História O meu professor de química - A rainha dos pomba lesos

- A onde a você estava, Malia? - Mamãe perguntou outra vez, a voz elevava enquanto ela caminhava até mim e agarrava meu braço com firmeza.

Meu irmão desceu as escadas correndo e parou ao ver a situação, me olhando confuso, querendo saber o que estava acontecendo.

- E-eu saí - gaguejei. Eu morro de medo da mamãe.

 

Niall arregalou os olhos e gritou sem som: VOCÊ FUGIU?

- Que você saiu eu percebi. Eu quero saber quem lhe deixou sair! - Mamãe grunhiu.

Olhei desesperada para o meu irmão gêmeo. 

- Eu autorizei! - Niall berrou, firme e estável, agarrando o corrimão da escada até seus dedos ficarem brancos.

Olhei negando para ele. Não leva a culpa! Não leva a minha culpa! Eu quis berrar.

- Você autorizou? Você autorizou? - Mamãe perguntou, irônica. - Que autoridade e moral você tem para fazer isso, Niall James Horan? 

Niall se encolheu, me olhando uma vez antes de olhar nos olhos da mamãe.

- Eu sou o mais velho. Na sua ausência eu posso autorizar - ele disse, querendo ficar sério mas nos olhos dele o medo transbordava feito lágrimas.

- Você não é o mais velho! - Eu rebati.

- Cala a boca! - Mamãe e Niall gritaram juntos. Eu me encolhi.

- Me dê o seu celular - mamãe mandou. Não me mexi. - AGORA!

Puxei o celular do bolso e entreguei a ela, que desligou e guardou na bolsa. 

- Três semanas sem ele. E você, Niall, nunca mais, está me ouvindo? Nunca mais autorize a sua irmã a sair de casa. O seu castigo vai ser aumentado em mais uma semana. Se isso acontecer outra vez você também será penalizado do jeito que a Malia foi - ela avisou entredentes, fazendo meu irmão assentir freneticamente. 

Fui até Niall e agarrei a mão dele, o puxando para o meu quarto.

- Que porra, Malia! - Niall gritou baixinho. - No que você estava pensando ao fugir de casa? Você ainda voltou no mesmo horário que a mamãe! 

- Eu pensei que ela tivesse um jantar de trabalho hoje - eu expliquei. 

- Foi cancelado - Niall disse. - Mamãe disse hoje de manhã que foi adiado para a próxima sexta. O vice-presidente da empresa não estava se sentindo bem.

Eu choraminguei, me jogando de bruços na cama. Senti o colchão afundar, indicando que Niall também estava deitado. Me virei e me aninhei nos braços dele.

- A onde você estava? - Ele perguntou, acariciando meus cabelos.

Eu fiquei em silêncio.

Não posso contar ao meu melhor amigo que estou ficando o nosso professor de química. E isso me dói tanto.

Niall suspirou.

- Eu sou seu irmão, Malia. Você sabe que pode me contar qualquer coisa, não sabe?

Eu assenti.

- Eu sei. Eu estava com o meu ficante.

- Quem é?

- Um cara da nossa escola.

Meias verdades. Verdades ao meio.

- Você quer falar sobre ele? - Niall perguntou. Eu neguei.

- Dorme comigo hoje? - Eu pedi.

- Durmo - Niall disse. 

- Me empresta seu celular? 

- Para que?

- Para eu avisar ao meu ficante que eu estou sem celular.

- Eu não gosto dele - Niall disse, torcendo o nariz enquanto me entregava o aparelho.

- Você nem sabe quem é - Eu rebati.

- Mas já não gosto - Niall frescou.

Eu revirei os olhos e fui até o banheiro. 

Procurei o número de Louis na agenda de Niall e achei. Nós geralmente temos os números dos professores, os que são mais nossos amigos sempre dão para gente.

- Alô? - Louis atendeu. 

- É a Malia - eu falei.

- Malia? Você trocou de número? 

- Não, esse é do Niall. Escuta, tô de castigo...

- Eu sei.

- Acabei de ficar de castigo. Cheguei em casa e mamãe estava na sala. Estou sem celular, não me liga e não manda mensagem - eu pedi.

- Tá. Sinto muito. Desculpa por ter posto você em encrenca.

Eu balancei a cabeça em negação.

