita por: Bizzlerauhl

Notas do Autor


Oi gente! Como eu disse no capítulo passado eu estava em semana de provas, acabou hoje, graças a Deus! Eu n aguentava mais estudar

O capítulo estava "pronto" faz três dias. Como assim "pronto"? Eu escrevi uma parte que dava para ter parado lá, mas eu resolvi aumentar o tamanho do capítulo e postar tudo junto. Acho que assim é melhor.

Espero que vocês gostem, boa leituraaaaa!

Capítulo 17 - Como o errado pode parecer tão certo?


Niall e eu entramos na escola discutindo pelo ocorrido no café da manhã. Acontece que meu irmão não gosta quando eu pego as coisas dele emprestado. Eu já sabia disso, mas eu acho as coisas dele muito legais.

- Você tem as suas próprias meias, Malia! Para de ficar pegando as minhas, que saco! - Ele reclamou, irritado.

Eu estava usando uma meia dele. 

- Mas Niall, a gente aprendeu a dividir! - Eu retruquei, apressando o passo para alcançá-lo. Meu irmão é alto, eu bato no coração dele.

Ele percebeu meu esforço e andou ainda mais rápido.

- Mas você tem meias! A mamãe compra meias para você! Então use as suas meias, entendeu? - Ele se virou bruscamente para mim, me fazendo trombar contra o seu peito.

- Mas eu gosto de usar as suas coisas - eu disse. 

- Por quê?

- Porquê me lembra você.

Niall respirou fundo, tentando se acalmar.

- Você pode, pelo menos, pedir antes? - Seus olhos já estavam mais suaves. 

- Posso - Niall sorriu - tentar. - Ele me olhou sério e eu abri um sorriso amarelo. - Tô brincando. Eu vou pedir quando eu quiser pegar as suas meias.

- E as blusas também.

Droga.

- E as blusas também.

- Tá - ele suspirou, endireitando os ombros e voltando a caminhar para a sala de aula.

Nossos amigos estavam na frente da porta quando chegamos. Ainda não haviam aberto a porta então ficamos conversando até algum monitor de corredor abrir. 

Hoje é o dia do meu encontro com Louis. Tentei muito dormir ontem à noite mas quase não consegui. Acordei o tempo todo, como se, num passe de mágica, já fosse sete horas da noite. O fato de Louis querer perder tempo indo em um encontro quando já nos conhecemos me faz querer que chegue logo para que eu possa contar a ele que eu não sinto mais nada por Cody. Que eu desapeguei do passado e estou pronta para o futuro.

O monitor de corredor abriu a nossa sala e todos os alunos que estavam lá fora foram entrando.

- Malia, eu preciso falar com você - Cody disse, agarrando meu braço. As pessoas passaram por nós, nos deixando sozinhos na frente da sala.

Eu o olhei confusa.

- Agora? Falta pouco para bater.

Cody cruzou as mãos e mordeu um dedo. Eu estranhei. Ele está ansioso para alguma coisa?

- Não vai demorar.

- Tudo bem - eu sorri.

Ele foi direto ao ponto.

- Malia, eu ainda gosto de você.

Meu sorriso foi murchando.

- Cody...

- Não, só me escuta, por favor - ele implorou. - Eu errei, eu sei disso. Mas eu ainda gosto de você e eu acho que você ainda gosta de mim também, Malia. - A campa bateu - Eu só preciso fazer uma coisa.

Cody segurou minha cintura, se aproximando de mim. Eu olhei, sem reação, ele diminuir a distância entre nós e encostar seus lábios nos meus. Eu fui incapaz de conter a nostalgia ao lembrar do nosso primeiro beijo. Os momentos bons vieram como uma avalanche e então eu percebi o que eu já devia ter percebido a séculos. Não é a boca de Cody que eu quero perto da minha. 

Eu o empurrei, vendo confusão em seus olhos.

Eu olhei por cima dos ombros de Cody e vi Louis, me olhando como se eu tivesse quebrado algo seu de extrema importância. Uma luz se acendeu em minha mente quando eu liguei os pontos e percebi que Louis tinha visto o meu beijo com Cody.

