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História O Monstro Que Vive Aqui - Vermelho.


Escrita por: The-Destiny

Capítulo 1 - Vermelho.


Vermelho...

             Tão vermelho...

Num lugar onde as almas gritam por misericórdia e arrependimentos. Arrependimentos de um caminho distinto e sem volta no qual perambulam diante de calúnias . Sendo direto, um caminho traçado pelos próprios pecadores.

Muitos me chamam de louco. Mas costumo dizer, que, a loucura é uma virtude para poucos. Pois com ela, você se torna diferente dos demais. A loucura lhe concede a coragem, o que os demais não possuem para enfrentar aquilo que tanto temem. Isso que te torna diferente dessas mentes pequenas, pois é isso que elas necessitam para também serem diferentes e inclusas nessa sociedade.

Todo esse tempo estudando minhas vitimas antes de mata-las, eu sempre antes visava na maldita vida mesquinha delas. Entediante demais? Sim, mas de qualquer forma, isso mudou meus parâmetros de enxergar o lado podre das pessoas. É incrível, mesmo pessoas que não cometem atrocidades, como matar, roubar e tudo mais, possuem um lado não visto dentro de sí. Ou seja, seu verdadeiro eu podre. Uma baú de pensamentos monótonos sobre o próximo. Um lado onde guarda o rancor, o ódio, a inveja, e todos os pecados capitais viventes ali, o que todo ser humano tem em algum momento de sua vida, ou a vida toda. Sendo experiente nisso, são pensamentos que agem como sussurros mentais. Você tenta não pensar e se indaga o porque estar pensando naquilo. As típicas perguntas surgem: “Por que uma pessoa como eu está pensando nisso? Eu sou boa demais para ser tal tipo de gente. Não vou pensar mais nisso”, Mas, são como mosquitos zumbindo em seu ouvido, você tenta espanta-los, e eles voltam novamente, isso quando você menos espera. Digo por experiência própria. Resumindo tudo, sua mente é sua arma e um calabouço ao mesmo tempo. Você pode ser tudo em mundo seu através dela, um milionário que se queixa por ser superior aos demais... Uma pessoa respeitada por todos... Um alguém feliz, e por fim, uma própria escória como alguns se enxergam.  É assim que eu vejo as pessoas, tentam ser o que não são num modo de se incluir num ciclo social inútil. Como eu disse, são o que são apenas em pensamentos, nada mais. Não só pense, torne o pensamento real. No fim, os resultados podem ser drásticos, mas a vontade é milhões de vezes maior, e nada melhor que sacia-la. Minha história começou a partir do momento em que decidi tornar meus pensamentos em realidade...

Uma realidade de ódio...

Lembro-me muito bem do inicio de tudo. Uma tarde chuvosa. Estava frio, mas eu não me importava em andar desprotegido, foi um dia péssimo demais para se importar com coisas simples.  Cada gota que caia, era como uma cauterização aos meus ferimentos. Ardia mas, limpavam os resíduos de sangue. Foram socos e pancadas fortes, sem contar com as cacetadas que também levei. Eram muitos, talvez uns cinco ou seis contra um. Esse um, era eu. Um garoto indefeso que só queria se incluir aos estrelas daquela escola imunda, mas só falhava e apanhava no final das contas. Um covarde que os via como um pesadelo real, um pesadelo que eu mesmo podia combater á muito tempo, mas o temor era muito maior, a falta de coragem, uma loucura sem receptáculo. São palavras que resumem o que eu era. No fim do dia, eu só deitava e mentalizava olhando para teto se perguntando qual caminho eu poderia ir. Imaginava uma vida diferente daquela, ou coisas que eu podia fazer se não fosse um covarde. Era um inicio de pensamentos que certamente me levaram a loucura que propaguei nesse tempo todo. Ouvir meu padrasto defecar palavras pela boca todos os dias me ajudou também. Fez o demônio dentro de mim renascer furioso a caça de almas podres nesse mundo. Naquela noite, decidi que eu jogaria meu jogo em diante...

O jogo da morte...

Minha primeira vitima foi um grandalhão de minha antiga escola. Seu nome era Bob pelo que sei. Aquele tipo de cara sempre com um patamar alto em seu ciclo social, com belas garotas, amigos, e sempre zombando de mim junto á eles. Talvez, um modo de aumentar sua popularidade naquela escola maldita, ele precisava zombar de alguém. E como um nerd costumava agir, eu tentava de qualquer maneira escapar dele, evitando contatos visuais ou qualquer outro tipo de coisa que atraísse sua atenção . Mas nunca adiantava. As vezes eu me associava como um pedaço de merda, e ele uma mosca zumbindo nela. Isso durou muito tempo, e no dia em que agi, tudo mudou. Eu mudei.

Como diz o grande Rousseau: “O homem nasce bom, mas a sociedade o corrompe.”
Isso me impactou quando levei uma última surra de Bob e seu grupinho.

Um dia para pensar.
No outro, para agir.

