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História O Noivo - The Big Day


Escrita por: AnaSykes-

Notas do Autor


Não demorei tanto dessa vez, como talvez tenham pensado. 💃
Sem enrolação, tenham uma boa leitura, safadinhas. 💕😊

Capítulo 29 - The Big Day


Fanfic / Fanfiction O Noivo - The Big Day

[Selena Point Of View] 

23/02/2017, L.A.


— Kendall acabou de me ligar. — Comentei aleatoriamente, entrando no escritório de Justin. 


Acabei atraindo a atenção do loiro, que vestia apenas uma bermuda cinza de moletom deixando seu peito nu e um óculos quadriculado em suas vistas. Justin olhou-me por míseros segundos, pois em seguida o mesmo abaixou o olhar devolta para seu livro. 


Sentei-me ao lado do meu marido no sofá de cor preta fosco, repousei minha cabeça em seu ombro nu e suspirei pesadamente. 


— Kendall me contou que Chaz não está ajudando ela a cuidar de Alice, só ela acorda de madrugada, só ela troca a fralda e a faz parar de chorar. 


— O Chaz é um daqueles homens que não tem o mínimo preparo para ser pai e muito menos marido. Ele é um completo babaca! — Disse Justin irritado, bufando. 


— Se você não me ajudar a cuidar dos trigêmeos, juro que te castro e te faço assistir a Esther comendo o seu pau. — O ameacei, tocando com minha unha em seu peitoral, intimidadora. 


— O que mais quero é poder cuidar dos nossos filhos, Selena, e não vou sair nenhum minuto de perto deles e de você. 


— Promete? — Ele assentiu, sorrindo docemente e depositou um demorado beijo em minha testa. — O que está lendo? — Perguntei, olhando com curiosidade o livro mediano em suas mãos. Tomei o livro de suas mãos, recebendo um olhar repreendedor dele. 


— Que falta de educação... 


— Ah, cala boca! — Ri, analisando o objeto. Justin revirou os olhos. — Diário de um grávido? — Falei divertida, olhando-o surpresa. As bochechas dele ruborizaram levemente, o mesmo sorriu sem graça e desviou o olhar, retirando os óculos do rosto. — Quando comprou esse livro? 


— Minha mãe me deu tem uns dias, estou quase terminando de ler. E é interessante! Agora entendo o porquê de você estar tão louca e querer sexo à todo instante. 


— E vai parar de me chamar de maluca? 


— Érr... não. — Ele mostrou-me sua língua, com uma expressão sapeca. Justin levantou e caminhou até sua estante cheia de livros, dos mais variados possíveis. Desde o romante, ao erótico, e do drama, ao terror. — Comprei esse livro também! — Balançou o objeto com uma capa divisória entre azul e rosa, com o significado de sexo dos bebês. 


Percebi que era um livro que se tratava da escolha de nomes para os bebês. Seria eficiente, se nós não tivéssemos escolhido o nome de nossos filhos. 


— Por que comprou esse livro se já decidimos os nomes? 


— Errado. — Franzi o cenho confusa, tentando entendê-lo. Ele voltou a sentar-se ao meu lado e entregou-me o livro. Folhie-o rapidamente, vendo que os nomes tinham o seu devido significado ao lado. — Nós decidimos se for dois meninos e uma menina, mas não decidimos se for duas meninas e um menino. 


— Mas nós dois temos certeza que será: Nicolas, Anne e Noah. — Falei convicta, sorrindo convencida. O loiro permaneceu sério, negando com a cabeça. — Você acha que não? 


— Sempre achei que não. E sempre deixei claro que eu gostaria de ser pai de meninas, menino não estava em meus planos! — Explicou, dando de ombros. 


— Espero que venham sim dois meninos, para que você tome no cu! — Pisquei, sorrindo marota. Porém, arregalei os olhos quando Justin soltou uma alta gargalhada, jogando a cabeça para trás e balançando-se, como se estivesse tendo uma convulsão. — Qual é a graça, palhaço? 


