1. Spirit Fanfics >
  2. O mundo de Lola. >
  3. O PRIMEIRO GRANDE ATAQUE.

História O mundo de Lola. - O PRIMEIRO GRANDE ATAQUE.


Escrita por: LuizAntilles

Notas do Autor


Essa é a minha primeira fic original. Espero que gostem.

Capítulo 2 - O PRIMEIRO GRANDE ATAQUE.


Fanfic / Fanfiction O mundo de Lola. - O PRIMEIRO GRANDE ATAQUE.

Introdução ao capítulo

Ás vezes na desgraça, surgem surpresas.

1

O sino da torre de vigilância começou a tocar no meio da noite. Os gritos surgiram após os primeiros sons de disparos. Sim, é um ataque. Me levantei da cama e olhei pela janela. Três dos nossos atiradores já estavam mortos e as pessoas corriam para todos os lados em desespero.

- Jim, Jim! – Lui entra no quarto chutando a porta desesperado. – Rápido, precisamos nos esconder. São os revolucionários.

- Calma garoto. – Abraço Lui. – Como você chegou até aqui tão rápido no meio desse caos?

- Ela me trouxe. – Aponta para a porta.

Era Margareth, filha da chefe de cozinha da Cidadel. Nunca entendi por que ela não ajeitava o cabelo curto e tinha aquele olhar tão rígido. Mas ela parecia calma diante a toda aquela situação. Os braços cruzados e a postura ereta entregavam uma garota disciplinada.

- Lui, sinceramente, por que fez questão de vir aqui resgatar esse garoto com cara de pastel? Ele nem é forte. Acho que a chance de sobrevivermos com ele é até menor. – Diz Margareth, me analisando.

- Nossa... – Eu e Lui ficamos nos olhando. O bobo ainda fez uma cara como se segurasse o riso – Muito obrigado pelas delicadas palavras. – Completo.

- Conversamos depois! Agora pegue uma arma. – Ela diz enquanto observa o quarto.

Por sorte, embaixo da minha cama havia guardado um revólver. Não sei por que todos são apaixonados por rifles, submetralhadoras e pistolas. O revólver era potente, certeiro e simples. 6 balas poderiam transformar seu inimigo num defunto com um rápido saque.

Coloquei na mochila 3 garrafas da água que tinha no quarto, o mapa da região, bússola e algumas ferramentas. Tudo poderia ser útil naquele momento. Até por que, se a Cidadel não resistisse, teria que salvar Lui de qualquer jeito. Então, depois de estufar o peito e respirar fundo, peguei a mão do Lui, coloquei o revolver na cintura e saímos guiados pela Margareth.

2

Algumas casas estavam pegando fogo. Os dormitórios B e C também estavam enfumaçados. Tiros e muita correria. Aquilo só podia significar que houve invasão. Como poderiam ter entrado na Cidadel? Fazíamos rondas constantes.

- Alguém nos traiu – Disse Margareth ao pegar um bastão de beisebol que estava no chão. – Um de nós deixou esses canalhas entrarem. Lui, quero que você corra o mais rápido que puder caso eu e o... Qual seu nome mesmo?

- Jim... – Tiro a arma da cintura e fico segurando.

- Ah... tá... Caso eu e o Jim não consigamos. Certo? Mas fique próximo. – Alisa o rosto dele.

- Claro tia Maggie. – Sorri. – É claro que vamos conseguir. Eu protejo vocês! Sou forte.

Quando um homem enorme e careca, corre para atacar Margareth. De tão alto, ele chegava a ser lento. Mas a garota era ágil. Se abaixou do soco e num rápido movimento, acertou a boca do revolucionário com uma tacada. O homem tombou no chão e desmaiou. Os dentes estavam espalhados pelo asfalto.

- Acho que a tia Maggie é mais forte do que nós, tio Jim. – Disse Lui, boquiaberto.

Sim, eu também havia ficado impressionado. Dois metros de homem não foram pareôs para um único golpe de bastão de uma garota magrinha de mais ou menos 1,69 de altura. Talvez eu pudesse aprender algo com ela.

Mas finalmente a cavalaria chegou. Marcos com seus 5 fiéis (chamados assim por serem os melhores lutadores da Cidadel) passaram aplaudidos no meio da multidão. As pessoas vibravam como se fosse um gol de final de copa do mundo. Acreditem, Marcos só convocava os fiéis em situações drásticas. E aquela, sem dúvida, era o hora de usar a cartada.

- CIDADEL! CIDADEL! CIDADEL! – Gritam os nossos integrantes ao verem os fiéis lutando contra os revolucionários.

Aquilo havia virado uma praça de guerra. Éramos poucos, em relação aos revolucionários. Mas sabíamos lutar. Éramos bravos e tínhamos vontade. Não preciso dizer que os fiéis foram o "gás" necessário para que todo homem morador da nossa comunidade, erguesse seus punhos contra o inimigo. 

No meio da confusão, levei Lui até a esconderijo no porão na igreja. O entreguei para Kate, mãe da Maggie, que estava aceitando apenas crianças e mulheres para dentro do local.

- Maggie, você também vai entrar aqui. – Diz Kate, ao pegar nos ombros da filha.

