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História O Motorista - Abrindo o coração


Escrita por: kematerco

Notas do Autor


Oi, pessu...
Então, se o capítulo não estiver muito bom, não me matem, certo?! Escrever pelo celular é ruim demais...

Capítulo 15 - Abrindo o coração


Escutava barulhos de passos e um falatório vindo da escada. Levantei meu olhar na direção e pude ver minha mãe e o doutor descendo. Me levantei para cumprimentá-lo assim que ele parou na minha frente.

—Seu pai precisa ir na clínica amanhã bem cedo. -ordenou.

—Certo! Pode deixar, ele estará lá. 

Ele assentiu e saiu andando em direção à porta na companhia da minha mãe.
     Peguei meu celular discando o número de Meredith e no terceiro toque ela atendeu:

—Oi, amor! Que saudades... -suspirou.

—O que falamos sobre seu dinheiro? Não estou com você por isso.

—Está falando do Stevan?

—Quem?! 

—O doutor Mendes. 

—Ah! Ele mesmo. 

—Fica tranquilo, amor. Só fui cobrar uns favorzinho que ele me devia. Digamos que o doutor e eu temos um acordo.

—Certo! -falou desconfiado. —Vou desligar. Preciso falar com seu pai.

[…]

Entreguei os papéis para o doutor e ele os examinava. 

—Não acredito ainda que você é namorado da Meredith. -falou sem me olhar.

—Por quê?

—Ela não é uma mulher de te namorado, sabe. 

—Não! Não sei.... O que vocês são, afinal?!

—Digamos que tínhamos uma amizade intensa. -sorriu e pude ver maldade naquele sorriso. —Aqui. -entregou os papéis do meu pai. —Estão dispensados por hoje.

[…]

Esperava Meredith do lado de fora da faculdade. Amizade intensa. Aquela fala do doutor não saía da minha mente, assim, como o sorriso que ele lançou quando acabou a frase.

A porta do carona bateu me fazendo sair do transe que me encontrava.

—Oi, amor! -sorriu e me deu um selinho.

Liguei o carro e comecei a dirigir em silêncio.

—Como foi lá? Como seu pai está se sentindo? 

—Bem! -fui seco.

—O que houve? 

—Nada! -engoli a seco. —Obrigado! Ele está muito feliz.

—Não precisa agradecer. Só não queria mais vê-lo aflito. -fez carinho na minha nuca.

—Você sabe que isso não vai fazê-lo viver. Ele continua com pouco tempo de vida. Esse tratamento só irá fazê-lo se sentir melhor e mais confiante. Mesmo assim ele irá morrer. -a olhei.

—Mas, pelo menos você terá boas lembranças dele. Irá lembrar dele alegre e confiante. E não agonizando em cima de uma cama. -me consolou.

—É.... mas, o que você e aquele doutor são, afinal?! 

—Por quê?! 

—Ele me disse que você tinham uma amizade intensa. -usei o mesmo tom que ele no final da frase.

—Não ligue para o que ele disser a você, tudo bem?! 

Assenti para evitar algum desentendimento entre nós. 

[…]

Meredith Moore 

Me joguei na cama olhando para o teto. Pensava na tarde adorável que havia passado com Justin e seu pai no parque. 

Sentia uma sensação incrível de bem estar. Estava me sentindo bem comigo mesma. Era tão bom ajudar alguém sem querer algo em trocar, ou para  se beneficiar em algo. Era tão bom pensar em alguém e em seu bem estar sem ser em minha mesma. Justin me ensinou muitas coisas, me ensinou a ser uma pessoa melhor.

Meu celular vibrou avisando que havia uma mensagem. Peguei o aparelho olhando o visor e sorri ao ver o nome dele:

Amor: Já está dormindo?
 

Meredith: Não! Pensando na vida...

Amor: Só queria dizer que amei o dia hoje. Você me mostrou um lado seu que eu não sabia que existia. Meu pai ficou super feliz, ele amou você, e falou que preciso urgentemente casar contigo. Hahaha

Meredith: Esse lado só passou a existir graças a você. Obrigada! Eu te adoro... 

Amor: Me adora?! :(

Digitei algumas coisas, mas apaguei na sequência. Não queria dizer aquilo por mensagem de texto. Queria dizer, olhando no fundo dos seus olhos, que ele realmente está me fazendo sentir algo bem  mais que desejo. 

Levantei correndo indo para meu closet e colocando a primeira calça jeans e tênis que vi pela frente. Ia com a regata do pijama mesmo. Peguei só uma blusa solta e coloquei dentro da mochila para usar na faculdade amanhã.
        Desci correndo e fui em direção ao escritório do meu pai. Ele deve te escondido a chave do meu carro em algum lugar e eu iria acha-la. Revirei tudo e achei. No fundo falso da última gaveta. Corri para garagem e retirei a capa que o cobria. Entrei jogando a mochila no banco de carona. 
     Acelerei parando no portão. Sei que não iria conseguir passar de boa. Um dos seguranças de plantão fez sinal para que eu parasse e assim o fiz.