- Você não colocou uma arma na minha cabeça e disse "vem me ver jogar". Eu fui porque eu quis. Tenho que ir agora, boa noite.

- Boa noite.

Desliguei, apaguei o histórico e aproveitei para tomar banho. Coloquei uma música e entrei no chuveiro. Estava cantando o refrão quando meu irmão escancara a porta - o box é fosco, eu não consigo ver quem tá fora e quem tá fora não consegue ver quem tá dentro.

- Eu não acredito, Malia! - Ele berrou, parando a música.

- O que foi? - Perguntei, desligando o chuveiro.

- Tu tá gastando a minha bateria! - Niall reclamou, saindo e levando o celular consigo.

Fiz bico e terminei meu banho. Saí e peguei uma roupa, olhando pelo canto do olho meu irmão deitado em minha cama. Ao ver que eu iria me trocar, Niall virou de bruços e voltou a mexer no celular. Coloquei meu pijama e me joguei ao lado dele. 

- Você vai tomar banho? - Eu perguntei, olhando a conversa do meu irmão com uma garota.

- Não - ele respondeu. - Para de olhar minha conversa - ele brigou, digitando algo em resposta.

Enfiei minha cabeça de baixo do braço do meu irmão e cheirei sua axila. Por um momento eu pensei ter morrido.

- ECA! -  Berrei, coçando o nariz. - Niall, você está fedendo muito!

Meu irmão soltou um risinho malandro e cheirou a camisa. Ele fez uma careta.

- Tô mesmo. Vou tomar banho - ele deixou o celular em cima da cama e foi para o quarto dele.

Peguei o celular de Niall e vi a foto da menina. Feinha; meu irmão consegue coisa melhor.

Abri o nosso grupo e mandei uma mensagem.

Niall: Oi gente, é a Malia

Niall: Eu tô sem celular 

Niall: Quem quer fazer vídeo chamada comigo pelo celular do Niall?

Emma: Por que você tá sem celular?

Niall: Castigo

Liam: O que você já fez?

Niall: Fugi de casa e cheguei a mamãe estava na sala

Zayn: KKKKKKKKKKKKKKK PEGA, LESA

 

Cody: Você é muito pomba lesa, Malia kkkkkkkkk

Harry: A rainha dos pomba lesos

Zayn: A RAINHA DOS PIRIQUITOS KKKKKKKKKKKKKK 

Liam: KKKKKKKKKKK

Emma: KKKKKKKKKKKKKKK 

Harry: KKKKKKKKK

Lily: Zayn, eu vou tirar você do grupo!!!!!! 

Lily: EU JÁ DISSE PARA NÃO CHAMAR A MINHA AMIGA ASSIM

Zayn removeu Lily

Emma: KKKKKKKKKK coitada, Zayn 

Niall: Pelo menos eu sou a rainha

Niall: Zayn

Niall: Coloca a minha amiga de novo!!!!!!!!!!!

Zayn: Lily tava enchendo o saco demais. Amanhã a gente coloca ela 

Liam adicionou Lily

Cody: Malia, eu sou seu súdito 

Zayn: O CODY É O PIRIQUITÃO

Lily: KKKKKKKKKKKKKKKKK

Niall: KKKKKKKKKKKKKKK

Lily: ZAYN VOCÉ É CHATO

Zayn: Mas você me ama

- Tu tá mandando mensagem para quem? - Niall perguntou, pegando o celular e olhando a conversa.

Ele gargalhou, olhando a conversa toda e digitando alguma coisa.

De repente meu irmão virou o celular para mim e o Flash disparou. 

- Ah, não! - Fui até ele ver a foto. 

Eu estava com cara de...

Zayn: OLHA A CARA DE PIRIQUITO DELA 

Lily: Malia, assim não dá para eu te defender ;(((((((

Cody: KKKKKKKKKKKKKK CONTINUA LINDA

Niall: Ihhh, Cody, Malia tá de rolo de verdade

Liam: SÉRIO???? Pensei que era papo dela

Niall: Poxa, Liam /Malia

Cody: Quem é o desgraçado?

Zayn: KKKKKKKKKKKK

Emma: Malia tá é certa

Cody: Obrigado, irmã

Zayn: Tô com a Emma

Lily: Ele é bonito?

