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História O Mundo de Aura - Floresta monstruosa


Escrita por: YukiLopez

Notas do Autor


Galera, primeiramente boa noite.
Como eu disse uma vez, estive doente e por isso fiquei impossibilitada de atualizar a história. Eu escrevia antes pelo computador, mas ele deu pane e perdi tudo o que tinha escrevido. Pelo celular é mais demorado e complicado, porém consegui e agora pude completar o que faltava. Não me atirem pedras, por favor. É muito difícil manter atualizado, tem pessoas que não entendem que nós, escritores, também temos vida fora daqui. Sejam compreensivos e pacientes, ok?
Sem mais delongas, vamos à história.

Capítulo 7 - Floresta monstruosa


Fanfic / Fanfiction O Mundo de Aura - Floresta monstruosa

 

  O grupo continuou a andar pela rua sendo ovacionados pelos aurianos de Kothar. Para Hinata era um pouco estranho ser tão cumprimentada e bem quista, afinal, acostumara-se a ser ignorada e desprezada por quem quer que fosse, salvo sua família. Uma gentil garotinha lhe oferecera uma rosa, sob o olhar orgulhoso da mãe, e em troca recebeu um carinho na cabeça.

  Sakura continuou a ignorar a presença de Sasuke, mesmo este nada fazendo para aborrecê-la. Ele a observava conversar com Haku estando ao mesmo tempo surpreso e admirado; não se lembrava de tê-la visto mais bela. Conheceu-a menina ainda na corte de seu pai, o rei Kizashi, e desenvolvera por ela sentimentos de proteção. A rosada também um dia o admirou e respeitou, considerou-o um grande herói de guerra de Iarleen, mas esses sentimentos de admiração se transformaram em aversão e ódio depois dos acontecimentos de anos atrás.

  O reino de Kothar era conhecido por seus belos pomares e campos fertéis, com abundantes colheitas, sem contar suas montanhas verdejantes e uma floresta onde viviam lobos gigantes e unicórnios. A princesa e seu pai eram os únicos conhecidos no reino a possuir tais feras, pois os lobos da floresta eram selvagens e sanguinários. Ninguém além do rei se atreveu a entrar lá para capturá-los, conseguindo apenas graças ao seu poder telecinético. Rumores diziam que a floresta também era habitada por homens-escorpiões enormes e aranhas gigantes (acromântulas), mas isso nunca foi confirmado pelo medo dos aurianos de entrar lá, e o rei sequer sabia se existiam. Apesar dos constantes ataques do exército das trevas, o povo parecia feliz e sem remorso algum.

  Hinata ficou encantada com o castelo real, assim como todos que o viam pela primeira vez. Era belo e majestoso, cercado por muros onde se encontravam soldados armados, e os portões de acesso eram talhados em pura prata. Ino comentara que sua casa perdia em beleza e magnitude apenas para o palácio imperial de Aura, que diziam ser incrustado em uma gigantesca cachoeira e muitas árvores. Chegaram aos portões, onde dois homens altos e parrudos montavam guarda, e estes, reconhecendo a princesa, abriram-nos para permitir sua passagem e a de seus convidados.

  Atravessaram uma passarela de pedra situada em um magnífico jardim florido e perfumado, onde Aryeh e Lanveh foram brincar com Silvery, e entraram na sala do trono. O rei e a rainha se encontravam reunidos com alguns nobres, e Ino se fez anunciar, indo até eles e os abraçando.

— Ino querida, teve muito trabalho? — perguntou-lhe o pai carinhoso.

— Não otou-san, foi bastante fácil graças à Imperatriz e seus aliados — apresentou-a — Esta é Hyuuga Hinata, a herdeira do Trono Maior de Aura.

  Os soberanos se ergueram de seus tronos e chegando perto da morena, curvaram-se respeitosos.

— Seja bem vinda Majestade Imperial — cumprimentou o rei. — Estamos honrados com sua presença. Sou Inoichi, rei de Kothar, e esta é minha esposa, rainha Ilyana.

— É um prazer conhecê-los — disse ela fazendo leve reverência.

— Nós reconheceríamos um herdeiro do imperador Hagoromo de cara. Não por seu amuleto, nem pela marca em seu ombro, mas pelos seus olhos — falou a rainha serenamente, fitando os orbes perolados da menina. — Não há outro ser que possua duas orbes tão brilhantes como a lua, além do clã usurpador. E seus amigos? — fitou-os educada.

— Majestade, acho que não deve se lembrar de mim, já que vim aqui apenas uma vez — Sakura deu um passo à frente timidamente. O rei sorriu.

— Por que não nos lembraríamos da princesa, agora rainha de Iarleen? — A rosada se sentiu um pouco melhor ouvindo aquilo. — Nós ficamos muito pesarosos quando soubemos que o rei Kizashi e a rainha Mebuki haviam morrido e Iarleen tinha sido destruída.

