História O Noivo - Boy or Girl?

[Narrator Point Of View] 

 

Havia dois corpos disputando o mesmo espaço físico. Dois corpos suados e movimentando-se em sincronia, enquanto que de suas bocas gemidos e baixos arfas escapavam para quem quisesse ouvi-los, algumas juras de amor podiam ser ouvidas por eles também, assim como tais palavras vulgares.

No meio da madrugada, exatamente às três e meia da manhã de uma sexta-feira lá estava o casal transando sem a menor preguiça ou cansaço.

Selena no meio da noite acordou, sentiu-se enjoada e logo correu para o banheiro, óbvio que tudo que ela ingeriu ao decorrer do dia foi "lindamente" dentro do vaso sanitário, ao se recuperar do enjôo, da tontura e do mal estar, a morena retornou ao seu quarto. Porém, ao ver Justin dormindo tão tranquilamente na cama, sem nenhuma coberta ou um mísero lençol cobrindo seu corpo tatuado, deixando à mostra seu abdômen e peitoral definidos, e claro vestindo apenas uma boxer branca, Selena perdeu completamente o sono e o cansaço que antes existia em seu corpo, sumiu. 

A mulher de cabelos negros, não pensou duas vezes antes de livrar-se de sua camisola de seda rosa, deixando à mostra sua barriga de grávida, levemente grande e redonda, de apenas 16 semanas. Selena então se pôs no meio das pernas entreabertas do marido, com cautela lhe arrancou a cueca e logo estava o masturbando, assim como também chupando-o com sua total maestria. Justin de maneira afobada acabou acordando, e irritado protestou sobre aquilo, porém não ficou bravo o bastante para lutar contra os encantos da esposa, ou devo dizer das chantagens dela? Algo como... 

- Justin, estou grávida e não se nega um desejo de uma mulher grávida. Portanto meu amor, me foda! - Selena ordenou, o olhando seriamente. 

Contrariado Justin apenas realizou o desejo de Selena, que ficou satisfeita e em seguida estava por debaixo do corpo dele, abrigando com o maior prazer o pau endurecido de seu marido dentro si. O loiro alternava muito entre movimentos rápidos e fracos, receoso de machucar o bebê habitado dentro da barriga da morena, que parecia não se importar muito com isso, pois a mesma rebolava contra o quadril do marido e até mesmo jogava seus quadris procurando mais velocidade nas penetrações. 

Assim que Selena chegou ao seu orgasmo, em uma das estocadas brutas, porém lentas de Justin, a mesma o empurrou de cima dela, o impedindo que continuasse fodendo-a. 

- Hey, eu ainda não... - Parou de falar assim que sentiu o peso da mão dela em sua face. Ficou chocado e iria questioná-la, porém limitou-se ao ver o sorriso malicioso da esposa. - Você é doida! 

- Só descobriu agora, bonitão? - Brincou e colou seus lábios no dele em um beijo demorado. 

Ao estarem se beijando ainda, e desfrutando do calor que seus corpos usufruíam, da paixão do beijo, de suas línguas brincando uma com a outra e das mordidas dadas entre o beijo, Justin aproveitou uma das mãos livres e segurou firmemente em seu membro completamente rígido, o loiro levava-o calmamente até a entrada mais sensível do corpo da morena, porém ao tentar a penetração, mesmo que de forma calma e carinhosa, falhou na tentativa porque Selena afastou-se rapidamente dele e o encarou reprovadora. 

- Você não vai comer meu cu, Bieber. Desista! - Selena exclamou, piscando e sorrindo marota. Deu leves tapinhas de brincadeira no rosto dele, e colocou novamente o pau do marido dentro de sua boceta. 

- Qual a necessidade de falar desse jeito? Não pode falar assim: "Eu não quero fazer anal". Fica mais bonito! - Justin disse repreendedor, suas bochechas estavam levemente ruborizadas. 

- E por que da noite pro dia, você decidiu que é tão interessante me comer por trás, Drew? Isso está muito estranho. - A morena disse desconfiada, enquanto fazia um vai-e-vem sob o marido, alternando entre reboladas ritmadas e rápidas. 

- Você... hum... nunca sentiu... ah, Selena! - Gemeu, tentava concentrar-se para manter o diálogo, porém difícil com ela movimentando-se daquela maneira. A morena continuou com seus movimentos rápidos, esforçando-se para levá-lo ao seu ápice. 

Demorou, mas ela conseguiu e logo o gozo de Justin invadiu o interior de Selena. A morena saiu de seu colo e deitou ao lado do marido, o encarou intrigada observando a expressão de alívio e prazer do loiro, após gozar. 

- Ainda não me respondeu. Por que, diabos decidiu que comeu meu cu é interessante ou gostoso? Seja lá qual for seu pensamento em relação disso. 

- Kendall fez. - Justin respondeu sem delongas, a morena arregalou os olhos. - Chaz me contou e disse que a sensação de ter comido a Kendall por trás é maravilhosa, que é como foder uma bo... 

- Justin para! Sério! Amor, esse perfil de marido fodedor, safado e com um vocabulário vulgar não está combinando contigo. - Ela debochou, rindo dele. - E a Kendall não fez anal, senão ela teria me contado. Ela sempre me fala de todas as experiências sexuais dela e do Chaz. 

- Será que é porque ela deu pra ele ontem? 

- E ele já te contou? - Ele assentiu, a morena abriu a boca chocada. - Sei que a Kendall é safada, mas não esperava isso dela... 

- E ela que pediu. 

- Ok, ela é muito safada. - Riram. - Justin, só porque ela deu o cu, que irei fazer o mesmo. - Revirou os olhos. 

- Tive esperanças de que você sabendo que a Kendall fez anal, você iria querer fazer também. - Falou frustrado e suspirou pesadamente. - Mas, ok. Tudo bem, irei te respeitar... mesmo que enquanto fui virgem, você não respeitou meu tempo. - Ele sorriu cinicamente, ela bufou e lhe estapeou, inconformada com o que havia escutado. 

- São casos diferentes. - Argumentou, seriamente. 

- Em que exatamente? - Questionou, cruzando os braços a olhando curioso. - Você tirou minha virgindade, Selena. Não é justo que eu tire a sua? - Sorriu perverso. 

- Você fode a minha boceta, fode a minha boca, até meus seios você anda querendo foder também, Justin! - Selena exclamou incrédula, o loiro riu sem graça. 