— Ora, reveja o que você mesma falou, anjo. Só quero que me responde uma coisa, Sel... — Deu uma pausa, seu olhar beirava o saecasmo, junto com a diversão. — Caso o Nicolas e Noah venham, tem certeza que sou eu que irei tomar, literalmente, no cu, princesa? — Questionou intrigado, fingindo confusão. Grunhi irritada ao lembrar-me daquela maldita aposta, enquanto ouvia a risada escandalosa de Justin ao meu lado. 


Justin havia parado, fazia um tempinho, de falar sobre o tal sexo anal depois que surtei no ano novo e lhe dei uns bons tapas. Por causa disso, já tinha até me esquecido desse fato! 


Uma parte de mim até que quer fazer, mas a outra parte está receosa demais, pois não tenho dúvidas de que com certeza o Justin vai me machucar e por mais que ele seja um homem atencioso, carinhoso até nessas horas, vai doer sim. 


Com raiva taquei a almofada em meu marido, acertando seu cheio seu rosto, mas isso não o intimidou e ele continuou rindo como um verdadeiro retardado. 



— Para idiota! Não tem graça! 


— Claro que tem graça. A sua cara de tacho, foi hilária! — Ele disse com dificuldades, pois ria enquanto falava. — Vamos decidir o nome da outra menina! 


— Será dois meninos, Justin. 


— Você está doida para que eu possa... — O fuzilei com o olhar, automaticamente o loiro parou se falar, dando um sorrisinho sem graça. — Hum... nada. Escolha o nome! 


— Marie... 



— Ok, então um dos meninos terá Drew no nome também. Nada mais justo! 


— Que tal Marie Blue? Eu gosto desse nome. 


— Blue é diferente... — Justin murmurou. — Que tal Lucy? 


— Nome de puta. 


— Como? — Questionou rindo. — Você é muito louca... 


— Eu não estou carregando uma filha nove meses em meu ventre, para anos depois descobrir que ela virou uma vadia Justin! 


— Se ela te puxar... 


— Que? — Tentei avançar em sua direção, mas ele rapidamente levantou-se. 


— É brincadeira, calma. Não precisa ficar nervosa, amor! 


— Não achei a mínima graça. 


— Eu gosto de Emma. 


— E eu de Blue, ou Marie. Mas, como serão dois meninos não estou preocupada com isso! 


— Caso venha uma outra princesa para o papai, decidimos na hora. Pode ser? — Ele sugeriu, apenas assenti. 


O loiro pegou os livros de minhas mãos e os guardou em seus devidos lugares na grande estante de madeira branca, na parede. 


Justin é um homem tão lindo e por incrível que pareça, de um jeito anormal achado por mim, ele ficou ainda mais charmoso com todas aquelas tatuagens espalhadas por seu corpo mediamente musculoso. Nunca imaginei que um dia veria Justin com os braços fechados por inúmeros  e também nunca pensei que ele teria coragem de tirar o seu inseparável topete. 


Se bem que ele fez tudo isso bêbado, não foi tão espontâneamente assim, contudo, não deixa de ser interessante, pois Justin um homem certinho tomar um porre é outra coisa que nunca pensei que ele faria. 


Levantei do sofá e caminhei calmamente até onde meu marido estava, espalmei minhas mãos em suas costas nuas e toquei carinhosamente no desenho de "Assas" tatuada em sua nuca. Aproveitei para deixar um casto e molhado beijo no local, minhas unhas, pintadas de um azul forte, quase roxo, vagavam por suas costas, dando-lhe leves arranhões, arrancando arrepios dele. 


— Sabe o que fiquei com vontade, Jus? 


— Pelos meus cálculos, se não for fome, é vontade de fazer sexo. — Ri, acertando um leve tapa em seu ombro. O loiro virou-se para mim e abraçou, com seus braços fortes, minha cintura. — Qual dos dois, é a sua vontade? 


— Ser fodida por você! — Respondi, breve. Justin riu roucamente, balançando a cabeça negativamente e notei que seu rosto corou. 


Isso era tão fofo nele, por mais que já fôssemos casados e bastante íntimos um do outro, aquela bendita timidez não o largava de jeito nenhum e eu simplesmente amo isso nele. 


Fechei meus olhos ao sentir os lábios gélidos e macios dele em contato com os meus, sua língua adentrou minha boca vagarosamente à procura da minha, tocando-a de forma sensual. Apertei sua nuca com minhas unhas, sentindo o conhecido fogo preencher meu corpo com apenas aquele beijo carinhoso iniciado por ele e por seus sutis toques em meu corpo. 


