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História O Mundo de Linf - Capítulo III (parte 1)


Escrita por: HDreams

Capítulo 4 - Capítulo III (parte 1)


- Pai, será que podemos deixar o chá para outra hora? - Falo desanimada.

-... Certo - Ele se senta em um banco de madeira e pede para que eu me sente ao seu lado. - Filha, o que você fez foi... lindo. Estou orgulhoso - Sento-me e ele coloca a mão no meu ombro.

-Obrigada, pai - Falo com um sorriso triste. - Quem poderia ter feito aquilo?

- Não sei, filha. Vou falar com o gnomo sobrevivente sobre o que ocorreu.

- Irei também! - Falo decidida.

- Certo, fale com sua ninfa e pergunte se aquela criança está bem, irei resolver umas coisas aqui para que possamos ir - Ele se levanta e vai para sua sala.

- Plini - Sinto uma brisa suave e depois uma pétala de rosa adentra a casa pela janela. Estendo as mãos na frente e ela pousa no meio delas.

- Sim, senhorita? - Ela pisca os olhinhos rapidamente.

- Diga-me como está as coisas agora.

- O bebê foi bem recebido pelas elfas, estão cuidando bem dele. O gnomo não está mais em estado grave, tiveram que usar magia para fechar o ferimento em sua barriga e... o resto tiveram seus devidos funerais - Suspiro, mas logo vejo ela ficar agitada em minha mão e sair muitos brilhos de sua cabeça.

- O que foi, Plini? - Ela me olha com os olhos arregalados.

- A aldeia dos metamorfos foi... - De repente aparece o falcão do meu pai pela janela e pousa na mesa, fazendo vários papéis se misturarem com algumas penas,  soltando um piado alto.

Meu pai abre a porta da sua sala rapidamente, vai rápido em direção ao falcão, pega a mensagem na sua garra e me olha assustado.

- A aldeia dos metamorfos fora atacada pelos lobisomens -Arregalei os olhos e me bateu o desespero.

Sem pensar duas vezes pulo pela janela e assovio, não demorou muito até chegar meu hipogrifo. Subo nele rapidamente. Por favor, esteja bem, Troy!

Sobrevoando a aldeia, vejo os focos da destruição. Muitas casas queimadas ou em cinzas, familias desoladas e juntas procurando algum consolo, algum abrigo.

Crianças chorando em busca dos seus pais, pessoas mortas com arranhões e outras mutiladas. Pouso, mas ainda fico em cima do hipogrifo, paro perto de uma das crianças que estava chorando e então desço, agachando-me para falar com ele.

- Ei - Limpo uma lágrima do seu rosto. - Você tem que ser forte, está vendo aquela família ali? - Aponto com o dedo para uma família atrás dele e ele segue, fungando, com o olhar meu dedo. - Junte-se a eles por enquanto até que tudo se resolva, sim? - Ele assente e eu sorrio pra ele. - Muito bem - Quando ele está saindo de perto de mim... -Ei garotinho - Ele se vira. - Quer cuidar do Aviale por enquanto? - Ele olha para Aviale e assente.

Aviale abaixa um pouco pro garotinho e o ajuda com o bico a subir e segue pra perto da família.

Ando em busca do meu amado entre as fuligens das casas e cinzas das árvores que aqui existiam, observando cada detalhe que fora destruído com o coração apertado.

Quando finalmente chego na árvore de cerejeira que possuía um balanço preso a um galho grosso, lugar esse no qual conheci Troy.

Flashback

- Nunca mais acompanho papai nessas expedições, não tem nada de divertido nessa aldeia idiota -Ando em meio a aldeia, procurando algo que me interesse, até que me afasto um pouco da aldeia e vejo uma árvore imensa com florzinhas rosas.

Observo o movimento que o vento faz batendo nas pequenas flores até que uma delas se desprende do galho e vejo-a sendo levada pelo vento até pousar nas minhas mãos estendidas.

- Que linda!

- Essa é uma cerejeira - Dou um pulo com o susto e vejo um garoto atrás de mim, olhando para as flores como se estivesse refletindo.
Quando o vento toca seus cabelos azuis ele me olha. - Olá, desculpe se te assustei.

Apenas o ignoro e sento na grama admirando a pequena flor em minhas mãos, ele se senta ao meu lado.

- Muito bonita, não é? - Olho para ele e confirmo. - Qual seu nome? - O olho confusa.

- M-meu nome é Linf - Ele sorri.

- Bonito nome - Coro um pouco e olho para a flor.

- O meu é Troy - Troy... sorri internamente. - Posso te contar um segredo?

- Uhum - Olho para ele, curiosa.

- Se você guardar essa flor num pote com um pouco de magia pura... ela pode se tornar uma ninfa.

- Jura!? - Olho pra ele animada, mas logo meu sorriso some. - Ninfas são criaturas mágicas, elas não surgiriam de flores.

- Bem... que tal fazer um teste? Se eu estiver certo... você volta pra me visitar, nesse mesmo local - Ele me olha animado e estende a mão.

- Feito - Falo com um sorriso.

Eu esperei algumas semanas, depositando um pouco da minha magia na flor. Já estava desistindo, pois a flor estava se decompondo, ficando só uma pétala.

Quando acordei numa noite tempestuosa, eu corri para pegar o pote com a pétala que estava recebendo a luz da lua, o coloquei a minha frente em cima da cama e me lembrei do Troy e como queria vê-lo, até que a pétala virou uma ninfa rosa adormecida.

Eu voltei para a aldeia e encontrei o Troy sentado no banco da árvore.

- Demorei? - Falei arfando com o pote nas mãos.

- Você finalmente voltou - Ele sorriu.

Flashback off

Me aproximo da árvore que estava sem suas flores e toco seu caule com as pontas dos dedos.

- Demorei? - Reconheço sua voz e me viro sentindo um alívio imenso.

- Você finalmente chegou! - Sorri e vou abraçá-lo.

- Minha linf...



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