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História O Nascer de Konoha - Eu faço qualquer coisa para ficar contigo... é só pedires


Escrita por: BaZUzumaki

Notas do Autor


Oláaa meus amores
Desculpem a demora, mas finalmente voltei com capítulo novo
YEY
Nem vou alongar-me mais aqui. Vamos ao capítulo.

Enjoy :*

Capítulo 40 - Eu faço qualquer coisa para ficar contigo... é só pedires


“Que raio está a acontecer comigo?”, perguntou-se enquanto recomeçava a caminhar na mesma direção, mas desta vez de cenho franzido. Tinha que acabar com aquilo de uma vez por todas. E o primeiro passo era esquecer aquela cena.

O problema é que isso era impossível.

 

Poucas horas depois quando já todos dormiam, Neji contemplava o céu de uma das varandas do palacete, enquanto tentava por a sua cabeça em ordem.

Durante o jantar não foi capaz de desgrudar os olhos de Tenten, e pior que isso, não foi capaz de impedir de sentir raiva a cada risada que ela dava das piadas sem graça de Kankuro.

Respirou fundo mais uma vez quando sentiu a fúria invadi-lo, devido às lembranças.

Mesmo em lados opostos da mesa, não fora capaz de se concentrar em outra coisa para além dela. Cada conversa que Tenten tinha, cada comentário, cada sorriso, estava na sua memória e isso assustava-o. Ele afastara-se para evitar o que estava a acontecer, e ainda assim encontrava-se cada vez mais focado nela.

Soltou um palavrão entre dentes e mudou a posição do corpo apoiando os cotovelos na varanda e olhando desta vez o jardim.

Ela sorrira para ele naquela tarde, tal como acontecia todos os dias nos seus sonhos, desde a noite em que a vira na cozinha. Mas desta vez o sorriso fora real, e dirigido a ele. Aquilo não deveria ter tanta importância, ela não devia ter-se tornado tão importante... Era ridícula aquela vontade de estar com ela.

Nesse instante sentiu Hinata abraça-lo, indicando que acabara de chegar.

- Não estás com uma cara nada boa. Acho que isso se deve a uma certa morena… - provocou Hinata.

- Pára com isso Hinata…

- Ahh Neji, não fui eu que fiquei de olhos na Tenten o jantar inteiro e depois de um momento para o outro desapareceu emburrado, não é? – disse a Hyuuga, mas sem resposta, continuou – Porque é que simplesmente não admites o que sentes e vais atrás dela.

- Tu sabes qual é o plano – disse simplesmente Neji – Eu só estou a seguir ordens.

- Por favor Neji. Nós não corremos riscos aqui. Os Uzumaki não são uma ameaça, nem os Sabaku, e sabemos perfeitamente que o Madara é perigoso. É fácil ver isso. Como é que podes não ver o mesmo que eu?

- Eu e a Sakura estamos mais próximos – disse Neji como se não tivesse ouvido nada do que Hinata dissera – Ultimamente conseguimos ter algumas conversas mais chegadas sem ser sobre trabalho. Mais alguns dias e talvez possa avançar para o próximo nível.

- E é isso que te vai fazer feliz?

- Proteger o meu reino é tudo o que mais importa Hinata. E protegendo-te a ti estou a garantir isso. Pensei que acreditavas no mesmo.

- E achas que é essa a forma correta? Estas a enganar-te a ti próprio e à Sakura…

- E tu não estás a fazer o mesmo com o Naruto? – disse brusco o que fez Hinata arregalar os olhos.

- Podes até não acreditar, mas o que sinto pelo Naruto é sincero. E o que existe entre nós não é porque o decidi manipular – disse chateada. Não era porque ele estava de mau humor, que ela tinha que ouvir coisas que não eram verdade, embora se sentisse desconfortável com a conversa. Podia não estar a enganar o Naruto, mas também não estava a ser completamente honesta, e não gostava nada disso.

Depois da resposta, um silêncio constrangedor abateu-se entre eles. Hinata, respirou fundo tentando por a sua raiva de lado, e voltou a falar.