- Espanhola é bom, princesa... - Sussurrou aproximando-se do corpo dela e escondendo o rosto no pescoço dela, dando alguns beijos na região suada. 

- É bom uma virgula, não senti o mínimo de prazer possível com teu pau no meio dos meus peitos, Justin. É prazeroso apenas para o homem! - Disse entediada e revirou os olhos. - E eu não quero mais falar sobre a virgindade do meu cu! - A morena falou chateada, deitando no peitoral do marido que revirou os olhos e controlou-se para não bufar. 

- Ok, tudo bem... - Ele murmurou, envolvendo Selena em seus braços carinhosamente e depositou beijos no topo de sua cabeça. 

Ambos ficaram em um completo silêncio, ouvindo a respiração um do outro e seus batimentos cardíacos calmos, e em questão de minutos o casal pegou no sono.

 

(...) 
 

- Princesa, cadê aquela minha camisa azul marinho... ? - Justin dizia entrando no quarto, colocando seu cinto, porém parou de falar ao ver Selena em frente ao espelho, vestindo apenas roupas íntimas olhando e acariciando sua barriga. 

O loiro encostou-se ao batente da porta, com seus braços cruzados e um leve sorriso abobalhado nos lábios, ele permaneceu olhando-a curioso. A morena não percebeu a chegada repentina do marido no quarto e permaneceu conversando, entre murmúrios, com sua barriga acariciando-a com atenção um extremo carinho, que era visto de longe. 

Justin pegou a camisa azul marinho de botões, que se referia, em cima da cama e a vestia, mas não fechou os botões da mesma. Ele aproximou-se calmamente de Selena e abraçou-a por trás, repousando suas mãos em cima da dela enquanto que seu queixo ficou no ombro fino da morena, Justin deixou beijos na bochecha dela e olhou o reflexo deles. 

- Você é muito linda e parece que ficou ainda mais bonita grávida, Selena. - Justin elogiou, com a voz calma e baixinha. 

- Verdade, estou mesmo muito bonita. - Disse confiante, o loiro riu negando com a cabeça. - Mas também estou uma porca de gorda, Jus. Olha o meu rosto como está redondo, olha minha barriga! 

- Os seus seios aumentaram. - Ele comentou olhando o decote de seu sutiã, Selena riu e estapeou o braço do marido constrangida. - Só falei a verdade, princesa. Outra coisa que cresceu foi a sua bunda... - Murmurou, olhando-a e também a apalpando. 

- Justin Drew Bieber, acho muito bom parar com essa putaria ou eu juro que te jogo nessa cama, fodemos por um bom tempo e a gente não irá para porra de consulta nenhuma descobrir o sexo do bebê. 

- Eu até deixaria você me jogar nessa cama, se eu não estivesse tão ansioso para descobrir se é mesmo a minha Anny que está chegando, princesa. - Sorriu abobalhado, e tentou tocar na barriga da morena, porém a mesma não deixou. - O que foi? - Perguntou confuso, desfazendo o sorriso. 

- Quando você fala "Anny". Está se referindo com dois "N" terminando com um "E" no final. Certo, Justin? - O questionou seriamente. 

- Não, ele terminaria com Y. Por que...? Ai, Selena! Não me bate porra! - Exclamou irritado, desviando dos tapas repentinos da esposa. 

- Minha filha não irá se chamar Anny. 

- Corrija-se, nossa filha irá se chamar Anny, sim. - Falou seriamente. 

- Justin, eu que irei parir então quem escolhe o nome sou EU! 

- E você fez esse filho com o dedo? - Questionou bravo, a morena revirou os olhos e lhe deu as costas, começando a se vestir adequadamente. - Não sábia dessa nova técnica científica. - Debochou. 

- Olha aqui, Drew... - Deu uma pausa. - Se for mesmo uma menina, ela não irá se chamar Anny e ponto final. Ou escolhe outro nome, ou quem irá escolher sou eu. - Disse seriamente e após colocar suas sapatilhas, saiu do quarto pisando forte. 

Justin bufou bagunçando o pouco do cabelo que havia crescido nos últimos quatro meses, e socou a mesinha do computador, no canto do quarto, ao passar por ela para poder sair do quarto. Enquanto descia as escadas o loiro fechava os botões da camisa social, pegou as pastas da consulta que sua esposa acabou esquecendo em cima do sofá e caminhou até a garagem, encontrando a morena dentro de Porshe Cayenne vermelho, aguardando-o impacientemente. 

Com raiva o loiro bateu a porta do carro e após ter colocado o cinto de segurança, ligou o veículo dirigindo o mesmo até o centro de L.A, onde se encontrava o consultório médico. 

- Por que implicou com o nome que escolhi? - Justin questionou chateado, quebrando o silêncio instalado no carro desde que saíram de casa. 

- Acho feio. - Respondeu dando de ombros. 

- Anny? 

- Sim, muito feio. - Fez careta. - Prefiro Anne, que termina com o "E" no final. - Sorriu olhando-o, Justin apenas suspirou pesadamente assentindo e acelerou com o carro assim que o sinal abriu. - Se quiser, pode ser esse nome que sugeriu desde que seja como falei. Até porque é o mesmo nome, só muda a forma de escrita, e além do, mas é muito mais bonito, Jus. 

- Ok... 

- Ok, o que? 

- Será Anne, do jeito que você falou. - Sorriu fracamente. A morena depositou um beijo na bochecha dele, enquanto ele continuava dirigindo até o consultório. 

 

(...) 

 

Após terem chegado ao consultório, serem informados que o médico que atenderia o casal ainda estava ocupado em uma outra consulta, Justin e Selena sentaram-se na sala de espera. 

- E se for menino? - Justin perguntou curioso. 

- Benjamin. 

- Não, Selena. Esse nome não! - Falou negando com a cabeça rapidamente. 

- E por que não diabo? - Questionou irritada. 

- Não gosto desse nome, nunca gostei. 

- E gosta de quê então? Justin? - Ironizou. 

- Carl? 

- É nome de gay. 

- Não é nome de gay, Selena. Carl é bonito, é... 

- E que tal Jaxon? Eu gosto desse nome. - Disse Selena animada, o loiro encarou-a intrigado analisando. 

- Jaxon... Jaxon... Jaxon... se você falar muito vezes esse nome fica estranho. Já pensou ele aprontando pra cacete e o quão estranho será pronunciar esse nome várias vezes? - Perguntou fazendo careta, a morena olhou o marido desconfiança, mas acabou concordando. - O que acha de... Noah? Ou Nicolas? Gosto dos dois. 