— É. Eu também — lançou um olhar de puro ódio à Sasuke, que evitou encará-la. Os chefes das amazonas e dos centauros também foram apresentados, assim como Haku, que foi direto ao assunto sobre a pólvora negra.

— Senhor, quando chegamos ao vilarejo da fronteira, fomos surpreendidos pelo exército das trevas, que usaram foguetes de pólvora contra nós. Como eles conseguiram pólvora, se qualquer coisa do mundo humano é proibida aqui?

  Os nobres começaram a cochichar entre si, mas pararam quando o rei ergueu a mão.

— Venham conosco e lhes explicarei tudo.

  Foram levados para um salão ao ar livre, bonito e bem decorado. Havia uma mesa redonda com cadeiras, uma para cada líder, e a rainha mandou que fosse servido chá de darjeeling. Devidamente servidos, o rei contou o que acontecia.

— Por ordem do imperador, qualquer coisa proveniente do mundo humano estava proibida aqui sob pena de prisão. Contudo, houve uma família daqui de Kothar que descobriu a fórmula da pólvora negra e suspendeu a proibição. Eu os bani, e eles entregaram a pólvora para os Otsutsuki.

— Quem seriam eles? — perguntou Hinata.

— A família Shimura, composta por Danzou, o patriarca, e seus filhos adotivos, Shin e Sai — respondeu a rainha. — Danzou uma vez tentou me matar porque não queria que eu me casasse com Inoichi, pretendia ver a sua protegida no trono de Kothar. Mas ele não conseguiu.

— Deve ser esse o motivo para ele ter negociado a pólvora para os Otsutsuki — opinou a rainha Danae. — O ódio pela família real.

— E onde eles vivem agora que foram expulsos? — quis saber a Haruno.

— Nas montanhas ao norte, as dominaram graças ao exército das trevas. Os poucos que lá foram jamais retornaram, exceto pelo fauno Orcuns.

  Hinata viu Ino descair o semblante; pelo visto, era aquele fauno que morrera ao entregar a mensagem. Deu-lhe um tapinha amigável no ombro, e a princesa a encarou com os olhos cintilantes.

— Senhor, por acaso já ouviu falar da lendária espada do meu avô? — a morena perguntou ao soberano. Ele levou a mão ao queixo, pensativo.

— Não só ouvi como já vi. Era realmente magnífica, só alguém com a marca da lótus pode manejá-la com perfeição. Foi roubada na noite em que os Otsutsuki invadiram o palácio imperial por intermédio dos Uzumaki.

— Me disseram que ela havia sido perdida — disse surpresa.

— Não, ela foi roubada. O palácio imperial foi invadido por muitos seres, coisas preciosas sumiram incluindo a espada. Com quem ou onde possa estar é que é o problema.

— Como é a aparência dela?

— A espada, tal como a Excalibur, foi fabricada pelas rainhas da noite em Avalon, a ilha sagrada. Sua lâmina era pura e brilhante, se conservando assim mesmo manchada de sangue. A bainha possuía arabescos em ouro e prata, e apesar da simplicidade, era a única que poderia guardar a espada. Uma bainha diferente poderia maculá-la.

  Enquanto o rei falava a respeito da espada, Hinata levou a mão ao amuleto e teve uma breve visão da arma sendo usada por um vulto, quase como um morcego grande. Também viu um lago à noite, e uma formosa dama lhe entregando a lâmina. Finda a visão, abriu os olhos e percebeu todos lhe mirando curiosos, o que a fez corar.

— Parece que teve um sonho Majestade — falou a princesa, pois usara sua telecinesia para vê-lo.

— Não foi um sonho, mas uma visão. Eu pude ver a espada, ela está com alguém, mas não consegui distinguir quem. E vi também um lago, e uma mulher muito bonita me entregando a lâmina.

— Isso é um pouco confuso — comentou Haku. — A espada está com a mulher ou com outra pessoa?

— Eu não sei. Mas tem que ter algum significado.

  Mais tarde ela decidiu dar uma volta pelo reino para esfriar a cabeça. Antes, a rainha mandou que preparassem para eles os melhores quartos, coisa que os centauros e as amazonas dispensaram; por sua natureza selvagem preferiam fazer acampamento, escolhendo para isso os terrenos do pomar. Hinata, Haku e Sakura aceitaram porque sentiam falta de dormir em camas quentinhas, não que dormir no chão sob mantas de pele de cervo e urso fosse tão ruim.

  Como rainha suprema Hinata teve direito ao melhor dos quartos, com boa cama e boas vestes. Algumas criadas lhe ajudaram em seu merecido banho de banheira, com muita espuma e flores perfumadas; vestiram-na com um lindo quimono lilás, pentearam seus longos e sedosos cabelos, calçaram-lhe sapatos de veludo e lhe serviram uma pequena refeição com frutas, cremes e bolos. Já satisfeita, foi andar com os amigos.

