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História Ya Ma Da - Preto no verde


Escrita por: MARINENHA

Capítulo 4 - Preto no verde


Fanfic / Fanfiction Ya Ma Da - Preto no verde

Passei o resto do dia no computador procurando emprego. Descobri que tinham algumas vagas pra motorista júnior numa empresa de transporte e turismo.

   Pensando bem até que isso poderia ser uma coisa boa... Eu vou poder dirigir.... Decidido então, amanhã eu vou chamar o Sana e vamos fazer o teste.

   Vou para a cama, dessa vez sem esquecer de nada. Acordo ainda na cama, faço minha higiene, me troco  e tomo café com Megumi e Haruhi.

-Onde está o papai?

-Foi fazer uma entrevista

-Hum- digo,engolindo um pedaço da torrada.

-E você? Já decidiu que emprego vai tentar?

-Motorista júnior.

-Tem carteira?

-Tirei há alguns dias.

-Entendi... Bom, boa sorte!- ela me da um sinal positivo e sai de casa, levando Haruhi.

   Terminei de comer, fiz algumas lições que tinha esquecido e saí de casa, dei de cara com Kuronuma. Mas que sorte a minha.

-KENJI YAMADA!

-O que você quer Kuronuma?

-Por que não falou comigo ontem?

-Por que eu não quis

-Esqueceu quem manda aqui?

   Ignoro ela e começo a andar. Essa menina já está começando a me dar nos nervos.

-E-Ei!

  Ela vai atrás de mim e me bloqueia, eu não sei o que dá em mim e parto pra cima da garota, talvez seja ela falando em minha mente de novo.

  Caímos no chão e eu checo se ela não se machucou, bom, finjo me preocupar apenas para manter as aparências até que eu olho de relance para minha mão direita.

   Congelo. Sangue. Mas não sangue comum, o meu sangue, sangue verde.

   Kuronuma olha pra mim e eu me desespero e saio correndo, largo ela lá e vou para a escola. Com sorte, ela não viu.

   No caminho passo numa farmácia e faço um curativo com gase. Fazia tempo que eu não sangrava então comecei a observar a veia verde escura que pulsava no meu braço. Não foi um sonho, nunca foi.

    Aproveitei e comprei um pouco de maquiagem para passar no braço, a última coisa que eu quero é que comecem boatos de que eu sou o Hulk. Afinal, heróis não existem só existem vilões que querem acabar com minha vida.

   Começo a me lembrar da minha triste realidade, vida? Que vida? Eu passei todo meu tempo tentando viver normalmente, o que se mostrou impossível.

    Cheguei na escola e tento esquecer o acontecimento. Kuronuma se vira para mim e começa

-O que foi aquilo?

-Desculpe, eu não estava bem.

-Percebi. Por que saiu correndo?

-Já disse que EU NÃO ESTAVA BEM!
 
   Ela fica sem fala com minha explosão e eu começo a perceber pequenas manchas pretas e verdes aparecerem na minha pele. Rapidamente subo a manga da blusa e me desculpo com Kuronuma.

   No fim da aula fui falar com Sana, ele é o único que entenderia.

-Está acontecendo de novo.- ergo a manga da blusa, revelando meu braço completamente preto, com algumas manchas verdes.

-O que você fez?

-Nada, juro!

-Deve ter acontecido alguma coisa... Ou está perto de acontecer.

-Você quer dizer...

-Talvez você ache ela nessa escola.

-Impossível, eu já olhei nos arquivos da escola e nem um sinal dela.

-Ah tá bom. Chega! Vamos focar em algo que pelo menos a gente saiba o que fazer.

-Achei duas vagas pra emprego de motorista júnior.

-Legal! Que empresa?

-Y.Y transportes

-Uau! Ela é bem conhecida sabia? Dizem que transporta cargas secretas do governo.

   Olhei com um ar de gozação para Sana. Ele sempre foi fanático por descobrir os segredos do governo, uma vez fui na casa dele e tinha um pôster da área 51.

    Demorou um pouco para achar a empresa, mas quando chegamos na rua certa não teve erro. Era um prédio gigante, espelhado e aparentemente novo.

    Entramos por uma porta de vidro e demos de cara com dois caras de terno preto e óculos escuros, segurança em primeiro lugar, principalmente quando se trata de mim.

   Fomos até a secretária, ela era ruiva e usava uma echarpe vermelha, um vestido rosa apertado e botas pretas. Tinha olhos verdes e falava muito calmamente.

-No que posso ajudar?

-Viemos para fazer o teste de motorista

-Os dois?

-Sim

-Está bem. Preencham esta ficha e coloquem naquela porta ok?- disse ela,apontando pra uma porta do outro lado da recepção.

-Certo, obrigado.

   Preenchemos a ficha o mais rápido possível e colocamos numa pequena caixa que estava pendurada numa porta com números estranhos.

   Alguns segundos depois, de trás daquela porta sai um homem magro com uns vinte e poucos anos, loiro que usa um boné verde. Ele pega nossas fichas e entra novamente na sala, até que uns quinze minutos depois sai novamente e chama pelos nossos nomes.

    A entrevista corre tranquila, o homem se apresenta como Gagoto. Ele nos pergunta coisas como, "O que quer se quando for maior de idade?", "Já tem carta de motorista?" e essas coisas.

  Gagoto nos manda seguir por um corredor que dá em uma área de teste onde vamos dirigir alguns veículos. Um homem barbudo e gordo, com cabelos encaracolados e escuros usando um tapa olho engraçado que cobria metade de seu rosto nos chama.

     O primeiro a fazer o teste foi o Sana, ele entrou no carro e saiu da empresa juntos com o homem. Na volta, o homem dirige sozinho.

     Na minha vez de entrar no caminhão o homem se apresentou como Jhango. Ele me disse que estávamos carregando dezessete quilos de areia como carga, e que eu ia ter que levá-lo até a outra sede da Y.Y.

    No começo foi tudo normal até que ele me manda virar numa rua que não me é estranha. Na hora de chegarmos a sede, entramos pelas portas dos fundos. Encontrei Sana na sala de espera e nos despedimos de Jhango.

   Começamos a sair quando reparo na placa gigante em cima do edifício: Yumi Yamamoto Transportes. Y.Y= Yumi Yamamoto. Engasguei e cai de joelhos. Ela.

-Yamada!Você tá legal?

  Sana fala comigo tentando entender até que ele também olha a placa e fica sério.

   De repente uma sombra preta surge e dá uma joelhada no Sana, tão forte que ele cai no chão se contorcendo. Não tive muito tempo pra raciocinar porque a sombra bateu algo duro num ponto da minha coluna fazendo com que saia sangue da minha boca.

     Minha visão fica turva, ele coloca um pano sobre meu nariz e eu desmaiei.

    Fecho os olhos e caio na escuridão.



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