História O meu professor de química - Dois dedos

Me joguei na cama, sentindo minhas costas agradecerem. Já passou de quatro e meia da manhã e a festa surpresa havia acabado faz horas. Procurei o celular entre as sacolas de presentes e quando o achei abri a conversa com Louis.

Malia: Oi, prof

Não demorou muito e ele visualizou.

Louis: Oi, Malia

Louis: Estava fazendo uma coisa que só me lembrou você

Malia: O que você estava fazendo?

Louis: Comendo bolo de cenoura

Minha mente gulosa gritou.

Malia: EU QUERI

Malia: QUERO

Malia: Me dá?

Louis: Vou mandar um pedaço virtual para você

Eu revirei os olhos.

Malia: Vou dormir.

Louis: ESPERA

Eu não fechei a conversa, esperando ele digitar mais alguma coisa.

Louis: Quer dar uma volta? Eu levo um pedacinho bem pequeno para você

Malia: Quantos dedos?

Louis: Quantos você quiser – junto a mensagem ele enviou um emoji de safado.

Eu cerrei os olhos, arregalando-os logo depois. Ele não estava flertando comigo sobre me masturbar, estava? Tanto com a mente gulosa quanto com a que agora estava atiçada, respondi.

Malia: Quero dois

Louis: Saindo de casa, acho que em quinze minutos eu chego aí

Malia: Estarei esperando

 

Respondi umas outras mensagens, sendo uma de Harry.

Harry: Eu deixei minha cueca aí?

Malia: Não sei, tinha uma preta lá no varal, é sua?

 

Me levantei da cama para trocar o pijama por uma calça jeans com moletom. Meu celular apitou.

Harry: Não lembro qual cueca eu estava usando no dia da festa

Harry: Você pode mandar foto dela para mim?

Malia: Para quê você quer isso?

Harry: Eu tô sem cueca limpa, esqueci umas na casa do Liam faz tempo

Malia: Posso mandar foto depois?

Harry: Pode

Malia: Manda uma mensagem para o Niall também, pede para ele separar a sua cueca

Harry: Tá

 

Meu celular vibrou.

Louis: Cheguei

Peguei dinheiro e enfiei no bolso da calça. Desci as escadas e destranquei a porta com cuidado, caminhando até o carro de Louis.

Ele se aproximou de mim, tomando meus lábios para si. A língua de Louis explorou minha boca com calma, roçando-se na minha. Afastei quando o ar se fez ausente, respirando fundo.

- Seus dois dedos – ele estendeu uma vasilha com garfo e piscou para mim, dando partida no carro.

Segurei a vasilha no colo enquanto observava a rua escura, iluminada apenas pelos postes.

- Obrigada.

Poucos carros circulavam, mas as casas noturnas estavam borbulhando de gente.

- Você tá com fome? – Louis perguntou.

Eu abri um sorriso.

- Sempre – ele soltou um risinho com a minha resposta.

Passamos em um McDonalds e fizemos o pedido.

- Para onde estamos indo? – Perguntei ao ver Louis dirigindo para longe. Segurei com cuidado a sacola de comida em minhas mãos.

- Em um dos meus lugares favoritos – ele respondeu.

A rua estava totalmente deserta, apenas nós dois ali. Louis estacionou o carro de frente para um penhasco, tipo uma montanha. A nossa frente podíamos ver toda a cidade envolvida pelas sombras da noite, com pontos brilhantes dos postes. É lindo.

- Nunca tinha visto a cidade desse jeito – eu falei, animada, descendo do carro e indo olhar.

 

Louis desceu com as sacolas na mão e se sentou no capô do carro, observando a vista. Me sentei ao lado dele, pegando o sanduíche que ele esticava para mim.

 

Ainda absorta pela vista totalmente linda, perguntei:

- Como você descobriu esse lugar?

Louis deu de ombros, bebendo refrigerante.

- Ele não é exatamente secreto – ele disse, encarando a cidade. – Venho bastante aqui quando estou irritado. Sinto que a vista me acalma.

Observei Louis. Seus olhos esboçavam paz e tranquilidade, e uma sensação de proteção queimou em meu sangue. Uma sensação avassaladora e uma certeza; eu gosto da companhia de Louis mais do que comer. Gosto da tranquilidade que ele me passa, da segurança. Me aproximei dele devagar, com cuidado para não tocar na comida que eu quase não conseguia ver por conta da escuridão, e beijei seu maxilar. Sob meus lábios, senti Louis abrir um sorriso. Recuei de volta para o meu canto e mordi meu sanduíche.

- O que acalma você? – Ele quis saber.

Eu tive de parar para pensar. Eu não sou de me irritar, raramente me estresso.