  O sol brilhava no alto, e um vento fresco corria balançando a copa das árvores. Ino apresentava os domínios de seu pai alegremente, do pomar até a floresta perigosa. Para desgosto de Sakura, Sasuke foi junto com a desculpa de ficar de olho em Silvery, pois mesmo pertencendo à princesa e lhe gostando muito, ainda tinha ganas de entrar na floresta e sumir por lá. O lobo do rei, um exemplar de pêlos castanhos chamado Fulrios, os acompanhou a pedido do soberano por este viver muito tempo dentro do palácio, e um pouco de caminhada lhe faria bem.

  Chegando perto da floresta Ino não quis entrar por ter sentido vibrações estranhas. Todavia, ouviram um relincho dolorido, como de um cavalo em sofrimento, e antes que Hinata pudesse impedir, Aryeh e Lanveh entraram lá correndo. Ela gritou para que parassem, indo atrás deles seguida pelos outros. Pararam perto de uma clareira, onde se surpreenderam ao ver o que lá estava. Era um belíssimo unicórnio, branco como o leite, caído e com um ferimento no pescoço. Os leõezinhos se aproximaram dele, encostando seus focinhos na criatura, que se debatia agoniada. Hinata tentou chegar mais perto, mas o unicórnio a ameaçou com seu chifre pontiagudo.

— Não chegue mais perto Majestade, ele está acuado — disse Sasuke.

— Mas ele está ferido, precisa de ajuda.

  Os leões voltaram a encostar seus focinhos na criatura, como se quisessem dizer que estava tudo bem e que eles eram amigos. O unicórnio os mirou desconfiado, mas permitiu que se aproximassem. A morena chegou perto e se ajoelhou diante dele, verificando a gravidade do ferimento. Era pequeno, com duas extremidades aguçadas que faziam o sangue prateado escorrer.

— Parece que alguma coisa o mordeu — disse, franzindo a testa. — E sugou uma boa parte do seu sangue.

— Sangue de unicórnio mantém uma pessoa viva, mesmo quando ela está à beira da morte — argumentou Ino. — Porém, fazer isso tem um preço muito alto.

— Quem seria capaz de fazer tamanha maldade com algo tão puro? — indagou Sakura. — Não seria melhor morrer?

— Hai, mas não conheço ninguém que esteja tão desesperado para viver.

— Mas o sangue do unicórnio também tem outra serventia — Haku se aproximou da criatura, acariciando-o para acalmá-lo. — Também é capaz de dar força e vigor para um ser mágico, principalmente para quem deseja mais poder.

— Quem quer que tenha o atacado está muito desesperado — observou a rosada. Os lobos farejaram algo no ar e começaram a rosnar. Sasuke puxou sua katana, pois também sentira um cheiro estranho.

— O que foi?

— Tem alguém aqui, sinto um cheiro muito forte de veneno — respondeu ele seriamente. Viram quando uma nuvem de fumaça verde venenosa se alastrou pela floresta e imediatamente cobriram seus narizes, os animais prenderam a respiração. Passada a fumaça, perceberam que algumas plantas murcharam e pássaros caíram mortos no chão. No mesmo instante ouviram o barulho de um galho se quebrando e pegaram em armas; dos arbustos, surgiu um fauno carregando dois coelhos, e ao vê-los ali, perguntou:

— Quem são vocês?

— Nós é que devemos perguntar isso — disse Sasuke mantendo sua espada tesa. O fauno se desculpou.

— Perdão, é que é muito raro aurianos pisarem aqui, principalmente os da realeza. Me chamo Ulrun, moro perto do lago.

— Tem um lago aqui perto? — perguntou Hinata.

— Claro que sim. — Lançou um olhar para o unicórnio ferido. — Hum, mais um que ela pegou? — Dirigiu-se para a criatura e avaliou seu ferimento. — Isto está mais sério do que pensei.

— Sabe alguma coisa sobre isso? — indagou Haku.

— Não muito. O que eu sei é que esse unicórnio precisa de cuidados. Podem vir comigo até a minha casa.

   Resolveram aceitar. Com dificuldade o unicórnio se ergueu, Hinata o ajudou a andar, e o fauno os guiou até um lago tranquilo. Sua casa estava construída entre dois cedros, e ele entrou lá por um instante, voltando em seguida com uma tigela de água e um pano. Limpou o sangue que escorria do unicórnio e falou:

— Pronto, o necessário agora é que ele fique em repouso. Só teve uma parte do sangue sugado, ela não o matou porque não estava com tanta sede.

— Quando diz ela, a quem se refere? — perguntou Hinata de relance enquanto curava o unicórnio.

— De uma fada vampira chamada Lâmia — respondeu ele calmamente. — Diferente das outras de sua espécie, ela se alimenta do sangue dos unicórnios, faunos como eu, até grifos. É por causa dela que ninguém da sua espécie pisa aqui.

