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História O Motorista - "Você não vai me abandonar, vai?!"


Escrita por: kematerco

Notas do Autor


Adiantei um pouco a história para não ficar muito chata...

Capítulo 4 - "Você não vai me abandonar, vai?!"


Duas semanas depois...

Meredith Moore

Odiava vim nesses eventos que só tinha gente do tipo do meu pai. Era como se eu só visse o senador Moore em todo o canto que eu andasse e o olhasse. Virava a vigésima taça de champanhe, ou sei lá quantas, já havia perdido as contas de quantas taças havia tomado. Estava afim de ir embora, sumir desse lugar. 
         Papai me olhava firmemente. Podia ver em seu olhar o quanto ele implorava para eu não fazê-lo passar um vexame. Se ele acha que iria perder a chance de fazê-lo passar vergonha, está bem enganado. Cansei de ser obrigada a vim nesses eventos e fingir para todos que somos uma família feliz, quando vivemos em pé de guerra todo o santo dia. Não quando ele só pensa nele, em sua carreira, e em sua reputação. Estou louca para me livrar desse lugar e desse garoto insuportável, filho do deputado e melhor amigo do meu pai, senhor Miller. Vou ter que dar um showzinho básico. 
     Louis falava na minha cabeça sem parar, isso estava realmente me irritando. Será que ele não percebeu que eu realmente não estou dando a mínima para o que ele falar e para ele.

—Se você não calar a porra dessa boca eu juro por Deus que taco essa champanhe na sua cara. -falei um pouco alterada e embolado devido ao álcool que já estava fazendo efeito.

—Calma, Mered! Só estou conversando com você. -ele sorriu sem jeito.

—Que conversando, o quê! Você estar apenas falando, falando e falando. Não estou dando a mínima para você, e para falar a verdade,  nem de você eu gosto. -virei o líquido que estava na minha taça.

Todos ali me olhavam de cara feia e cochichavam um com os outros.

—Estou um pouco me fodendo para o que vocês pensam de mim. -gritei. —Eu tenho nojo da cara de todos. -acrescentei.

—Vamos! Justin já está vindo te buscar. -meu pai me pegou pelo braço e saiu me arrastando.

Papai sorria sem jeito para o pessoal que nos olhava. O garçom passou na nossa frente quando estávamos quase perto da porta. Peguei outra taça virando de uma vez o líquido que continha ali. Papai puxou a taça de uma vez me fazendo derramar o restinho no meu vestido. O lancei um olhar mortal. 

Justin Bieber

Acelerava o mais rápido possível. A voz do senhor Moore no telefone não era uma das melhores. Ele falava meio enrolado de tão nervoso, e dizia que Meredith estava passando dos limites. O que essa garota havia aprontado?!  
       Nesses últimos dias, o único que ela realmente conversava e ouvia era eu, tirando suas amigas, claro. Eu e Meredith estávamos tendo uma boa relação, ela é uma garota incrível, diferente do que ela se mostra ser. Mas até agora não descobrir o real motivo dela agir desse jeito.
          Estacionei o carro em frente à mansão que estava tendo o evento, pude vê-la sentada na beira da calçada, do outro lado da rua. Seu vestido vermelho colado no corpo estava molhado, seu penteado estava ainda intacto e seus sapatos estava em suas mãos. Sua cabeça estava baixa e ela parecia está chorando. Desci do carro e o senhor Moore veio em minha direção. 

—Leve-na daqui! -ele passou a mão nos cabelos um tanto nervoso. —Ela estar bastante alterada. -acrescentou.

Olhei para os dois lados antes de atravessar a rua. Parei em sua frente com as duas mãos no bolso. Ela levantou o olhar pra mim e mordeu os lábios inferior.

—Vamos lá, Mered! Vamos embora! -segurei em sua mão a levantando.

—Só vou se você me levar para um motel e me foder a noite toda. -falou embolado e começou a rir.

Sentir minhas bochechas esquentarem. Tinha a plena certeza que estava vermelho nesse momento. 

[…]

Estava estacionado em frente ao prédio da faculdade esperando Meredith sair da aula. Seria mais uma longa viagem tediosa e silenciosa. Depois de ontem, ela havia ficado estranha comigo. 
         A porta do carona foi aberta e ela entrou, sentando ao meu lado e logo batendo à porta me fazendo fechar os olhos pela força que usou.

—Se seu pai souber que você anda batendo à porta do carro desse jeito. -ri tentando quebrar aquele clima tenso que havia se instalado entre nós. 

—Foda-se! -ela falou seca.

Olhei em sua direção confuso. Não havia entendido o que estava acontecendo. O que eu fiz de errado? Ela simplesmente estava me ignorando. Resolvi voltar a minha atenção a estrada e me manter em silêncio. 
       Era impossível se manter quieto quando você não sabe ao menos o que havia feito para a pessoa muda da água para o vinho com você. Aquele desejo de falar era mais forte que eu, não tinha como controlar. 

—Você é uma pessoa totalmente estranha. Acho que você sofre de algum tipo de bipolaridade. Nos últimos dias você me tratava bem, conversava comigo. Agora estar me trato como se eu fosse um nada. -ela me olhou, mas voltou a olhar para a rua através da janela. Não falou nada. Ficou em um completo silêncio.

Bufei ficando em silêncio também. Formos até a mansão em um silêncio torturante. Era muito mais agradável quando escutava o som da sua risada, ou quando ela batia em meu braço quando contava alguma piada sem graça. 

Desci do carro antes dela sair. Sentir seu olhar observar meus movimentos até a entrada da mansão. Entrei e peguei o corredor da esquerda perto da escada indo em direção ao escritório pessoal do Senador no final do corredor. 
 Bati algumas vezes recebendo um "entre" como resposta. Peguei na maçaneta e me virei determinado a por um final a isso.

—Senhor Moore, preciso ter uma conversa séria com o senhor. -falei ainda com a maçaneta em mãos.

—Entre, rapaz! -fez um sinal com as mãos.

Fechei a porta atrás de mim e caminhei calmamente até as cadeiras na frente de sua mesa me sentando em uma delas.

—É sobre a Meredith, né? -ele respirou fundo.

—Sim! Me desculpe, senhor. Mas eu não suporto mais ela me humilhando, e me tratando mal. Do dia para a noite ela mudou comigo completamente. Eu realmente tentei. Tentei fazer amizade com ela. Fui gentil. Mas realmente é impossível isso acontecer. Quando pensei que tínhamos algum tipo de laço de amizade, ela conseguiu quebrar hoje. Então, eu.... -fui interrompido por um barulho forte de algo se chocando contra a parede.

Olhei para trás e vi que a a porta do escritório estava aberta e Meredith  estava parada ali com os olhos cheios de lágrimas e um olhar de arrependimento.

—Você não vai me abandonar, vai?!  -suas lágrimas escorreram pela sua bochecha me fazendo engoli a seco.


Notas Finais


Espero que estejam gostando...

Até a próxima!


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