- É bonito, amor. - Selena disse meiga, a mesma sentiu algumas movimentações em sua barriga e arregalou os olhos encarando o esposo. - Acho que o Noah mexeu. - Mordeu os lábios ansiosa, ela segurou na mão do marido e levou até sua barriga, repousando-a ali e juntos eles sentiram novamente o movimento do bebê.

- Noah, você terá o seu momento também de chegar, cara. mas por enquanto deixa a sua irmãzinha Anne vir, que tal? - O loiro conversava baixinho com a barriga de Selena, acariciando a mesma e sendo "respondido" com singelos movimentos estranhos na barriga da morena. 

- Deixa de ser bobo. Noah, você pode vir primeiro, ok? O papai não vai se importar caso Anne venha depois. - Disse Selena sorrindo amigável, o loiro arregalou os olhos surpreso. 

- Q-quer dizer que v-você... 

- Podemos conversar depois e futuramente termos outro filho. Bem futuramente, Jus. - O loiro segurou no rosto dela e a encheu com vários beijos. 

- Parece até que tem um Allen dentro de você. - Ele brincou ao sentir de novo a barriga dela contraindo-se em movimentos estranhos em sua mão. 

- Idiota. 

- Então caso seja mesmo menino, o que não vai ser, será Noah mesmo? Nicolas também é legal. 

- Também gostei de Nicolas, até lá podemos nos decidir. - Ela piscou. 

- Selena Bieber? - Um homem de cabelos grisalhos, altura mediana, porém com aparência pouco juvenil mesmo que tivesse em torno dos seus cinquenta e poucos anos, falou entrando na sala de espera. O casal levantou-se identificando-se para o doutor. - Me chamo Carl Duckson, e serei o novo obstetra de vocês. O doutor Joseph, que vocês estavam acostumados não poderá acompanhá-los pelas próximas semanas de gestação, pois está cuidando de alguns problemas pessoais. Podemos ir? Estão prontos para a consulta? - Perguntou simpático. 

- Claro, estamos ansiosos. - Justin respondeu, Selena apenas assentia olhando o médico com certo interesse. 

- Então vamos. - Disse ele, caminhando para sua sala. 

- Gatão ele, né? - Justin perguntou, Selena arregalou os olhos incrédula. 

- Justin, deixa de ser gay. Meu deus! - Ela gargalhou. 

- E não é gatão, princesa? Quero chegar aos cinquenta anos assim. - Ele falou, estufando o peito e segurou na mão da esposa, caminhando com a mesma para a sala do médico que ria sem parar. 

Ao entrarem na sala e acomodarem-se em seus lugares, o médico conversou com o casal perguntando como estava à rotina da moça grávida, a alimentação, etc. Depois de tudo isso, logo mandou que Selena fosse trocar-se para que a ultrassonografia pudesse ser realizada. 

- Doutor... - Deu uma pausa, olhando o jaleco branco do homem à procura de seu nome. - Doutor Carl? 

- Sim, senhor Bieber? - Disse, sem olhá-lo, pois ligava as máquinas e preparava alguns dos objetos que seriam utilizados. 

- Enquanto a Selena não vem, poderia me explicar uma coisa? 

- Claro, no que posso te ajudar? 

- Fico sem jeito de te perguntar isso, mas é preciso. - Sorriu nervoso, esfregando a nuca. - É normal mesmo que o apetite sexual dela esteja tão intenso? E esses enjôos repetitivos? 

- Por quê? Antes sua esposa e você não costumavam transar? 

- Sim, nós transávamos. 

- E com que freqüência isso acontecia? Uma ou duas vezes na semana? Três vezes no mês? Ou apenas uma vez? - O médico perguntava intrigado. 

- Nós... érr, bem... nós transávamos bastante, não havia um "limite" imposto sobre qual dia faríamos ou não aquilo, se estivéssemos afim, estaríamos transando. - Ele explicou sem graça, o doutor apenas anotava as respostas de Bieber. - E agora ela parece que piorou. 

- São os hormônios, senhor Bieber. Por ela estar grávida, é normal que sinta tanto desejo por sexo, por você e ela irá querer, basta você fugir dela ou realizar seus desejos. - Riu roucamente. 

- O senhor entendeu que ela quer transar toda hora? Se estou comendo uma banana, ela malícia e quer sexo. Se estou concentrado em qualquer coisa, um livro, por exemplo, ela diz que estou sexy demais, que a seduzi, sendo que não fiz droga nenhuma e ela insiste querendo transar. É complicado! 

- Poderia até passar um remédio para tentar diminuir esse apetite sexual dela, mas pode fazer mal ao bebê e o organismo dela não receber bem. Melhor não arriscarmos e o senhor tolerar esse comportamento dela pelos próximos cinco meses. - Carl aconselhou, piscando. 

- Demorei muito? 

- Não, querida. Deite-se, pois vamos começar. 

Selena deitou-se na cama e Justin caminhou até ela, ficou ao lado da morena e segurou em sua mão, apertando-a levemente e dando alguns beijinhos carinhosos de vez em quando. O médico, após vestir suas luvas, passou o gel por toda a extensão da barriga mediana de Selena e sorriu de canto ao sentir alguns movimentos. 

- Para uma grávida de quatro meses, sua barriga está maior do que o esperado e o bebê espertinho demais. - Disse Carl. 

- Esperto? 

- Sim... geralmente as mães só conseguem sentir o bebê mexendo ou até mesmo dando chute, com 22 semanas e Selena ainda não atingiu isso. 

- E isso o faz estranho, doutor Carl? - Selena perguntou receosa, automaticamente apertou com mais força a mão de Justin. 

- O faz de certa forma estranho sim. - Brincou, o casal permaneceu sério. Sem graça, ele parou de rir. - Relaxem papais, não há nada com o que se preocupar. O "estranho" que me refiro, é aquele bom, pois é inteligente desde a barriga. - Explicou, o casal respirou aliviado e sorriram um para o outro. 

Carl começou a passar um mediano objeto pela barriga de Selena, o que possibilitava de todos verem o bebê através do monitor posto na parede. O médico dava informações para os papais de primeira viagem, que estavam abobalhados vendo a imagem do bebê mesmo que fosse em preto e branco, e que mal desse para enxergá-lo, era o suficiente. De repente Carl ficou avermelhado e mudo, o que de certa forma incomodou Justin que conseguiu perceber a reação do médico. 

- Algum problema, doutor? 