— Imaginei que fosse por causa dos homens escorpiões e das acromântulas — comentou a princesa um pouco surpresa. — É verdade que eles vivem por aqui?

— Hai, Sua Alteza não deveria duvidar. Os homens escorpiões são benéficos, diferente das suas primas acromântulas, que gostam de comer humanos — disse aquilo com tanta naturalidade, que as garotas não deixaram de fazer caretas de horror. — Mas elas só saem para caçar durante a noite com a rainha.

— Rainha? — Haku deixou transparecer sua preocupação.

— Aracna, ela tem o dom da linguagem auriana. Ela não é confiável, igual as outras.

— Preferia continuar a saber que não existiam — Sakura falou arrepiada.

— Em que parte da floresta elas vivem? — Sasuke perguntou por curiosidade.

— Na parte mais profunda e escura. Porém não recomendo irem lá se não quiserem ter uma morte terrível.

  O unicórnio recuperou suas forças e foi embora cavalgando velozmente. Hinata ficou preocupada com aquela história das aranhas, e torcia para nunca topar com uma, apesar de que aquilo seria praticamente impossível.

  Na cidade real viram fogo e algumas casas destruídas. Souberam por um soldado que orcs atiraram foguetes de pólvora contra os cidadãos e feriram várias pessoas; um membro da família Shimura esteve na linha de frente. No ar, além do cheiro da pólvora, também havia veneno, o mesmo da floresta. Ajudaram os feridos e correram para o palácio, onde o rei e a rainha já estavam a par de tudo e agora se encontravam reunidos com alguns conselheiros na sala do trono. Aparentemente estavam todos revoltados, especialmente um careca e gordo que vociferava à vontade, nem parecia estar na presença do rei.

— Majestade, até quando iremos suportar isso? O exército das trevas não tem limite! Já avançaram para a cidade real, não demora e chegarão ao palácio! Nossos homens mal podem contra eles agora que possuem a pólvora!

— Então sugere que nós nos rendamos e entreguemos nossos tesouros para Shimura e seus filhos, Milorde Dunlavin? — interrogou um nobre. — O povo de Kothar ainda resiste aos Otsutsuki graças ao rei e a sua fidelidade à coroa imperial. Nós ainda podemos lutar contra eles mesmo em desvantagem por causa da pólvora negra.

— Eles não teriam posse da pólvora se Sua Majestade não tivesse sido tão ingênuo em confiar em Shimura Danzou — disse ele azedo, o que revoltou Ino.

— Como se atreve?! Ousa chamar meu pai de tolo lord Dunlavin?

— Acalme-se minha filha — pediu o rei. — A questão aqui é a segurança do nosso povo, não um erro que não pode ser consertado. Hai, fui tolo em confiar em Danzou e em seus filhos, mas não significa que voltarei a repetir o mesmo erro.

— Milorde só disse isso porque Sua Majestade recusou a proposta de casar a princesa com seu filho — falou um velho, o que irritou o careca.

— O problema não é esse! — retorquiu ele. — Só estou dizendo que precisamos de mais aliados para defender nosso reino. Amazonas e centauros são excelentes guerreiros, mas não são o suficiente diante do nosso problema.

— Sua ideia de ir até a floresta e tentar falar com os homens escorpiões e as acromântulas não nos agrada lord Dunlavin — disse a rainha com reprovação. O homem ficou ainda mais irritado. — Eles não são de confiança.

— Não é uma má ideia — falou Hinata, surpreendendo a todos na sala. — Eu posso tentar convencê-los a lutar ao nosso lado.

— Majestade, tal fato é inusitado — disse o rei impressionado.

— Hinata-chan, tem certeza? — perguntou Haku. — Não conhecemos aquele lugar, e também não sabemos o que pode acontecer lá.

— Mas aquele fauno Ulrun conhece, já que vive lá. Eu sou a Imperatriz, não sou? Qualquer problema com os Sete Reinos compete a mim também — disse ela serena. Deu um passo à frente. — Senhor, eu mesma irei à floresta para falar com eles.

— É muito perigoso Majestade, assim estaremos dando a entender que estamos abusando da senhora por ser a rainha maior — Inoichi falou preocupado, porém Ino entrou no meio.

— Eu também irei otou-san. É o futuro do nosso reino que está em jogo, não podemos deixar que ele caia nas mãos dos Otsutsuki e de seu exército monstruoso.

  A princesa fez uma expressão como se quisesse dizer algo aos pais. Eles entenderam e se entreolharam, sérios, e cochicharam entre si por um instante antes do soberano tomar sua decisão.

— Nos convenceu Majestade. Mesmo que isto não me agrade, estou disposto a aceitar uma aliança entre as acromântulas e os homens escorpiões. Ino — dirigiu-se à filha — Como futura rainha de Kothar, é seu dever auxiliar a Imperatriz, pois ela é nossa única esperança nessa guerra. A proteja, porém quero que também se cuide, todos vocês. Nada posso fazer além de desejar boa sorte nessa missão.