Empurrei Justin, pelo peitoral com demasiada força, afim de que seu corpo se afastasse do meu e logo ele foi "arremessado" contra o sofá, ficando sentado no mesmo. Sentei em seu colo, deixando uma perna de cada lado, do corpo dele e voltei a beijá-lo, dessa vez deixando claro para ele o quanto eu o desejava naquele momento. 


Justin segurou com mais firmeza em minha cintura, imobilizando meus quadris para que eu parasse com meus movimentos rebolativoa contra seu pau, já endurecido. Parti o beijo por falta de ar, deixando uma mordida em seu lábio inferior e retirei minha blusa de manga cumprida branca. 


Os olhos caramelados, do homem em minha frente, fitaram com atenção, de maneira hipnotizada, meus seios expostos e livres em sua frente, já que eu não usava sutiã. Ele chegava a praticamente babar por meus seios, e eu até teria rido dele, se Justin não tivesse levado suas mãos grandes até aquela parte agora sensível demais, por conta da gravidez, do meu corpo, juntamente com sua boca. 


Seus dentes raspavam levemente no bico do meu peito, deixando-o enrijecido, e ele chupava-os enquanto massageavo-os com sua total maestria, sem quebrar um segundo o contato de nossos olhares intensos. Deixei que alguns baixos gemidos escapassem dos meus lábios ao sentir os dedos do loiro invadirem meu shorts, e por dentro da calcinha tocarem meu clitóris, o estimulando com movimentos precisos e rápidos, enquanto que sua boca não parava de dar atenção para um dos meus seios. 


Porém, quando um dos meus peitos acabou vazando leite pela a força aplicada por Justin, o loiro logo afastou sua boca do local, deixando-me frustrada, e passou a chupar meu pescoço, vagando com sua língua molhada e quente por ali também. 


Não era a primeira, nem a segunda ou terceira vez que isso acontecia com Justin e confesso que na primeira vez foi engraçado, a expressão dele enojada misturada à incredulidade foi hilária. 


Os dedos ágeis e longos de Justin, estimulando-me sem pausas, levando-me ao ponto de estar chegando ao meu primeiro orgasmo da noite, porém o desgraçado notando o jeito que meu corpo ficou, parou repentinamente seus movimentos. O sorrisinho sacana presente em seus lábios, o entregou e só não acertei um tapa em seu rosto, porque ele impediu-me ao segurar minha mão no ar. 


Cuidadosamente, por causa do tamanho da minha barriga, e carinhosa, Justin nos trocou de posição no sofá, deixando-me por debaixo do seu corpo. Sua boca passaeava por meu corpo, deixando uma trilha de beijos por onde passava enquanto tirava meu short, junto com a calcinha, do meu corpo. Não resisti e acabei por fitar descaradamente seu pau prontinho para mim, petrificado, tocando em seu abdômen, depois do loiro ter se livrado de suas roupas. 


Meu corpo estava deitado no sofá, Justin estava com seus joelhos apoiodos no chão, enquanto que seu corpo era mantido no meio das minhas pernas, com as mesmas passando por sua cintura. Por ele ser míseros centímetros mais alto, o loiro acabou se aproveitando de tal fato e podemos tranquilamente, fazermos sexo assim, e era bom pois não me machucaria e seria confortável. 


— Princesa, seja sincera, tá? Se te machucar, me avisa. — Falou receoso, o medo e a preocupação estavam estampados em suas íris carameladas. Apenas assenti, dando-lhe um breve selinho, sentindo-o colocar cada centímetro e grossura de seu pênis dentro de mim, calmamente. 


Repousei minha cabeça na almofada, soltando uma intensa lufada de ar que prendi ao sentir Justin preenchendo-me deliciosamente. Justin mexia seus quadris em uma lentidão broxante, seu medo de machucar os bebês era visível, mas meu estado de excitação não me deixava brigar com ele. Enquanto ele me penetrava, acelerando muitas poucas vezes o ritmo das estocadas, seus lábios plantavam beijos carinhosos pela enorme barriga, e suas mãos a acariciavam. Sorri abobalhada, levando minha mão até o cabelo, mediamente crescido do meu marido formado em um bagunçado topete, e acariciei o mesmo. 