- Louis! - eu dei um passo para ir até ele, mas Louis já havia ido embora. Eu senti meus olhos arderem. - Louis nos viu, Cody!

Minha garganta se fechou, com medo de Louis nunca mais querer falar comigo.

- Relaxa, Malia. O professor é de boa. Ele não vai contar ao diretor que a gente se beijou - ele disse como se o maior dos problemas fosse o fato de termos violado a regra que impede namoro dentro da escola.

- Ele me viu beijando você - eu murmurei para mim mesma, querendo correr atrás de Louis.

- Ele não se importa, relaxa. 

Eu me virei irritada para Cody.

- Nunca mais faça isso! Eu esqueci você, porra! - Eu gritei. - Eu segui em frente, eu encontrei outra pessoa. Eu estou feliz, Cody - eu disse, exasperada. E se Louis não quiser mais olhar na minha cara? 

Oh céus. 

E o nosso primeiro encontro?

- Malia, eu...

- Eu posso ser a sua amiga. Mas nada mais do que isso - eu entrei na sala, deixando-o lá fora. 

Me sentei na minha cadeira e me segurei para não gritar de ódio. Quando eu me decido vem alguém e atrapalha.

Logo o professor de matemática entrou em sala, seguido de Cody e começou a aula.

Eu não tive aula de química hoje, mas na hora da saída e do lanche rodei a escola atrás de Louis, eu o achei apenas no estacionamento.

- Louis! - Eu gritei, mas ele já estava entrando no carro e seguindo para longe dali. - Merda.

Eu procurei Lily entre a multidão de alunos e a achei conversando com o namorado.

- Eu preciso de uma carona - eu pedi, me controlando para não surtar. Odeio quando eu fico nervosa.

- Mas você não vai para casa? - Ela perguntou e eu neguei. - Para onde você vai? 

Pensa rápido, pensa rápido.

- Para a casa do meu ficante - a meia verdade acabou escapulindo.

- Eita! Eu vou conhecer ele? 

- Não, Lily. Você pode, por favor, me levar lá?

- Posso, Malia. Vou ser a melhor taxista que você já pegou - ela disse, se despedindo de Travis e indo comigo para o carro dela.

Dei as coordenadas para Lily, que voou. Chegamos lá e Lily parou em frente ao prédio.

- Chegam... Eeeeeeita, aquele não é o nosso professor de química? - Ela apontou para a recepção. 

Louis sorria amigavelmente para o porteiro enquanto pegava umas correspondências.

Puta merda. 

- Será? Que coincidência - eu abri um sorriso amarelo. - Eu vou indo, obrigada.

- Por nada, ei você quer que eu te espere? - Lily perguntou.

- Não vai te atrapalhar?

- Não.

- Eu quero.

- Ok.

- Obrigada - eu sorri para ela e saí do carro, indo até a portaria.

- Olá - eu sorri para o porteiro e corri para o elevador.

- Ei, onde você vai? - Ele me chamou.

- Tentar salvar o meu encontro - o segundo elevador abriu e eu entrei, fechando a porta antes que ele pedisse meus dados para anotar na ficha de visitantes.

Qual é o andar do Louis mesmo? Eu tentei recordar da outra vez em que eu estive aqui e chutei no terceiro. A porta se abriu e eu passei os olhos pelos tapetes, procurando o que dizia "bem vindo" em amarelo e marrom. Não tinha nenhum. Apertei no sétimo. Nada. Apertei no oitavo. Quase chorei de alegria. Lá estava o tapete. Saí do elevador e toquei a campainha. Ouvi passos do outro lado da porta e assim que a porta abriu eu comecei a falar.

- Não foi o que você estava pensando, eu não quis beijar ele, eu gosto de - eu tagarelei sem parar até perceber que não era Louis. Era a senhora que eu disse no elevador que eu tinha meia de maconha. - Você não é o Louis - a olhei torto e depois olhei para o tapete. - Até mais. Tenha um bom dia - Eu saí da frente da porta dela e voltei para o elevador; sorte que ele ainda estava lá. Cliquei no quarto. Nada. Cliquei no sexto. A porta se abriu e lá estava o tapete de boas vindas. Nunca mais eu esqueço o andar de Louis.