— Agradeço otou-san — disse a loira. Lançou um olhar para Hinata junto com uma mensagem telepática, dizendo: Há um traidor nesta sala, ao que a morena acedeu, porém não reagiu. Feito isso, começaram a se preparar, pois entrariam na floresta ao anoitecer.

 

                     *****

 

  É verdade que Hinata não gostava nenhum pouco da ideia de ir naquela floresta, principalmente à noite, mas não tinha outra escolha. Era uma imperatriz, tinha o dever de ajudar qualquer um dos Sete Reinos quando estes necessitassem. Preparou-se o melhor que pôde para aquela missão, praticando com sua espada e se informando melhor sobre as terríveis criaturas que viviam naquele lugar.

  Os homens escorpiões, também conhecidos como Aqrabuamelu ou Girtablidu um dia foram guardiões no mundo humano do portal da deusa sumeriana Ishtar. Apesar da aparência assustadora, metade homem, metade escorpião, eram tidos como benéficos, e excelentes guerreiros. Em Aura eram extremamente fiéis ao imperador, sendo capazes de qualquer coisa para demonstrar sua lealdade, até mesmo sacrificando suas próprias vidas. O que não era o caso das acromântulas e de sua mãe e rainha, Aracna. Também originárias do mundo humano, boa parte de sua espécie foi banida para Aura e obrigada a viver nas florestas, tendo de se alimentar de insetos e reptéis, e dificilmente de humanos que penetrassem desavisados em seus domínios.

  Ao anoitecer a Hyuuga pegou sua espada e se dirigiu ao pátio, onde já era esperada pelos amigos. Aryeh e Lanveh iriam ficar no castelo sob os cuidados da rainha, e o rei cedeu seu lobo para ajudá-los na missão. Ságitos e Danae também iriam, deixando as amazonas e os centauros como reforço em caso de ataque. Os soberanos desejaram boa sorte e muitos cuidados, e após acenderem tochas, rumaram para a floresta monstruosa.

   Ino fechou os olhos para tentar sentir alguma força psíquica, e percebeu muitas criaturas na floresta. Sakura parecia apavorada olhando para a copa das árvores, e notando que o Uchiha a observava, tratou de se recompor e empinou o nariz.

— Parece que sabem que estamos aqui — disse a princesa preocupada.

— Se sabem, tentarão nos atacar — disse Danae alerta. — Temos que evitar qualquer confronto direto, já que viemos aqui em paz.

— Vamos procurar por Ulrun, ele pode nos guiar por aqui — falou Hinata e sentiu seu coração parar quando ouviu uma voz rouca e pesada dizer:

— Isso não será necessário.

  Imediatamente puseram-se em posição de ataque e iluminaram por todos os lados. Ságitos perguntou quem estava aqui, e os lobos se puseram a rosnar e latir. Um emaranhado de moitas se mexeu e dela saiu uma criatura apavorante. Quase quatro metros de altura, a pele marrom e seca; da cintura para cima era um homem enorme e musculoso com olhos vermelhos, da cintura para baixo tinha patas enormes e um corpo delgado com gigantesco ferrão negro. Portava uma lança de ferro, e foi só pôr os olhos nele para a rosada desmaiar e ter de ser amparada pelo Uchiha. O centauro se adiantou e atirou uma flecha, que ele pegou com facilidade e quebrou entre os dedos grossos como salames. Ele ainda se aproximou antes de dizer:

— Eu não desejo lutar.

— Então largue sua arma — ordenou Hinata séria. O homem escorpião obedeceu, jogando sua lança para o lado, e então deram um passo à frente. A Hyuuga desnudou o ombro, exibindo sua marca.

— Eu sou a Imperatriz de Aura, herdeira de Hagoromo — disse, e a criatura fixou seu olhar na marca e no amuleto dela. — Vim à sua procura e das acromântulas.

  O Girtablidu fez uma profunda reverência e apresentou-se:

— Sou o Escorpião Rei, Eskorton, à seu serviço Majestade Imperial. Meu povo e eu esperávamos que pudesse vir.

— Fico satisfeita em saber. Vim com a princesa de Kothar, Yamanaka Ino, e com mais alguns companheiros. Podemos parlamentar?

— Mas é claro. Sigam-me.

  Avançaram pela floresta com a criatura de guia. Ficava cada vez mais escuro e cerrado, se não tivessem tochas nem saberiam aonde pisar. Ouviram o barulho de água corrente, devia ter um riacho ali perto, e após algum tempo Sakura acordou. Julgou estar sendo carregada por Haku, pois não conseguia distinguir ninguém naquele breu, e deixou-se levar aconchegando-se em Sasuke, que não ousara dizer um pio.

