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História O Mistério de Oliver - Vultos


Escrita por: RakeWoodenberg

Capítulo 10 - Vultos


-Oliver, tá na hora de acordar, já são 3 e 30- Disse Eleonor me olhando no sofá.

-Uhn, oque- Digo balançando a cabeça.

Levantei coçando a cabeça, tomei um belo de um banho, e fui dar umas voltas pela cidade.

Chegando ao centro da cidade vejo Luna e Taylor, pelo menos a sua personalidade hétero, sentados na praça conversando, passei direto, eles nem me viram, ou pelo menos fingiram.

Dei uma volta e fui ver como Morgana estava, fiquei até escurecer na casa da família de Natanael que nem ao menos percebeu que era uma menina no lugar do seu filho, ela estava bem, me parabenizou pelos 19 anos.

Percebi que ela só vai voltar a ser feliz quando ela parar de mentir para a família dele e voltar a viver como Morgana, o que poderia custar a liberdade dela pois falsidade ideológica é crime, e se os pais de Natanael quisessem entrar com um processo contra ela eles poderiam, o que faria com que ela contasse a verdade sobre o pai.

Fui embora já era de noite, afinal eles não poderiam desconfiar que Morgana era Natanael.   

Estava fazendo frio, enquanto estava com Morgana o tempo fechou rapidamente, parecia que ia cair um temporal, mas por hora só estava neblinando, era uma neblina espessa, um silencio total que arrepiava todos os cabelos do meu corpo, um cheiro agridoce pairava pelo ar, era um cheiro totalmente diferente dos que eu já havia sentido antes, gerava em mim um pânico, uma vontade enorme de sair gritando pedindo por socorro o mais rápido o possível, mas decidi a não fazer isso.

Continuei meu caminho, e aquele cheiro, parecia estar mais perto, o que outrora era uma espessa neblina virou uma tempestade, e quanto mais chovia mais forte aquele cheiro ficava, até que sem perceber eu estava debaixo de uma enorme arvore, não dava pra ver nada, era uma chuva muito forte, resolvi esperar um pouco debaixo dessa enorme arvore, e por alguns segundos o cheiro sumiu, fiquei mais tranquilo.

Aquele silencio total, foi quebrado, por alguns sons vindos das arvores menores que rodeavam, eram sons de galhos quebrando, algum tipo de sussurro, e um cheiro amadeirado misturado com o agridoce, que me fez relembrar dos meus piores pesadelos, fez eu ter alguns flashbacks do dia do acidente, isso foi em questão de segundos, era como se minha vida estivesse passando inteira na minha frente.

Apesar de querer correr o mais rápido o possível, meu corpo não ajudava, eu estava parado, imóvel, estagnado no lugar, escutando os barulhos chegarem mais perto, e sentindo meu coração indo até a boca e voltando. Estava chovendo muito, não havia moradias por perto, e muito menos uma alma viva na rua que pudesse me socorrer, ninguém era só eu e aquilo que estava chegando, até que ficou tudo silencioso, só escutava o som da chuva.

Sentia pela espinha subir um arrepio como se alguém estivesse me observando, não sei quem mas eu sentia que algo não estava normal, foi quando escutei um sussurro –Sai daí- dizia ele, quase imperceptível por causa do vento que começou.  

Comecei a ver silhuetas no meio do asfalto, como se fossem sombras, quase que imperceptíveis, vendo somente os vultos pelos cantos dos olhos, eu estava petrificado de medo, então aqueles vultos começaram a ser seres em minha frente eram 5 em minha conta, e mais uma vez o veio um sussurro com o vento –Corra o mais rápido possível, ou você irá morrer aqui-, imediatamente consegui reunir forças para mexer minhas pernas, antes que um deles que estava chegando mais perto chegasse até a mim.

Corri como nunca, e algo corria atrás de mim, tinha um cheiro no ar, e não eram os mesmos que eu senti antes, era um cheiro de pelo molhado, era um fedor insuportável, não era mais aquele aroma agradável, o que me fazia ter mais medo do que antes, o silencio predominava novamente, somente aquele aroma terrível estava pairando pelo ar, decidi olhar para trás não vi nada, mas não parei de correr, quando me dei conta estava andando em círculos estava novamente na frente daquela arvore, corri o máximo que pude dando o melhor de mim, afinal se eu não desse eu poderia morrer.

Até que finalmente avistei minha casa, corri um pouco a mais, e vi que aqueles vultos estavam no meio do caminho até minha casa, voltei até a esquina e me escondi, comecei a observar de lado, aqueles seres se movendo feito sombra sem fazer barulho nenhum. Meu celular toca, rapidamente abaixei o volume, fiquei com o cu trancado que não passava uma agulha.

-Oliver cadê você, o jantar tá esfriando- Diz Eleonor.

-Eleonor, estou na esquina, tem vultos rodeando a casa, acho que estão atrás de mim, porque uns minutos atrás eu tive um encontro nada agradável e eles me perseguiram, tranque tudo- Digo sussurrando.

-Oliver, realmente tem alguém lá fora- Diz ela entrando em histeria.

-Amor, fique calma e apague as luzes, vão para a parte de cima da casa, e fiquem em silencio, em hipótese alguma abram a porta- Digo calmo.

-Oliver, por favor nos ajude- Diz Eleonor sussurrando.

-Vou fazer tudo o que posso amor- Digo sussurrando também.

Um mendigo estava vindo na rua, eles perceberam porque ele veio fazendo muito barulho, ele estava aparentemente muito bêbado, aquela coisas foram ao encontro dele, nesse momento o sereno parou de vez, dava pra ver pela iluminação da rua eles chegando mais perto, agarraram-no e levaram-no embora aos gritos e ao que tudo indica ele estava sendo perfurado, pois ficou um rastro de sangue que dava pra ver de longe, era uma poça enorme.

-Era pra ser eu, eu que iria morrer essa noite- penso saindo correndo até minha casa.

-Eleonor abra a porta- Dou um grito.

Escuto ela descendo as escadas –É você mesmo Oliver?-.

-Sim, abra a porá antes que eles voltem- Digo bem apressado e com medo.

Escuto a porta abrindo, mal esperei ela terminar de abrir e eu já estava dentro de casa, e já fui logo trancando aquela porta, tremendo igual vara verde, a única coisa que disse a Eleonor foi suba, e nós dois subimos correndo para o quarto, trancamos a porta.

-Eu não vou conseguir dormir, sabendo que esse pessoal pode estar rondando por aqui de novo- Diz Husch.

-Eu também não- Diz Eleonor.

-E Eu muito menos, eles mataram alguém, eu vi eles pegando aquele mendigo e deixando aquela poça enorme de sangue lá- Disse atormentado.

Vi que eles já estavam quase dormindo, e eu não ia dormir nem tão cedo atormentado por tudo o que presencie hoje, ficarei vigiando caso eles voltarem. Eu preciso manter seguro os dois, não posso dormir nem deixar que eles sofram algo por minha causa.



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