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História O ninja da vila - Lanchonete


Escrita por: crazyseesaw e olaclarice

Notas do Autor


Olá a todos!
Esse é o segundo capítulo, e como podem perceber, têm alguns termos que talvez sejam difíceis de entender, então colocarei algumas anotações no final. Também tem a verdadeira motivação de Garu ter partido para tão longe, e honestamente tentei encontrar um título que fosse legal e ao mesmo tempo, bobo para tal haha.
Ah, eu não entendo ainda desse esquema de formatação do Spirit x_x Quando importo, ele parece vir todo desconfigurado, então vou editando conforme achar legal depois <\3

Espero que curtam. (e se encontrarem algum erro de português, sinta-se bem vindo a apontar! faz muito tempo que não pego nas regrinhas da gramática).

Capítulo 2 - Lanchonete


Fanfic / Fanfiction O ninja da vila - Lanchonete

Dois meses haviam se passado desde a partida de Garu, e apesar de não ser uma pessoa muito próxima dos moradores, eles sentiam falta da presença do garoto (especialmente quando avistavam Pucca). Burburinhos e bafafás corriam de pessoa em pessoa, de quanto a garota estava chateada.

Com o restante da turma as atividades cotidianas fluíam naturalmente. Eles estudavam e treinavam taekwondo juntos, se apoiando quando era necessário, e era de conhecimento mútuo de que precisavam apoiar Pucca nesses momentos.

 

Em uma dessas ocasiões, os meninos decidiram se encontrar e assim foram numa lanchonete para conversarem e relaxarem após as aulas. Porém Yoosung convocou os homens a chegarem mais cedo propositalmente, já que queria tirar todas as suas dúvidas relacionadas a situação que estava acontecendo.

 

- Mas o que afinal é essa competição de ninjas da vila Sooga, hyung?

- Então cara, não é só da nossa vila – começou Chan – é uma competição geral chamada “Chookbookbadeun jeontu”, mas a gente chama de ‘jeontu’ para encurtar. Ela ocorre de 50 em 50 anos em que vários ninjas combatem entre si para conseguir a benção do Mestre Soo.

- Aqueles que participam da competição passam por diversas provas com armadilhas perigosas e batalhas para no final restar apenas um, que será considerado digno de receber poderes que melhoram as habilidades do ninja para que proteja a vila por um período de tempo.

- Ué, mas o próprio Mestre Soo não é responsável por isso por tempo integral?

- Digamos que... - Abyo cerrou os olhos – Ele tira umas férias....

- Não é isso! - protestou Chan – Ele apenas vai para um retiro espiritual por alguns anos para canalizar as energias negativas, e com isso não possui tempo suficiente para proteger a vila de verdadeiros males.

- Eu nunca vi nada de anormal acontecer por aqui.

- Que bom, Yoosung... As coisas tem andado tranquilas desde que Ring Ring também sumiu da cidade. E também não é como se Mestre Soo fosse presente o tempo todo. Muitas vezes, eu, Garu, Ching noona e Pucca tivemos que resolver os problemas por nós mesmos.

- Ah, isso é verdade. Yoosung, lembra daquele quenga do Tobe?

- Aquele que tinha uma cicatriz no rosto, e vocês deram uma surra sinistra nele?

- Esse mesmo! Ele deveria ser um caso que o Mestre Soo poderia ter resolvido de uma vez por todas, mas por ele ser muito ocupado, acabava sobrando para os meninos.

- Na realidade, eu nem acho que ele deveria ser considerado maligno, ele tinha birra com o Garu, e sempre que nós enfrentávamos ele, eram as oportunidades perfeitas para eu...

 

E como sempre, Abyo se empolgava nas histórias que vivera com seus amigos no passado, rasgando sua própria camisa, e apesar de ter feito os amigos rirem e comentarem positivamente sobre tal ação, recebeu reclamação da gerente do local, que o obrigou a colocar alguma outra camisa de volta.

 

- O que importa é que o Garu desde muito novo comentava sobre essa competição de virar o representante abençoado da vila. É um título de honra que ele sempre quis ter.

- Sério, hyung?

