Derek entrou no seu quarto com Alec e trancou a porta. Alec assustado encarava Derek que ficou parado na porta a espera de uma resposta. Com várias pessoas ao seu redor, eles não podiam deixar que ninguém escutasse a conversa deles.
— Vai me dizer ou não? Indagou Derek encarando Alec nos olhos.
— Vou. Disse Alec. — A chacina em Nova York. Jace, Simon, Isabelle e Luke. Meus irmãos verdadeiros, meus amigos foram assassinados por Magnus Bane. Assim que Clary e eu descobrimos fugimos e paramos aqui em Beacon Hills. E quando cheguei pude sentir o poder do lobo Alpha vindo de você e outro poder vindo do seu irmão Scott. Só que percebi esse podemos depois da nossa segunda transa.
— Eu senti algo também, mas pensava que era prazer. Disse Derek que suspirou e voltou a encarar Alec. — O Luke era um grande Alpha também. Era o melhor amigo do meu pai e eles sempre conversavam sobre coisas de Alphas.
— E o que você vai fazer? Indagou Alec.
— Nada. Disse Derek. — Quer dizer, além de proteger você e a Clary. Podem contar comigo Alec.
Alec sorriu. Derek aproximou dele e encarou o rosto dele. Alec colocou suas mãos em volta da cintura de Derek. O Alpha alisou o rosto do moreno que abriu um leve sorri. Alec fechou os olhos com o carinho. Derek fechou os olhos e abriu rapidamente na sua frente viu Stiles, o garoto que ele salvou no supermercado, ele abriu um enorme sorriso aproximou e beijou.
Alec sentiu o beijo e retribuiu. Pela primeira vez ele sentia Derek dando um afeto nada selvagem. Ele alisou as costas do Alpha que entre os beijos disse “S-T-I-L-E-S”. Alec e Derek pararam de beijar.
— Você me chamou de? Indagou Alec.
Derek abriu o olho e encarou Alec. Os dois se olharam confusos. O Alpha respirou fundo e foi até a porta onde ele destrancou ela. Alec e Derek se encararam.
— Desculpa. Disse Derek. — Minha cabeça está em outro lugar.
— Sim. Disse Alec. — No Stiles.
Alec destrancou a porta e saiu. Derek ficou sozinho no seu quarto. Ele aproximou da cama e sentou bastante pensativo. John estava sentado na sua sala pensativo. Rever Peter depois de todos os anos que ficaram afastados era algo bom e mal ao mesmo tempo. John suspirou pensativo. O telefone da sala dele começou a tocar.
JOHN: Xerife Stilinski.
PETER: Oi John. Aqui é o Peter. Esqueci de pegar o número do seu telefone celular e decidi ligar para a delegacia e me transferiram a ligação.
JOHN: É eu estava pensando nesse momento em você. Onde mesmo você quer jantar?
PETER: Eu estive pensado naquele restaurante perto da praça central. É vazio na parte da noite e perfeito para ficarmos conversando e colocando a conversa em dia.
JOHN: Eu sei. Sei onde fica. Como está sua família?
PETER: Meu sobrinho mais velho acabou de entrar no quarto para descansar. Meu sobrinho mais novo está na sua casa então creio que deve está bem.
JOHN: Peter eu tenho algo que preciso te contar.
PETER: Eu já desconfiava John. Você me conta no jantar.
JOHN: Tudo bem. Que horas vamos encontrar?
PETER: Pode ser às sete da noite.
JOHN: Combinado. Até mais tarde.
PETER: Até.
Peter e John desligam o telefone. Peter olha para as pessoas que vão se despedindo e saindo do apartamento dos sobrinhos. Clary fica e encara Peter.
— Você deve ser o tio Peter do Derek e do Scott. Disse Clary.
— Sou eu mesmo. Disse Peter abrindo um sorriso macabro. — E você deve ser a nova vizinha gostosa dos meus sobrinhos.