Parei na frente da porta dele, pronta para tocar a campainha. Eu não fiz nada de errado, né? Não fui eu quem beijou o Cody, eu não queria beijar o Cody, eu fui pega de surpresa.

Eu respirei fundo, criando coragem. Apertei a campainha e no período de quinze segundos que Louis levou para abrir a porta eu cogitei me esconder no elevador, nas escadas, nas escadas de incêndio e atrás do vaso de plantas da vizinha. Eu pensei tanto que Louis abriu a porta e eu fiquei parada na frente dele, igual a uma batata morta.

Louis ergueu uma das sobrancelhas e eu sorri amarelo.

- Oi - eu disse. - Eu tava passando pela vizinhança e lembrei que você mora aqui - não sei porque eu disse isso.

Louis continuou me encarando sem um pingo de humor. 

- Na verdade eu convenci a minha melhor amiga a me trazer aqui em uma tentativa de tentar salvar o que nós temos - eu desembuchei.

- E o que nós temos, Malia? 

Outch!
 

- Eu não gosto do Cody. Eu não quis beijar ele; Cody veio com um papo de que queria conversar e me beijou - eu expliquei. Louis me olhou com descrença. - Eu já superei o Cody!

- Será mesmo? Porque eu tentei odiar o cara, tentei muito. Mas ele é maravilhoso. É um gênio! Engraçado, estudioso e não bebe! 

Eu o olhei confusa.

- O que você quer dizer com isso?

Louis suspirou, se apoiando na porta.

- Que ele é um cara legal para namorar. Ele pode te dar o que eu não posso, Malia. Ele pode segurar a tua mão naquela escola e dizer para todo mundo que vocês estão namorando. Ele pode te beijar sem que ninguém fale. Ele pode te admirar sem que ninguém o condene.

Eu me encolhi diante de seus pensamentos.

- Você estava tão disposto a tentar fazer com que dê certo... o que aconteceu?

- Isso é errado. A gente é errado.

Eu fervi de raiva.

- Não diga isso!

- Não diga isso você! Uma hora nós estamos bem, na outra chega o seu ex-namorado e seus sentimentos por ele ficam aflorados, depois a gente tá bem de novo e então eu vejo você o beijando! Porra, Malia! A gente começou errado, quais são as chances disso dar certo?

Louis estava vermelho.

Eu me enchi ainda mais de raiva. Ele acha que a gente não vale a pena? Ah, vai tomar no cu.

- Então a culpa é minha? Eu fiquei indecisa, sim, mas você disse que esperaria por mim! E agora você diz que a gente não vai dar certo? Que a gente começou errado? Como você acha que eu me sinto com você dizendo isso na minha cara? - Eu gritei de volta, querendo atirar minha mochila no chão várias e várias vezes.

- Como eu acho que você se sente? Você é tão cega que não consegue ver que eu estou apaixonado por você? 

As palavras dele tiveram o efeito de uma voadeira. Eu dei um passo para trás, atordoada. 

Louis está apaixonado por mim? 

- Louis, eu... - Eu fiquei sem reação.

- Eu não quero me machucar, Malia - ele foi sincero. Louis suspirou e passou as mãos entre os cabelos. - Como pode algo tão errado parecer tão certo? 

Eu o olhei, mordendo os lábios. 

- Você quer que eu vá embora? 

- É o certo a ser feito.

- Tudo bem - eu o olhei, anotando mentalmente os seus traços tristes. Eu me virei para ir embora, mas parei, decidindo se contava ou não. Eu olhei para trás, vendo que Louis me encarava. Ele ajeitou a postura ao ver que seu olhar era correspondido. - Só para você saber, que entre você e ele, você será a minha escolha.

Andei em direção às escadas, não querendo esperar o elevador, deixando Louis para trás. Será que todo relacionamento que eu tiver eu vou acabar saindo machucada? 