 Era uma festa de Halloween no colégio na noite daquele dia. Mesmo sendo uma festa “Inocente”, era óbvio que haveria bebidas alcoólicas, o que para mim era melhor ainda. Bob era um exagero quando o assunto era beber. Digo isso porque eu o observava nas escadarias do ginásio de futebol do colégio, onde ocorria a festa. As luzes de neon e aquela esfera me enjoavam, mas eu conseguia vê-lo apenas com sua mascará  de lobisomem desnutrido pendurada ao pescoço. Notei que uma garota esfregava seus glúteos em Bob, parecia dançar para ele, que mau se importava e virava os copos em um só gole. Uma hora ou outra, ele iria mijar, isso depois de “Traçar” aquela vadia fantasiada de algo que para mim, era de origem desconhecida. Mas confesso que, era uma bela vadia. Em um momento, ela puxou o braço dele e o tirou daquele formigueiro de alunos dançantes. Finalmente, iam se pegar nos arbustos fora da escola. Como eu tinha um plano em cima disso, fui logo a frente ficando atrás de uma arvore qualquer. Estava confiante. O porque de estar confiante é como eu disse, eu estudava a vida de minhas vitimas antes de mata-las. E pode ter certeza, que estudei a vida desse babaca. Ele era conhecido como broxa, isso apenas em seu ciclo social. Como eu soube disso? Bem, há coisas que não devemos contar á estranhos. Fica a meu critério.

“Nossa, está bem frio, não é Elize?”, Foi o idiota do Bob que disse isso.  Estava com a voz embriagada como esperado.
“Podemos nos esquentar, se é que você me entende.”, A vontade rir quase se apossou de mim, mas me contive atrás daquela arvore, desconfortado por ver aqueles dois se relacionando, mas com certeza, meu plano em cima disso daria certo. No calor do momento, Bob sentiu uma vontade extrema de esvaziar seu “Amiguinho”, no que resultou deixando Elize na espera. O álcool deixam as pessoas retardadas, pois Bob podia ter se necessitado bem perto dali, mas preferiu seguir uma rota nas matas fora da escola. Estava escuro, mas nada que me atrapalhasse. Dizem que quando você sente muito medo, você enxerga melhor no escuro. Bob vai enxergar muito bem no escuro essa noite. Fui seguindo ele até o seu destino.  Resmungava sozinho como um bêbado costuma fazer. Não me importei em deixar meus passos serem escutados, o som da terra sendo triturada me acalmava. Era o som da solidão.

“Ah...finalmente. Isso é muito bom.”, Bob parecia que estava tendo um orgasmo. Levantou a cabeça aos céus enquanto jorrava seu mijo amarelado na raiz da arvore. Era a minha vez. Em minhas mãos, se concentrava um porrete grande o suficiente para derrubar um individuo, que certamente seria esse imbecil. Caminhei lentamente até ele, estava de costas, mas sentiu minha presença. Bob se virou ainda mijando, tentando decifrar o que eu era. A essa altura, eu devia ser um borrão em forma humana para ele.

“Quem...quem está ai?” Não hesitei. Um único golpe com o porrete em sua cabeça o desmaiou completamente. Tremeu por uns segundos antes de perder a consciência. Foi um golpe e tanto, minhas até doíam devido ao peso daquela droga.

“Bob!”, Era Elize, a vadia, com certeza á procura de Bob. Seus gritos estavam distantes, e era percebível o medo em sua voz. Que gratificante. Não tive com o que me preocupar, ela não teria coragem de adentrar nessa floresta aquelas horas da noite, mesmo com Bob estando nela. Com certeza esqueceria Bob, e iria embora puta da vida por ter levado um bolo desse idiota.

“Bob não vai para casa tão cedo, Elize.”, Não gritei, não era preciso. “Ou talvez, ele nem vá para casa hoje.”, Um sorriso se fez em meu rosto. Ver aquele monte de merda caído ali não tinha preço. Era só o começo.

“Bob seu idiota, não vou te esperar mais!”, Dessa vez eu ri. O plano funcionou perfeitamente. – Levei aos arrastos o corpo de Bob para um canto distante da escola. Um canto que certamente ninguém ouviria seus gritos. Um lugar perto de um córrego. Sem mais delongas, acorrentei o corpo de Bob junto á uma arvore próxima do mesmo. Foram horas de espera até ele despertar junto com o sol, todo esse tempo eu me aqueci, seriam pancadas fortes e um momento muito aproveitado e prazeroso para mim.

“Vamos lá, Bob. Já dormiu demais.”, Ele finalmente acordou, estava tonto e atordoado pelo visto. Vi o medo em seu olhar quando percebeu que estava acorrentado e sem camisa numa arvore. Chegava á ser divino. Ele finalmente sentia o que eu sentia todo esse tempo escolar. Diante disso, surgiu o troco também.

“Seu filho da puta!”, Xingar era típico de Bob, salivava até. Admito que era um cara de boa aparência. Loiro, os olhos eram um azul penetrante, e pode se dizer que tinha uma fisionomia atraente para as mulheres. Não é atoa que esse merda é tão respeitado. “O que está fazendo seu CDF de merda!?”, Eu continuei sorrindo para ele, abaixado diante do mesmo. Bob estava confuso, mau tinha forças para falar. Talvez, a pancada que eu tenha lhe dado o deixou mais retardado do que era.