— Meu senhor creio que seus sobrinhos não me achem atraente. Disse Clary sorrindo. — Nem você pelo visto. Você sabe o que eu sou não?
— Senti seu cheiro no cemitério. Disse Peter. — O que uma shandowhunter está fazendo em Beacon Hills? E o que você faz aqui com aquele aprendiz de feiticeiro/arqueiro?
— Você deve ter escutado falar sobre a chacina de Nova York. Disse Clary. — Meu padrasto Luke morreu e ele era seu melhor amigo. Alec e eu estamos nos protegendo. Estamos seguros aqui. E estamos dispostos a unirmos nossas forças a vocês lobos de Beacon Hills.
— Trato feito garota. Disse Peter. — Eu peguei você no colo quando tinha quatro anos. Luke era como um irmão para mim. Você e Alec estão protegidos.
— Obrigada.
Clary aproxima da porta e sai. Peter suspira e olha para a casa e repara que está um pouco suja. Peter caminha até o quarto do sobrinho e vê Derek deitado com lágrimas escorrendo em seu rosto e olhando pela janela.
— Derek. Eu vou sair para jantar com um amigo. Vai ser importante.
— Tudo bem tio. Eu vou ficar aqui e arrumar a casa. Você deve está cansado da viagem. Pode ir tomar um banho e descansar.
— Quer conversar Derek?
— Não sei. Meu pai morreu. Ontem conheci um garoto no supermercado e o salvei. Não paro de pensar um minuto sequer nesse garoto.
— Meu sobrinho grandão e fortão está apaixonado.
— Para de besteira tio. Não existe essa coisa de amor a primeira vista.
— Se você está pensando nesse garoto. Disse Peter. — Olha Derek escuta seu tio que tem anos de experiência de vida. Não deixe esse garoto escapar das suas mãos. Vá atrás dele e diga que quer ficar com ele. Não seja tolo como eu em ter um grande amor e perder ele por besteira.
— Meu pai sempre falava que você saiu de Beacon Hills com o coração machucado. Disse Derek. — É esse o amigo que vai jantar hoje?
— É ele sim. Disse Peter. — Só que dessa vez eu voltei para ficar e sinto que vai ser diferente. Eu vou tomar um banho. Procura descansar um pouco Derek. Deixa que eu arrumo essa bagunça.
— Não vai descansar você tio. Disse Derek. — Eu arrumo.
Derek limpou as lágrimas. Peter aproximou do sobrinho e deu um forte abraço nele. Eles soltaram. Derek foi para a sala e começou a recolher os copos e pratos usados pelos vizinhos. As comidas que sobrou ele guardou na geladeira. Peter foi em direção ao banheiro. Tirou a roupa e entrou debaixo d’água.
Stiles e Scott estavam deitados no sofá abraçados. Scott recebia carinho do namorado e sentia-se cada vez mais confortável em seus braços. A campainha tocou. Stiles levantou do sofá, caminhou até a porta e abriu. Jackson sorriu e foi entrando.
— Eu tive pensando e acho que podemos assistir a um filme Sti. Disse Jackson entrando na sala e ao ver Scott ele cala-se.
— Se for aqui em casa tudo bem. Disse Stiles. — Scott precisa de mim e vai passar o dia aqui comigo.
— Oi Jackson. Disse Scott.
— Oi. Disse Jackson. — Meus pêsames.
— Obrigado. Disse Scott.
— Eu acho que já vou. Disse Jackson. — Deixa para outro dia Stiles.
— Não. Disse Stiles. — Vamos escolher alguma coisa na Netflix e assistirmos juntos.
Jackson e Scott se olharam. Stiles abriu um sorriso.
— Meu pai disse que volta só mais tarde. Disse Stiles.
— Pode ser. Disse Jackson e Scott juntos.
Alec estava sentado perto da janela olhando a vista pensativo. Clary saí do banho com a toalha enrolada na cabeça. Ela repara que o melhor amigo está meio distante. Clary aproxima de Alec e senta-se ao lado dele.