Eu segurei as minhas lágrimas até chegar no meio das escadas, então eu as liberei. Logo cheguei no térreo e, ao passar pelo porteiro, que ao ver meu rosto vermelho, me ofereceu uma água. Eu bebi, agradecendo a ele e segui para o carro de Lily. Bati no vidro e ela destravou a porta, me olhando confusa e atordoada ao ver meu estado. Lily me abraçou e mesmo sem saber o que aconteceu, me disse que ia ficar tudo bem.

- Ele está apaixonado por mim - eu funguei em seu abraço.

- Eu pensei que a gente estava chorando de tristeza.

- A gente está.

- Tudo bem - ela me apertou ainda mais. - Por que isso é triste?

- Porque ele disse que nós somos errados juntos.

- E vocês são?

- Depende do ponto de vista de quem olha.

- E do seu ponto de vista?

Eu pisquei, liberando mais lágrimas.

- Para mim nós somos certos.

- Então vocês devia tentar mais - ela aconselhou.

- É complicado demais - eu me desvencilhei do abraço dela e me encolhi no banco do seu carro.

- Relacionamentos são assim, Malia.

- O seu com o Travis não é - ela ficou em silêncio.

- Vai ficar tudo bem - ela me assegurou outra vez.

O resto da semana passou bem. Eu tive aula de química na quarta e na quinta, mas eu liguei o secador e o coloquei na frente da minha testa nos dois dias de manhã. Mamãe pensou que fosse febre e então me deixou faltar. Meu irmão tentou colar em mim dizendo que achava que tinha pego a mesma coisa que eu mas a mamãe o cortou logo dizendo que febre não é contagioso.

Na sexta eu acordei um pouco mais feliz. É o dia do meu aniversário! Finalmente dezoito anos! 

Fui até a cama do meu irmão e me joguei em cima dele.

- Parabéeeeeeeens!

Niall se ajeitou em baixo de mim de modo que eu me encaixasse em seu colo.

- Parabéeeeeens! - Ele disse, morrendo de sono.

Mamãe abriu a porta do quarto, já ciente da minha tradição com Niall. Nós sempre somos as primeiras pessoas a dar parabéns um para o outro.

- Feliz aniversário, meus amooooooores! - Mamãe se jogou em cima da gente, nos abraçando e beijando.

- O que a senhora fez de gostoso para a gente tomar café? - Niall perguntou.

- Eu comprei um bolo.

- De que?

- Cenoura.

- Aaaaaai que delícia! - Eu disse, animada.

- Vamos tomar café? - Ela perguntou.

- Vamos - meu irmão e eu dissemos juntos. 

Saí do quarto de Niall e entrei no banho. Depois eu coloquei o uniforme e arrumei o cabelo, passando um perfume e descendo para a cozinha.

Encontrei mamãe e Niall. A gente cantou uma canção de aniversário e comemos. 

- Vamos? - Niall me perguntou e eu assenti, pegando minhas coisas e indo para o carro dele.

- A gente podia dar um passeio né? Afinal não é todo dia que a gente faz dezoito anos - eu disse quando ele deu partida.

- Mas a gente não vai se atrasar?

- A gente vai ser rápido.

Niall colocou In The Club do 50 cent para tocar e nós cantamos em voz alta. Passamos por uma senhora passeando com o cachorro, eu abaixei o volume e o vidro.

- Hoje é o nosso aniversário! - Eu gritei para ela.

- Feliz aniversário - ela disse com um sorriso banguela. 

Demos uma volta pela vizinhança até Niall decidir olhar o relógio e ver que a gente estava super atrasados. Voamos para a escola e estacionamos longe, já que as vagas que tinham perto já haviam sido pegas. O porteiro da escola nos olhos torto e eu e meu irmão choramos para ele.

- Hoje é o nosso aniversário! - Eu disse, animada.  

Todo os funcionários da escola simpatizam com a gente. O porteiro deixou a gente entrar e, como presente de aniversário, não anotou na nossa ficha sobre o atraso.

Niall e eu corremos para a porta e assim que entramos na sala nossos amigos, e depois a turma inteira, cantou parabéns. Ouvimos várias felicitações e recebemos vários abraços, inclusive de Cameron, o professor que a gente tinha aula agora.

- Quem nasceu primeiro? - Ele perguntou assim que a gente se sentou.

