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História O negócio da família - Some truths are hard to face


Escrita por: RoseWinchester

Notas do Autor


OIIII, GENTE LINDA DO MEU <3!! Tudo bem com vcs??
Eu sei, estou milhões de vezes atrasada, eu sei!! Não precisa gritar, calma! Mas a rotina vai continuar normal, toda semana, mas podemos mudar o dia para sábado? É que eu vou ter pouco tempo pra postar na sexta, e eu gosto de revisar o capitulo milhoes de vezes. Por favor, podemos?
Bom, está aí
Curtam o cap ;)

Capítulo 14 - Some truths are hard to face


*Sam*

Não me agradava a ideia de falar com um demônio. Principalmente com Crowley. Mas eu sei que no fundo era necessário, pois se para conseguir mais respostas pessoas inocentes precisarão ser mortas, então eu prefiro me arriscar.

- De jeito nenhum eu vou falar pacificamente com um demônio. - Adiantou-se Rose – Passei minha vida inteira combatendo esses malditos, lutando, me machucando e perdendo pessoas que eu amava para eles. De forma alguma eu vou me deparar com um e não fazer de tudo para aniquilá-lo.

- Rose, - Dean tentou convencê-la – eu sei que é difícil pra você. Também foi difícil pra gente. Nós xingamos e amaldiçoamos a vida que tivemos com demônios, e não desejamos isso pra ninguém. Também os odiamos, mas nesse caso nós precisamos deles. Pra falar a verdade, só um demônio.

- É. – Ela contrapôs. – Mas esse que precisamos é justo o Rei do Inferno. Como vocês o chamam, mesmo? Crowley. Isso. E se ele é o Rei do Inferno, então comanda os outros demônios, que destroem nosso mundo e faz com que levamos essa vida infernal! Literalmente.

- Rose. – Eu comecei gentilmente, para não irritá-la ainda mais, mas ela tinha uma fúria nos olhos que era capaz de fazer até mesmo a Morte querer sair correndo. Mesmo assim eu continuei. – Eu também não gosto dessa ideia. Eu sinceramente acho que é péssima. Mas é a nossa única chance de descobrir a verdade. Nós já conhecemos o Crowley há algum tempo, e sabemos bem como lidar com ele.

- E depois? – A voz dela já estava menos pesada, e mais suave. – O que vamos fazer com ele? Deixá-lo ir e continuar massacrando almas inocentes?

- Não. Depois vamos mata-lo. É o que sempre tentamos fazer. Mas não se preocupe. Se qualquer coisa der errado, nós suspendemos qualquer plano e o matamos na hora.

- Muito bem. Ainda não estou nem um pouco satisfeita com isso, mas acho que pode dar certo. E se qualquer um de vocês tentarem, de qualquer maneira, se aliar a esse tal de Crowley de maneira implícita, e eu descobrir... Eu prometo que arrancarei a cabeça dos dois. – Certo. Eu não teria sentido medo se qualquer outra pessoa falasse isso pra mim. Mas dessa vez eu fiquei, pois tenho certeza de que Rose faria, realmente, isso.

Depois disso ela saiu abruptamente, deixando três pessoas com caras apavoradas. Ficamos alguns segundos desse jeito, assustados, pasmados. Mas finalmente Clarisse resolveu quebrar o silêncio.

- Então... Quando a gente vai fazer isso? – Ela perguntou meio receosa, eu percebi.

- Agora mesmo. – Respondeu Dean, que olhou para mim pedindo um sinal de confirmação, e foi o que eu fiz.

- Vamos.

*Rose*

Fomos convocar o tal de Crowley numa sala bem protegida. A princípio parecia uma biblioteca, mas tinha uma porta que dava para um lugar aos fundos onde se prendiam demônios. E foi lá que começamos.

Dean e o Winchester arrumaram tudo para que pudéssemos invocá-lo corretamente. Ao que parecia, eles já haviam feito isso muitas vezes. O preparo não foi trabalhoso, só precisou de algumas velas, uns desenhos e uns pós mágicos. Mas quando a invocação começou mesmo, eu me preparei de todas as maneiras. Eu tinha um isqueiro, três adagas especiais para demônios, uma espada de anjos e dois revólveres. Além disso, fiz questão de manter Clarisse minimamente armada e atrás de mim, apesar de seus protestos. Os dois também estavam armados, apesar de tudo.

Dois minutos depois, a sala começou a tremer. Estava funcionando. Nesse momento, senti a mão de Clarisse apertando o meu braço e ouvi sua respiração começar a aumentar. Eu disse para ela manter a calma, mas não se desarmar. Então, as velas apagaram. Senti uma brisa fria. E logo em seguida, cheiro de enxofre.