— Que foi Alec?
— O Derek me beijou. Disse Alec que suspirou. — E depois me chamou de Stiles.
Clary arregala os olhos. Alec abre um sorriso encarando a amiga.
— Ele me beijou com ternura e chamou o nome de outro. Disse Alec. — Ele deve ser apaixonado por esse tal Stiles. Só que dói beijar e te chamarem de outro nome.
— Não fica assim, Alec, Deus escreve certo por linhas tortas. Disse Clary. — Você vai arranjar alguém bom.
— O pior de tudo Clary. Disse Alec que deixou uma lágrima cair. — Meu coração bate forte pelo Magnus. Eu o odeio por matar as pessoas mais importantes da minha vida, só que de pensar nele meu coração dispara.
— Ninguém manda no coração Alec. Disse Clary. — É melhor você dormi um pouco. Deve está cansado.
Alec levanta e beija a testa de Clary. O moreno vai em direção do quarto. A ruiva olha em volta e suspira pensativa. Jackson, Stiles e Scott estão sentados na sala assistindo ao filme ANABELE. Jackson com medo e as pernas encolhidas, Stiles e Scott abraçados.
— Para com isso Jackson. Disse Stiles sorrindo. — Não precisa ter medo. Demônios nem bonecas possuídas existem. É tudo invenção de Hollywood.
Jackson e Scott olham para Stiles.
— Stiles. Disse Jackson. — Esse filme é baseado em fatos reais.
— Essa boneca do filme é mais aterrorizante. Disse Scott. — A verdadeira fica no museu dos caçadores. Ela é de pano e super assustadora.
— Assustador é ver homem grávido. Disse Stiles. — Não existem demônios muito menos bonecos possuídos.
Stiles volta a assistir ao filme. Jackson e Scott se olham em seguida os dois olham para a TV. Alec estava deitado na sua cama quando uma fumaça entrou pela janela. Rapidamente ele sentou na cama e uma sombra saiu da fumaça.
— Não pode ser. Disse Alec engolindo seco.
Alec vira para o lado e vê Magnus sentado ao seu lado. Magnus sorri, alisa o rosto de Alec em seguida o beija. Os dois vão beijando com muito tesão. Alec rasga a roupa de Magnus. Alec vai descendo beijando o corpo de Magnus.
— Alec? Indaga Clary.
Alec vai beijar e acaba beijando o lençol. Alec abre os olhos e encara a cama que está deitado e segurando um travesseiro. Clary está na ponta da cama encarando o moreno. Ela abaixa e pega um travesseiro com fronha rasgada.
— Achei que a fase de morder a fronha já tinha passado. Disse Clary que olhou o rasgo. — Mas rasgar... Tava sonhando com quem?
— Com ninguém. Disse Alec.
O dia passou tranquilo. O chegar da noite veio com uma neblina baixa. Jackson tinha ido embora. Scott e Stiles estavam deitados na cama acariciando o rosto um do outro. Derek estava terminando de arrumar o apartamento. Peter saiu do quarto arrumando, passou pela sala despediu do sobrinho e saiu. John estava saindo da delegacia com um álbum de fotografias. Clary estava sentada no sofá pensativa. Alec veio do quarto e sentou ao lado dela.
— Pela primeira vez sinto que estamos seguros. Diz Alec. — E pela primeira vez sinto que podemos ser feliz nessa cidade.
— Eu também. Disse Clary sorrindo.
John estacionou o carro, desceu, entrou no restaurante. Peter saiu do taxi, caminhou até o restaurante e entrou. John tinha acabado de sentar um garçom trouxe o cardápio. Peter aproximou da mesa e sentou na frente de John.
— Você já descobriu não é? Indagou John a Peter.
Peter encara John.
— Tive uma suspeita. Disse Peter. — A questão é a seguinte. Como você conseguiu engravidar do Stiles, John? E quando você vai me apresentar o meu filho?
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