História O Nascer de uma Comunidade - A Irmã de Carlos

Quando Carlos, Rafael e César chegaram à fronteira do Brasil eles teriam que tomar o maior cuidado possível, mas Carlos que sempre fazia merda não podia fazer diferente dessa vez. Em vez de tomar cuidado foi apenas andando até onde ficava a fronteira e quase tomou um tiro de sniper, por algum motivo a segurança estava muito maior que o normal. Normalmente teriam alguns guardas armados, mas não em torres com snipers. Provavelmente alguma coisa deveria ter acontecido e reforçaram a segurança. Mas o que nenhum deles entendeu foi porque eles atirariam em uma raposa, talvez porque estivesse coberta de sangue.

O que eles não sabiam e que Carlos estava sendo perseguido, não pela policia, nem pelo IBAMA e sim por sua própria irmã. Aqueles guardas não eram do governo, eles estavam sendo pagos pela irmã de Carlos, que estava gastando toda a herança que seus pais tinham deixado para ela apenas para capturar Carlos. Ela não sabia como ele estava agora, mas disse que se vissem uma Raposa ou um Lobo que atirassem neles. As armas estavam carregadas com balas soníferas, a irmã de Carlos estava os seguindo através das noticias nos Jornais. E ela sabia que se pegasse mesmo que fosse o Rafael, Carlos iria querer salva-lo.

Carlos teve sorte de o homem ter errado o primeiro tiro, mas Rafael não teve a mesma sorte. A bala sonífera pegou no meio do corpo fazendo com que caísse na hora, havia sonífero suficiente para derrubar um elefante naquelas balas. Carlos não podia ajudar senão seria atingido, sua única opção era esperar para ver onde levariam Rafael e segui-los.

Rafael foi colocado em um carro e levado para um acampamento próximo da fronteira. O carro estava muito rápido se não tivesse uma velocidade anormal ele com certeza teria se perdido no meio do caminho, foram aproximadamente 30 minutos correndo. Carlos chegou ao acampamento quase junto ao carro e ficou seguindo o homem de forma que ele não o visse, embora fosse imprudente Carlos sabia se esconder muito bem, estava escondido como se estivesse caçando. O homem entrou em uma tenda que parecia ser a principal, estava carregando Rafael que estava com uma focinheira e com as pernas amarradas. Eles estavam tomando o maior cuidado possível, embora no acampamento só tivesse aquele homem.

Carlos ficou em forma de Furry para poder ‘’conversar’’ com o homem. Carlos avançou rapidamente no homem o deixando sem reação, ele tentava gritar, mas Carlos estava com a mão na frente da boca dele fazendo que não saísse nenhum som daquela boca.

Carlos: Se gritar vai morrer na hora. –Carlos disse isso mostrando uma garra bem afiada e passando perto do pescoço do homem. –O que vocês querem com o lobo?

Guarda: Nós não queremos o lobo, queremos a raposa que está andando com esse lobo.

Carlos: Por que então querem a mim? –O homem olhou direito para Carlos e entendeu por que a irmã de Carlos havia dito para tomar cuidado com uma pessoa que parecesse uma raposa.

Guarda: Nós estamos sendo pagos para captura-lo e leva-lo a uma menina chamada Julia Sampaio.

Carlos: Então minha irmã está me caçando? Que divertido... Quantas pessoas estão dentro daquela tenda?

Guarda: Apenas a Julia. Acredite em mim! Ele não tem nem arma.

Carlos chamou César que estava de longe olhando tudo.

Carlos: César fique olhando esse homem por enquanto.

Carlos chegou perto da tenda e começou a sentir um cheiro, era realmente sua irmã. Ele fez sinal para César que entraria na tenda e pra que cuidasse das coisas que acontecessem do lado de fora.

Carlos: Olha quem me encontrou. –Disse Carlos entrando na tenda.

Julia: Onde está o guarda que acabou de sair daqui?

Carlos: Eu o derrubei. Mas isso não vem ao caso. Por que você esta me perseguindo?

Julia: Não e obvio? Você matou nossos pais, fugiu de casa, e vem matando pessoas como se não fosse nada. Acha que eu não vejo as noticias? Já foram confirmadas 17 mortes por raposa no Brasil. Mas quantas pessoas você realmente já matou?

Carlos: Não, pra mim não e obvio. Eu realmente achava que você não viria atrás do seu irmãozinho assassino. E eu já matei 46 pessoas até agora.

Julia: 46 PESSOAS? VOCÊ E LOUCO! POR QUE FEZ ISSO?

Carlos: No inicio eu não conseguia controlar os meus instintos, agora eu mato para que eu preencha algo que eu perdi a muito...

Julia: Tudo bem eu não me importo com quantas pessoas você matou, mas porque nossos próprios pais? Por que fugiu sem falar nada antes? E o que você perdeu?

Carlos: Como eu disse não conseguia me controlar, eles me chamaram de aberração. Eu fiquei com ódio deles. Eu fugi para que não visse o que eu havia me tornado, e também não tinha coragem de olhar nos seus olhos. –Carlos não queria dizer o que havia perdido, na verdade ele nem sabia como falar isso.

Julia: Mas você ainda e meu irmão. Não me importo com que fez. Mas me diga o que você perdeu?

Carlos: Eu perdi... Eu perdi... A minha vida... A minha alma... E a única pessoa que gostou de mim desde que isso começou. –Carlos abaixou as orelhas e ficou pensando, mas seu coração estava tão frio que não conseguia chorar nem se sua vida dependesse disso.