“Está vendo isso?”, Mostrei o porrete á ele, seus olhos se arregalaram. Como esperei, estava muito eufórico e tremulo. "Isso deve te fazer recordar, não é?”

“Quando eu sair daqui você tá ferrado!”, Calei a boca dele dando um golpe extremamente forte em seu joelho. Mais um, eu quebraria o osso. Bob gritou junto com as aguas da correnteza, era inútil, ninguém escutaria. Finalizei dando outro segundo golpe, um mais forte que o primeiro na mesma região. O estalo do osso ecoou em meus ouvidos junto com o rugido de Bob que se debatia dessa vez. Fiz esse inútil sentir medo. O medo que eu sentia quando ele me perseguia. O medo que vou matar.

“Ah, Meu Deus!”, Ele chamava por Deus, que cômico. Cheguei uma conclusão, que, as pessoas só gritam por Deus em momentos que se veem em desespero na vida. Engraçado. “Seu...Seu...!”, Mais um golpe, dessa vez, na barriga. Sempre com força para deixar a marca. Tão forte que o fiz golfar sangue misturado com vômito, que nojento. Pausas não eram algo forte comigo, continuei diferindo vários golpes em sua barriga até eu me cansar, e eu me cansei. Olhei para Bob, estava péssimo. O sangue de sua boca já descia sobre sua barriga, e ele tremia muito. Pobre Bob.

“Bem, acho que agora eu posso falar né!?”, Dei um gripo sarcástico, alto o suficiente para espantar os pequenas pássaros de suas arvores. O imbecil nada disse, ótimo. Ressaltando, eu ia jogar meu jogo daqui em diante. Me aproximei de Bob jogando o porrete de mão em mão. Seu cheiro estava horrível, vômito misturado com sangue não eram uma boa combinação.

“Desgraçado...”, Dei-lhe outro golpe, dessa vez, no maxilar que com certeza quebrou. Bob gemeu aos céus. O sangue escorria grosso, e manchou um pouco do porrete. Ele cuspia seus dentes. Agora, eu realmente podia falar.

“Só assim pra você calar a boca.”, Era óbvio que ele não falaria novamente. A dor do maxilar seria grande se forçado um mínimo de esforço para isso. “Bob, Bob, Bob, o garotão da escola. Você deve estar se perguntando porque estou fazendo isso, é bem óbvio, não é? Aguentei todo esse tempo seus esparros comigo, e hoje, é o dia do troco, Bobzinho.

“Por favor...”, Não é que ele conseguia falar. Parecia um velho  banguela. “Por favor...”, Incrível, aquilo era incrível. Ele estava chorando de medo. Nunca me senti tão bem em toda minha vida miserável como naquele momento. “Por favor cara! Eu juro que não vou mexer com você de novo, por favor!”

“Tarde demais. Sinta-se especial por ser o primeiro a ser morto por mim, pois minha lista está enorme!”, A raiva tomou conta de mim naquela hora. Foi o momento da finalização, e o momento que eu estaria condenado ao inferno. Aproximei meu rosto de do dele, com um certo sorriso psicótico. “Vou terminar isso logo. Sua mãe está me esperando na cama dela.”, Aquela piada, era a piada que ele fazia de minha mãe sempre que me batia. Seria a ultima vez que escutaria isso.

“Não! Não! Pare!”, Lembro muito bem como manuseei aquele porrete. Era pesado, ensanguentado e quase quebrado devido ao múltiplos golpes que dei. Deixei o rosto de Bob completamente desfigurado. Os olhos esbugalhados e a língua para fora da boca. Simplesmente destruí ele. Foram golpes tão fortes que muitos pássaros abandonaram seus ninhos das arvores espantados. Com mãos tremulas fui a beira do córrego deixando o porrete cair sobre a grama. Eu arfava como um cavalo depois de uma longa jornada. Meus braços doíam devido a força, mas não era nada comparado a outro tipo de dor que eu sentia. Via meu reflexo nas aguas do córrego, pensando milhões e milhões de coisas aleatórias. Minha mãe era extremamente religiosa, me ensinou dogmas desde de pequeno. Mostrou o caminho certo, mas para a pessoa errada. Agora, acho que minhas rezas são como uma ofensa aos céus, pois quebrei totalmente o que chamo de vinculo divino. Meu anjo protetor me abandonou quando soube que na verdade, protegia um demônio. Eu não o culpo por isso. Como eu disse, é o famoso sistema da vida, aprendi a enxergar a realidade á minha volta, e aprendi a tornar o que penso em realidade. Pensar e agir, é o que repito todas as noites antes de dormir.

“Eu finalmente tornei meu pensamento em realidade!”, Leveza, era o que eu sentia depois de ter eliminado um peso morto nesse mundo. Eu gritava aos céus sem se importar, risonho e alegre pela primeira vez.

Vermelho...

A cor do sangue me fascina...



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