Impaciente, sentei no sofá e isso acabou quebrando de certa forma o contato que Justin tinha com minha barriga. Espalmei minhas mãos em seu peitoral, empurrando-o de perto e o loiro caiu sentado no chão, olhando-me confuso e apenas deixei o meu melhor sorriso malicioso tomar conta dos meus lábios. 


Ao notar o que eu faria, ele escorregou pelo tapete fofinho preto do chão, até que seu corpo másculo estivesse deitado no mesmo. Fiquei de costas para Justin e de forma calma sentei em seu colo, trazendo toda sua extensão para minha intimidade e a acomodando dentro de mim, novamente. 


Sem esperar mais, porém com cuidado, comecei a rebolar em seu colo em busca do meu esperado orgasmo e eu não sossegaria até tê-lo. Justin ajudava-me investindo uma vez ou outra, seus quadris contra o meu em estocadas rápidas e poucas vezes violentas. Diversas vezes cavalguei em seu pau, alternando entre reboladas, porém em momento algum meus movimentos deixavam de ser rápidos e precisos. 


Justin sentou-se no chão e sua boca foi parar em meu ouvido, sussurrando coisas desconexas, seus gemidos fracos e roucos eram um grande estímulo para mim, junto com as inúmeras mordidinhas e lambidas que ele dava no lóbulo da minha orelha, ou as suas mãos acariciando meus seios. 


— Hm... estou quase... — Declarei, entre gemidos sôfregos. Justin puxou-me contra ele, abraçando minha cintura fazendo minhas costas baterem em seu peitoral. Sem quebrar o contato de nossos corpos, e acabar com a penetração, ele nos deitou no chão e deixou-me deitada de ladinho (assim como ele também estava) de frente para ele, deixando nossos rostos próximos um do outro. A respiração quente e acelerada dele foi interrompida de bater em meu rosto, quando o beijei de forma desesperada. 


Sorri satisfeita ao saber a posição que ele havia nos deixado, e ergui automaticamente uma das minhas pernas, passando-a por sua cintura, ele fez o mesmo ao envolver seu braço por meu corpo. Justin partiu o beijo, para voltar a dar atenção ao meu pescoço com suas mordidas provocativas e beijos de me deixar com os pelos em pé de tão arrepiada. 


Suas estocadas estavam rápidas, seu pau entrava e saia de mim com força e agilidade, o único som audível naquele cômodo era o de nossas respirações pesadas e ofegantes, misturadas aos nossos gemidos, e ao barulho alto dos movimentos dele. 


Gememos em uníssono ao atingirmos o que mais queríamos juntos, o clímax daquele clima erótico e quente. O líquido de Justin escapava entre minhas pernas, misturando-se com o meu, apenas soltei um suspiro satisfeito e de alívio ao finalmente gozar. 


— Porra... — Murmurei, e soltei um gemido de descontentamento quando Justin saiu de dentro de mim, seu corpo ficou jogado de forma relaxada no chão. 


Um dos braços passava por trás da cabeça, o peito levemente suado subia e descia rapidamente, o cabelo completamente desgrenhado e o sorriso charmoso presente em seus lábios, o deixava irresistível. 


Justin é lindo e não canso de dizer isso, nem de me apaixonar por cada pedacinho dele todo santo dia. 


Juntei meu corpo ao dele, não importando-me de ainda estarmos pelados e deitei minha cabeça em seu peitoral, ouvindo suas batidas cardíacas aceleradas e fortes. 


O que mais me agradava depois de um bom sexo com meu marido, erano fato se ficarmos em silêncio, quietinhos apenas apreciando a boa compania um do outro, o calor, a paz e a paixão que o outro exalava. 


— Jus... 


— Hum... 


— Eu te amo. — Sorri docemente, ele correspondeu ao meu sorriso e colou nossos lábios em um beijo apaixonado, nossas línguas não tinham pressa para se mexerem. Justin pincelou meu nariz e plantou um carinhoso beijinho no mesmo lugar. 


— Também amo você, princesa. 




[...] 


05/03/2017, às 17:15, L.A.