- Eu sou do tipo que afoga todos os sentimentos na comida – respondi com sinceridade. – Sejam felizes ou tristes. Acho que mastigar é o que me acalma – dei de ombros, olhando as luzes da cidade. – Seu lugar é fantástico – murmurei, com um sorriso contido.

Senti o olhar de Louis em mim, analisando meus traços.

- Pode ser o seu lugar também – ele disse, baixinho.

Eu o olhei, sustentando o olhar por longos segundos. Louis terminou de comer e deixou o saquinho no chão, se aproximando de mim e abraçando meus ombros. Me aninhei em seu pescoço, inalando seu perfume maravilhoso.

Observei as estrelas acima de nossas cabeças. A noite estava linda, o céu, negro como carvão e as estrelas eram pontinhos brilhando fortemente como diamantes espalhados pelo céu. Um vento frio passou por nós, me fazendo grudar ainda mais em Louis.

Terminei de comer, deixando meu lixo organizado e de lado. Abracei Louis e não demorou muito para os primeiros raios de sol aparecerem.

 

- É fantástico – eu disse, observando o sol surgir e a escuridão ser inundada pela luz. – Que horas são?

 

- Seis em ponto – ele respondeu, se afastando de mim e se espreguiçando. – Podemos ir?

 

Eu assenti, dando uma última apreciada na vista e recolhendo meu lixo, entrando no carro.

- Pode deixar atrás do banco, quando eu chegar em casa eu jogo – Louis disse.

 

 

Louis estacionou o carro em frente à minha casa, se virando para mim.

- Obrigada – eu disse a ele, colocando a mão em sua coxa.

Ele se aproximou de mim, tomando meus lábios para si. A língua de Louis passeou pelo céu da minha boca e eu apertei a parte de dentro da sua coxa, em resposta. As mãos de Louis deslizaram para os meus braços e foram descendo até se aninharem em minha cintura, fazendo pressão. Levei a outra mão para o seu pescoço e me levantei um pouco para agarrá-lo melhor. Louis aproveitou a brecha e me puxou para seu colo. A minha região lombar batia no volante quando eu me inclinei para frente e retomei o beijo. As mãos de Louis desceram para a minha bunda, apertando a carne. Soltei um gemido abafado, mordendo os lábios de Louis e dando uma rebolada com suas mãos ainda agarradas a mim. Louis beijou meu pescoço, fazendo movimentos circulares com a língua em minha pele exposta e eu prendi os cabelos para deixar meu pescoço ainda mais descoberto e tombei a cabeça para o lado, deslizando os dedos pelos fios macios e compridos de Louis. Senti algo duro se chocar contra minha vagina e ofeguei. Rocei minha intimidade na de Louis, querendo absurdamente sentir seu pênis. Eu estava extremamente excitada.

Louis beijava minha clavícula quando segurou minha cintura e se remexeu embaixo de mim, tão sedento de contato mais profundo quanto eu. Seu pau duro se chocou contra a minha vagina outra vez, aumentando o meu formigamento. Louis mordeu meu queixo enquanto ele agarrava os meus seios cobertos pelo moletom e os apertava. Minha intimidade pulsou em cima do seu pênis.

Agarrei o pescoço de Louis e beijei seus lábios de forma feroz. Minha mão deslizou pelo seu abdômen até chegar em seu pênis coberto pela calça. Massageei seu membro e apertei de leve porém com firmeza. Louis tombou a cabeça para trás, deixando o pescoço exposto. Mordisquei sua orelha e distribuí beijos por toda a extensão de seu pescoço.

Tentei me afastar para beijar a barriga de Louis mas bati na buzina, fazendo o barulho alto soar. Desencostei, assustada. Louis caiu na gargalhada, olhando para a minha cara de susto. Passei as mãos pelos cabelos, arrumando-os e saí do colo de Louis, voltando ao meu lugar no banco do carona. Inclinei-me para perto dele, beijando sua boca suavemente.

 

- Acho que é melhor eu ir – avisei, distribuindo selinhos em seus lábios.

- Vamos passear de novo – ele propôs, agarrando minhas mãos e me beijando.

- Outro dia, Sr. Tomlinson – sussurrei, lhe beijando uma última vez e abrindo a porta do carro para sair.

Olhei para Louis e os olhos dele brilhavam em prazer e excitação, minha intimidade pulsou outra vez quando eu notei que sua mão apertava o pênis.

Pisquei para ele e entrei em casa, fechando as pernas e forçando uma na outra, tentando apagar o fogo dentro de mim.

 

Eu dormi sozinha e acordei com um ronco alto. Abri os olhos, alarmada, e me choquei com Niall. Ele dormia com a boca aberta e tinha uma baba escorrendo. Fiz careta. Ele roncou outra vez e eu cutuquei sua barriga. Niall roncou de novo e de novo. Não me orgulho do que eu fiz, mas foi necessário.

