História O Nascer de uma Comunidade - O Terminar da Transformação

Rafael: Você está bem? –Rafael sabia que não estava nada bem, mas não sabia como seria a reação de Carlos.

Carlos: Tá doendo muito, me ajuda... –Ele abriu a porta do banheiro e quase caiu em cima de Rafael

Rafael não sabia o que iria fazer para ajudar então levou ele pra cama e foi procurar algo para diminuir a dor. Ele achou alguns Dorflex no armário do banheiro e levou para Carlos. Não adiantou muito a dor era muito maior que o normal não tinha o que ser feito, a única opção era esperar. Rafael então começou a pesquisar sobre isso, mas não achou absolutamente nada, não havia vestígios, relatos, nada que possa ser relacionado a aquilo.

Passaram 3 horas desde que Carlos estava se contorcendo em cima da cama. Agora as orelhas já estavam no lugar certo. Mas os pês e as mãos estavam virando patas e criando garras. Era horrível ver isso acontecendo, era algo que demorava e o barulho era de ossos quebrando e sendo relocados.

Ainda não havia chegado ninguém em casa, eles ligaram dizendo que só chegariam depois das 11 da noite porque estavam fazendo compras no shopping e iriam ao cinema depois.

A transformação era lenta, ainda bem que e lenta se fosse rápida ele não sobreviveria à dor. Eram 15:00 quando os braços e pernas começaram a mudar, a mudança dos braços não era muito grande apenas diminuía o tamanho dele, mas nas pernas elas contorciam e viravam já que os braços tinham que ficar igual às pernas. Depois das pernas e dos braços só faltavam duas coisas, o pelo e o focinho. Em comparação ao resto essas duas não são nada. Diferente do resto o focinho era a única parte que iria aumentar e alguns dentes mudariam também. Doeria mas não tanto.

As 20:00 a transformação terminou, Carlos virou uma raposa completa, Rafael não acreditava no que estava vendo, seu melhor amigo havia virado uma raposa, o que ele faria? Mas no momento estava preocupado como seu amigo sobreviveria naquele lugar era muito pelo para ficar em um clima que normalmente fazem mais de 25 graus.

Carlos não havia acordado ainda Rafael já estava preocupado com isso, mas ele viu uma mudança rápida em Carlos: ele ficou parcialmente humano. Ele ainda tinha todas as características de uma raposa: cauda, patas traseiras, focinho, pelagem avermelhada e olhos azuis. Mas visualmente você percebia que ele conseguiria andar normalmente, pegar objetos já que sua mão estava normal tirando o fato do pelo e das garras. Era como se ele estivesse fantasiado com uma pele de raposa.

As 21:30 Carlos acordou e levantou com dificuldade.

Carlos: Isso e real? –Ele olhava para si mesmo enquanto dizia isso.

Rafael: Não sei dizer, mas tomara que não.

Carlos começou a olhar Rafael com uma cara de ódio por ter dito isso, Carlos sempre quis isso e quando conseguiu seu melhor amigo diz que seria bom não ser verdade. Normalmente ele e calmo, mas por causa das mudanças ele ficou agressivo e mais forte. A fúria por causa das palavras de Rafael era muito forte, seus olhos mudaram de um azul calmo para um vermelho sangue, as garras começaram a aparecer e seus dentes ficaram a mostra. Carlos aranhou a perna de Rafael com as garras, mas voltando a consciência e vendo o que tinha feito começou a chorar... era um choro de arrependimento que misturado com o olhar calmo que já havia voltado ao normal e as orelhas caídas você ficava triste por ele. Rafael viu em seus olhos que ele não queria ter feito aquilo. Rafael tentou falar que não era culpa dele, mas de nada adiantou Carlos voltou a ser uma raposa e saiu correndo em direção à zona rural da cidade.

Rafael ficou sem entender o que havia acontecido, mas percebeu que aquelas mudanças haviam mexido com o comportamento de Carlos, que ele pelo jeito podia mudar de Furry para Raposa a qualquer hora e que ele não queria perder o amigo e com medo de machuca-lo fugiu. Nem tudo estava certo e haviam mais coisas diferentes.