- Sim... Ele leva tão a sério que foi por esse motivo que aos 10 anos decidiu morar longe dos tios para treinar na floresta e fez o voto do silêncio.

- Você quis dizer voto do silêncio ‘na rua’ né, hyung – comentou Chan, gesticulando as aspas.

- Xiu! - Censurou Abyo, dando um tapa na cabeça no braço – Não é para ficar comentando.

- Me sinto feliz por ter tido a chance de ter escutado Garu hyung algumas poucas vezes.. ele tem uma voz bonita demais para ficar calado.

- Fazer o quê? É a ideologia dele... Espero que ele alcance a experiência e conhecimento que precisa na academia. - Abyo suspirou – Vai ser uma barra para ele, pelas histórias que sei.

- Ah é, já tiveram uns colegas nossos que foram para essa academias, e os relatos não são muito legais.

- É verdade, Chan! Haha…

- Nossa, é tão cruel assim, hyung?

- Pelo que sabemos, eles disciplinam rigorosamente os alunos. Não podem ter cabelo longo, não podem utilizar aparelhos eletrônicos durante dias de semana, e até o horário das refeições é controlado… Eles fazem tudo isso para treinar o físico e o psicológico deles também.

- Num geral, ninjas precisam saber se virar em condições extremas, passar frio, fome, lidar com ferimentos, e acima de tudo, precisam ser obedientes ao seu líder. O ninjitsu que o Garu vivia era meio que utópico, sabe? Tudo bem que ele é muito habilidoso e esforçado, porém faltavam algumas coisas que por si só ele não aprenderia. E se ele conseguir vencer essa competição, ele estará automaticamente subordinado ao Mestre bob.. Quero dizer, Soo.

- Abyo hyung, lembra daquele garoto loiro que foi para academia, um ano atrás?

- Chan, muitas pessoas foram no ano passado… A Somi, o Zhi T, o Seong Lee vulgo gordinho da turma 3...

- Verdade… Mas tava falando do Youngbae..?

- Ah, você quis dizer o riquinho de Soul, né...

- E por que vocês não foram com ele também?

 

Os dois mais velhos se entreolharam. Houve uma ligeira guerra de olhares, porém Abyo cansou primeiro, deu um suspiro e abriu o coração para o novato.

 

- É que eu não tenho interesse exatamente em ser ninja… Quero melhorar minhas artes marciais, e talvez virar o guerreiro mais forte do mundo! - os olhos de Abyo brilhavam enquanto falava.

- E diferente dos dois aí, eu queria seguir a carreira de idol mesmo. - confessou Chan, fazendo com que chamasse atenção dos dois - Gosto de fazer as outras pessoas sorrirem mesmo com dificuldades, sabe, além de dançar e cantar.

- E você canta, hyung?

- O Chan? Se sim, ele nunca mostrou para mim!

- É CLARO que não! Você sempre estava ocupado tentando bater no Garu que nunca assistiu uma das minhas apresentações no parque!

- Ya, VOCÊ que faz essas apresentações em horários inconvenientes à minha agenda, senhor Chansik Gong.

- E a Pucca noona?

 

Os dois mais velhos estavam já segurando os colarinhos das camisas e imediatamente soltaram quando o nome dela foi pronunciado.

 

 “O Yoosung, realmente…?”

- Yoosung.. Você sabe que a Pucca ama o Garu? Por favor diz que sabe disso.

- Ah… É por isso que ela sempre encontrava com ele em todos os lugares.

- YOOSUNG KIM, você realmente é uma coisa… - Chan revirou os olhos, enquanto Abyo botou a mão na testa, decepcionado com as habilidades no novato - … Uma coisa que vive nas nuvens!

- Tipo um avião?

- O que importa é que a Pucca sempre apoiou e seguiu o Garu em todas as decisões dele, inclusive quando ele fez o voto do silêncio, ela fez também. “Inclusive, ela seguia mais fielmente do que ele, a não ser que ela conversasse com os pais dela”. - cochichou Abyo - E honestamente, desde pequeno sabia que a Pucca não gostava tanto de artes marciais ou de ninjitsu como o Garu. Ela só fazia e acompanhava porque ela gostava do Garu.

