História O Motorista - "A vida segue..."

Justin Bieber

Me encostei no batente da porta do quarto dos meus pais. Olhava meu pai deitado naquela cama sem poder se levantar era realmente inacreditável. Meu pai sempre foi um homem forte, independente  e determinado, deve está sendo muito difícil para ele ter que depender dos outros para fazer as coisas. 

Como a vida é engraçada, alguns anos atrás, era eu deitado na cama tentando dormir. Sentia a presença do meu pai me observando e o pedia para contar uma história para me fazer dormir. 
      Meu herói agora estava em uma situação complicada, e o que mais me doía era te que vê-lo nesse estado e não poder ajudá-lo.

—Vai ficar aí me olhando ou vai vim sentar aqui do lado do seu pai? -sua voz ecoou me fazendo sair do meu transe.

Seu sorriso fraco, mas sincero, em minha direção, me fez ver o quanto ele ainda tinha esperança de sair dessa. Sorri indo em sua direção. Sentei na cama ao lado dele e segurei sua mão. 

Engoli em seco assim que o toquei, aquela sensação de perdê-lo tomou conta de mim e meus olhos se encheram de lágrimas.

—Tem algo que o incomoda, filho? -meu pai me olhava com cautela.

Neguei com a cabeça. Não queria e nem quero conversar com meu sobre isso. 

—Não estou falando de mim, meu filho. -ele riu fraco. —Estou falando de você. Vamos conversar igual fazíamos antes, certo?! 

—Certo! -sorri deixando uma lágrima escorrer.

Em um movimento lento meu pai levou a sua mão até o meu rosto e a limpou.

—Vai dar tudo certo. -ele sorriu me encorajando. —Agora me conte!

—Estou pensando em sair do trabalho. 

Meu pai me olhou confuso. Mas continuou em silêncio esperando eu continuar.

—A Meredith me falou hoje que gosta de mim. As coisas não estão indo por onde eu achei que iria ir. 

—Sobre você ou sobre ela? -o olhei um pouco espantado. —Você também gosta dela? 

—Pai... -ri sem jeito. —Eu tenho a Lana, e também...

—Não foi isso que eu te perguntei, Justin! 

—Eu acho que eu gosto dela também. Mas isso é tão errado, pai. O senhor Moore confia em mim mais que confia nela. Se eu ficasse com ela ou se rolasse algo sério entre nós eu iria estar o traindo. 

—Certo! Entendi! -meu pai riu fraco. —Você gosta dessa garota, mas o que te bloqueia de realmente sentir, ou tentar, é o pai dela. Certo?! -o olhei completamente confuso. —E a Lana? Como vocês estão? 

—Péssimo. Depois que descobrimos a sua doença ela se afastou de mim. No momento que eu mais preciso dela, ela se afasta. Ela é minha noiva, tinha que ser meu encosto para não desmoronar. Não posso casar com alguém assim. Sempre que ligo falando que preciso dela, que já cheguei do trabalho, ela sempre fala que precisa estudar e quando olho pela janela, a luz do quarto dela tá apagado. Como alguém estuda de luz apagada?! -desabafei.

—Por que não terminou ainda?

—Tenho algo mais importante com que me preocupar nesse momento. -apertei sua mão mais forte.

—Eu quero ver sua felicidade, filho. Isso que importa para mim. 

Meredith Moore

Estava deitada na cama de Lizzie brincando com meu cabelo espalhado pelo colchão a esperando terminar de se arrumar.

—Você foi uma completa idiota, Mered. -ela me olhou puxando um vestido de dentro do armário.

—Eu sei disso. Não deveria te falado, mas ele estava chateado comigo e não sei o que aconteceu para eu falar. Eu sou uma idiota. -bufei.

—Graças a Deus você não levou mais esse negócio de castigo a sério. Não acredito que seu pai não te tirou do castigo. Sério, chega a se patético. -ela riu.

—Vai se foder! -mostrei meu dedo do meio para ela.

—Vamos beber muito hoje na Devil hoje. -ela tacou o vestido na minha cara.

[…]

Estava dançando descontrolada quando o efeito do álcool começou a correr pela minhas veias. Balançava minha cabeça, jogava minhas mãos para cima. Só queria esquecer de tudo e todos, e aproveitar o momento.

—Você deveria rebolar esse rabo assim na minha cama. -uma voz grossa sussurrou no meu ouvido.

Olhei por cima dos meus ombros e vi Chaz sorrindo sacana. Ele realmente não desisti de mim. Suas mãos estavam na minha cintura. 
Comecei a esfregar minha bunda no seu pênis e logo sentir sua ereção.

—Ah! Não faça isso, Mered! Por favor! -ele sussurrou contra meu pescoço.

Joguei meu cabelo por lado o dando acesso ao meu pescoço.

Meu celular tremeu. Peguei o aparelho e vi que havia uma mensagem de Justin. 

J: Que porra você está fazendo com Chaz? Você não estar de castigo? Estou indo te buscar agora! 

M: Desde quando você conhece o Chaz? E como sabe que estou com ele? Talvez eu tenha fugido. Não sou prisioneira de ninguém.

J: Ele é meu amigo de infância. Os caras mandaram a foto dele com você falando que ele estava com maior gostosa. Sai dessa boate agora que estou quase chegando.

—Chaz, tenho que ir! -falei tirando suas mãos da minha cintura.

—O quê? -falou desanimado.

—É... meu pai descobriu que estou aqui. Tenho que ir antes que ele apareça aqui. 

—Tá, certo! Mas dar próxima você não me escapa. -piscou. —Já me enrolou demais.

—Avisa a Lizzie que já fui. -dei as costas e sair andando.

[…]

Quando coloquei os pés para fora da boate vi o carro de Justin com o vidro aberto. Ele estava com a pior cara do mundo. Andei devagar dando a volta no carro entrando no lado do carona.

Fiquei em silêncio quanto sentia o olhar dele sobre mim. Ele não havia ligado o carro, nem nada, só me olhava. Respirei fundo tomando coragem para retribuir o seu olhar.

—Dar para dirigir logo? -fiz gesto com a mão o olhando.

—Não estou em horário de trabalho para seguir suas ordem. -falou rude.

O olhei indignada com sua resposta. Ele realmente tinha me respondido daquele jeito? 

—Eu não te liguei para vim me buscar, você veio porquê quis. -ele negou com a cabeça rindo. —Você atrapalhou minha foda da madrugada para ficar me admirando? -ele me olhou com raiva.

—Você ia foder com o Chaz? -ele falou com raiva.

—Loucamente. A vida segue Justin... -sorri tentando demonstrar que não estava me importando com que havia acontecido mais cedo. 

Mas, aquilo estava me corroendo por dentro. Depois que descobrir que Chaz e Justin era amigos, meu conceito sobre dar para Chaz mudou completamente. Não que eu fosse dar para ele, mas queria provocar Justin, nada melhor do que com o amigo dele.