Esther não parava de pular na cama e latir, querendo pegar a bolinha nas mãos de seu dono. Justin ficava torturando a coitada, ele fingia jogar a bola e ela como uma trouxa corria atrás de algo imaginário, procurando desesperadamente pelo objeto rosa que faz um barulho terrivelmente chato. 


Até que um hora ela cansou de ser feita de bobo e acabou mordendo o dedo de Justin que gritou e chorou como um bebê nos meus braços, não sabia se ria dele ou se brigava com Esther, que nos olhava confusa, sentada em nossa cama com a cabecinha tombada para o lado, uma total fofura. 


— Você é má! — Justin proferiu, empurrando Esther com o pé para o chão, mas ela deu pulou de volta para cá. — Sai daqui! 


— Para! Deixa minha filha! — Puxei levemente seu cabelo e tentei distraí-lo, beijando-o. Mas do nada Esther resolveu juntar-se ao beijo e começou a beijar Justin também, nos fazendo rir. 


— O que acha de sairmos para jantar? Tem um tempinho que não fazemos algo do tipo, agora você vive me arrastando pra casa da Kendall e fica babando pela Alice. — Ele reclamou, fazendo careta. 


A pequena Alice havia completado um mês há três dias atrás e a cada dia ficava mais linda, tão cabeludinha e os fios de seus cabelos eram negros, assim como seus olhos. 


E não, até hoje Justin não teve coragem de segurar Alice em seus braços. Quero só ver, completei nove meses na semana passada e segundo o médico nossos filhos podem nascer daqui a no máximo duas semanas, mas doutor Carl assegurou que o melhor é que eu fique preparada para recebê-los o quanto antes e isso me deixava uma pilha de nervos e ansiedade. 


Para me dar total apoio, Justin resolveu começar a trabalhar em casa antes do nascimento dos trigêmeos, até mesmo para se acostumar quando nossa rotina mudasse, e para ficar comigo o dia inteiro, o loiro dava-me atenção e carinho diariamente, me mimando e cuidando de mim. Ele se trancava no escritório dele por três horas seguidas no dia e resolvia tudo o que podia da sua empresa de lá, sem precisar estar em seu local de trabalho. 


Como Chaz não podia assumir a posição de Justin na empresa por um curto e breve tempo, por também ter um bebê em casa e estar de licença paternidade, meu querido sogrinho regressou para a empresa e ocupou a cadeira da presidência no lugar do filho. 


— Você ainda não segurou Alice... Chaz não se tocou, mas Kendall é esperta e já está desconfiando. 


— Por favor, não conte pra ela. — Implorou, suplicante com seu olhar. 


— Não preciso contar, ela vai descobrir sozinha, Justin. — Pisquei, ele bufou bagunçando o cabelo. — São cinco da tarde ainda, por que não passamos na casa deles e jantamos com eles? 


— E se atrapalharmos os planos do casal? — Ele perguntou receoso, ri da inocência do meu marido. 


— Que planos, Justin? — O loiro franziu o cenho, confuso e deu de ombros. — A Kendall está proibida de transar, ela está de resguardo e só pode daqui à um mês. Até lá, os dois vão permanecer na seca, ao não ser que ela queira se machucar. 


— Ok, então irei me arrumar. — Disse ele. Antes de entrar no banheiro, Justin deixou um demorado beijo em meus lábios e um em minha barriga. Esther tentou segui-lo até o banheiro, mas o loiro bateu a porta antes que ela pudesse entrar. 


Que infantil, ele está bravo com uma cachorra. 


Revirei meus olhos saindo do quarto, afim de dar uma olhada no quarto dos trigêmeos e verificar a bolsa de cada um, para ter certeza de que estaria tudo organizado e que nada estivesse faltando para o esperado dia. 


Todas as bolsas levavam cores neutras, misturadas entre o verde e o branco, nada de azul ou rosa nelas, pois poderíamos ter surpresas, mas cada uma tinha com um bichinho animado diferente. 


Tenho certeza que seriam dois adoráveis meninos e por isso tinham duas bolsas com roupas para tal sexo, porém há alguns dias atrás Justin apareceu com mais uma bolsa de bebê e a mesma estava totalmente preparada para uma segunda menininha, quis matá-lo, mas me controlei e o deixei em paz com sua doce ilusão. 


