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História O Motorista - Eu gosto de você


Escrita por: kematerco

Notas do Autor


Boa leitura!!

Capítulo 6 - Eu gosto de você


Meredith Moore

Me ajeitei na espreguiçadeira para afastar meus pensamentos de Justin. Já está virando rotina ele invadir minha mente. Fico imaginando o que ele faz quando estar longe de mim, se estar com sua noiva, ou se estar aproveitando seu tempo livre dormindo, ou com seu pai. 

—Só me diga que vamos ter uma distração, porque ficar trancada aqui dentro não dar. -Lizzie se acomodou na espreguiçadeira ao meu me fazendo a olhar.

—Eu estou gostando dele. -falei nem me dando ao trabalho de responder sua reclamação.

—O quê? De quem? Tá louca? Você gostando de alguém... -colocou a mão na minha testa. —Você estar doente? Meredith Moore não gosta de ninguém, é conhecida por chutar todos os homens. -ela me olhava espantada.

—Justin... eu gosto dele, Lizzie. Mas ele não quer nada comigo. Eu tentei beija-lo ontem, mas ele recusou. Disse que eu estava confundindo as coisas e que era noivo. 

—Ele é gay? -ela me olhava séria. —Se eu fosse homem e tivesse uma gostosa como você tentando me beijar, eu teria te comido. -ela riu pelo nariz. 

—Ninguém nunca me recusou. -falei inconformada.

—Talvez seja por isso que você ache que goste dele. -ela deu de ombros. —Porque ele te recusou. 

Neguei com a cabeça e ri pelo nariz. Talvez ela tivesse razão. Talvez eu não gostasse dele mesmo. Talvez fosse só atração pelo difícil. Talvez fosse só atração pela sua rejeição. Talvez... talvez...

—Que tal bebemos e esquecemos isso? -a olhei.

Lizzie me olhou desconfiada. Mas logo abriu um sorriso sacana.

—Acho ótimo! Como vamos fazer isso? 

—Vou dar a noite de folga para Mery. 

—E aquele papo de que: "Justin está certo. Tenho que fica direita no castigo que quando meu pai chegar ele me libera."? 

—Eles não precisam saber. Não será uma festa. Só vamos chamar os meninos para cá e você compra as bebidas. -negou com a cabeça e riu.

[…]

—Mery, pode ficar tranquila. -falei quando levava ela até a porta. —Só vou esperar Lizzie chegar com os filmes para trancar a porta. E também, tem os meninos aí. -apontei para os seguranças no portão. —Eles tem ordens para não me deixar sair. -revirei os olhos fingindo estar entediada.

—Tudo bem! -ela se deu por vencida e passou pela porta.

—Se comportem, pela amor de Deus! -falou da escada e acenei para ela vendo-lá sumir.

Fechei a porta respirando aliviada por te dado certo. Retirei meu roupão que escondia a real roupa que eu usava. Caminhei até a área da piscina e deixei o roupão junto com os outros. Ajeitei as coisas ali e fiquei esperando Lizzie e os meninos chegarem.
          Escutei alguns sussurros e logo apareceu Lizzie de mãos dadas com Brad, e Alfredo logo atrás deles. Alfredo veio na minha direção e me agarrou pela cintura me beijando.

[…]

Me despertei, mas me neguei a abrir os olhos. Minha cabeça latejava por conta de toda a bebida que havíamos ingerido noite passada. Abrir um olho e pude ver a linda cena de Alfredo deitado na minha cama dormindo com um semblante tranquilo. Seus cabelos negros levemente bagunçado, por conta das minhas mãos no seu cabelo pela madrugada. Sua pele brilhava quando o sol batia contra ela. Seus braços me agarravam fortemente. Decidi por continuar deitada em seu peito. Fechei meus olhos, e por um momento, desejei que fosse Justin no lugar dele. Me ajeitei no seu abraço o que o fez me apertar mais. 

As dores da madrugada de um louco sexo que tivemos começaram a cair sobre o meu corpo. Um cansaço me consumia. Ainda estava nua, mas não teria nada que me fizesse sair da cama nesse momento.

—Bom dia, meu amorzinho! Que tal você levan... -aquela voz conhecida e bem conhecida por mim ecoou alegremente pelo grande cômodo e logo foi calada. 

MERDA! MERDA! MIL VEZES MERDA... pensei comigo mesma. 

—Meredith! -seu tom de voz saiu alterado e um pequeno grito saiu pela sua garganta.