- Não, mãe. Vou ir lá pra fora com o Jim. Sei que se preocupa. Mas o papai me ensinou a lutar. Sabe que estou pronta pra isso. – Beija a testa da mãe e me olha – Vamos Jim!

3

A madrugada estava passando. E já havia dado tantos disparos, que o recuo da arma tinha feito a minha mão doer. Mas Margareth permanecia forte. Seguia com o taco de beisebol batendo nos revolucionários.

Porém, num descuido, um homem encapuzado veio por trás de mim, e proferiu uma joelhada nas minhas costas. Ao cair, meu revolver parou embaixo de alguns destroços de madeira. Era a minha hora. Morreria no mundo que eu mesmo ajudei a criar.

- Perai... Eu conheço você – O homem aponta pra mim e me analisa. – Só pode ser sacanagem. Eu ganhei na loteria. Você está mais velho, senhor Morris. – Pega uma faca e crava na minha perna. – Eu estava lá... Fui um dos primeiros a comprar o sistema L.OL.A no dia em que você anunciou a abertura das vendas. O maior investidor da GoodTech na minha frente! Será que essas pessoas te defenderiam se soubessem que isso tudo é obra do seu dinheiro?

-  Foda-se! Posso ter ajudado a criar esse mundo... – Cuspo na cara dele, mesmo com a dor na perna. – Mas pessoas ruins que nem você que fizeram as coisas chegar nesse ponto.

- Jim Morris... – Ri enquanto limpa o cuspe. – Eu não vou te matar... Louyse vai adorar saber que está aqui. Você não merece a morte, merece coisa pior. – Tira a faca da minha perna e lambe o sangue.

- Quer saber... vocês revolucionários são muito chatos. – Maggie surge e acerta a cabeça do homem. Desesperado como um cachorro, o mesmo saiu correndo e foi em direção ao portão principal. – Isso, corre mesmo! E diz pra essa tal de Louyse que estou esperando ansiosa! – Margareth grita.

- Obrigado... – Suspiro por ainda estar vivo. – Você ouviu tudo o que dissemos? – A encaro.

- Vamos deixar essa conversa pra depois. – Ela diz.

4

Os revolucionários estavam mortos. O sol já estava no céu e meus olhos ardiam. Margareth havia feito um curativo improvisado para o meu ferimento. Formamos uma boa dupla na batalha. Fiquei em cima de um carro atirando enquanto ela desmanchava aqueles idiotas a tacadas.

O cheiro de sangue estava no ar. Graças aos céus nenhum dos esconderijos havia sido invadido. Lui estava bem e tivemos uma grande vitória. Mas será que Margareth tinha ouvido tudo?

- Vocês lutaram bem garotos. – Marcos se aproxima de nós. – A Cidadel agradece por seus esforços. Defendemos o nosso lar. E continuaremos assim.

- Continuaremos? – Digo.

- É... me parece que essa apenas foi uma onda de aviso. Mas sobreviveremos. – Marcos segue caminho para a igreja.

Margareth me olha com desaprovação. Algo me dizia que não iriamos para a enfermaria. Aquela conversa teria que ocorrer imediatamente.

- Vamos pro meu quarto. Lá explicarei tudo. – Falo enquanto olho para o chão.

5

Me sento na cadeira próxima a escrivaninha enquanto Margareth preferiu sentar na minha cama. O silencio era aterrador. Ficamos nos observando durantes minutos, até que enfim, o silencio se quebrou.

- Sabe... eu morava no Brasil com a minha mãe. Meu pai era lutador, mas não tipo aqueles de UFC. Era num nível mais semiprofissional. No meu aniversário de 17 anos, ganhei um dispositivo L.O.L.A e uma passagem para a Disney dos meus pais. – Coça a cabeça e limpa o rosto. – Minha mãe quis me acompanhar na viagem. E quando tudo aconteceu, estávamos aqui. Viajamos muito, lutamos pra sobreviver. A Cidadel foi e é um verdadeiro lar.

Apenas fico escutando e permaneço em silencio.

- Você tem uma parcela de culpa pelo mundo estar assim. Mas as pessoas mudaram por que elas quiseram. Alguns acham que L.OL.A uniu a humanidade. Outros dizem que ela nos separou por punição. O que o nome dela quer dizer? E por que ela nunca mais voltou ou pelo menos deixou a energia? – Me questiona.

- L.O.L.A quer dizer Lógica Operacional Livre da América. Na verdade foi um modo de homenagear a minha mãe que morreu ao me dar à luz. Então inventei palavras bonitas pra justificar. – Sorrio com o canto da boca. – Lola tirou a energia por que era muito ciumenta. Não gostava de ver os humanos mexendo em celulares, tablets e em outras coisas.

- E...

- E por que ela não voltou mais? – Interrompo para responder. – Por que talvez ela não nos considere prontos.

Um bipe começa a tocar no quarto. Me atiro no chão e olho para debaixo da minha cama. Era o meu dispositivo pessoal da Lola tocando. Apenas tinha aquilo para me recordar do antigo erro. Ao tocar, a esfera se ilumina em azul e diz: - Olá senhor Morris, quanto tempo.

- Meu... Deus... – Margareth arregala os olhos. 


Notas Finais


Obrigado por ler mais esse capítulo. Por favor, deixe aqui sua opinião. Tudo agrega na minha escrita.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...