- É, eu sempre tive essa curiosidade - Emma disse.

- Eu não sei.

- Eu - Niall e eu respondemos ao mesmo tempo. 

 Ele me olhou torto.

- Você?

- É.

- Como você sabe que foi você?

- Porque meu nome começa com M e o seu com N. E no alfabeto o M vem primeiro - eu expliquei.

Todo mundo caiu em gargalhadas, sem acreditar na minha explicação.

- Nada haver - meu irmão disse.

- Tinha que ser a Malia - Zayn provocou e eu revirei os olhos.

- Pergunta da mamãe então - eu disse, sem dar bola para eles. É claro que eu sou a mais velha, é questão de lógica.

- Ei, por que você estava faltando? - Harry perguntou.

- É, você perdeu assunto novo de física e de química - Liam disse.

- Eu estava com febre - menti. 

- O Niall disse que era gripe - Emma fez careta.

- Eu confundi - meu irmão retrucou.

- Pior que a Malia só o Niall para confundir a testa quente com espirro - o nosso professor de matemática caçoou, arrancando um risos.

- Ei, vocês vão para a festa de aniversário do Dylan né? - Lily perguntou.

- Eu não quero ir, não - eu disse. 

Todos me olharam desesperados.

- Por que não? - Emma perguntou.

- Porque é o meu aniversário, era para a gente estar comemorando o meu nascimento - eu respondi.

- Nosso - meu irmão pigarreou.

- Pois é. Você quer comemorar o seu aniversário da festa de outra pessoa? Vão cantar parabéns para ela e não para você! - Eu retruquei.

- Mas você tem que ir! - Cody disse.

- É! Vai, por favor! - Harry pediu.

- Faz tempo que a gente não sai todo mundo junto - Liam disse.

- Deixem a menina em paz - Zayn disse, sem humor. Todos olharam irritados para ele. - Vai sobrar mais comida para a gente mesmo - ele deu de ombros.

- Comida? - Eu perguntei. 

Geralmente não tem comida em festas de adolescentes, só bebida.

- É, vai ser numa pizzaria que também é danceteria - Zayn respondeu, desinteressado.

- Já que vocês fazem tanta questão da minha presença eu vou - eu disse, já pensando que eu não vou comer muito no almoço para poder caber muita pizza na minha barriga.

- Tá, oito horas todo mundo lá? - Lily perguntou.

- Sim - Liam respondeu.

 

 

- Niall, eu ainda dá tempo da gente ir comemorar a data da nossa chegada ao mundo em uma sorveteria - eu disse para o meu irmão assim que nós descemos do carro.

Ele caminhou para a entrada.

- Não.

- Por que não?

- Porque é só uma festa, Malia. Vamos curtir um pouquinho. Por que você não quer entrar?

Eu suspirei, fazendo biquinho.

- Eu não quero ver as pessoas cantando parabéns para outra pessoa que não seja a gente.

Niall me puxou para um abraço e beijou o topo da minha cabeça, continuando a caminhar em direção à pizzaria.

- Amanhã a gente vai a onde você quiser e comemora o nosso aniversário, pode ser assim? 

Eu sorri.

- Pode!

Niall abriu a porta da pizzaria e a luz estava apagada.

- Viu? Não tem ninguém aqui. Vamos logo comemorar o nosso aniversário na sorveteria  - eu disse.

As luzes se acenderam e logo várias pessoas apareceram na minha vista, gritando surpresa.

Eu apertei o braço do meu irmão, assustada. 

Logo todos começaram a cantar parabéns para gente e eu dei uns pulos de alegria, nossos amigos vieram nos parabenizar e eu os olhei encantada. Eu estou realizando um dos meus maiores sonhos!

- Vocês fizeram uma festa surpresa para a gente?

- Na verdade foi ideia do Niall - Emma disse.

- Você planejou a própria festa surpresa? - Eu perguntei animada para o meu irmão.

Niall sorriu.

- Não, eu planejei a sua festa surpresa.

Eu sorri, o abraçando com força.

- Obrigada.

- Por nada - ele me apertou em seus braços antes de me soltar.

Abracei minha mãe, uns colegas da escola e por fim Cameron e Daniel.