– Eu vejo os teus verdadeiros sentimentos Neji, achas que vale a pena arruinar algo perfeito entre vocês, por uma ordem sem sentido? – e antes que ele refutasse, Hinata continuou – Podia fazer muito sentido na altura em que a ordem foi dada, mas agora tornou-se uma ordem irrelevante. Tens que admitir que essa é a verdade – aquela conversa estava a deixar Neji balançado. A vontade de estar com Tenten competia com todas as desculpas que dera até aquele momento para se afastar.

- Olha eu vou ajudar – disse Hinata vendo a hesitação do primo – A Tenten disse que de agora em diante vai manter um treino leve ao final do dia. Encontra-te com ela, e… - não teve tempo de continuar, pois Neji interrompeu-a.

- O quê? – disse Neji confuso – Os treinos são de manhã cedo, na verdade ela passa quase o dia inteiro dentro do ginásio - Ela era viciada em aperfeiçoar as suas técnicas e nada a fazia perder os seus treinos.

- Ela está a ajudar com a estratégia para derrotar o Madara – disse Hinata - Parece que esta a correr bem, e isso vai consumir-lhe muito tempo.

- Desde quando? Ela treinava durante praticamente todo o santo dia – voltou a dizer Neji.

- Ela começou hoje, e acho que se saiu muito bem. E tu saberias isso se estivesses com ela mais frequentemente ou se ouvisses as conversas entre o grupo em vez de apenas ficares a olhar fixamente para a Tenten... Neji, o que é se passa contigo?

- Nada. Absolutamente nada – disse com raiva, sem saber muito bem de quê, e saiu dali sem se despedir.

 

Passados alguns dias, Tenten encontrava-se na sala secreta. Os progressos foram alguns, mas para ela parecia que tudo estava a acontecer lentamente demais. A situação estava complicada, mas podia ser muito pior. Suspirou olhando para o mapa e alguns papeis que tinha nas mãos. Gostava de ter alguma ideia para resolver o problema mais rápida e facilmente.

E nesse instante entram Yamato e Sai, retirando Tenten dos seus pensamentos.

- Finalmente chegaram – disse Kakashi – Não pensei que o assunto que tinham que resolver demorasse tanto tempo.

- As coisas complicaram-se – disse Yamato.

- Na verdade encontramos evidencias de que existem comunicações entre os Uchiha e alguém no castelo – disse Sai, e fez uma pausa quando viu Tenten ali. Mas rapidamente continuou o raciocínio – Conseguimos intercepta as mensagens trocadas e ver o seu conteúdo.

- O difícil foi descodifica-las – continuou Yamato.

- Mas o que diziam as mensagens? – perguntou Shikamaru.

- Resumindo, eles não fazem ideia do que aconteceu com as princesas, mas também decidiram deixar de entender o que está a acontecer. Foi dada ordem para se prepararem para o ataque Uchiha.

- Isso muda muita coisa – disse Kakashi sério – Temos que falar com o rei sobre as atualizações do plano e...

- Na verdade, não têm – interrompeu Sai – O rei mandou várias cartas – disse entregando-as nas mãos de Kakashi – E disse que concordava com os dois planos, e que iria tomar medidas de acordo com os traços gerais dos mesmos. Todos os pormenores que precisem de ser tratados, confia-os a si Kakashi. Qualquer que seja a sua decisão e qual o plano que decida por em prática, não precisa de consultar o rei. É demasiado perigoso continuar com as viagens até ao palácio, e a nossa atuação é mais rápida se as ordens vierem de si.

- O rei descreve tudo isto numa das cartas – completou Yamato.

Depois disto, instalou-se o silêncio na sala, à espera da reação de Kakashi.

- Deem-me algumas horas para analisar isto – disse indicando as cartas - Reunimo-nos todos na biblioteca dentro de 2 horas.

Todos concordaram e saíram da sala. Kakashi sentou-se na secretária mal acreditando, no que ouvira. Sentia-se honrado pela confiança do rei nas suas capacidades, mas começava a sentir o peso da responsabilidade aumentar.

