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História Ya Ma Da - Missão Adquirida


Escrita por: MARINENHA

Notas do Autor


ANTES Q COMECE O MIMIMI NÃO VAI TER INCESTO OK?BJ 😘

Capítulo 3 - Missão Adquirida


Fanfic / Fanfiction Ya Ma Da - Missão Adquirida


   Passei a aula toda dormindo. De vez em quando alguém me enviou bilhetes, mas eu não tenho paciência para essas coisas.

    Estava no fim da aula quando um garoto enorme de olhos azuis e cabelo castanho veio na minha direção, eu o reconheci como Ryuu, mas resolvi fingir que não o conhecia.

-Kenji, certo?

-É você é...?

- Ryuu Ayuzawa.

-Prazer

-Escuta aqui, você não acha um pouco abusado da sua parte pedir a  Kuronuma em namoro no seu segundo dia?

Dei de ombros

-Ela aceitou.

  Seu queixo caiu e ele começou a ficar vermelho, não, começou a ficar roxo.

-O que te faz no direito de pedir?

-Cara, somos vizinhos, eu a acompanho toda noite pro mercado. Ela é -dei uma paradinha, era difícil falar isso- incrível não acha?

-Vizinhos? Ela não me falou nada sobre isso.

-Pois é, as vezes saímos juntos, cara ela é muito bonita - dei um tom de ironia na última frase, mas ele não percebeu.

-Ah, entendo.

-E você, é o que dela?

-Nos conhecemos a muito tempo. Somos amigos de infância

-Legal.

-Vejo você mais tarde.

  Ele deixou estampada uma expressão de derrota na cara e saiu andando.

  Não consegui deixar de soltar uma risada, imagina? Alguém ficar assim por causa de uma garota?

  Mesmo namorando com a Kuronuma, as meninas não me deixaram em paz como eu pensei que iam.

  Parece que isso só me deixou mais popular, a sociedade é repulsiva. Odeio ter que pensar de que eu vim de um lugar desses, ainda bem que não vim.

   No fim da terceira aula um menino e uma menina vieram juntos me cumprimentar.

-Você deve ser o aluno novo certo?

-Kenji Yamada, prazer.

-Eu sou Meiko e esse é o Kou.- a menina apontou pra si mesma, depois para o menino- somos irmãos gêmeos.

-Legal! Eu gostaria de ter um irmão gêmeo.

   Na verdade, eu não gostaria, só estava sendo gentil mas eu sei que ter um irmão gêmeo devia ser um inferno. Mas todos sabemos que fingimento é tudo.

   Eu percebi que eles estavam tentando se aproximar de mim então dei um fora sutil neles e saí da sala pro almoço.

  Não estava com fome então não encontrei Kuronuma pra pegar meu almoço, estava me tirando muito tempo, meu foco é achar ela. Só isso, por enquanto.

   Fui para o terraço, talvez lá eu pudesse clarear as idéias. Me peguei pensando nela de novo, afastei aquele pensamento. Olhei para o céu e comecei a brincar de achar formas nas nuvens, como eu fazia com Megumi, quando éramos pequenos e quando ainda tínhamos
papai e mamãe.

   O tempo passou mais rápido do que pensei, acabei chegando na sala atrasado. O restante da aula foi tranquilamente chato, a chuva começou na quinta aula e se estendeu.

    Era fina e veloz. Eu adoro descrever os fenômenos da natureza, acho que fiz disso um hobby para quando ia visitar minha vó, eram horas de viagem.

    Peguei meu guarda-chuva e acabei indo embora sozinho porque Kuronuma tinha que limpar a sala, Sana faltara naquele dia e Aoki estava ocupado com seus novos amigos. Eu já disse que odeio a escola? Ela me separou dos meus amigos e me trouxe uma garota manipuladora em troca, nunca fui fã de trocas.

    Fiquei pensando em Ryuu Ayuzawa, sua vida devia ser fácil. Ele foi tão facilmente levado pela manipulação da Kuronuma que eu pensei até que ele fosse arrumar briga.

    Mas tudo bem, já estou acostumado a lidar com valentões.

   Quando cheguei em casa, Megumi e meu pai me esperavam, Haruhi ainda estava na escola. Eles estavam com uma aparência séria, na verdade, desde que Megumi começou a trabalhar para ajudar o papai ela anda fazendo essa cara toda hora.

-Houve uma reavaliação no trabalho do papai.

-Ele foi demitido né?-perguntei, segurando as lágrimas.

-Sim.

-Isso significa...

-Significa que você vai ter que começar a trabalhar enquanto papai procura um novo emprego.