- Ora, ora, se não são o Alce e o Esquilo. E... oh! Vejamos, temos companhia aqui. – O demônio se aproximou e esticou sua mão para tocar meu rosto.

- Não se atreva a tocar em mim! – Eu estendi minha adaga em seu pescoço. - Ou eu te mando de volta de onde você veio.

- Menina tola! Não sabe com quem está falando. Eu sou o...

- Crowley, o Rei do Inferno, blá blá blá. É. Digamos que eu já sei quem você é. – Ele apertou seu olhar sobre mim, mas eu não me permiti recuar. Ao invés disso, eu ergui meu queixo.

- Como se atreve... – Ele começou a se aproximar, mas foi interrompido.

- Crowley! – Gritou o Winchester. – Não toque nela! Temos assuntos mais importantes para tratar com você. – Ele virou as costas para mim e começou a se aproximar do Winchester. Eu considerei atacá-lo ali mesmo, mas senti a mão de Clarisse se apertar ainda mais sobre meu braço.

- Alce, Alce. Onde estão os bons modos? Que tal me convidar para uma bebida, primeiro? Depois tratamos dos negócios.

- Acho que não, Crowley. O negócio é o seguinte: Encontramos nove corpos, mortos por demônio, e tinha uma mensagem gravada no esterno de cada um. “O tempo está acabando”. E, por coincidência, um metamorfo disse a mesma coisa para Rose. O que isso quer dizer?

Ele, inesperadamente, riu. Eu pensei que ele fosse insistir em sua bebida, ou tentar nos matar primeiro. Mas pareceu que ele ficou subitamente interessado no assunto.

- Ah! Pensei que vocês nunca fossem me perguntar isso. Pensei que fosse parecer óbvio. E também pensei que todos aqui fossem sinceros uns com os outros. – Essa última frase deixou um clima tenso no ar. Ele havia acabado de insinuar que um de nós havia mentido. – Mas, se for assim, terei um enorme prazer em contar.

- Sem enrolar, Crowley. – Rosnou Dean. – Diga logo.

- Todos aqui sabem que nós, lá do Inferno, amamos pactos, que normalmente dão ao cliente dez anos. Algum de vocês aqui, que eu não vou dizer quem é agora, fez um pacto conosco. Mas as consequências nos geraram tantos problemas, que resolvemos fazer algo especial. E teria sido algo muito maior, se o tempo não estivesse realmente acabando. Então, dedicamos uma vida à cada ano que faz parte do pacto.

- Quem fez isso? – Perguntou o Winchester, olhando para cada rosto. Minhas suspeitas, desde o início dessa conversa, foi ele. Mas pela preocupação em seu rosto, parecia que não havia sido ele, mesmo. Crowley, então, riu mais alto.

- Anda, diga. – Ele virou para mim. – Diga, por que você fez isso? – Eu, sinceramente, não tinha nada a dizer. Então, Clarisse respondeu por mim.

- Está bem. Há dez anos, quando um demônio entrou em nossa casa, ele matou nossos pais. Rose me levou para um dos quartos, e nos trancou lá. Mas não demorou muito para que ele chegasse e conseguisse abrir a porta. Rose se colocou na minha frente, armada apenas com uma faca do nosso jogo de talheres. Ele se aproximou, e antes que ela pudesse acertá-lo e pelo menos retardá-lo para fugirmos, ele... ele... ele arrancou o coração dela. Então, vendo o meu desespero, ele me ofereceu um acordo: Ela poderia voltar a viver, e não lembrar que morreu, mas em dez anos ele voltaria e pediria uma coisa. Eu aceitei. Não podia suportar ver minha irmã deitada, e seu coração ao lado. Depois ela acordou, e começamos a caçar desde então. – Naquele momento meu mundo desmoronou. Eu olhei para Clarisse, que estava com os olhos cheios de lágrimas. Olhos que não se permitiram olhar nos meus.

- Mando alguém para te buscar em pouco tempo, queridinha. – Disse Crowley com um sorriso triunfante.

- Seu desgraçado! – Eu me esqueci de qualquer coisa ao redor, e avancei com minha adaga na mão, preparada para golpeá-lo e manda-lo para o Inferno, com uma raiva imensurável. Mas quando minha adaga estava a poucos centímetros de seu coração, ele desapareceu, como fumaça.