— Já perdi as contas de quantas vezes já te peguei dentro desse quarto arrumando as coisas deles... — Suspirei, dando um sorriso abobalhado. Senti o calor de seu corpo, misturado ao seu perfume másculo delicioso, atrás do meu, abraçando-me carinhosamente. — Só hoje, essa é a terceira vez, mamãe. — Brincou. 


— Você não pode falar nada. Não quis te zuar, mas também te peguei aqui dentro hoje com um olhar longe, aquele sorriso bobo que eu amo! Você estava claramente imaginando nossos filhos! 


— Estava sentindo a felicidade de saber que serei pai, isso me encanta e eu gosto desse sentimento. — Suas mãos vagavam por minha barriga e automaticamente os bebês começavam a se mexer, animados pela atenção que recebiam de Bieber. 


Porém, aquela agitação toda deles estava me machucando e a dor a cada segundo, ficava ainda mais insuportável. Minhas pernas fraquejaram e provavelmente se Justin não estivesse por perto, eu teria caído. 


— Ei, amor! Está se sentindo bem? — Ele perguntou preocupado, apertando-me em seus braços. — Você está pálida e quente, Selena! — 


— TIRE SUAS MÃOS DA MINHA BARRIGA! Por sua culpa estou sentindo dor, eles não param de se mexer! 


— Para de dar chilique, vou te levar pro quarto. Você não está nada bem! — Justin disse, analisando meu rosto enquanto limpava as gotículas de suor que escorriam por minha face. 


Tive pena dele quando o mesmo pegou-me no colo, pois estava muito pesada, nem eu mesma aguento o peso do meu corpo. E se caso eu não estivesse sentindo dor, teria rido ao ouvir suas arfadas ao me segurar. Seu rosto avermelhado e sua expressão contorcida com as bochechas infladas, denunciava o esforço que ele fazia no momento ao me levar para nosso quarto. 


Justin deixou meu corpo deitado na cama e jogou-se ao meu lado, e permitir-me rir ouvindo suas lamentações, reclamações de dores e a respiração acelerada, misturada aos seus baixos gemidos. 


— Me sinto como se tivesse carregado um caminhão nas costas... 


— Deixe de ser exagerado! — Revirei os olhos, soltando uma fraca risada. 


— Exagerado uma ova, Selena, estou precisando de uma massagem. Seja bondosa e como uma boa esposa, cuide do estrago que você fez! 


— Ainda não estou me sentindo bem, a tontura já passou, mas a dor no meu ventre não, eles estão muito agitados, Jus. 


— Então a partir de hoje, depois desse episódio preocupante e para que você não sinta mais dor, princesa... não tocarei mais em sua barriga. Ok? 


— Ok. — Concordei, satisfeita. Era lei, bastava Justin comunicar-se diretamente com eles, ou tocar em minha barriga para que aquela agitação dolorosa deles começasse. O loiro aproximou-se e beijo minha bochecha, esfregando seu polegar nas costas da minha mão, em um ato carinhoso. 


O lado compreensível dele era algo que eu ainda aprendaria a ter com o passar da tempo, e Justin é um parceiro, amante, amigo, marido, incrível. 


— Vamos ficar por aqui mesmo e eu posso pedir comida italiana, o que acha? — Justin sugeriu, amigavelmente, após termos ficado em um longo silêncio. 


Agora que notei que ele havia se arrumado, algo bem casual. Como sua calça jeans azul, com pequenos rasgos no joelho e uma camiseita preta com a estampa de um skate, de manga curtas e tênis. 


— Tanto faz, nem fome estou sentindo... — Seus olhos arregalaram-se, em sinal de surpresa. Peguei o travesseiro e arremesei contra ele, não estando com a mínima paciência para suas brincadeirinhas. 


— Não me julgue, é surpreendente você falar isso. 


— Vai se foder! Estou cheia de dor, não me pertube mais. 


— Estressadinha. Vou fazer o pedido! 


Assenti, dando de ombros, relaxando minha cabeça no travesseiro, sentindo o cansaço e o sono me atingirem. Justin saiu do quarto, levando Esther consigo para que ela não subisse na cama e ficasse em cima de mim, então aproveitei para fechar meus olhos e dormir. 