  Não queria trabalhar. Mas antes que pudesse falar alguma coisa, meus pés se moveram e eu subi as escadas, entrei no quarto e fechei a porta.

   Eu me recuso a chorar na frente deles. Eu deveria ser o apoio da família, mas eu simplesmente não conseguia assimilar. Eu acabei de fazer dezesseis anos e já vou ter que trabalhar? Imagino como Haruhi ia ficar triste.

   Respirei fundo e pulei da minha janela. Não queria que ninguém visse o quanto estava abalado, fui até o parque central e deitei na margem do riacho.

  Fiquei lá por algumas horas assimilando tudo. Por um lado isso ia ser bom, porque assim Kuronuma não pode mais ficar comigo o dia inteiro, e de certa forma vou ganhar mais liberdade. Tenho certeza de que se eu trabalhar de boa vontade, Megumi não vai me negar nem um pedaço de bolo.Já era tarde quando voltei pra casa, já estava decidido: amanhã vou começar a procurar um emprego.
  
  Nem me lembrei de amarrar a cama, nem fazer os cuidados noturnos, o que foi um problema porque quando acordei eu estava na cidade de novo. Só espero que eu não tenha feito nada de grave, não, eu não fiz nada de grave, eu tenho certeza, ela não falou comigo como falava antes. Hoje foi só como um sussurro.

-Você prometeu- ela dizia- Cadê você Yamada?

Eu estava com algumas moedas na mão, e com a outra dolorida. Essa menina me faz fazer cada coisa! Se eu achar ela, vou lhe dar uma bronca das boas.Se não,quando eu achar.

    Voltei para casa antes que tivessem percebido que eu sumi (o que seria um grande problema), me troquei, fiz minha higiene, tomei café e saí de casa no horário mais cedo que o habitual. Eu estava na verdade evitando Kuronuma. Faz tempo que não nos falamos, desde ontem de manhã.

    Passei o dia inquieto pensando sobre a noite anterior. Fazia semanas que ela não se manifestava nem por um segundo em nenhuma noite. Talvez fosse por que eu me prevenia, amarrava-me á cama, fechava as portas e janelas. Nem sequer prestei atenção nas aulas. Sana percebeu meu comportamento estranho e veio falar comigo na saída

-Ei Yamada, você tá bem?

-Hm- concordei com a cabeça.

-Eu o Aoki e o Kou estamos formando um clube, quer entrar?Você pode chamar a Sheena.

-Clube?

-O Clube Social da Última Esmeralda.

-Mas que raio de nome é esse?

-Não conseguimos bolar um bom nome...

-Que seja, não estou interessado.

-PRECISAMOS DE MEMBROS! PORFAVOOOR?

  Sabia, estou apenas sendo usado.

-Estou ocupado

-Com o que?

-Vou ter que procurar um emprego.

-Por que? Não me diga que...

-Papai perdeu o emprego - digo, segurando minhas lágrimas.

-Puxa cara! Então eu te ajudo a procurar!Minha mãe também quer que eu comece a trabalhar sabe? Pra melhorar minha ficha.

   Nessa hora, percebi que ele realmente queria passar um tempo comigo e fiquei feliz.

- Mas e seu clube?

-Quando acabarmos de achar seu emprego você entra!

-Affff.... Tá, tá eu entro.

-YAAYYYY

  Chegamos perto da minha casa e nos separamos, ele saiu saltitando e cantarolando... É, tem algumas pessoas na sociedade que prestam.

  Entrei em casa e fui falar com Megumi, ela sempre foi uma boa irmã e eu sabia que tinha que tinha que me desculpar uma hora.

   Bati na porta de seu quarto e ela a abriu.

-Oi Megumi

-Oi Yamada

-D-desculpa, eu não estava preparado para aceitar... Me desculpa, amanhã eu começo a procurar.

     Ela levantou da cadeira, caminhou na minha direção e me abraçou. Foi silencioso mais eu sabia que ela estava chorando, ela também derramava lágrimas sobre tudo. Eu havia esquecido que minha irmã, a menina mais forte que eu conheço, também chora.

    Comecei a chorar também e ficamos lá, abraçados chorando. Foi um momento estranho, mas eu me senti melhor abraçado com ela, minha irmã sempre foi minha protetora. Ela sempre faz de tudo para me dar o melhor, e sempre procurou fazer o papel da mamãe. Eu a amo.

-Eu te amo Megumi- sussurrei para ela na tentativa de anima-la

-Obrigada maninho- ela me aperta mais forte contra seu peito



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