- Depende. - Respondeu incerto. - Selena você trouxe os últimos exames realizados nas últimas consultas com o antigo médico? As últimas ultrassonografias feitas, etc? Preciso dar uma olhada nelas. - Carl pediu, sem ao menos demonstrar muitas expressões ou emoções, ele encontrava-se pacífico e isso deixava Justin angustiado, já que Selena estava ocupada demais prestando atenção na tela. 

Bieber entregou a pasta rosa claro com todos os exames de sua esposa ao médico, que logo começou a verificá-las com atenção ignorando completamente as perguntas de um Justin preocupado e nervoso. 

- Vocês por acaso chegaram a dar uma lida no que era escrito nesses papéis? - Carl os questionou, intrigado guardando o que tirou da pasta. 

- Até tentei uma vez, porém não entendi porra nenhuma do que estava escrito nessa bosta. - A morena respondeu. 

- Selena! Olha a boca! - Justin a repreendeu envergonhado, o médico riu fracamente fazendo sinais de que o loiro não precisava se preocupar. - E é verdade doutor, nós não entendemos nada do que estavam nesses papéis. 

- É normal que a maioria das pessoas não entenda, e não digo isso apenas pela letra do Joseph, mas sim por tais palavras. São difíceis, né? - O casal assentiu sem graça, rindo junto com o médico. - Eu mesmo não entendo às vezes. E lendo esses exames antigos, vejo claramente mais um erro do doutor Joseph e o porquê dele ter sido afastado! - Suspirou pesadamente. 

- Qual erro? - Selena perguntou hesitante. 

- Ok, vamos lá. - Sorriu brincalhão e levantou-se de sua cadeira. O médico caminhou até o pequeno televisor e com seu dedo indicador, circulou alguns lugares com algo vermelho para deixar o casal de pais informado. 

- Pode esclarecer, por favor, o que está acontecendo, doutor Carl? - Selena suplicou, começando a ficar nervosa. 

- Calma... - Justin sussurrou, retribuindo o aperto de mão. 

- Hum... continuem olhando para tela. Estão vendo isso aqui? 

- Mais ou menos... é estranho. - Justin respondeu fazendo careta, entortando a cabeça para o lado olhando confuso a tela.

- Eu sei, é muito estranho. - Carl disse rindo, porém logo tomou sua feição séria. - Porém é muito importante, principalmente para vocês. É óbvio que não sabem o que significa e será um prazer enorme explicar para vocês. - Justin e Selena, preciso que olhem bastante e prestem muita atenção, ok? - Eles assentiram, atentos. - Nos seus primeiros exames de gravidez, quando você tinha só oito semanas de gravidez, você fez um exame chamado: Ecografia, Selena. Não precisa se preocupar, pois vi ali que ocorreu tudo bem. - A morena suspirou aliviada. - Mas vocês precisam saber que é lá, neste exame, que descobrimos se a futura mamãe está esperando gêmeos ou não, às vezes há o caso de suspeitas e que costumamos chamar de "gêmeos falsos", pois é mentira, pensamos e ansiamos que sejam dois adoráveis bebês, mas na verdade existe apenas um bebê habitando em você. - Carl explicava calmamente, observando as feições do casal em sua frente. 

Ele não queria assustá-los. 

- Está dizendo que estou grávida de gêmeos? - Selena questionou incrédula, Justin trocou olhares com a esposa. Assustado demais para perguntar tal coisa ao médico. 

- Não propriamente. - Respondeu dando de ombros. 

- Dá pra explicar, cacete? - A morena falou impaciente. 

- Selena, calma! - Justin exigiu, o médico apenas ria. 

- O que quero dizer é que a Selena tinha suspeita de uma gravidez gemelar, porém o Joseph não os deixou cientes de tal notícia. 

- Justin... eu... - Ela começou chorosa, puxando o marido pela camisa. 

- Selena, calma. Não precisa entrar em desespero, ok? Era uma suspeita. 

- Então minha esposa não está grávida de gêmeos? - Justin perguntou receoso. 

- Iremos chegar lá, calma, estamos quase. - O médico informou. - Agora, senhor e senhora Bieber, tenho uma notícia boa para dar a vocês... estão vendo isso aqui? - Os olhou curioso, apontando para algo destacado no televisor, eles apenas assentiram concentrados no que era falado e mostrado por Duckson. - Se chama saco gestacional e nele temos um bebê presente, muito saudável e crescendo normalmente sem nenhum probleminha, ok? 

- Nossa, que susto! - Justin exclamou aliviado, suspirando e com um enorme sorriso nos lábios. Selena também suspirava com a cabeça repousada na cama e com uma expressão aliviada no rosto, com os olhos fechados. 

- É só um susto, mas ainda não acabei de informá-los. Conseguem visualizar aqui também, certo? 

- E-espera, doutor Carl... i-isso é um... - Justin falava gaguejando e foi interrompido pelo homem de jaleco. 

- É outro saco gestacional, Justin. E nele há dois bebês. Sua esposa, está grávida de gêmeos... digo, Selena está grávida de trigêmeos. Parabéns aos dois! - O médico, os parabenizou sorridente. 

Selena e Justin olharam-se assustados, os olhos arregalados demais para demonstrarem qualquer outra coisa em relação a notícia surpreendente. O loiro soltou a mão da morena e quando tentou dar um passo para poder sentar-se, pois não se sentia muito bem, suas pernas vacilaram e então o corpo másculo dele foi de encontro ao chão. 

Justin simplesmente desmaiou no meio do consultório, para o desespero de Selena que gritava em meio a lágrimas fitando o marido com medo de que algo grave pudesse ter acontecido com o mesmo. Carl primeiramente acalmou a mulher grávida e explicou que ela não poderia ficar nervosa, pois não faria bem para ela, muito menos para os bebês habitando dentro de seu ventre, e que isso poderia deixá-los nervosos e agitados. 

Selena com muito custo acalmou-se e lentamente cessou as lágrimas insistentes enquanto observava o médico carregando Justin no colo para fora da sala. 

 

(...) 

 

[Selena Point Of View] 

 

Deus, eu estou de trigêmeos. Eram três bebês! Três. 

Não sei se encaro isso como sorte ou como castigo, mas no momento irei ver como um provável "castigo" de Deus por eu ter feito a porra de um aborto. 

"Já que você se livrou de uma criatura linda e adorável mandada por mim, irei te enviar três logo de uma vez para você aprender". Ele só pode estar falando isso pra mim. 