[...]




[Justin Point Of View] 


Quando voltei ao quarto para perguntar o que Selena gostaria de comer, mesmo sabendo seu prato pedileto da comida italiana, a encontrei dormindo, toda esparramada na cama entre os lençóis, cobertores e endredons. Fiquei com pena de acordá-la, ela fica tão bela dormindo, e acabei cancelando meu pedido, decido à fazer um simples sanduíche natural acompanhado de um bom suco de laranja. 

Após estar com meu sanduíche pronto no prato, dois na verdade, e o líquido alaranjado preenchendo o copo até o topo dele, voltei para a sala de estar. Procurei por algum canal de esportes que estivesse passando algum jogo de basquete ou futebol que fosse interessante e prendesse minha atenção por pelo menos 30 minutos, mas por sorte acabei achando um jogo entre os times ingleses: Arsenal vs Man City. 

Até estaria neutro nessa partida se eu nutrisse um certo carinho, amor, especial pelo time de cores vermelha e branca. E a cada lance perigoso criado por um dos atacantes, eu vibrava feliz, encantado pelas jogadas magnificas criadas pelos jogadores do Arsenal. 

Esther estava ao meu lado e a cada pulo meu do sofá de histerismo por um gol, ou lance perigoso, ou ataque de incredulidade por uma falta mal marcada, um cartão mal aplicado, ou algum possível gol do time adversário, a pequena Yorkshire saltava para fora do sofá e ficava pulando ao meu lado, latindo feito louca, enquanto eu brigava com a televisão. A cachorra acalmava-se novamente, caso eu estivesse calmo também ou lhe desse um dos seus biscoitinhos caninos. 

Abri a quinta cerveja belga da noite, ainda prestando atenção no jogo que estava no final, faltavam cerca de cinco minutos para a partida acabar e o Arsenal fazia um belo trabalho, 5 à 3 era o placar. 

— Ganhamos Esther! — Comemorei, desligando a televisão após o apito final do jogo. Me aproximei dela e a cheirei, beijando-a, recebendo lambidas da cachorra, como resposta dos meus carinhos. 

Talvez cansada dos meus carinhos execessivos e ficar mofada no sofá junto comigo, Esther desceu e correu para fora de casa, observei a pequena cadela empurrar com sua pata a porta de vidro entreaberta e ir para o jardim. Sorri inspontaneamente vendo-a correr por lá feito maluca e implicando do nada com as flores do local. 

Soltei um longo bocejo, coçando meus olhos, sentindo o efeito do álcool começar a surtir efeito. Com preguiça de subir todos aqueles degraus e voltar para meu quarto, aconchei-me ali pelo sofá mesmo e entreguei-me ao sono, dormindo em segundos. 




 [...] 




— JUSTIN! ACORDA! 

Assustado pelo grito repentino ecoando pelo cômodo, interrompendo meu sono e o meu adorável sonho de estar em uma Ilha paradisíaca, cercada das mais belas mulheres me mimando e cuidando de mim... ok, Selena jamais descubra sobre isso. Quando tentei levantar, ainda grogue e sonolento, tropessei em meus próprios caí e rolei do sofá até o chão, batendo minha testa no pezinho da mesinha de centro. 

— Ai... merda! — Resmunguei, esfregando o local machucado e levantei do chão, olhando para os lados procurando por minha esposa e lá estava ela descendo o último degrau da escada, em uma dificuldade incrível. 

Suspirei pesadamente, me controlando para não lhe dar um merecido sermão por estar fazendo tal coisa sozinha. Só não o fiz porque notei algo de diferente nela, como a expressão contorcida de dor, uma das mãos repousadas na enorme barriga acariciando-a e a outra completamente cerrada em punhos, as pernas cruzadas e ela contava baixinho até 03, soltando longas e fortes lufadas de ar em seguida. 

O que diabos aquilo significava... oh, não! 

A parte interior das pernas dela estavam molhadas, como se tivessem feito xixi nas calças e havia um pouco de sangue também por ali. 

— Por favor amor, seja um bom marido e paciente. Não entre em pânico, fique calmo e me leve para o hospital agora, minha bolsa estourou e não estou suportando essa dor! 