Niall: Não sei quem é

Harry: Esse cara é igual joelho de freira 

Harry: A gente sabe que tem mas não vê 

Liam: KKKKKKK 

Liam: É orelha de freira

Niall: KKKKKKK

Emma: kkkkkkk

Harry: Eu confundi kk

 Zayn mandou um emoji de olho

Esse filho da mãe está pedindo para alguém perguntar se ele sabe quem é e do jeito que é fofoqueiro vai acabar soltando.

Peguei o celular do Niall.

Niall: Chega de falar de mim /Malia

Harry: Vamos sair amanhã?

Emma: Tô de castigo

Niall: Eu e a Malia também 

Lily: eu também 

Liam: Se eu sair de casa meus pais me matam

Zayn: Não vou nem falar como está a minha situação...

Cody: Eu posso!!!

Liam: Ah, vai se foder

Zayn: Vacilo, vacilo 

Lily: Uhhhhhhhhhhhh

Liam: O que é isso, Lily?

Lily: É vaia

Lily: Uhhhhhhhhhhhh

Niall: Uhhhhhhhhhhhhh

Emma: Uhhhhhhhhhhh

Cody: TÁ 

Cody: DESCULPA

Cody: Égua 

Cody: Cruz credo

Zayn: Uhhhhhhhh

Emma: Zayn você é muito atrasado

Cody: Ele teve um delay

Lily: KSKKSKSKSKSKKSJSKSKAKAK

Niall: KKKKKK

- Vamos ver um filme? - Meu irmão perguntou, levantando e colocando o celular para carregar.

- Vamos - respondi, ligando a TV.

Niall escolheu um filme de comédia e nós começamos a assistir.

Me mexi, inquieta e me virei para o meu irmão. Niall desviou o olhar da televisão e me encarou. Eu me encolhi.

- Eu não agradeci você por levar parte da culpa - eu murmurei, desenhando círculos na barriga do meu irmão.

- Você não precisa agradecer - Niall deu de ombros.

- Por que você fez isso?

Ele suspirou.

- Você é a minha irmã, Malia. É a pessoa mais importante da minha vida. Eu não ia deixar você se ferrar - ele disse.

Se Niall não tivesse se intrometido eu estaria bem mais ferrada, isso é fato.

- Obrigada.

Niall abriu um sorriso.

- Da próxima vez que você sair fugida de casa olha se o carro da mamãe está na garagem antes de entrar - ele disse zoando com a minha cara e eu revirei os olhos.

Uma semana depois.

Já havia voltado a ir para a escola, mamãe não demonstrou sinais em amolecer e me entregar o celular, então eu me comunicava com meus amigos na escola ou pelo o de Niall, e com Louis na escola e raramente pelo de Niall. Às vezes o Zayn me emprestava o dele, mas claro que ele dava um showzinho dizendo que eu ia colocar crédito para ele. 

Estava em meu quarto quando ouvi um barulho na janela. Ignorei. Outro barulho.

Ping. Ping. Ping.

Será que é um passarinho bicando a minha janela?

Levantei da cama e fui até a janela, abri e uma pedra voou em meu rosto, acertando minha bochecha esquerda.

- Merda! - Ouvi alguém resmungar.

Pus o corpo para fora da janela e olhei para baixo. Lá estava Louis com um sorriso sem graça.

- Machuquei você? - Ele perguntou.

- O que você está fazendo aqui? Meu irmão pode ver você! - Eu disse, olhando para a porta e vendo que estava fechada.

- Me deixa subir - Louis pediu.

- Não sei se é uma boa ideia, se minha mãe souber ela vai pirar!

- Não vou demorar - ele insistiu.

Louis mordeu os lábios e eu não resisti. Eu preciso beijar aquela boca outra vez.

É basicamente tudo o que eu tenho pensado. Como eu estou de castigo e não posso sair de casa, e nem posso beijar mais do que um selinho Louis na escola, acabamos nos distanciando. Ainda mais que não temos nem como trocar um simples boa noite.

- Mas eu quero que você demore - eu disse, melosa.

- Com prazer - Louis piscou.

Eu sorri.

- Como você vai subir?

Ele não respondeu. Louis se agarrou na árvore que tinha na minha janela e escalou. Em pouco tempo ele já estava na ponta da árvore.

- Vai um pouco para trás - ele pediu. Saí do caminho e Louis pulou para dentro do meu quarto. Ele caiu deitado, com a cara no chão. Gargalhei alto.

