História O Nascer de uma Comunidade - O Lobo Branco

César: O que aconteceu comigo?

Carlos: O mesmo que aconteceu comigo.

César: Isso não e tão ruim, mas como que isso aconteceu?

Rafael: Pode ter sido a mordida.

Carlos: Mas eu já mordi outras pessoas antes, nenhuma delas se transformou. Na verdade elas morreram.

Eles ficaram pensando durante muito tempo sem entender porque ele tinha se transformado.

Carlos: Talvez apenas se transforme quem realmente adora algum animal.

Rafael: Eu não me transformei em nada.

Carlos: Eu aranhei você não te mordi. –Carlos ficou feliz por um momento por ter arranhado Rafael e não mordido, depois do que fez com sua própria família ele achava que era uma maldição. E além do mais se Rafael tivesse sido mordido eles provavelmente estariam sendo caçados pelos órgãos governamentais dos animais. Rafael salvou Carlos de muitas confusões se ele fosse um Furry também provavelmente só teria piorado a situação.

Rafael: Eu acho melhor você não ficar aqui mais, se alguém te ver vai chamar a policia e se você for atacado vai, provavelmente, ficar enfurecido. Mas o Carlos te transformou com uma mordida, será que você também pode fazer isso?

Essa pergunta ficou sem resposta, ninguém sabia de nada sobre como ou porque eles se transformaram, sabiam apenas que se transformaram nos seus animais preferidos.

Rafael: Nós vamos embora bem cedo amanha estejam prontos. E lembrem-se de estar na forma de animais. Mas para onde nos vamos?

César: Vocês não tinham nenhum objetivo não?

Carlos: Tipo o que? Não tem o que fazer. Mas uma coisa eu sei, eu tenho que ir pra um lugar mais frio, eu não consigo ficar nesse calor.

Após algum tempo discutindo para onde iriam eles decidiram que iriam para o Canada, iria demorar, mas era a melhor opção. Antes de irem dormir Carlos virou raposa e César virou um Corvo, para que não fiquem muito cansados de manhã.

Eles começaram a andar em direção ao norte. E depois de três semanas, eles estavam morrendo de fome, eles não tinham mais dinheiro nenhum mesmo Rafael tendo pegado tudo de valor que tinha na casa de César e vendendo ou trocando por comida. César não ficava com raiva nunca. Mas Carlos se envolveu em uma briga que arriscou a vida dos três.

Por causa da fome Carlos invadiu a cozinha de uma lanchonete de estrada, Rafael tentou impedir, mas não era rápido o suficiente para isso, quando o dono da lanchonete viu Carlos na cozinha pegou um revolver e tentou o acertar. Rafael entrou desesperado.

Rafael: PARE DE ATIRAR NELE!

Dono da lanchonete: Quem você pensa que e para mandar em mim? Essa raposa vai destruir o meu negocio!

Rafael: Apenas não atire que eu vou tira-la daqui.

Dono da lanchonete: E tire esse seu corvo também.

Rafael tentou tirar Carlos da lanchonete, mas a raiva dele era muito grande, quando Rafael segurou Carlos ele se soltou imediatamente mordendo a mão de Rafael. Carlos nem percebeu o que havia feito, o dono da lanchonete voltou a atirar depois de Rafael ter sido mordido, mas Carlos era muito rápido e pulou no dono do estabelecimento e quase o matou, mas César aranhou as costas de Carlos com suas garras fazendo com que ele volta-se a consciência.

Rafael estava no canto do estabelecimento, com a mão sangrando muito. Mas o problema não era esse, Carlos nunca havia atacado Rafael desde o primeiro dia, essa havia sido a primeira vez, a fome fez algo que parecia ser impossível. Carlos tentou chegar perto de Rafael, mas este recuou mais ainda estava assustado havia sido mordido por seu melhor amigo. César voltou à forma de Furry e foi ajudar Rafael, enquanto Carlos abaixou as orelhas e foi chegando lentamente perto de Rafael.

Rafael: Sai de perto de mim Carlos.