Julia: Uma pessoa? Que pessoa? –Julia perguntou surpresa não esperava por essa resposta.

Carlos: Uma criança de apenas 5 anos, eu sentia algo de especial nela, ela morreu para me salvar... E desde então eu tenho matado para esquecê-la eu sei que não e uma desculpa para matar. Mas eu não podia fazer mais nada.

Julia: Eu entendi... Mas qual e o seu objetivo?

Carlos: Eu estou indo para o Canada junto com o Rafael e um cara chamado César.

Julia: Afinal de contas eu não te perguntei como o Rafael virou um lobo? E quem e César e onde ele está?

Carlos: Eu mordi o Rafael e o César, qualquer pessoa que goste bastante de um animal e que sofra uma mordida minha vira um Furry. O César está lá fora nós o conhecemos no meio do nada.

Julia: Então a pessoa vira o animal que ela mais gosta? Existem milhares de pessoas que queriam ser assim. Por que você não as morde?

Carlos: Claro vou chegar ao meio de uma cidade e gritar ‘’Venha ser mordida quem eu morder ira virar seu animal favorito’’. E suicídio isso eles me caçariam. Além de que isso não e muito bom, eu virei um assassino, sou considerado uma aberração e você não faz ideia a dor que eu sinto para mudar de forma. E como alguém vive assim? Eu não posso ser visto por ninguém. Nós não temos mais vida.

Julia: Se acha que isso e ruim assim porque você os mordeu?

Carlos: O César pensou que eu fosse o atacar quando me viu e me chutou, eu não consegui me controlar e mordi a perna dele, eu teria o matado se o Rafael não tivesse me segurado. E o Rafael foi o ultimo a ser mordido, você ficou sabendo do homem encontrado morto em uma lanchonete no meio da estrada?

Julia: Foi a minha primeira pista de você.

Carlos: Pois então, nós estávamos morrendo de fome e eu invadi aquele lugar, o homem deu um tiro em mim, eu fiquei com raiva e tentei pular nele o Rafael me segurou, mas eu mordi a mão dele sem pensar no que fiz e ataquei o homem. Foi assim que os mordi, não queria ter mordido nenhum deles.

Julia: Entendi, mas por que está indo para o Canada?

Carlos: Onde normalmente raposas vivem?

Julia: Eu posso te levar para o Canada. Você aceitaria minha ajuda?

Carlos: Claro por que não?

Julia se aproximou de Carlos lentamente como se fosse o abraça-lo e tirou uma faca do bolso, ela enfiou a faca no meio da barriga dele e disse bem baixo no ouvido de Carlos.

Julia: Eu vou te levar para o Canada, mas eu não poderia deixar você sair impune depois de ter matado meus pais. –Depois disso ela pegou uma arma tranquilizante e colocou Carlos para dormir, saiu da tenda e atirou em César também que estava em forma de Furry. Ela prendeu os três em uma cela grande e chamou os guardas por um radio de policia. Ela pegou seu telefone e ligou para alguém pedindo que contratasse um avião de carga.

Eles foram levados para um avião para 4 pessoas apenas. Quando acordaram o avião já havia decolado, e Julia estava olhando para eles.

Julia: Bom dia. –Já eram 11 horas. Eles dormiram por mais de 12 horas.

Carlos: Por que ainda estamos presos?

Julia: Apenas uma precaução para que você não acordasse tentando me matar.

Carlos: Se eu estiver com raiva de alguém meus olhos ficam vermelhos, minhas garras ficam maiores e eu fico mostrando os dentes.

Julia: Então não esta com raiva de mim? Eu enfiei uma faca na sua barriga.

Carlos: Se eu tivesse ficado com raiva eu não teria ficado parado depois de levar a facada, eu já levei um tiro no meio do corpo e continuei lutando.

Julia: Tudo bem então. –Ela abriu a cela e deixou Carlos sair. Depois olhou para o Rafael e disse. –Você pode sair também Rafael. Mas esse Corvo gigante que e o César?

Carlos: Sim esse e o César porque a pergunta?

Julia: Eu pensei que ele seria um animal mais normal, mas tudo bem pode sair também.  Daqui algumas horas estarão no Canada. O que vocês pretendem fazer depois disso?

Carlos: Não sei ainda.

Rafael: Pera ai, então quem me colocou para dormir foi sua irmã ele te deu uma facada na barriga e agora está ajudando a gente?

Carlos: Basicamente isso.

Rafael: Está bem eu buguei aqui. Mas por que está ajudando a gente?

Julia: Por que ele e meu irmão.

Rafael: Por que você deu uma facada nele então?

Julia: Longa historia depois o Carlos te conta, mas venham aqui devem estar com fome. –Julia os levou para o lugar onde normalmente as pessoas ficam e deu comida para eles, não comiam nada fazia 3 dias.

Depois de algumas horas o avião começou a descer e Julia disse para que virassem animais, para passarem pelos guardas sem muitos problemas. Ela por algum motivo tinha permissão para ter animais assim. Ela os deixou em uma casa um pouco afastada de uma cidade chamada Vancouver. Seria naquele lugar que começaria uma grande comunidade de Furrys.

Carlos mudou novamente depois de ter voltado a encontrar Julia, ele ficou mais feliz novamente e pelo jeito que conversou com Julia havia ficado menos agressivo, mas era apenas porque era sua irmã mesmo. Agora eles haviam onde ficar e Julia iria ajuda-los, não queria ver seu irmão ser um assassino fugitivo.