—Abra essa merda de portão. -gritei assim que ele se posicionou na altura da janela.

—Senhorita Moore, não tenho permissão para deixá-la sair. Ainda mais dirigindo. Onde conseguiu a chave?! 

—Não importa!! Se você não abrir esse portão vou passar por cima. 

—Sabe que não conseguiria.

—Mas conseguiria fazer um grande acidente fazendo meu pai ficar irritado e descontar em vocês por causa da incompetência de ambos. -ele bufou pensando em o que era melhor a se fazer. —Meu pai está em uma conferência. Volta daqui a dois dias ou mais, e eu volto amanhã de manhã cedo. Ele não precisa saber, e eu e você saímos ilesos. -sorri.

—Tudo bem, senhorita! 

Deu a volta no carro e foi até a cabine abrindo o portão. Respirei fundo vendo que estava dando tudo certo. Mas agora, como iria chegar na casa dele? Só sabia o caminho, mais ou menos, pela minha faculdade. 

[…]

Parei em frente à casa dele. Fiquei observando aquela simples construção. Uma pontada de inveja brotou no meu peito, meu sonho era ter uma casinha assim, simples, ter minha mãe e meu pai juntos, independente de qualquer coisa. Respirei fundo saindo do carro e o travando. Caminhei lentamente ajeitando a mochila nas costas. Olhei para sua janela antes de subir os degraus que dava para a porta de entrada. Seu quarto tinha um pequeno fecho de luz. Peguei meu celular do bolso de trás da calça e disquei seu número.

—Alô?! Está tudo bem?! -ele parecia preocupado.

—Sim! Só está muito frio aqui fora. Esqueci de pegar o casaco. 

—Como assim?! 

—Para de fazer perguntas e venha abrir a porta. -desliguei o celular.

Fiquei parada olhando para a vizinhança. Aqui parecia um lugar bom para se morar. Escutei uma barulho na porta e voltei meu olhar para a mesma.
        Quando o vi parado com uma cara de sono e o cabelo todo bagunçado meu coração disparou. Deve ser a coisa mais maravilhosa acordar ao lado desse homem todos os dias.

—Como chegou aqui? -perguntou assustado.

Apontei para trás de mim, na direção do meu carro.

—Para que essa mochila? -parecia confuso.

Sair entrando sem o responder e fui em direção ao seu quarto. Joguei a mochila no canto do cômodo e logo tirei minha calça jogando em cima da mesma. Andei em direção da cama sentando ao seu lado.

—Você não fugiu de casa, né?! -estava nervoso.

—Não, basicamente. Meu pai está viajando e não queria dormir sozinha em casa. 

—Como pegou a chave do seu carro? 

—Fiz ligação direta. Aprendi vendo os meninos fazendo quando roubamos carros. -o olhei.

Sua boca se abriu em um perfeito O me fazendo cair na gargalhada. Ele fechou a cara.

—Eu vasculhei o escritório do meu pai e achei a chave. Não acredito que você achou mesmo que eu roubava carros.

—Sei lá, Meredith. De você espero qualquer coisa.

—Certo! -o encarei. —Me dê seu celular. -estiquei a mão.

—O quê?!

—Só me dê... -insisti.

Justin pegou o aparelho de baixo de seu travesseiro, destravou e deu na minha mão. Seu olhar estava atento aos meus movimentos rápidos. Coloquei na nossa conversa e o mostrei.

—Leia em voz alta! -apontei para a última mensagem que ele havia me mandado.

—Me adora?! 

O olhei e ele abaixou o olhar. Ele parecia chateado com algo.

—Eu não sei. Eu não te adoro. Eu sinto algo a mais. Só não sei o que é, ou como se dar o nome. Paixão talvez?! É, acho que é. -sua atenção foi toda voltada para mim e seus olhos brilhavam. —Cada dia eu fico mais encantada e completamente apaixonada por você. Cada dia você me conquista mais. Nunca sentir um terço por alguém, do que sinto por você. Você já deve te ouvido falar tanta coisa ruim de mim. Que sou vadia, ou algo do gênero. Eu realmente era uma vadia, uma vadia com o ego enorme. Mas você me fez mudar, me fez me importar com as pessoas sem ser comigo mesmo. Eu ainda não te amo, ainda. Mas isso não está longe de acontecer. Eu não consigo ficar longe de você por um segundo. Você é muito importante para mim. Não sei se isso é bom de se ouvir, mas estou sendo totalmente sincera com você. -desabafei.

Seus olhos brilhavam, um brilho intenso. Seu sorriso largo. Me envolveu em seus braços me puxando para cima dele. 

—Eu sou completamente apaixonado por você. -sorriu selando nossos lábios.

—Só, por favor, não me machuque. Não me deixei ter trauma do amor e volte ser uma vadia pior do que eu já era. -ele riu.

—Eu juro! -ele sorriu selando nossos lábios novamente.


Notas Finais


Próximo capítulo é hot...
Espero que eu não demore, farei de tudo para isso não acontecer.


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