- Malia? - Niall perguntou do lado de fora. Vi a maçaneta se mexer. Corri e tranquei a porta. - Do que você tá rindo?

- Tô vendo um filme - menti.

- Eu quero ver também! - Meu irmão forçou a maçaneta.

- Não!

- Por que não?

- Porque... - olhei desesperada para Louis, que negou, sem saber como me ajudar. - Porque eu tô soltando muito pum - falei.

- Mas tá fedido?

- Tá, eu comi feijão hoje no almoço, lembra?

- Sou nem louco de entrar aí - Niall disse. - Qual é o filme? Vou assistir no meu quarto.

- É... - pensei em um filme.

- Gente grande dois - Louis sussurrou.

- Gente grande dois - Gritei.

Meu irmão se afastou da porta e foi embora. Suspirei, aliviada.

Louis se levantou e veio até mim, agarrando minha cintura.

- Quer dizer que a senhorita está soltando muito pum... - Louis disse.

Eu abri um sorriso sem mostrar os dentes, enquanto passava o braço ao redor de seu pescoço.

- Eu estava, mas já estou melhor - eu respondi. Louis fez uma careta. Olhei ofendida para ele, que soltou uma gargalhada.

Fiquei na ponta dos pés e lhe dei um selinho. Louis abriu um sorriso e colou nossos lábios. Meus dedos correram pelos seus cabelos macios, puxando alguns.

Eu estava com saudade disso, dos beijos, dos cabelos, dos olhares... dele. Eu amo esses momentos com Louis, como se não houvesse tempo. Como se o tempo parasse para que eu pudesse passar as mãos nos cabelos dele. Será que ele gosta dos nossos momentos tanto quanto eu? 

Ele disse que está apaixonado por mim, mas paixão é algo momentâneo. É algo mais carnal. Será que ele pode vir a sentir algo mais? Vulgo amor.

Louis terminou o beijo me dando selinhos pelo rosto todo: nariz, bochechas, testa e queixo.

- Eu senti sua falta - ele disse, me puxando para um abraço. 

Abri um sorriso. É bom saber que ele sentiu saudades minhas.

- Quer ver um filme? - Perguntei.

- Quero.

Nos deitamos na cama e escolhemos um filme. Eu estava com a cabeça deitada no peito de Louis e ele desenhava traços aleatórios nas minhas costas. Quando começou uma cena mais picante eu me indaguei se eu perguntava ou não, mas minha curiosidade foi maior.

- Como foi a sua primeira vez? - Eu quis saber. Não quero que Louis me ache curiosa demais, ou sei lá, obcecada em saber detalhes sobre a sua vida. 

Louis parou os traços e se mexeu.

- Foi uma merda - ele disse.

Eu gargalhei, levantando da barriga dele e o encarando. 

- Por que? 

Ele me puxou de volta para os seus braços, dessa vez apoiando a minha cabeça na curvatura do seu pescoço.

- Eu tinha quinze anos, não sabia direito o que estava fazendo - ele parou de falar, pensando. - Foi na casa de uma amiga dela, a mãe da garota tinha saído para ir ao supermercado e nós nos encontramos lá. Foi no seco - ele fez careta. - Ela chorou muito - eu fiz também, imaginando a dor que a garota deve ter sentido. - E a sua? - Louis perguntou, se virando de lado para me observar.

Eu me encolhi, envergonhada.

- Você sabe como foi a minha - eu respondi.

Louis negou.

- Eu sei com quem foi e o que aconteceu depois - ele retrucou.

Eu mordi os lábios. Eu não quero contar a ele que foi maravilhosa. Que foi a melhor primeira vez que eu poderia ter tido.

- Me conta - ele pediu, se inclinando para frente e me dando um selinho.

Eu suspirei. Para que ele quer saber?

- Não doeu - foi tudo o que eu disse.  

E não doeu mesmo. Eu estava bem... molhada e decidida, não tinham dúvidas em minha cabeça quanto a Cody ser o certo. Então não sangrou, não doeu e nem me fez chorar. Claro que foi estranho no começo ter algo dentro de mim, mas foi muito prazeroso.

- Só vai me contar isso? - Louis resmungou, curioso.

- O que mais você quer saber? - Eu perguntei.