  O Escorpião Rei parou em frente a uma alta rocha e com um toque do seu ferrão ela se abriu em duas para lhe permitir a passagem. Entraram, e puderam visualizar um extenso corredor iluminado por archotes. Só não seguiram adiante porque o chão se encontrava coalhado de escorpiões de todas as espécies e tamanhos. Hinata recuou um passo, o olhar vidrado e assustado, porém Eskorton deu uma ordem e todos eles se afastaram para que pudessem passar.

  No fim do corredor havia uma enorme clareira, e enormes também eram os homens escorpiões que lá estavam: uns apenas de dois metros, outros tão altos quanto o rei, alguns com longa barba negra, outros desprovidos de pêlos. A Hyuuga ficou extática, sentia-se transportada para um outro mundo. Ino chegou perto e perguntou-lhe:

— Tem certeza de que podemos?

— É claro que sim. Kothar precisa de ajuda, qualquer aliado é bem vindo — respondeu.

  Os Girtablidu aproximaram-se de seu rei, que anunciou que os aurianos ali presentes vieram parlamentar. Reuniram-se todos ao redor de uma enorme mesa de pedra, pondo em cima dela suas armas em sinal de paz. Sakura já estava de pé, e ficara corada e irritada quando percebeu estar nos braços de Sasuke. O rei pediu desculpas pelo susto, ao que ela respondeu que estava tudo bem, afinal, não era sempre que via uma coisa enorme como ele. Os homens escorpiões pareciam dispostos a ouvir o que tinham a dizer.

— O que deseja de nós Majestade Imperial? — indagou Eskorton. — Estamos prontos para servi-la em qualquer coisa.

— Meu senhor, sabe muito bem que estamos em guerra. Os Sete Reinos de Aura sofrem com o exército das trevas do clã usurpador, e há poucos em que possamos confiar. O reino de Kothar, que ainda é fiel a mim, é atacado todos os dias, e como se não bastasse, uma família que o rei julgava leal traiu o reino entregando a fórmula da pólvora negra para os Otsutsuki. Por isso vim aqui, com a princesa de Kothar, para pedir sua ajuda, de todo o seu povo e das acromântulas.

— Então é uma aliança que deseja.

— Exatamente Majestade — confirmou Ino nervosamente. — Meu povo necessita de aliados, e mesmo tendo alguns, não é suficiente. Se aceitar selar uma aliança conosco, os Girtablidu serão muito recompensados.

  O rei ponderava o assunto de olhos fechados. Hinata tremia nervosamente a perna, Haku estava desconfortável, os lobos pareciam inquietos e Ságitos e Danae nem se fale. Sasuke e Sakura fitavam Eskorton seriamente, até este enfim se manifestar.

— O problema não é comigo. Aceitaria formar uma aliança com o rei de Kothar. O porém disso é se Aracna aceitará.

— Sabe onde ela se encontra senhor?

— Hai. Humanos sozinhos não podem contra ela, nem contra seus filhos e filhas.

— Então Vossa Majestade pode nos levar até elas? — indagou Ságitos.

— Posso. Aviso que se mantenham de prontidão, as acromântulas podem atacar sem qualquer aviso, e suas pinças contém alto teor de veneno.

  O rei falou em acadiano, a extinta língua da Mesopotâmia, para seu povo por um instante, e então partiu de volta para a floresta. Ino estava contente por terem conseguido o apoio do Escorpião Rei para deter o exército das trevas, porém o restante estavam preocupados com relação às acromântulas. As árvores pareciam maiores e mais densas a medida que entravam floresta adentro, e as raízes saíam para fora da terra formando figuras assustadoras.

  O terreno começou a declinar até ficar impossível de continuar. Eskorton fez sinal para pararem e puxarem suas armas, pois sentiu a aproximação das aranhas. E não deu outra: viram descer das árvores um grupo de seis, que deslizavam por suas teias, e saltarem cinco outras das folhagens batendo assustadoramente suas pinças. Sakura pegou seu chakram e lançou em uma delas, decepando duas de suas longas e peludas pernas, porém uma outra a capturou enrolando-a em sua teia. Sasuke foi ajudá-la, mas acabou sendo pego também. Ino se defendia com seus poderes psíquicos, e Hinata brandia sua espada para espantá-las. Por outro lado, Ságitos e Danae tentavam afastá-las com suas tochas, o que surtia pouco efeito. Eskorton conseguiu matar uma espetando sua lança na cabeça dela, porém foi imobilizado por um espécime de quase oito metros, que tentava mordê-lo com suas pinças. Os lobos já estavam presos, enrolados em redes de teia, e no fim, foram todos capturados e levados para dentro de um buraco no chão.

  Hinata não conseguia sequer se mexer, as teias nas quais estava enrolada pareciam feitas de aço. A aranha que a levava presa entre suas pinças andava freneticamente, seus olhos pareciam estrelas brilhando naquela escuridão, e a garota ouvia desesperada os ganidos dos lobos e gritos dos amigos, sem saber o que fazer para fugirem daquela situação. De súbito, viu uma luz tênue ao longe, e sentiu ser jogada bruscamente no chão duro. Levou um susto quando sentiu algo em seu rosto, e era uma pequena aranha marrom. Sacudiu o rosto com força para tirá-la, e só então vislumbrou que lugar era aquele.