Levantei sentando na cama e vendo Justin na minha frente. Podia ver a decepção estampada em seu rosto. Seu peito descia e subia rápido demais. Suas mãos estavam fechada em punho. Ele parecia estar com raiva. 
          Seus olhos desceram do meu rosto para meu busto. Ele entreabriu a boca e passou a língua pelos seus lábios. Desci meu olhar devagar e percebi que meus seios estavam descoberto. Agarrei o lençol puxando contra o meu corpo e me cobrindo.

Estava morrendo de vergonha por Justin me ver assim, nessa situação. Tenho certeza que eu estava no estado de quem fodeu a noite toda. Acho que isso ele já havia deduzido, eu estava nua, com um homem ao meu lado, também nu, tampado somente pelo lençol.

—Alfredo! -falei baixo o cutucando. 

Justin ainda estava imóvel me olhando. Eu estava me sentindo uma completa vadia. Seu olhar de reprovação sobre mim, como se estivesse me julgando estava me deixando pior. 
         Não que eu ligue para a opinião dos outros sobre mim. Eu realmente não ligo, mas Justin não é qualquer um. E eu realmente me importava, e muito, sobre sua opinião, ainda mais quando era sobre mim.

—Bom dia, meu amor! -Alfredo beijou meu pescoço, sem perceber a presença de Justin. —Amei nossa noite, como toda as outras. Pena que você vai me chutar como todas as outras vezes e só vai me procurar quando quiser se satisfazer novamente. É uma merda gosta de você, Meredith. 

Realmente, não queria esse romantismo matinal na frente de Justin. Ainda mais do jeito que Alfredo estava falando. Se Justin já estava me achando uma vadia, imagina agora depois disso tudo que Alfredo disse. 
         Justin riu pelo nariz depois de escutar o pequeno discurso dele. Alfredo olhou na direção de Justin e franziu o cenho confuso.

—Se troque e esteja na cozinha antes do seu pai chegar. -Justin falou rude dando as costas e indo em direção a porta.

—Você não vai contar para ele, vai?  -falei baixo por conta da vergonha.

—Não sou dedo duro. -falou girando a maçaneta abrindo a porta.

—Espera! -falei chamando sua atenção. —Pode esconder o Alfredo dentro do carro? Se meu pai o ver... 

—Tudo bem! Tudo bem! -falou me interrompendo e saindo do quarto. 

[…]

O silêncio dentro do carro estava realmente me destruindo. Justin estava com as mãos firmes no volante, apertava tanto que seus dedos estavam ficando branco. Seu maxilar estava travado. Sua respiração pesada.

—Está tudo bem? -falei o olhando.

—Sim! -ele falou sem me olhar.

—Aquilo que você viu...

—Não precisa se explicar. Não temos nada. Eu não vi nada. -ele apertou mais o volante e travou seu maxilar.

—Justin... fala a verdade. Você está chatea...

—Chega! Cala a boca! -gritou.

Aquela atitude dele me fez ir para trás. Tomei um susto. Fiquei em silêncio tentando entender aquilo tudo. Ele estava nervoso e gritou comigo. Nunca pensei que Justin fosse tomar essa atitude. Ele é sempre tão doce e educado. Eu sabia que ele estava chateado, decepcionado por eu te mentindo, disse que iria me comportar e fiz a pior burrada que podia te feito. Aquilo me corroeu por dentro. Meus olhos se encheram de lágrimas. Não podia chorar. Estava segurando, mas foi inevitável. 
       Uma lágrima escorreu pela minha bochecha e logo depois as outras lágrimas rolaram espontaneamente. 

Sentir meu corpo ir para frente bruscamente com a freada que Justin havia dado. O olhei assustada.

—Me desculpe! -ele estava com a cabeça encostada no volante. —Não queria te gritado com você. Mas eu... esquece. -encostou a cabeça no encosto do banco.

—Me desculpe por aquilo... -falei limpando meu rosto. —Não queria que você tivesse visto...

—Para de se explicar para mim. Você fala como se nós dois estivéssemos juntos, ou algo assim. Esqueça isso. Não precisa se desculpar.

—Mas eu gosto de você. Você não entendeu isso ainda? -gritei.

Justin me olhou espantado. Não sei o que estava falando. Mas estava tão farta de tudo. De fazer tudo errado. De só fazer merda. Dessa vez eu queria acertar. Fazer a coisa certa. Só queria acertar uma única vez nessa vida, e que esse acerto fosse com Justin. Pois ele foi o único, em toda a minha vida, que realmente se importou comigo, e por ele vale a pena todo o meu sacrifico.


Notas Finais


Reflexão da Meredith 🤔😂


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