- Sei lá! Onde foi? 

- Aqui em casa - eu respondi.

- Ele dormiu aqui? - Ele perguntou, sem acreditar.

- Sim, a gente dormia juntos algumas vezes. Eu na casa dele ou ele na minha, nossos pais nunca tiveram problema pois sempre estavam de olho - eu respondi.

Ele pensou em algo que fez sua feição mudar para uma mais seria mas antes que eu pudesse fazer alguma pergunta ele se manifestou.

- Então a única vez que você transou foi com ele? - Louis perguntou. Eu assenti. - Depois dele você nunca mais ficou com ninguém?

- Não até você - eu respondi, com vergonha. Ele já teve três namoradas, e com certeza já teve várias ficantes. Para ele eu sou apenas mais uma, mas para mim ele é o meu segundo. O segundo homem que eu me envolvi seriamente.

Louis abriu um sorriso safado. 

- É tão legal ouvir isso - ele sussurrou.

- Que eu sou praticamente uma virgem? - Eu brinquei.

Eu sou praticamente uma virgem, não sou? Eu só transei uma vez. Não sei se sou boa de cama, quero dizer, Cody amou, mas que base ele tinha para comparar? Eu fui a primeira dele também.

- Que eu sou o segundo cara a fazer isso - ele beijou meu pescoço, mordendo minha orelha. - E isso - ele se deitou entre as minhas pernas e com dificuldade agarrou minha bunda. - Dá até um tesão - ele confessou, no meu ouvido. 

Eu me arrepiei. Minha vagina pulsou sobre o pênis de Louis e tenho certeza que ele sentiu, pois abriu um sorriso cafajeste.

Ah, o safado está se aproveitando da minha inexperiência e está me excitando com coisas bobas.

- Você está tirando vantagem de mim agora, senhor Tomlinson? - Perguntei, mordendo os lábios para tentar acalmar minha vagina pulsante contra o pênis de Louis.

- Nunca faria isso - ele disse, sorrindo enquanto se aninhava ainda mais em mim, equilibrando o peso para não cair em cima de mim.

- Talvez você devesse - eu sussurrei contra seus lábios, olhando em seus olhos.

Os olhos azuis esverdeados de Louis se dilataram.

- Você está falando sério?

Eu assenti.

- Niall está no quarto ao lado - ele lembrou.

- Ele deve estar dormindo - eu dei de ombros, o puxando e beijando deus lábios finos.

Beijei seu pescoço lentamente, provocando-o. Será que eu estou fazendo certo?

- Não posso fazer isso - Louis disse, apertando minha cintura e voltando a me beijar com o mesmo pique de antes.

- Por qual motivo?

- Você merece algo melhor do que uma transa com o seu irmão no quarto ao lado - ele disse simples, afastando um pouco a minha camisa e beijando a parte exposta dos meus seios cobertos pelo sutiã.

- Então por que você continua fazendo isso? - Eu perguntei, tombando a cabeça para o lado para que ele beijasse meu pescoço.

- Porque nós ainda podemos nos divertir - ele sussurrou no pé da minha orelha.

Louis desceu uma mão para a minha coxa, apertando. Ele dedilhou até a parte interna da coxa e fez círculos ali, fazendo minha vagina pulsar ainda mais. 

Louis se levantou e tirou a minha blusa, me deixando apenas de sutiã. Ele se deitou por cima de mim novamente e abriu o feixe do meu sutiã, o jogando no chão. Louis parou por um momento e observou meus seios. Eu me encolhi, envergonhada. Nunca ficamos tão íntimos como agora.

- Você é linda - ele disse, desviando o olhar do meu corpo para os meus olhos. - Você é tão fodidamente linda - ele murmurou para si mesmo.

Louis agarrou meus seios, beijando ao redor de um até chegar no mamilo. Suspirei extasiada e ele chupou meu seio. Louis massageou o outro e logo trocou, chupando o que ele massageava e massageando o que ele chupava. Isso é tão bom! Deixei minha cabeça cair para trás. 

Louis desceu os beijos pela minha barriga e parou em meu short. Desabotoou e tirou delicadamente, o jogando no chão. 

Graças a Deus que eu me depilei.

Ele voltou para cima e beijou meus lábios, tocando minha vagina coberta pelo tecido fino. Louis massageou o meu clitóris e desceu um pouco para a minha entrada.