Cutuquei meu irmão até ele acordar e rapidamente fingi estar dormindo. Ele se mexeu na cama, sem entender e então voltou a dormir, dessa vez sem ronco.

 

No dia de sábado eu e o meu irmão acordamos meio-dia com a nossa mãe nos sacudindo.

-  Deixa a gente dormir pelo amor de Deus – eu implorei, me virando para o outro lado.

- É, vai embora – Niall resmungou passando o braço pela minha cintura e enfiando a cara nas minhas costas. Ele adora dormir em posições estranhas. Uma vez entrei no quarto dele e ele estava dormindo com metade do corpo para fora da cama.

- Tudo bem, eu vou almoçar sushi sozinha então... – Ela disse, nos provocando.

Eu abri os olhos, e em um gesto perfeitamente coreografado, eu e meu irmão gêmeo nos sentamos na cama, olhando para a cara de vitória da mamãe.

- Vou só trocar de roupa – Niall disse, se levantando e indo para o seu quarto.

- Não, senhor. Você vai tomar um banho e escovar esses dentes – ela disse para ele, que resmungou. Eu ri com deboche dele. Mamãe se virou para mim. – E você, nem pense em só usar a mangueirinha, entre no box. – Ela disse antes de se virar para ir embora. Eu resmunguei. Ótimo, vou ter que tomar banho nesse frio.

 

A mamãe esperava pacientemente os filhos dela decidirem, civilizadamente, quem iria na frente.

- Eu vou! – Disse entredentes, olhando séria para o meu irmão.

- Sai pra lá – meu irmão disse, ignorando minha seriedade ameaçadora.

- Niall, você sempre vai na frente – argumentei.

- E o Kiko?

- Vai se ferrar – resmunguei, irritada. – Quem vai na frente sou eu!

- Para de irritar, Malia. Deixa eu entrar logo que eu quero comer.

Puxei a maçaneta do carro, mas Niall empurrou a porta novamente.

- Sai, Niall.

- Não.

- Sai logo!

- Não e não e não!

- Mas...

- Já chega – mamãe se intrometeu. – Os dois vão atrás.

Meu irmão e eu trocamos olhares feios e caminhamos para o banco de trás. Ele e eu ficamos irritados um com o outro até a noite, quando decidimos sair para uma balada. A gente passou na casa da Lily para pegá-la e depois na de Cody e Emma.

- Cadê a identidade? – Lily perguntou.

Ela ainda não tinha dezoito anos então não podia entrar nesses lugares.

- O Zayn quem fez, ele vai levar – Emma explicou.

Chegamos na balada e encontramos com o restante dos nossos amigos lá. Zayn entregou a Lily a identidade dela e deu uma a Cody e uma para Emma.

Entramos na boate e nos misturamos. Liam, Harry, Lily e Zayn foram direto para as bebidas. Emma me puxou para a pista de dança e Cody e Niall vieram juntos.

 

A batida de uma música da Britney Spears começou. Os meus amigos se reuniram ao nosso redor. Harry puxou Emma para dançar, Zayn convidou uma outra garota e o restante de nós dançamos sozinhos. Meus quadris dançavam sem nenhuma graciosidade e eu não estava ligando. Eu não sei dançar, mas não é por isso que vou ficar sentada. Lily se mexia tão desajeitada quanto eu. A única do grupo que sabe dançar e seduzir com isso é a Emma. Não é atoa que Harry estava caidinho por ela.

 

Fui até o bar e pedi uma bebida. O barman pediu minha identidade e eu mostrei a ele uma que dizia que eu tinha vinte e um anos, a idade mínima para beber. Ele me lançou um sorriso malicioso, fazendo uma mistura rosa e me entregando. Paguei e pisquei para ele em agradecimento.

Voltei para perto dos meus amigos e bebi um gole. Lily agarrou minha mão e me puxou para perto dela, dançando junto a mim. As pessoas ao redor assobiaram em aprovação. Bebi outro gole, e olhei para Emma. Ela desceu até o chão bem lentamente e olhou para Harry. Eu dei outra golada e desci até o chão, tentando imitá-la e olhei para minha melhor amiga que me encarava animada. Subi recebendo uns aplausos e ela gargalhou, se aproximando do meu ouvido.

- Você tem que me ensinar a fazer isso – ela disse. – Tinha muita gente te admirando!

Eu sorri para ela.

- A gente tem que colar na Emma.

Lily assentiu em concordância.

A música trocou e Liam trouxe outra bebida para a gente. Cody puxou Lily e Liam me chamou para dançar. Ele sempre foi o melhor dançarino do grupo. Quando ele e Emma se juntavam era arraso a certa.