Não bastava estar grávida de três bebês, Justin ainda tinha que ser gay o bastante, dar um piripaque no meio da consulta e simplesmente desmaiar, me deixando na hora que mais preciso dele por perto. 

Depois que ele foi encaminhado para um quarto, pelo doutor Carl, ter sido medicado com a ajuda de uma seringa, pois não acordava de jeito algum, até tentei ajudar o médico sugerindo o método da porrada, porém ele me repreendeu e disse que nem aquilo funcionaria no momento. Justin teve que ficar em repouso e observação. Já estava de saco cheio de ficar ali, o observando dormir! A minha vontade neste momento era de ESTAPEAR aquela carinha bonita dele. 

Não consigo deixar de pensar que estou grávida de trigêmeos e que daqui a cinco meses, ambos irão nascer e deixar o pai deles e eu de cabelos em pé, cansados e malucos. Já estou ciente de que não dormirei mais em paz, que será difícil ter um momento do dia para foder com Justin e que dificilmente irei conseguir voltar a trabalhar. 

"Eu quero morrer!" 

Estando grávida de três bebês tudo muda de figura, são mais fraldas para trocar, mais gente para alimentar sendo que só tenho dois peitos e pesados ainda por cima, cheios de leites, mais bebês para dar banho, colocar para dormir, pegar no colo e dar atenção. É tudo triplicado, e tenho medo de não conseguir ser o suficiente para eles. 
 

"É tudo culpa do Justin." 

Falando no veado, ele finalmente decidiu despertar do sono profundo de branca de neve dele. 

- Selena... 

- Oi? - Indaguei, aproximando-me. Sentei na beirada da cama e segurei carinhosamente em sua mão, e com a livre acariciei seu rosto. 

- É sério que você está esperando trigêmeos? 

- Sim, amor. Estou esperando três bebezinhos. - Afirmei fazendo uma voz engraçada. 

- Meu deus... são três bebês, Selena! - Exclamou nervoso levando as mãos até o cabelo e o puxando. 

- Calma... 

- Não tem como ficar calmo. São três bebês, o negócio triplicou! 

- Invertemos os lugares? Era pra eu estar assim, como você. Enlouquecendo e puxando os cabelos. 

- Duvido que não esteja nervosa. - Disse ele, revirando os olhos e estalando a língua. 

- Estou nervosa, amor. Mas não vai adiantar de nada, felizmente estou grávida de trigêmeos e não podemos mudar isso. Nós temos que ficar tranqüilos, relaxados e aguardamos a chegada deles! 

- São todos meninos? - Perguntou incrédulo, sentado-se. Ri negando. 

- O médico não falou ainda e também não perguntei, por mais que ele já tenha descoberto o sexo deles depois que você desmaiou, fiquei preocupada com o papai gay que desmaia ao saber que terá três filhos de uma vez só. - Brinquei, rindo. O loiro revirou os olhos bufando, seus olhos caramelados encararam minha barriga e pude ver claramente a expressão apavorada tomando conta dele novamente. - Para de olhar assim para minha barriga, veja isso como um brinde! 

- Legal... faça um filho, de graça leve dois. - Debochou, lhe dei um tapa rindo. 

- Palhaço! 

- Não sei se irei conseguir, sábia? 

- Drew, chega de drama. Para com isso! - Falei irritada. - Quem vai colocar eles no mundo serei eu, então quem tem que ter pensamentos do tipo: "Não sei se conseguirei fazer isso" sou eu e não você. - Revirei os olhos. 

- Te desejo toda a sorte do mundo quando for pari-los. 

- Justin! - O repreendo incrédula, não me controlei e o enchi de tapas. Ele ria enquanto tentava me segurar. 

- Opa, interrompo algo? - Doutor Carl, perguntou ao entrar no quarto. 

- Não, pode entrar. - Falei, sentando-me ao lado de Justin e entrelacei nossas mãos.

- Fico aliviado que tenha acordado, Justin. Pensei que teríamos que fazer algum exame em você, vai que bateu com a cabeça no chão ou algo do tipo? Não queria acordar de jeito nenhum. - Disse preocupado, analisando o loiro com atenção. 

- Estou bem... pelo menos fisicamente, porque emocionalmente é outra história. - Justin dramatizou, e revirei os olhos. 

- Entendo você perfeitamente, também fiquei assim quando descobri que seria pai de gêmeos. E foi mágico! Creio que será contigo também! - Sorriu amigável. - Vim aqui deixá-los informados de algumas coisas, primeiro: A gravidez de Selena está sendo saudável e todos eles encontram-se bem, e apesar de ser uma gravidez trigemelar e geralmente elas aparentarem serem de riscos, especialmente por causa de uma síndrome chamada: Transfusão feto-fetal. - Ele explicou,  meu corpo ficou tenso ao ouvir aquilo e troquei olhares temerosos com meu marido, que estava tão preocupado quanto eu no momento. - Ei, nenhum deles aparentou ter essa síndrome no exame. Podem ficar tranqüilos, ok? Porém é sempre bom fazermos os exames direitinho, acompanhar até o último mês de gestação para termos certeza, e por isso troquei os dias de suas consultas, Selena, agora você virá de quinze em quinze dias, ok? 

- Tudo bem. - Concordei, dando um leve sorriso. 

- Doutor Carl, mas o que seria essa síndrome? - Justin perguntou curioso. 

- Ela geralmente pode ocorrer em gestações de gêmeos ou mais, que é o caso de vocês e é quando os bebês dividem uma mesma placenta, porém estão em bolsas diferentes. Elas ocorrem de 5% á 20% das gestações, é um resultado do desequilíbrio de fluxo de sangue entre os bebês, o que resulta de que um deles seja conhecido como "doador" por acabar recebendo menos sangue, e o outro será classificado como "receptor" por receber mais sangue, por ser maior e mais saudável, gordinho, sabe? Que o outro bebê, que é pequeno e parecido quase como um feto. 

- Entendo, e os meus filhos realmente não têm essa síndrome? - Justin questionou, preocupado. 

- Eles estão saudáveis como já falei, estão crescendo e se desenvolvendo muito bem. Porém, como também falei é importante e bom que Selena faça todos os exames para estarmos garantidos de que nenhum deles tenha essa síndrome, ou qualquer outra. 

- E eles não vão ter. - O loiro falou confiante. 

