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História O Mistério de Oliver - Um pouco sobre o passado


Escrita por: RakeWoodenberg

Capítulo 2 - Um pouco sobre o passado


Pesquisei se tinha algum profissional na cidade, e encontrei Sr. Husch um professor de psicologia que era especializado em hipnose, entrei em contato com ele e marquei uma consulta para hoje as 3 horas da tarde.

As horas furam se passando e -TRILILIM- olho no celular 2 horas da tarde, fui imediatamente para o banheiro para tomar banho e me arrumar para a sessão de hipnose com o Sr. Husch, estou muito ansioso porque será a primeira vez que passo por algo igual, diga-se de passagem que estou nervoso pelo que eu talvez possa lembrar.

Estou bem arrumado, usando uma calça social preta, uma camisa manga ¾ vinho, um sapato social preto, as roupas do papai couberam perfeitamente em min, a minha sorte e que como ele era advogado ele tinha muitos ternos, e a maioria estava guardado no plástico pra não sujar, então eles estavam bem guardados, esperando alguém para usar.

Chegando na clinica do Sr. Husch, fui bem atendido pela Srta. Isabel, sua secretaria, que logo me ofereceu um café e biscoitos, mas eu agradeci e recusei pois não bebo café e também eu tinha acabado de lanchar antes de vir para o consultório.

-Sr. Oliver- Escuto uma voz tranquila me chamando, me viro e vejo um rapaz de mais ou menos 30 anos, totalmente em forma, fiquei boquiaberto, porque pensei no estereótipo de um professor, como se ele fosse velho e fora de forma.

-Pr. Husch- Respondo ainda boquiabero.

-Entre- Diz ele.

Ao entrar em sua sala rodeada de livros, e uma espécie de maca aparente mente confortável e uma cadeira, ele me pede para me deitar na maca o mais confortável possível para começar a sessão.

-Estou pronto- Digo com uma voz tremula.

-Relaxe, enquanto eu te explico, o que é hipnose, e como vai ocorrer- Diz Husch e continua – você não estará dormindo, eu não manipularei você, não haverá batalha de mentes, até porque se você não querer entrar em transe você não entrará, você já procurou algo e este algo estava em sua mão, isso é estar em transe- Pr. Husch dá uma pausa para tomar água e complementa – você quer ser hipnotizado?-

-Sim!- Respondo confiante.

Ele começa todo o processo de indução e –PAM- ele ia pedindo pra imaginar e ia imaginado, até que estava exatamente no dia do acidente.

-Vem Jantar, Oliver!- Grita a mamãe da cozinha.

-Já vou mãe – grito do quarto.

Volto a admirar meu corpo esbelto que acabou de sair do banho, coloco minha roupa de dormir, e desci para a cozinha.

Chegando lá vejo papai como sempre lendo seu jornal, esperando o jantar sair e Morgana minha irmã, sentada me olhando com uma cara de “Bunda”, e mamãe como sempre fazendo nosso jantar e colocando as porcelanas na mesa.

-Frango Delicioso!- Digo a mamãe.

-Obrigado, O!- Disse mamãe, contente, com um sorriso amoroso no rosto.

-Mãe, você sabe que não gosto desse apelido, soa como se eu fosse uma criancinha- Retruco.

-Pra mim você sempre será um bebe! - Disse ela com um sorriso, meio triste pelo que falei antes.

-Eu sei mãe, não precisa ficar falando né, sabe que eu não gosto- Falo.

Morgana se levanta, e vira pra min num tom arrogante e diz –Garoto, para com isso você sabe que a nossa mãe tem depressão e você fala essa asneira, por causa de um apelido bobo, vai crescer moleque- papai aproveita a deixa de Morgana e começa o sermão com isso mamãe da uns berros –NÃO BRIGUEM PORFAVOR- todos nos depois voltamos a comer como se nada tivesse ocorrido.

Para acalmar os ânimos papai pegou a chave do carro, e disse vamos dar um passeio, todos concordamos.

Era 9 horas da noite quando saímos de casa, demos uma volta pela cidade e fomos a um parque de diversão que acabara de chegar na cidade, ficamos por la nos divertindo, indo na roda gigante, carrinhos de bate-bate, comendo algodão doce até meia noite, na volta pra casa, um nevoeiro inexplicável surgiu, e no meio da estrada algo bateu contra nós, só escuto o vidro quebrando, lata lixando no chão, quando o carro parou vi algo, se aproximando, não sei identificar mas é enorme e sombrio deixou no lugar um cheiro insuportável, enquanto olhava aquilo chegando perto, vejo minha irmã, toda ensanguentada no chão, um pedaço de ferragem atravessou o peito do papai,  e não via a mamãe, em lugar nenhum, em questão de segundos minha visão foi se esvaindo e –“BAM”-, -Dr. Edivaldo, seu paciente saiu do coma quer que eu chame a polícia?- disse a enfermeira.

-Sr. Oliver, o que aconteceu na noite do acidente? - Diz o policial que estava na porta do quarto, o policial Kennedy.

Comecei a contar tudo do que eu me lembrava, sobre a saída de casa, as horas no parque, e os poucos flashes do acidente, e ao final recebi a recebi  pior notícia que eu poderia –Você foi o único que restou da sua família!- disse Kennedy pra mim.

Cai em prantos, e uns minutos depois, ele me disse que o carro havia sido sabotado, e o principal suspeito era eu. Quando ele me disse isso, eu ganhei alta e fui levado para o meu julgamento.

O juiz me condenou a passar 2 anos em uma clinica psiquiátrica.

-3,2,1 Olhos Abertos!- Sr. Hush me despertou do transe.

-Mais o que, aonde eu to, que horas são? - Pergunto a ele assustado.

-Você está no meu consultório, agora são 4 horas da tarde, tem uma hora que você está sendo atendido- Responde ele a mim de uma forma calma e tranquila.

-O que aconteceu? Não lembro de nada! - Digo com uma voz tremula.

Husch começa a me contar o que ele escreveu enquanto estava em transe, com isso fui associando o acidente da minha família com os vários desaparecimentos que ocorreram aqui, fui pensando no que poderia ser a coisa que bateu em nós na estrada, fui formulando hipóteses, mas de repente –Oliver, você está me escutando? - Diz Husch, assustado digo –Oi, Sim, qual o valor da consulta? - ignorando o que ele havia dito antes de eu estar voando.

-R$200,00 Oliver, só quitar com a minha secretaria na saída. – Disse ele à mim com um sorriso.

Eu espero que ele não pense que fui rude com ele, saindo da sala, pago a secretaria e fui pra casa descansar, até porque amanhã eu tenho que trabalhar, porque o chefe só deu a folga por hoje, então devo aproveitar esse resto de tarde da melhor maneira possível.

Chegando em casa, fui direto ao meu quarto, entre minha coleção empoeirada de livros, mais precisamente entre os livros da trilogia Jogos Vorazes e Sangue Quente, estava um livro de lendas de todo o mundo, comecei a ler para ver se encontrava algo mas não encontrei nada, pois só dei uma pequena foleada no livro, porque eu necessitava jantar e lavar a louça do almoço pra depois deitar e dormir.

Deito em minha cama mas o sono não vem de jeito nenhum, até a hora que eu realmente tive que dormir a força porque se não perderia meu emprego por chegar atrasado.

 

 



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