Fechou os olhos tentando acalmar-se. Tinha os melhores do seu lado, por isso era só dar o tudo de si, como fazia sempre. Ainda assim aquilo era como voltar aos tempos de guerra, o que lhe trazia uma sensação muito negativa.

Voltou a abrir os olhos, deixou os seus sentimentos de lado e deitou mãos à obra.

***

Enquanto isso, todos caminhavam pelo longo corredor, e Tenten vê os outros afastarem-se, cada um para seu lado, exceto Sai.

- Desembucha logo Sai – disse Tenten, embora soubesse o que ele queria dizer.

- Eu só queria perguntar como ela está – disse quase a medo.

- Normal, dentro do possível – disse rapidamente e Sai acenou concordando. Ele tinha um olhar cansado, quase devastado – Vocês têm muito que conversar. Ela deve estar no jardim – disse vendo os olhos dele arregalar à luz da vela - Deves saber encontra-la melhor do que eu – e virou costas continuando a caminhar

- Obrigada – disse Sai, mas quando Tenten se virou para lhe responder ele já não se encontrava ali.

***

Só queria encontra-la. Nem sabia como passara aqueles dias sem ela.

Viu-a numa parte mais reservada do jardim, e dirigiu-se rapidamente para lá.

“Tão linda”, foi a única coisa que passou pela sua cabeça.

Quando chegara não tinha a certeza se devia procurar Ino, afinal ela podia não querer vê-lo. Mas depois de Tenten dizer que eles precisavam de conversar, ganhara coragem.

Na verdade eles precisavam encerrar a discussão que tiveram para seguir em frente.

Nesse momento, Ino sentiu alguém aproximar-se, e quando virou o rosto para ver quem era, deu de caras com Sai ao seu lado. Finalmente ele estava de volta. Fitaram-se por um momento em silencio. Após isso Ino voltou ao que estava a fazer, ignorando-o. Ainda não estava completamente preparada para voltar a enfrenta-lo. Não estava preparada para ouvir novamente tudo o que ele dissera da última vez. E quanto a lutar por ele, como tinha prometido a Tenten, já não achava isso tão boa ideia. Não que os seus sentimentos tivessem mudado, muito pelo contrário o que sentia pelo Sai continuava tão forte como antes, e tinha naquele momento o bater descompassado do seu coração para prova-lo, mas não acreditava que ele pudesse sentir o mesmo por si. E se estivesse a lutar por algo não correspondido?

Todas aquelas dúvidas cresceram dentro dela com a distância.

- Ino – ao ouvi-lo pronunciar o seu nome com tanto carinho, as suas mãos tremeram levemente, mas não olhou de novo para ele. Não podia dar-se ao luxo de correr para ele, abraça-lo, chorar no colo dele e esquecer tudo o resto, como tinha vontade. Não depois da forma como ele fora embora. E não depois da discussão que tiveram. – Nós precisamos falar? – disse Sai, interrompendo os seus pensamentos.

- Já não disseste tudo da última vez que conversamos? – respondeu sem olha-lo e continuando a tratar das suas flores.

- Não Ino – ok, as coisas não iam ser fáceis – Eu senti a tua falta – mas ao contrário do que esperava, recebeu um esgar de Ino, em vez de um sorriso.

- Não parece, pelo tempo que demoraste para voltar – sabia das razões do atraso dele, Kakashi lera a carta do seu pai numas das reuniões, mas tivera medo que ele não voltasse como tinha deixado claro da última vez que falaram.

- Não foi escolha minha Ino – disse Sai e quando tentou toca-la ela desviou-se do toque dele. Desta vez o pânico começou a apoderar-se dele.

- Tudo bem. Se isso é tudo podes ir embora, quero ficar sozinha – disse desta vez encarando-o por um segundo antes de desviar o olhar de novo.

- Não, não é tudo. Eu não quero ficar longe de ti – ela olhou-o de soslaio mas não parou o que estava a fazer - Vamos esquecer a nossa última discussão. Vamos fingir que não aconteceu e…

- Claro Sai – disse Ino interrompendo-o – Porque tudo o que foi dito não tinha importância, certo? – disse desta vez parando para olha-lo.