- Certo. Hã... segunda coisa que tenho para avisar, é: Selena você tem uma gravidez trigemelar, se antes por pensar que era apenas um bebê e deveria tomar cuidado com certas coisas, agora o cuidado é TRIplicado. Até o sexto mês você pode continuar sua vida normalmente, pode ir trabalhar, passear e fazer diversas outras coisas, mas irei aconselhar que assim que chegar ao sétimo mês você passe a ficar quietinha dentro de casa, sempre repousando e sem se estressar com nada. Você comerá por quatro agora Selena, você e outros três bebês, então aconselho que sua alimentação seja o mais saudável possível. Sem exagerar em coisas gordurosas, com muito sal ou açúcar, lembrando você está grávida de trigêmeos e sua diabete irá aumentar bastante até eles nascerem, por isso todo cuidado é pouco. - Carl aconselhou. - A partir de agora sua alimentação será planejada por mim, todo mês você levará um cardápio diferente para casa, pra que se alimente bem e de acordo com sua gravidez. Aconselho que no café da manhã esteja sempre comendo frutas e até mesmo legumes, antes de dormir também, Justin pode comandar isso! - Sorriu cúmplice para o loiro, piscando para o mesmo que riu assentindo. Permaneci fuzilando Justin e o médico irritada, com vontade de matar ambos. 

- Irei ajudá-lo com o maior prazer, ela só sabe comer besteiras. 

- Fique de olho nela, Justin. E terceira, e última coisa que tenho para avisar... - Deu uma pausa. - É que tenho aqui, em mãos o resultado do sexo dos três bebês. E tinha um de perninhas fechadas que se fez de difícil, não me deixando ver se era menino ou menina. - O homem de cabelos grisalhos riu alegremente ao se lembrar da pequena briguinha interna entre ele e os bebês, para descobrir o sexo. - Ah, e também tem o fato de vocês descobrirem se os trigêmeos são univitelinos, ou seja, do mesmo sexo, pois compartilham a mesma carga genética e por conseqüência disso acabam sendo idênticos, mas dá para diferenciar na maioria das vezes. Ou se eles são trigêmeos bivitelinos porque são de sexos opostos, mas também podem ter o mesmo sexo e não são parecidos. - Explicou. 

- Quero muito descobrir, pode falar. - Disse Justin ansioso. 

- Então, vocês terão... - Começou lendo o papel, porém foi interrompido. 

- Não fala, nós iremos descobrir no dia do parto. - Falei me levantando, encarei Justin sorrindo falsamente e o mesmo tinha o maxilar travado, fitando-me com raiva. - Pode rasgar esse papel! - Mandei, encarando o médico séria. Ele assentiu rapidamente engolindo em seco, rasgando em pedacinhos o papel. 

- Selena, isso é maldade... - Resmungou mal humorado. 

- Problema, vamos embora. Precisamos resolver algumas coisas, como decoração do quarto e roupas, Justin. - Falei e puxei meu marido, para fora da cama. 

- Pelo menos deixe ele falar se são bivitelinos ou univitelinos, princesa. - Ele implorou, fazendo beicinho. 

- E assim não ficaremos sabendo o que é? 

- Não exatamente. 

- Então fale. - Falei. 

- Os bebês que estão dividindo o mesmo saco amniótico são univitelinos, ou seja, é o mesmo sexo que não posso revelar senão sua esposa me mata, pelo olhar dela. - O médico falou amedrontado, pelo o olhar mortal que Selena mandava. - E o outro bebê que está sozinho, é bivitelino, e posso afirmar sem revelar se é menino ou menina, porque é de um sexo diferente do qual os univitelinos são. 

- Deixa ele contar pelo menos um, Selena... por favor. 

- Não! - Falei secamente. - Vamos logo, tchau doutor Carl. - Acenei para aquele homem de cabelos grisalhos, mas que conseguia ser charmoso e puxei o loiro comigo para fora da sala. 

O sairmos do consultório médico, apenas para gestantes, decidimos almoçar em um restaurante ali perto de comida japonesa, pois foi só passar em frente ao estabelecimento para ter me dado desejo de comer tal coisa. Depois sugeri que fossemos ao shopping para começarmos a escolhermos algumas coisas sobre nossos filhos, como por exemplo, a decoração do quarto dos bebês, e também comprar algumas roupas para os mesmos. 

Até agora só havia uma roupinha lá em casa, um macacão de cor neutra e sapatinhos brancos, seria assim que eu contaria ao Justin que estava esperando um filho dele, porém acabou sendo desastre por ele ter descoberto do aborto. Um total desastre! 

- Achei injusto da sua parte! Muito injusto! - Exclamou, ele ainda estava inconformado por não saber o sexo dos bebês. 

- Deixa de ser dramático, amor. É mil vezes melhor a sensação de sabermos o sexo apenas no dia do nascimento deles do que agora, será emocionante. Imagine se são três lindas meninas? - Sugeri animada, acariciando minha própria barriga avantajada, abrigando três bebês. Justin sorriu abobalhado vendo aquela cena, porém balançou a cabeça negativamente. 

Ciumento do jeito que é, não duvido nada que deveria estar eliminando o pensamento de ter três filhas e os problemas que teria no futuro com elas e com os garotos que a cercariam. Só se eu não conhecesse meu esposo. 

- E se fossem três meninos? Noah, Nicolas e Nathan? - Ele falou com seus olhos brilhando em pura expectativa, ri negando. - E por que não? – Falou irritado, cruzando os braços.

- Vamos eliminar as idéias de que todos serão do mesmo sexo porque o próprio Carl falou que dois são do mesmo sexo e o outro é o oposto. Ou seja, podemos ter duas meninas e um menino. 

- Ou dois meninos e uma menina. Bem melhor assim, não estou preparada para cuidar e proteger de duas meninas. E se elas puxarem sua personalidade, a sua beleza? Cara, estarei ferrado e perdido. Uma até para controlar, agora duas? 

- Elas nem nasceram e você está pensando nos namorados que vão ter. 

- Claro, tenho que ficar preparado. 

- Então também terei que estar preparada se forem dois meninos, dois mini's Justin's lindos, charmosos e estilosos como pai. Garota atrás deles é o que não vai faltar! 

- Ok, então nenhum deles pode namorar. Vamos trancar todos dentro de casa, no porão. - Ele falou propôs. 

- É justo. - Dei de ombros e apertamos as mãos, rimos e o loiro me puxou para ele, abraçando-me carinhosamente. 