- Inclusive, ela se mostrou muitas vezes ser uma das melhores da nossa vila.

- O que importa é que os tios também sabiam que ela gosta de outras coisas e a proibiram de estudar lá também.

- Normalmente, ela daria algum jeito de chegar lá… E falando nela, por acaso vocês sabem se elas já estão chegando? Estão demorando demais.

- Calma cara, elas são meninas, elas normalmente se atrasam…

 

No momento em que Abyo diz essas palavras, Ching e Pucca chegam no local, e percebem que estavam falando delas. Ele dá um pulo de susto, enquanto Yoosung e Chan às cumprimentam normalmente.

 

- Nem precisa disfarçar, Abyo.

 

Elas pegam cadeiras em uma mesa próxima, e as conversas reais começam. Preocupações da escola, da professora chata, dos vacilões, e de idols - que Abyo e Yoosung ficavam de fora por não terem conhecimento o suficiente no tópico - chegando a literalmente trocar figurinhas entre si de diversos grupos. Depois de um tempo de tédio entre os dois, Yoosung faz a pergunta em que eles queriam evitar na frente dela.

 

- Pucca noona, você e o Garu hyung eram namorados?

 

Imediatamente, Abyo se engasga com o refrigerante que estava bebendo, Chan bota a mão na cara, e Ching fica chocada, apenas abraça o garoto por medo da amiga dar um socão no novinho. O pobre do garoto percebe que falou algo inconveniente e tenta se desculpar.

 

- Na realidade, eu nunca fui nada além de uma amiga para ele, Yoosung. Não importava o que eu fazia, ou como me vestia, ou que dava para ele… Ele… sempre me ignorava. Definitivamente, se teve algum momento em que ele olhou pra mim sendo mais que uma amiga, tinha algo errado. Eu não o culpo, na realidade. Ele tem um foco na vida, diferente de mim.

- Mas você não se acha muito nova para encontrar algum objetivo de vida? - falou Chan, que foi imediatamente fuzilado com os olhares de Ching.

- O que importa é que o meu foco sempre foi o meu oppa. E agora que ele seguiu o seu destino, preciso seguir o meu também. Mas eu tô com… tanta saudade do meu oppa...

 

Lágrimas correram no rosto da garota, e Yoosung percebeu que era esse tipo de situação era exatamente o que os amigos estavam tentando evitar quando se reuniram naquele lugar. Porém, agora que já tinha o feito, ele fez a única coisa que pensou fazer no momento. Ele levantou-se e abraçou, encostando a cabeça em cima da dela.

 

- Noona, eu não sei como é gostar de alguém da maneira que você está falando, mas eu não quero te ver assim, viu? Me desculpe por não entender os seus sentimentos. A partir de hoje, vou dar o meu melhor para te fazer sorrir o dia todo, ouviu? Daí você vai ter um motivo para não se lembrar dele tanto! Eu não sei se isso funciona, mas vou tentar!

- Meu Deus, que fofo! - exclamou Ching, vermelha de tão envergonhada.

- Meu Deus mesmo, isso foi muito doloroso de se ouvir, Yoosung. - falou Abyo, que apertava o estômago com força como se tivesse passando mal.

- Deixa de ser bobo, Abyo!

- Obrigada…. Yoosung…

- Ching, é sério, esse garoto nem sabia que a Pucca gostava do Garu! Você não acha isso estranho demais??


Depois de terminarem o lanche, os cinco jovens saíram do local para andarem de bicicleta pela vizinhança, todos pareciam satisfeitos e já conversavam sobre outros assuntos, exceto por Pucca: a menina imaginava algo que nunca havia imaginado antes.


Notas Finais


Traduções:
Chookbookbadeun jeontu: "batalha de guerreiros" em coreano
hyung: termo usado na Coreia que literalmente significa "irmão mais velho", mas é utilizado informalmente entre amigos.
noona: significa "irmã mais velha", utilizado por homens para mulheres.
oppa: significa "irmão mais velho", utilizado por mulheres para homens.
Soul: significa "alma" em inglês, foi usado como trocadilho para "Seoul" (Seul)... porque sim.


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