- Tira a minha calcinha - eu falei, agoniada.

Louis soltou um riso contra o meu pescoço.

- Sem pressa, Malia. Eu vou fazer você relaxar - ele prometeu, chupando meu seio e estimulando minha vagina. 

Louis beijou minha barriga e beijou minha vagina por cima da calcinha. Ele agarrou a lateral da peça de roupa e a tirou lentamente. Minhas pernas congelaram tensas uma na outra.

Louis veio até o meu ouvido e sussurrou:

- Relaxa, Malia - ele me instruiu. - Deixa eu ver você - ele pediu, segurando minhas coxas. - Deixa eu ver você - ele pediu outra vez, acariciando minha coxa. 

Estou tão nervosa. E se Louis achar que eu não tenho graça? Respirei fundo e relaxei as pernas.

Louis as abriu devagar e as posicionou dobradas - joelho apontado para cima.

Ele observou minha vagina encharcada e pulsando para ele. 

- Tão linda - ele disse outra vez. - Tão fodidamente linda - ele sussurrou, apertando o pau duro por cima da calça.

Minha vagina pulsou ainda mais forte com o gesto.

Louis se deitou de lado ao meu lado e levou o dedo médio a boca, lambendo. Ele me olhou enquanto levava o dedo até a minha vagina. Olhei em seus olhos quando Louis encostou em meu clitóris. Suspirei. Ele fez lentos movimentos circulares, provocando minha vagina.

- Você está tão molhada para mim - ele disse, rouco.

Gemi baixinho, quase inaudível. Louis fez mais movimentos circulares e desceu o dedo para a minha entrada, massageando ali. Suspirei quando ele entrou um pouquinho, apenas o início do dedo e voltou para o clitóris. Louis me masturbou um pouco mais rápido, me fazendo gemer. 

Os meus gemidos no geral não são como os dos pornôs. Eles são mais baixos, parecem com respiração pesada.

Louis desceu até a minha entrada e a provocou outra vez.

Fechei os olhos, suspirando. Ele entrou um pouco com o dedo. Gemi.

- Olha para mim - ele mandou. 

Abri os olhos e vi suas pupilas dilatadas. Louis saiu e massageou a entrada, enfiando a ponta do dedo outra vez. Mordi os lábios, em êxtase. Ele xingou, entrando e saindo com a ponta do dedo. Gemi mais, estava mais difícil conter os gemidos. Louis veio até mim e beijou meus lábios. Seu dedo subiu para o clitóris e desceu para a provocar a entrada. Gemi contra sua boca.

Louis tirou os dedos da minha vagina, me fazendo protestar. Estava tão bom ele me masturbando.

Ele beijou meus lábios, meu pescoço, meu colo, meus seios e foi descendo até chegar na vagina. Pulsei ainda mais rápido só de pensar em ele me chupando. Com o polegar ele brincou mais um pouco com o meu clitóris e então agarrou minhas coxas, descendo a cabeça e lambendo meus lábios vaginais. Gemi. Louis beijou meus lábios e chupou o lábio menor. Ofeguei, agarrando os cabelos e Louis. A língua dele lambeu toda a minha vagina, descendo e lambendo a entrada. Louis penetrou a língua no buraco e lambeu ao redor. Gemi, o incentivando a continuar.

- Você é deliciosa - ele sussurrou contra a minha vagina.

Ele voltou para o clitóris e chupou, sugando e puxando levemente para cima.

- Louis! - Gemi ofegante, me contorcendo sobre seu rosto.

Pressionei sua cabeça contra minha vagina, querendo que ele me chupasse mais e mais. 

Ele voltou a lamber os lábios e introduziu um dedo dentro de mim. Tombei a cabeça para trás, me contorcendo de prazer.

Meus gemidos em som de respiração ficaram mais alto e mais pesado. Fechei os olhos e senti meu rosto esquentar, minha vagina pulsar mais e mais, em um ritmo frenético. Senti em meu corpo uma sensação desconhecida. Meus seios ficaram mais duros e meu corpo ficou tenso, antes de relaxar.

Uma onde de prazer me atingiu, me fazendo gemer mais alto que o normal e mais demorado. Meu corpo ficou mole e tranquilo. 