Demorei cerca de um minuto para raciocinar e entender que Selena entrava em trabalho de parto e que seria hoje, no dia 05 de março que meus filhos estariam vindo ao mundo. 

— JUSTIN SE MEXE! 

— Ok... calma. Hum... Selena... eu... 

— Justin, fica calmo! Tá, tudo bem. — A morena tentava me acalmar, segurando minhas mãos e as apertando entre aa duas. Engoli a vontade inexplicável de chorar e a abracei, deixando o desespero se apossar do meu corpo. 

Por mais que eu já tenha passado por isso com Kendall, neste momento é diferente por dois motivos: Agora, ali em minha frente é a minha mulher, a mãe dos meus filhos se corroendo de dor e eu juro que gostaria de me apossar e suportar toda a dor, angústia e sofrimento dela apenas pra mim e poupa-la de tudo isso. E o segundo motivo também importante é que Kendall teve apenas um bebê, no caso da Selena seriam três e a preocupação tomava conta de meu corpo, com medo de que algo possa dar errado. 

— Você consegue andar sozinha até o carro? — A questionei, preocupado enquanto pegava a chave de qualquer um dos veículos estacionados na garagem. 

— Consigo, Jus... 

— Ótimo, então com cuidado vá pra lá que irei buscar as suas coisas e a dos bebês. Ok? — Selena apenas assentiu e joguei a chave do meu porshe para a mesma, que pegou no ar e calmamente caminhava. 

— Amor, aproveita para colocar uma calça e sapatos! — Ela brincou, olhei para o meu corpo e percebi que eu estava vestido de forma inadequada e ridícula, com meias, uma samba canção azul marinho e uma camiseta branca. 

Voltei a subir as escadas apressadamente e logo entrei no quarto dos trigêmeos, pegando tudo o que deveria, verifiquei se não estava me esquecendo de nada e para a minha sorte não. Dei o meu jeito de carregar todas aquelas bolsas escadas abaixo, até a garagem. Selena estava sentada no banco do carona, contorcendo-se de dor e gemendo baixinho, parecia controlada até demais. 

— Podemos ir... 

— Claro que não! Onde está as suas calças, Justin? — Ela me questionou, corei violentamente dando um tapa em minha testa por ter esquecido de colocar uma roupa adequada. 

— Prometo não demorar. Me dê dois minutos, princesa! 

— Eu posso esperar, o problema são eles que parecem estar com pressa para nascerem. — Ela reclamou. — Para de me olhar com essa cara de perdido e vá colocar uma roupa, caralho! 

Saí as pressas do carro e entrei novamente em casa, retirei aquela maldita roupa beirando ao circo e coloquei a primeira coisa que vi pela frente, uma calça jeans preta acompanhada de uma camisa pólo azul marinho e um tênis qualquer. 

— Agora podemos ir. — Declarei sorridente, mas nervoso, ligando o carro e arrancando com ele dali em direção do hospital aconselhado por doutor Carl, que é onde ele trabalha. 

— É um grande dia, amor. Nossos filhos! — Comentou com a voz falha, olhei-a brevemente e sua face estava molhada por suas inúmeras lágrimas. 

Selena estava emocianada e eu choraria junto com ela se não tivesse que levá-la às pressas para o hospital. 

— Sem sombras de dúvidas, é um grande dia, princesa! 

A partir de hoje tudo muda, tudo será diferente. Oficialmente serei pai pela primeira vez logo de três bebês, sem sombras de dúvidas hoje é um grande dia.


Notas Finais


E então... vocês já sabem, perfeitamente, o que acontecerá no próximo capítulo. O nascimento dos trigêmeos! Vamos FINALMENTE descobrir os sexos dos bebês Jelena, quem está ansioso para saber se a Selena dará ou não o biscoito? 🙋🙋🙋🙋🙋

Enfim, pessoal, espero que tenham gostado do capítulo de hoje. Desejo-lhes, desde já um bom natal, que comam bastante até sair comida pelos ouvidos, ou por outro lugar mesmo... não falei onde, haha, e que ganhem presentes. Um bom final de semana para todos, até o próximo anjos. Beijos! 😘❤😊


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