Então, eu caí. Pensei que iria cair no chão gelado e duro, mas ao invés disso, antes que eu colidisse com o chão maciço, braços fortes me seguraram. Eu nem fiz questão de olhar de quem eram, só sei que enterrei meu rosto em seu peito e senti as lágrimas rolarem sobre minhas bochechas. Minha garganta começou a soluçar, e eu comecei a gritar por causa da dor tão profunda que eu sentia, que parecia que iria me fazer explodir. Não me importei também com os braços que me envolviam tão fortemente. A raiva havia ido embora, e só deixava espaço para a dor, a tristeza e a mágoa. Como ela pôde ter feito isso? Eu dediquei minha vida inteira para mantê-la a salvo desses demônios, para que ela não morresse por causa disso. Agora, eu acabara de ver o Rei do Inferno rindo e se divertindo como se a alma dela fosse um brinquedo, que ele acabara de conquistar. E o pior de tudo, eu imaginei como seria minha vida sem ela, pensando que a alma dela estaria no Inferno, enquanto eu continuaria nesse mundo, sem rumo, e sem razão para viver. Eu nunca mais iria sentir suas mãos apertando a minha em busca de conforto, ou o gosto da comida que ela fazia para nós, ou o som da sua risada quando ela achava graça em alguma coisa, ou o abraço forte que ela me dava toda vez que eu voltava de uma caçada.

Eu sabia que ela também estava chorando nesse momento, pois eu podia ouvir a centena de quilômetros o seu choro. Eu sabia que ela estava com medo de olhar para mim ou de falar comigo, pois por toda a vida, eu a ensinei que em hipótese alguma ela deveria vender sua alma para um demônio. E o pior de tudo: Ela não foi honesta comigo. Foi como se nada tivesse acontecido por anos. E agora isso me deixava uma dor no peito imensurável. A dor foi tanta, que eu tive que agarrar com força a camiseta da pessoa que me segurava, enquanto eu gritava para que a dor pudesse ir embora. Mas não foi. Só aumentava mais e mais conforme o tempo passava.

Não sei quanto tempo fiquei daquele jeito. Só sei que então senti os mesmos braços que me impediram de cair me carregarem para fora daquele lugar, enquanto eu agarrava a camiseta e gritava, chorando como nunca. Vozes ecoaram naquele momento, mas a dor não me permitia identificar de quem eram e o que estavam falando. Então elas cessaram junto com a porta. Eu fui colocada em cima de uma cama, enquanto ele se ajoelhou na minha frente. Percebi que estávamos sozinhos.

- Cadê ela? – Eu gritei para ele. – Onde ela está? Eu preciso falar com ela.

 Minha tentativa de me jogar com força para fugir não deu certo, ele me segurou e me sentou de volta na cama.

- Ela está com Dean. Não precisa se preocupar. – Ele enxugava meu rosto com uma toalha pequena, enquanto olhava preocupado para mim.

- Eu não posso! Não posso! Ela é a pessoa mais importante para mim, não posso perdê-la. Eu preciso salvá-la. Eu preciso dela. – Ele desistiu de enxugar meu rosto, e me envolveu com os braços.

Em qualquer outro momento, eu teria decepado o braço dele. Mas então eu apenas afundei minha cabeça em seu peito, e comecei a soluçar, enquanto ele acariciava carinhosamente minhas costas e minha cabeça.

- Nós vamos dar um jeito. – Ele sussurrou no meu ouvido. – Nós sempre damos um jeito. - Então eu afastei meu rosto, e olhei dentro de seus olhos pela primeira vez.

- Me prometa. Prometa que vai me ajudar a salvá-la. – Ele enxugou com o dedo uma lágrima que caía. Então, segurou o meu rosto com as duas mãos e olhou nos meus olhos com profundidade.

- Eu prometo. – Ele disse. Então, completou: - Acho melhor você descansar um pouco.

Ele se afastou. Eu assisti suas costas saindo pela porta. Segundos depois, eu venci todo o meu orgulho e saí correndo. Abri a porta, e olhei pelo corredor. Ele estava quase desaparecendo de vista.

- Sam! – Eu gritei enquanto corria em sua direção. Ele virou-se imediatamente, quando o alcancei e envolvi meus braços ao redor de seu pescoço. Demorou um segundo, e senti os braços dele me apertando também. – Obrigada. – Eu sussurrei em seu ouvido, e ele me apertou ainda mais.


Notas Finais


E ai?? O que acharam?? Esse é um dos caps mais importantes da história! E ai, perceberam o que aconteceu no final? Me contem!! Me contem tbm o que acharam, okk??
Espero que tenham uma boa semana
Bjuss :);)


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