Minha cabeça caiu no travesseiro e eu suspirei, tentando recuperar a respiração. Tentei tirar os fios do pescoço mas meu corpo está mole, relaxado. Louis voltou para o meu lado e me encarou com um sorriso enorme. Olhei para ele, tentando acalmar a respiração. Estou maravilhada! O que acabou de acontecer?

- Isso foi... - respirei, ofegante - muito bom - completei. - Foi incrível - falei com dificuldade. - O que foi isso?

Nunca senti algo tão maravilhoso assim, a sensação foi indescritível.

Louis me olhou surpreso, aumentando o sorriso.

- Você acabou de ter um orgasmo - ele explicou. 

Eu o olhei, assustada.

- Sério? Isso é um orgasmo? É muito bom!

Louis assentiu, sorrindo.

- Eu nunca tive um antes - eu murmurei, criando coragem e me deitando no peito dele. 

Ele puxou o cobertor e nos cobriu. Louis acariciou minhas costas, beijando meus cabelos.

- Você deveria se ver tendo um orgasmo - ele disse, rouco. - Quase eu gozo ao saber que te dei tanto prazer - ele murmurou, me apertando ainda mais nos seus braços.

Eu sorri. Louis me deu algo que eu nunca tive. Foi perfeito! O jeito como ele me tocou lá em baixo, como ele me beijou, me chupou. Suspirei ao lembrar.

Louis acariciou meus cabelos e meus braços. Um cansaço bateu e eu fechei meus olhos, relaxando. 

Acordei com vozes. Abri os olhos e encontrei Louis dormindo. Me remexi e vi que eu estava nua, coberta pelo lençol. Abri um sorriso ao lembrar do nosso momento perfeito. Observei Louis dormindo. Tão lindo, parece até um anjo. Ele respirava calmamente, seu peito subia e descia. Me inclinei e beijei seu nariz. Louis se mexeu. Sorri. Beijei sua bochecha, perto da boca. Louis fez um bico, indicando que eu beijasse sua boca. Soltei um riso, tomando seus lábios para mim. Ele abriu os olhos, me encarando com aqueles lindos olhos azuis esverdeados. 

Rocei nossos narizes e enfiei minha língua em sua boca. Louis acariciou minha língua, se ajeitando para me beijar melhor.

- Vá chamar a sua irmã para jantar - ouvi a voz da mamãe soar abafada, vindo do andar de baixo. 

Arregalei os olhos ao mesmo tempo que Louis. 

- Que horas são? - Eu perguntei, desesperada. Ele procurou o celular pela nossa bagunça e o encontrou no chão, a onde ele havia caído. São sete e quarenta.

- Merda - Louis xingou, desesperado.

Eu ri. Eu estou tão relaxada!

Meu irmão tentou abrir a porta, mas estava trancada. Rapidinho o relaxamento se foi.

- Ei! Abre isso! - Ele berrou do outro lado. - Mamãe tá chamando para jantar.

Olhei assustada para a porta.

- Tô indo, tô trocando de roupa! - Gritei, me levantando agarrada no lençol e indo até Louis, que olhava para a rua pela janela. - Já tô descendo.

- Tá - meu irmão respondeu.

- Tenho que ir - Louis disse, passando uma perna pela janela. 

Me aproximei dele e selei nossos lábios, lhe dando um beijo de boa noite. 

Me afastei, segurando fortemente o lençol. Eu não quero que ele vá. Eu quero que ele fique comigo aqui à noite toda e a manhã também.

Louis piscou, saindo pela janela e se equilibrando no telhado, pulando para a árvore. Me aproximei da janela e vi ele descer cuidadosamente e pular no chão. 

Ele se virou para mim e sorriu. 

Puta merda.

Esse sorriso ele nunca me lançou antes.

É um sorriso novo.

Esse não é um sorriso qualquer.

Esse é o sorriso.

O sorriso que fez meu coração bater mais rápido.

O sorriso que fez minha sala bochechas esquentarem.

O sorriso que fez as borboletas baterem as asas por toda a minha barriga.

O sorriso que me encantou.

O sorriso que me assustou.

O sorriso que me fez perceber que eu estou ferrada.

O sorriso que me deixou aterrorizada.

O sorriso que me fez ter certeza de algo que eu queria evitar. 

O sorriso que não tem como negar o que eu sinto.

O sorriso que me fez perceber que eu o amo.