  Parecia um pequeno salão, cheio de ossadas tanto humanas quanto animais. Endireitou-se com dificuldade para poder se sentar, e fitou um enorme buraco ali em frente, escavado na parede. A aranha que lhe trouxera começou a bater as pinças e a chamar por alguém que estava lá dentro.

— Aracna! Aracna!

  Ouviu-se um barulho aterrorizante de patas pesadas. “Isso não é coisa boa”, pensou a morena estremecendo. Uma mão enorme com unhas pontiagudas saiu para fora do buraco e logo a dona dela também apareceu. Oito metros de altura, patas com quatro de largura, cabelos brancos e longos, enormes seios, pinças que saíam para fora da boca grotesca, um olhar horrível. Mulher da cintura para cima, aranha da cintura para baixo, fitou cada prisioneiro com a boca salivando. A cada pingo caído uma pedra derretia ou pequenos buracos se abriam no chão; era o mais puro ácido.

— Vamos virar comida de aranha! — Sakura gritou tentando se debater.

— Se eu conseguisse me soltar! — Haku tentava usava super força para arrebentar as teias, que não cediam em nenhum momento. A mulher aranha se aproximou lentamente de Hinata, e a garota, após colocar bastante força, conseguiu se soltar e se levantar, apontando sua espada para a monstra.

— O que espera conseguir com isso? — perguntou zombeteira a criatura, sua voz era sibilante e terrível.

— Eu não vim lutar, a menos que queira uma luta — Hinata falou altiva. A criatura gargalhou.

— Tem tanta confiança assim? Somente tolos acham que podem me desafiar.

— Eu posso por ser a Imperatriz de Aura.

  A mulher aranha parou por um momento. A Hyuuga notou centenas de aranhas se aproximando, das paredes ao teto, mas não demonstrou medo. Nem sequer recuou quando a criatura chegou perto para avaliá-la, cheirando-a com instância. Hinata ficara nauseada com o odor que ela desprendia, era podre e mortífero.

— É. — falou, olhando-a bem no fundo dos seus orbes perolados. — Você tem os mesmos olhos daquele que jogou a mim e meus filhos aqui. Mas não garantirei que saia daqui viva.

— Eu tenho uma proposta para você e todos os seus filhos e filhas — disse a garota. As acromântulas bateram as pinças com rapidez, aterrorizando a todos os presentes. Ino soluçava de cabeça baixa, tremendo de medo.

— Proposta? O que a Imperatriz teria a nos propor? — indagou a criatura com escárnio, afastando-se e pulando na parede.

— Se se unirem a nós contra o exército das trevas, eu posso lhes dar a liberdade, e com ela muitas criaturas para matar sua fome.

  Mais uma vez o barulho das pinças se chocando como se fossem de metal. Hinata sentia que a qualquer momento seu coração ia pular para fora do peito; respirava ruidosamente e empalidecia aos poucos. Odiava estar na presença daquelas coisas apavorantes e enormes, e temia pela vida dos amigos. Seu único desejo era correr dali para não ter que olhar na cara horrorosa da aranha rainha e muito menos sentir seu odor fétido.

— Que garantia eu posso ter nessa proposta?

— Tem a minha palavra de que nada acontecerá a vocês se nos ajudarem. O povo de Kothar precisa de aliados que os ajudem contra o exército das trevas, por isso viemos atrás de vocês e dos Girtablidu — olhou para Eskorton, imobilizado no chão por duas acromântulas de oito metros, do ferrão aos braços. — E eu sei que você e seus filhos tem fome. Não darei um lanchinho humano, mas de criaturas das trevas. Aceita?

  Aracna lhe lançou um olhar avaliativo. Alguma coisa em Hinata devia tê-la convencido, pois falou:

— Muito bem. Vocês terão minha ajuda e a de meus filhos, por esta vez. Porém não contem conosco para uma próxima.

— Que assim seja — concordou a menina.

  A mulher aranha estalou os dedos e todas aquelas teias que os prendiam caíram no chão como por encanto. Levantaram-se, esticando os membros, e sem olhar para trás saíram daquele lugar medonho. No momento em que chegou à superfície, Hinata não aguentou e vomitou perto de um arbusto, quase se acabando. Quando terminou, Sakura e Haku foram ajudá-la.

— Hinata, aith mirur? — perguntou o moreno em auriano.

— Dayo, sikeh. Thury — respondeu na mesma língua, caminhando lentamente. Por precaução Ino pediu que ela montasse em Fulrios até que chegassem ao palácio.

  Quando já estavam bem distantes e perto do lago, pararam para respirar um pouco. Haku pegou um frasco com poção do bolso e o deu para Hinata beber. Ao fazê-lo, a palidez sumiu e o mal estar passou na hora, respirando normalmente.