- Vocês vieram? - Eu perguntei, surpresa e animada.

- Claro - tio Dani disse. - A gente não perderia por nada.

Eu olhei acusatória para Cameron.

- Você teve aula comigo hoje e não me falou nada?

Ele deu de ombros com um sorriso zombeteiro.

- Surpresa é surpresa.

- Quando foi que vocês descobriram da festa? - Eu perguntei curiosa. A quanto tempo o meu irmão planejou a festa?

- Semana passada. Niall chamou nós dois e o Louis - Daniel disse.

Meu sorriso cessou, lembrando do ocorrido com Louis.

- E ele não veio? - Eu perguntei, sentida.

- Estou atrás de você - a voz que eu tanto gosto soou atrás de mim. 

Eu me virei lentamente e vi Louis.

- Sr. Tomlinson! - Eu disse, sem acreditar que ele veio mesmo.

Pelo canto do olho vi Cameron e Daniel se distanciarem, nos deixando a sós.

- Feliz aniversário - Louis se aproximou de mim, me entregando uma caixa.

- Você me comprou um presente? - Eu o olhei surpresa.

- Dizem que não é legal chegar nos aniversários sem presente - ele deu de ombros, mas nos lábios havia um sorriso fino.

- Obrigada - eu sorri, agarrando ainda mais o presente. - Eu posso abrir? 

- É seu.

Eu tentei abrir a caixinha da maneira mais delicada possível. Dentro havia uma pulseira prateada, dessas de colocar pingente, e um único pingente solitário. Eu puxei a pulseira, examinando o pingente. Era um patins rosa. 

Em minha mente veio um dos nossos primeiros encontros que não eram oficialmente encontros. A gente foi em uma pista de patinação. Eu caí em cima de Louis, deixando um roxo em suas costas.

Me peguei sorrindo em quanto admirava a pulseira e a memória que ela me trouxe.

- Eu não sabia se você iria gostar... - Louis começou e eu o olhei, o fazendo parar de falar.

Seu olhos azuis esverdeados me encaravam com ansiedade.

Seus lindos

E belos

E de tirar o fôlego 

Olhos azuis esverdeados.

Será que ele sente a minha falta do jeito que eu sinto a dele? Será que ele pensa em mim antes de dormir? 

Eu entendo que ficar com Louis é sinônimo de segredo mas... sacrifícios não devem ser feitos? Louis estaria tão disposto a se sacrificar quanto eu? 

E em meio a várias perguntas veio a mais importante, e a que nunca foi respondida.

- Você não respondeu a minha pergunta - eu lembrei.

Louis me olhou confuso.

- Que pergunta?

- A que eu mandei no dia em Harry te ligou.

Os olhos de Louis se suavizaram.

- Aquilo não era uma pergunta.

- Claro que era.

- Eram um monte de letras digitadas a esmo.

Eu puxei o celular, procurando a mensagem. Louis estava certo. Eu mandei a mensagem quando estava bêbada.

Voce limpfi msj comjfk?;;,;,;;,,,

- Você pode traduzir? - Ele pediu.

Eu suspirei, travando o celular e o guardando.

- Você limparia o meu vômito?

Louis me olhou torto.

- Como é?

- Você limparia o meu vômito?  

Louis me olhou um tempo, pensando.

- Eu não entendi, é uma suposição?

- Se eu bebesse tanto a ponto de vomitar em mim mesma, você me limparia?

- Por que isso importa?

- Sim ou não?

- Sim. Limparia até se você estivesse com diarreia.

Eu assenti lentamente, raciocinando e pondo os meus sentimentos no lugar. 

- Por quê? - Louis perguntou.

- Por quê o quê?

- Por quê você fez essa pergunta?

- Para ter certeza dos meus sentimentos por você.

Louis me olhou curioso.

- E qual é o veredicto?

Eu sorri, meio triste, meio querendo evitar sofrer por algo proibido.

- Eu estou apaixonada por você.


Notas Finais


Me digam o que acharam.

Malia finalmente organizou o que sentia, tá nas mãos do Louis agora.

Beijos da Clara que AMA vocês ❤


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