Liam me conduziu nos passos, me ensinando alguns gestos na hora em que nos movíamos. Quem via de longe até pensava que eu tinha algum talento. Mas quando eu digo que eu pareço uma almondega dançado é verdade.

 

Fui pegar outra bebida e voltei. A música agora já era da Lady Gaga. Meu irmão estava dançando e me agarrou, dançando comigo. Ele bebeu um pouco da minha bebida e saiu para pegar uma para ele, me deixando sozinha. Meu corpo todo se mexia no ritmo da música e o álcool em meu organismo me deixava ainda mais solta.

- Malia? – Alguém gritou meu nome em meio a música.

Ainda mexendo os braços acima da cabeça, me virei e vi o meu professor de química me encarando surpreso.

- Louis! – Gritei, sorrindo. O olhei dos pés a cabeça e fui subindo devagar, me deliciando com a vista. – Você está tão gostoso – falei sem som, mordendo os lábios e bebendo outro gole da minha bebida rosa.

- Como você conseguiu isso? – Ele apontou para a bebida e me olhou curioso.

Abri um sorriso amarelo.

- Com isso – mostrei a ele minha identidade feita por Zayn a muito tempo atrás.

- Haille Jones? – Ele arqueou a sobrancelha para mim e me devolveu o documento.

- A própria.

- Professor! – Harry apareceu ao nosso lado.

- Oi, Harry – Louis sorriu para ele.

- Tô me divertindo bastante – ele disse antes de sair de perto e ir para o bar.

- Achei você, cara! – Um homem loiro da faixa etária de Louis disse, batendo a mão no peito de Louis.

- Aqui – um outro estendeu uma cerveja para Louis, que tomou um gole, sem desviar o olhar de mim. – Ih! Atrapalhamos a caça? – Esse tinha os cabelos castanhos e grandes.

- Oi, gata – o loiro piscou para mim e eu acenei para ele. – Sou o Brian – ele me estendeu a mão e beijou a minha, em um gesto galanteador.

- Larga de viadagem – o castanho disse. – Sou o Joey – ele sorriu.

- Malia – Louis pigarreou -, esses são meus amigos.

Olhei para os dois, dando outro sorriso.

-  A gente vai atrás de umas garotas, até mais, Malia – o castanho disse.

- Até mais, rapazes.

- Foi um prazer conhecer você – Brian disse antes de sair atrás de Joey.

- Então esses são os seus amigos – falei, observando-os. – Eles são legais.

- Sim, ele são – Louis disse e então parou para me observar. – Que vontade de continuar o que a gente parou no carro – ele disse, umedecendo os lábios. Eu gargalhei.

Eu queria tanto poder beijá-lo ali e agora. Ou pelo menos poder tocá-lo.

- Malia, a gente tem que ir – Liam apareceu ao nosso lado, desesperado. – Oi, Louis – ele acenou para o professor, que retribuiu. – Agora, Malia!

- O que aconteceu? – Perguntei, preocupada.

- Briga – ele respondeu, segurando meu braço. – Zayn deu em cima de uma menina e o namorado ciumento dela é do tamanho de uma montanha e está a poucos passos de bater em Zayn e em Harry.

- Harry? – Perguntei, confusa.

- Harry bebeu e perdeu a noção – Liam disse, agoniado. – Ele disse para o brutamonte que o cara tá com ciúmes do Zayn porque ele toma tanto anabolizante para ficar maromba que o pinto dele murchou.

Louis engasgou com a cerveja.

- Ele disse isso?

- Disse. Podemos ir lá pegar eles e ir embora, por favor? – Ele pediu e eu assenti.

- Cadê a Lily?

- Travis apareceu e eles foram para uma outra festa.

- E a Emma?

- Deu PT.

- Cody e Niall?

- Foram buscar os carros.

Assenti.

- Tchau, Louis – falei e segui com Liam.

O cara estava cara a cara com meus dois amigos e Zayn estava nervoso ao passo que Harry provocava. Liam não mentiu quando disse que o homem era do tamanho de uma montanha. Me meti no meio deles e puxei Harry, que tropeçou em mim.

Liam pediu desculpas ao cara e veio atrás da gente. Chegamos na frente da boate e Cody estava dirigindo o carro de Harry e Niall o dele. Liam entrou comigo no carro do meu irmão e Harry e Zayn no que Cody estava dirigindo.

- Essa foi por pouco – Liam suspirou.

- Eu tenho certeza que ele toma anabolizante – Niall disse, concentrado no transito.

- É! Não tem como ser daquele tamanho todo. O pinto dele deve ser igual a uma ervilha – Liam disse gargalhando. De fato o que Harry disse fazia sentido.