Carlos recuou, sabia que forçar a chegar perto não adiantaria, ele foi procurar comida estava morrendo de fome, ele teve sorte o dono do local estava começando a fazer hambúrgueres, mas deixou cair o pacote no chão, Carlos comeu tudo em questão de segundos. Enquanto Carlos estava comendo o dono do estabelecimento acordou e atirou em César, o tiro pegou de raspão mais foi suficiente para Carlos ficar com raiva novamente. Este pulou em cima do dono da lanchonete, mas dessa vez ele estava preparado bateu com um o cabo da arma na cabeça de Carlos que caiu no chão. César teve que parar de cuidar de Rafael para ajudar Carlos, o homem estava muito preocupado com Carlos que se esqueceu de César que cravou as suas garras no pescoço do homem antes que atirasse em Carlos. O homem morreu em questão de segundos.

Ao ter abandonado Rafael por Carlos ter sido quem mordeu ele Rafael começou a se transformar também, um lobo branco com detalhes azuis, no pelo. O processo de transformação e muito semelhante ao de Carlos, mas a diferença e que um lobo e maior que uma raposa.

César voltou à forma de corvo, e Carlos que já estava em forma de raposa, estavam com tanta fome que começaram a comer parte do homem morto. Nenhum deles se lembrou de que Rafael estava se transformando. Quando ficaram satisfeitos se viraram para Rafael, que estava se contorcendo no chão. Não havia o que ser feito, Carlos chegou perto de Rafael e deitou do seu lado. Passaram algumas horas e Rafael acordou totalmente transformado em lobo, Carlos estava deitado de seu lado e César estava na cabeça de Carlos. Carlos levantou logo em seguida, vendo Rafael andando em direção a um pedaço de espelho que estava no chão. Ele se viu no espelho, e ficou satisfeito com o que tinha se tornado.

Agora que todos eram animais eles não tinham que voltar a forma de Furry para se comunicar.

Carlos: Ei! Você acordou... –Carlos se lembrou de que Rafael não estava falando com ele, e foi abaixando as orelhas.

Rafael: Então e assim que você se sente? Sendo uma raposa não deve ser muito diferente de um lobo. Então a sensação deve ser parecida. Não e ruim como você diz, e até... Confortável... Eu me sinto bem.

Carlos: Você não entende não e mesmo? Quantas pessoas eu já matei? A sensação e boa, mas eu já matei muitas pessoas, eu não sou mais eu mesmo. Desde que isso começou eu já matei 13 pessoas, eu contei. Não vale a pena se sentir bem, sendo um assassino.

Rafael: Você se sente com vontade de matar, você já me disse isso. Eu não sinto isso, César você sente alguma coisa?

César: Absolutamente nada, apenas mais feliz...

Carlos: Só eu me sinto com uma grande quantidade de raiva então? Isso não faz sentido, lobos são considerados muito mais agressivos que raposas.

Rafael: Isso e verdade, mas não sinto nada. Na verdade estou com tanta fome que mal sinto minhas pernas...

Rafael se aproximou do homem morto e hesitou por um tempo, mas a fome falou mais alto e começou a comê-lo. Todos os três achavam o gosto muito bom, o gosto de carne fresca. Após algum tempo calados Carlos foi para longe e perguntou baixo para eles, de maneira que quase não era possível ouvir.

Carlos: Vocês me perdoam? –Disse isso com lagrimas no rosto, e com as orelhas caídas, ele ainda achava que haviam destruído a vida deles.

César: Desculpar pelo que? Por ter feito minha vida melhor? Eu gostei disso. –César realmente gostava disso, mas se sentia diferente deles isso o deixava um pouco triste.

Rafael: Eu decidi vir com você, isso significa que eu aceito tudo que acontecer. E realmente eu não acho que vai ser uma coisa ruim ser um lobo. Eu me sinto mais forte e rápido. –Realmente ele estava mais rápido e forte, mas Carlos era o Original, era o mais forte e rápido dos três.

Carlos voltou a chorar, mas dessa vez eram lagrimas de felicidade. Suas orelhas voltaram ao normal aos poucos.

Carlos: Obrigado.

Carlos caiu no chão desmaiado, estava exausto havia sido golpeado muito forte na cabeça pelo homem. Rafael e César chegaram perto dele e foram dormir também. Mas deveriam sair dali durante a manha, o barulho da arma provavelmente levaria alguém para o local, além de que era uma lanchonete na estrada todos os caminhoneiros passam por ela durante a manha para comer algo.