- Não é isso Ino… - começou a tentar explicar-se.

- Pois não, e eu não quero esquecer nada. Achas mesmo que ia fazer isso? E como é que seria da próxima vez que tivéssemos essa discussão? Porque vai acabar por acontecer… - naquele momento soube que não ia ser capaz de parar de dizer tudo o que tinha acumulado naqueles últimos dias.

- Ino… - se ele se pudesse explicar ela entenderia que, naquele momento, a discussão não tinha nenhum significado.

- Sentes pelo menos alguma coisa por mim? – precisava desesperadamente de uma confirmação. Cada toque, cada conversa que tiveram, dizia-lhe que o que sentia era correspondido da mesma forma, mas ainda assim, precisava de ouvir da boca dele.

- Eu já te respondi isso da última vez Ino – e depois de dizer isto arrependeu-se. Realmente ele nunca lhe tinha dito. Não com as palavras certas.

- Respondeste mesmo? Porque eu não me lembro – Ino tentava manter-se forte, mas encara-lo assim estava a deixa-la de rastos.

- Tu sabes o que eu sinto por ti – disse tentando emendar o erro.

- Não, eu não sei nada Sai. Aquilo que eu sei é que no menor confronto tu fugiste, nem sequer estavas desposto a tentar – e isso matava-a por dentro, como se aquela discussão, anulassem tudo o que tinham experimentado antes.

- Ouve Ino… - começou com calma, mas voltou a ser interrompido.

- Tu magoaste-me mesmo muito – disse ela com a voz a tremer, sem conseguir esconder mais o que sentia. Mas arrependeu-se do que dissera logo de seguida. Não queria que ele soubesse, mas já não controlava as palavras que saiam da sua boca - Só queria que pelo menos tentasses lutar por mim, mas se para ti não vale a pena… - disse com os olhos marejados, mas não foi capaz de terminar porque desta vez quem a interrompeu foi Sai.

- Chega. Eu nunca disse uma coisa dessas – não aguentava vê-la daquela maneira, completamente abalada por culpa dele. Quando ela se tentou afastar cortou-lhe o caminho, e segurou-a firmemente pelos braços aproximando-a ainda mais de si - Tu vais ter que me ouvir. Era suposto eu proteger-te e não aproximar-me daquela forma.

- Claro e só te lembraste disso quando o Naruto te confrontou? – disse tentando controlar as lágrimas.

- Como é que tu sabes que o Nar…

- Ah Sai achas que eu não ia descobrir? - e tentou desenvencilhar-se das mãos dele, mas ele não deixou que ela se afastasse.

- Ok tudo bem – Não queria esconder nada dela. Aquele era o momento de começar a dizer tudo sem mais rodeios - Sim, foi nessa altura que acordei para a realidade Foi tudo tão… natural. Eu só não consegui resistir ao que estava a acontecer, até perceber que eu já tinha ultrapassado os limites… O que eu sentia já tinha passado dos limites.

- E então fugiste como um cobarde – aquilo magoou Sai, não gostava de ser chamado daquela forma, mas ela estava certa.

- Eu sei. Não estou orgulhoso disso Ino. Só quero que me dês uma oportunidade para concertar as coisas – conseguia ver a incredulidade nos olhos dela, mas ele iria mudar isso – Eu quero estar contigo. Eu faço qualquer coisa para ficar contigo… É só pedires.

- Claro – disse de forma firme, embora o seu coração aquecesse com as palavras dele, e as suas pernas ficassem bambas. Mas não ia derreter-se aos pés dele… Não tão facilmente - E se o meu pai, descobrir o que se passa e resolver ordenar-te para te afastares, o que é que vais fazer?


Notas Finais


Link da foto de capa
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Vou tentar postar o mais rápido possível. Até eu estou ansiosa para escrever a continuação

Deixem vosso comentário e favoritem a Fic.
Beijos grandes e até ao próximo..


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