— E agora, melhorou? — perguntou ele.

— Hai, arigatou.

— Sinto minhas pernas bambas — Danae comentou, molhando o rosto com um pouco de água. — Se não fosse por Sua Majestade ter conseguido falar com a aranha rainha, teríamos sido devorados.

— Foi um progresso — Ságitos pateou aliviado. — Outro em seu lugar não faria o que ela fez.

— Senhor — Hinata se pôs de pé e dirigiu-se ao Escorpião Rei — Eu agradeço em nome de todos por sua ajuda.

— Faria muito mais se Vossa Majestade pedisse — disse ele respeitoso. — Mas tenha cuidado. Não é preciso ter o dom da profecia para saber que terá muitas outras batalhas pela frente antes de alcançar seu objetivo.

— Eu sei. E conto com uma boa ajuda para conseguir isso.

  Sasuke aproximou-se da rosada, que faria carinho em Silvery, e perguntou se estava bem. Ela respondeu:

— Estou. Mas nada mudará entre nós Uchiha.

— Idashiro ikaysha? — perguntou ele em língua auriana.

— Khya. Mitashiro Iarleen sordin tysh — falou, dando-lhe as costas. O moreno suspirou resignado.

  Ouviram o barulho de explosões e cuidaram em sair da floresta o mais rápido possível. Mais uma vez a cidade real se encontrava em chamas, e o exército das trevas matava sem dó nem piedade. Harpias, elefantauros, sátiros endemoniados e até ciclopes destruíam tudo o que viam pela frente, e Ino, sem perda de tempo, montou em Silvery, retesou seu arco e saiu atirando flechas aos quatro ventos enquanto o lobo corria veloz. Os outros também foram ajudar, matando as criaturas e defendendo o povo.

  Os foguetes de pólvora não cessavam. Como da outra vez, Sasuke conjurou uma cobra de fogo negro para deter os sátiros que atiravam, porém fazendo isso muito mais surgiam. Hinata, que havia decapitado um elefantauro, se surpreendeu quando um cíclope quase lhe dera uma cassetada daquelas, desviando a tempo antes que fosse acertada. Avançou na criatura, pulando em suas costas e cruzando as pernas em seu pescoço; arqueou o corpo para trás, e pondo uma força digna de Hércules puxou a cabeça do cíclope para fora, jogando-a longe. Pousou com classe no chão enquanto o corpo caía.

  Eskorton atirava sua lança ao mesmo tempo em que usava seu enorme ferrão. A vitória parecia pender para o lado auriano; entretanto, as coisas pioraram quando enormes titãs com quatro braços cada surgiram e começaram a pisotear e destruir todo o reino. Sasuke usou sua cobra de fogo negro, porém de nada adiantou. O socorro veio quando os Girtablidu e as acromântulas apareceram em grande número, avançando nos titãs e devorando sua carne. Aracna usava sua saliva para derreter as harpias e os sátiros que atiravam foguetes, e os homens escorpião atacavam os elefantauros e os cíclopes. Houve acromântulas que devoraram duas pessoas, mas não passou disso; Sakura viu, e horrorizada, as esquartejou com seu chakram, lançando-o repetidas vezes.

  Hinata arrancou as asas de uma harpia com as mãos e cravou sua espada nela, porém foi arremessada contra uma casa com força, quase quebrando suas costelas. Levantou-se, um filete de sangue escorrendo por sua têmpora e as vestes rasgadas, e vislumbrou quem a atacara. Era uma fada de cabelos e pele castanhos, trajando sensual vestimenta negra e ostentando uma espada. A Hyuuga admirou suas asas, mas não se deixou levar e perguntou:

— Quem é você?

— Sou Lâmia, a fada vampira —apresentou-se, fazendo uma profunda reverência. — É uma honra conhecer a Imperatriz de Aura em pessoa.

— E essa espada na sua cintura é a do meu avô, não é? — disse, rasgando a parte de cima do quimono e jogando para o lado, o que deixava seu torso exposto tendo apenas faixas cobrindo seus seios.

— Ah, você é muito perceptiva — falou, uma nota de deboche na voz. — Mas será que é digna de possuí-la?

— Recuperarei a espada do meu avô nem que tenha que arrancá-la de seus dedos mortos — falou com altivez, segurando a espada com as duas mãos.

— Pois que seja — a fada também puxou a espada. — Vejamos o quanto a herdeira de Hagoromo é capaz.


Notas Finais


Traduções
Hinata, aith mirur: Hinata, você está bem?
Dayo, sikeh. Thury: Sim, estou. Vamos
Idashiro ikaysha: Nunca me perdoará?
Khya. Mitashuro Iarleen sordin tysh : Não. Ainda não esqueci o que houve em Iarleen.
Gostaram? Eu adorei. Beijos da Yuki, e até a próxima vez.


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