Após nos separarmos, começamos a andar pelo shopping e entramos em pelo menos duas lojas diferentes que eram feitas apenas para a decoração do quarto de bebês e nenhuma delas me agradou, pois ou eram simples demais ou sem graças demais, porém ao entrarmos na terceira loja no último piso do shopping que vendia de tudo desde decoração do quarto, ao banheiro, objetos, brinquedos, roupas, carrinhos de passeio, proteção para colocar pela casa para que as crianças não se machuquem, etc, foi a que mais me agradou e por ela ser enorme, acabei me perdendo de Justin que simplesmente sumiu com uma atendente ao ser apresentado a uma poltrona que fazia massagens, que também balança para relaxar os pais e colocar o bebê para dormir. 

Prevejo que estar aqui dentro com Justin, seria como entrar na Disney com uma criança. Como o lugar estava relativamente vazio, aproveitei e de longe fiquei observando o loiro parecendo um maluco pela loja infantil com um carrinho de compras pegando tudo que via pela frente

Revirei os olhos e fui até a parte da loja onde se encontrava quartos prontos para bebês, um mais bonito e fofo que o outro, no meio de tantos encontrei apenas cinco quartos que eram preparados especialmente para gêmeos e no meu caso eram três, o que só complicava ainda mais as coisas na procura do quarto "perfeito" ou que chegasse perto disso. 

- Olha esse boné, e tem pra mim também, Selena. - Dei um sobressalto ao ouvir a voz de Justin atrás de mim, mesmo que ele tivesse falado baixo, me assustou. 

Encarei o loiro e ele tinha um boné de aba reta na cabeça na cor vermelha com detalhes brancos, com mais três miniaturas de bonés nas mãos para bebês. Seria fofo, senão fosse trágico acabar com a esperança de Justin ao realmente colocar na cabeça que são três meninos. 

O médico foi claro, há dois bebês do mesmo sexo e apenas um do sexo oposto, qual foi parte que ele não entendeu? E tenho certeza que são dois meninos e uma menininha. 

- Devolva um boné, são dois meninos e não três. 

- E a menina não pode usar boné? Que preconceito é esse? 

- Minha filha usará laços e não boné, amor. 

- Porém às vezes ela pode usar boné também e que eu me lembre você usa de vez em quando. Bom, eu irei buscar um boné rosa para minha princesinha. - Sorriu bobo e saiu andando. 

- Justin... volte aqui! - Mandei entre os dentes, ele não me deu ouvidos e continuou andando, ignorando-me. 

Bufei irritada, cruzando os braços contando de um até dez para não dar meus gritos no meio da loja e acabar assustando as pessoas ou até mesmo algumas crianças que haviam por ali e ser tachada como louca. 

Foquei novamente no quarto e o analisei por mais algum tempo, era feito para gêmeos, e especial para um casal que esperava um menino e uma menina. Os berços eram de madeira em um tom branco e ficavam no centro lado a lado separados apenas por uma cômoda levando a mesma cor branca. Na parede atrás de cada berços havia uma pequena plaquinha que piscava o nome do bebê, uma na cor azul e outra rosa. As paredes levavam um tom fraco de bege e no canto esquerdo a parede era listrada misturando o branco e o rosa clarinho. 

Se fossem dois meninos, era só trocar o listrado da parede por branco e azul, deixar as plaquinhas brilhando a mesma cor azul e pronto. Noah e seu outro irmãozinho teriam seus quartos prontos, só faltaria o de Anne mesmo. 

- Olha o boné! - Dessa vez Bieber chegou gritando, e acabei pulando assustada e o estapeei por isso, chamando atenção de alguns fofoqueiros.  

- Para de me assustar, caralho! - Falei brava, segurando em seu maxilar. O loiro encarou-me confuso, porém se desculpou. 

- Olha esse boné, amor... 

- Para de falar desses malditos bonés, Justin! Cacete! Temos outras coisas importantes para resolver. 

- Como o que? 

- Escolher o quarto dos nossos filhos. 

- Não sabemos o sexo para fazermos isso. Podem ser duas meninas e um menino, ou dois meninos e uma menina. Não tem como acertar, princesa! 

- E tá escolhendo roupinha por quê? - O questionei, cruzando os braços e ele ficou sem graça. Seu carinho estava cheio de roupas, mais precisamente para o sexo masculino. 

Havia jeans, mini’s camisas de botões, camisas de time de futebol, tênis, várias miniaturas de bonés, muitas toucas de diferentes estilos, macacões com estampas diferentes e o que mais me chamou atenção foi o macacão com a estampa de um macaquinho usando óculos e com uma chupeta na boca. 

- Comprei porque nós temos certezas que teremos dois meninos e uma menina, Selena. Mas se você ver, escolhi vários vestidinhos! - Disse sorridente, mostrando-me as peças de roupas. 

- Justin... 

- Você não gostou? 

- Não é isso, amor. Mas é que temos, nós precisamos resolver isso aqui! 

- Seria mais fácil se soubéssemos o sexo deles agora e não no dia do nascimento. - Ele reclamou, revirei os olhos. 

- Quer saber? Eu vou comprar este quarto, e irei separar o outro bebê deles. 

- Ele ou ela é especial? Por que não pode ficar perto dos irmãos? - Questionou intrigado. 

- Se forem duas meninas, ele ficará sozinho no quarto dele. Já parou pra pensar que se eles ficarem no mesmo quarto e um deles acordar de madrugada, irá chorar e conseqüentemente acordará um bebê, e depois o outro e nisso os três vai estar acordados chorando em nossas cabeças. 

- Faz parte da brincadeira. - Falou animado, o fuzilei com o olhar. - Ok, eu sei será cansativo, mas faça como quiser, ok? Se acha que assim será mais fácil, tudo bem. Porém, é mais fácil e mil vezes melhor termos os três no mesmo quarto, pois quando estivermos cuidando de um, o outro sempre estará ali sendo observado por nós e não no outro quarto sozinho. 

- Você tem razão... 

- Eu sempre tenho razão, princesa. - Sorriu convencido e pincelou meu nariz. - Agora se me permite, voltarei a escolher algumas roupas para meus meninos, tem cada roupa bonita. - Falou animado e saiu correndo novamente até a ala masculina. Ri de seu jeito bobo, revirando meus olhos. 

Acabei optando por aquele quarto mesmo e ouvindo o que Justin falou, os três dividiriam o mesmo quarto por enquanto e eu o decoraria de acordo com a minha intuição, espero que eu esteja certa. 

 

(...)

 

Depois de encomendar o quarto, deixar claro como queria toda a decoração, fui atrás do meu marido e o obriguei a escolher junto comigo o carrinho de passeio. 

- Tem o de trigêmeos, amor. Olha! 

- É ridículo. - Falou grosso, estapeei seu braço. O loiro riu dando de ombros. - Prefiro esse! - Caminhou até o outro objeto de bebê e encarou-me, franzindo uma das sobrancelhas. 

O carrinho de bebê era de dois lugares, levava um tom roxo claro com pequenos desenhos de animais pelo mesmo. Era nítido que era um carrinho feito para gêmeas meninas. 

- É bonito, Jus. Eu gostei! Mas prefiro que compremos um carrinho de cor neutra, tipo bege, verde ou amarelo. 

- Que tal vermelho, princesa? - Ele sugeriu, balancei a cabeça em dúvida. - E podemos comprar o carrinho dessa cor para dois bebês e o de um só. 

- Tudo bem, e os bebês confortos? - Perguntei aproximando-me dele. Ele franziu o cenho, confuso. 

- Pra quê isso? 

- Para o carro. Aliás, pode começar a esquecer da sua Ferrari, do seu Audi também, Jus, pois quando os bebês nascerem vamos adaptar um dos daqueles dois outros carros. Qual prefere? O Porshe ou a BMW? 

- Tá de sacanagem? - Perguntou incrédulo. 

- Não, bebê. Você não queria tanto ter um filho? 

- Exato. Eu queria ter UM filho, Deus mandou mais dois como promoção. 

- Que seja, Justin. Já resolveu qual carro iremos adaptar com as cadeirinhas? 

- Selena... 

- Você disse Cayenne? 

- Deus... - Murmurou chateado, escondendo o rosto. 

- Ok, será esse. Seu predileto! Vamos pagar pelas coisas, leve as coisas que escolheu para o caixa. - Falei, e fiz um sinal para a moça que havia me atendido. - Iremos levar esses dois carrinhos de bebê, e aquelas três cadeirinhas! - Avisei mostrando-a. As cadeirinhas também eram vermelhas. 

- Bela escolha, futura mamãe. - Falou simpática, sorri alegre assentindo e fomos para o caixa, Justin já estava lá e apenas me esperava para terminar de pagar as coisas. 

 

(...) 
 

Depois que chegamos em casa, que senti o cansaço invadindo meu corpo de jeito e não pensei em outra coisa ao não ser tomar um longo banho quente, junto com meu marido porém não rolou nada entre nós dois apenas algumas carícias e beijos, e em seguida fomos comer algo. 

Justin ficou responsável por preparar algo para comermos enquanto fiquei arrumando algumas roupinhas em um cantinho vazio do meu armário. Por ter sentido dores nas costas e uma forte náusea, decidi me deitar e não consegui resistir antes de começar uma conversa com meus bebês e acariciar minha barriga, sentindo-os mexer. 

- Seu lanchinho. - Justin disse entrando no quarto e entregou-me um prato recheado com frutas cortadinhas e com algumas cenouras. Fiz careta, olhando o loiro desaprovadora. - Pode comer e ir se acostumando, pois daqui em diante será apenas isso! - Sorriu maroto piscando, e quando se sentou ao meu lado pude ver o seu prato e minha boca salivou ao ver a torta repleta de chocolate. 
 

"Justin é um puto, isso é pura maldade!" 

- Você deveria comer isso aqui também. 

- Não estou grávida. - Ironizou. 

- Mas é o pai e deveria me incentivar. 

- Em breve faço isso, hoje vou comer torta de chocolate apenas para torturar você. Anda logo, pode começar a comer Selena! - Ele ordenou, encarando-me sério. 

Ainda encarando o prato em meu colo com nojo, levei a cenoura até minha boca e a mastiguei com desgosto sob os olhares do debochado Justin que tinha um sorriso cínico nos lábios enquanto continuava comendo sua torta com a expressão mais debochada possível. 

- Satisfeito? - Coloquei o prato no criado mudo junto com o dele e o olhei. 

- Muito! - Sorriu ironicamente. - É para o seu bem e dos nossos filhos. 

- Eu sei... 

- Então, não crie objeções. Apenas faça! - Piscou. - Estava pensando aqui... o que você acha que será? Dois meninos e uma menina ou o inverso? 

- Estou apostando em dois meninos e uma menina, mesmo. 

- Hum... não tenho total certeza de qual será o sexo dos três, mas quero te fazer uma proposta! Você deixa, Selena? 

-  Proposta? 

- É... algo relacionado a te comer por trás. - Sorriu sacana acariciando minha cintura, puxando-me para ele. Ri maliciosa negando com a cabeça. 

- E depois você me chama de vulgar né, mocinho? 

- É a convivência... - Deu uma pausa, molhando os lábios com sua língua e me senti hipnotizada por um breve momento. - O que acha que será mesmo? 

- Dois meninos e uma menina. 

- Ok, então se forem mesmo dois meninos e uma menina, você irá perder sua virgindade. Agora caso venha duas meninas e um menino, eu nunca mais irei tocar neste assunto ao não ser que você fale! 

- Não deveria ser ao contrário? 

- Não complica. 

- Você que complicou, amor. Se eu ganhar a aposta, perco do mesmo jeito! 

- Essa é a graça. 

- O que? Comer meu cu e me deixar dolorida? 

- Exatamente. 

- Olha aqui... - Comecei, erguendo minha mão prontinha para acertar na cara dele, porém ele foi mais rápido e me segurou. 

- Entendeu a brincadeira? Você irá torcer contra si mesma mesmo que aposte no sexo que falou. Se forem dois meninos e uma menina, eu te como por trás. - Deu um sorriso safado e mordeu meu pescoço, arrepiei-me. - Agora se forem duas meninas e um menino, nunca mais toco nesse assunto ou faço qualquer referência ao sexo anal. - Informou desanimado. 

- Nunca mais? - Perguntei interessada, ele assentiu. 

- Nunca mais! - Afirmou sério. 

- Ok... 

- O que? - Disse incrédulo. - Está de acordo de que se forem os sexos que falou, você irá fazer anal? - Assenti, revirando os olhos. - Noah e Nicolas, vocês precisam vir para o papai, ok campeões? O papai precisa ganhar! Vamos lá, não sejam tímidos. - Ele conversava com minha barriga, acariciando a mesma e distribuindo alguns beijos carinhosos pela mesma. 

- O outro menino irá se chamar Nicolas, então? 

- Sim. Noah, Nicolas e Anne, nossas preciosidades. - Sorriu abobalhado e selou nossos lábios demoradamente.