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História O Nome Dela é Agatha - Rumores


Escrita por: Valentinabarry

Capítulo 13 - Rumores



POV David Luiz
 
Entro em casa sorrindo que nem um bobo apaixonado. Bom, acho que eu sou mesmo um cara assim agora. Culpa da Agatha, que me deixou assim.
Observo tudo a minha volta e confesso que agora acho essa casa gigantesca, parece que tá faltando algo e sei que é ela.
Sei que as coisas andaram rápido demais, mas no fundo eu acho que me apaixonei no primeiro segundo em que olhei pra ela, só não tomei consciência disso antes porque eu sempre fui muito centrado.
Tomo um banho rápido pois estou morto de cansaço. 
Fui pra casa da maluca pra ver ela e levei uma bronca, graças a Deus que não dei viagem perdida.
Agatha bem que gostou de me ver lá, pois nem pensou duas vezes e já me arrastou para o quarto dela.
Me deito na cama que agora não tem mais graça para mim. Fico revirando tentando ser pego pelo sono mas parece uma tarefa quase impossível.
 
***
 
Dirijo para o campo de treinamento o mais rápido que posso.
Demorei horas até conseguir dormir e quando eu finalmente consegui já era por volta das duas da manhã. Resultado da história, estava tão exausto que nem escutei a merda do despertador tocar, agora estou atrasado meia hora.
Quando estaciono fico um tanto decepcionado ao olhar em volta e não encontrar aqueles cabelos de cobres que me enfeitiçam. Mas é eu já sabia que isso iria acontecer.
Corro para o lado oposto do prédio e demoro quase dez minutos pra chegar a ala do vestiário. Me troco o mais rápido que consigo.
Assim que chego ao campo sou recebido por risos irônicos dos meus amigos. Como é bom amizades assim tão transparentes. Idiotas.
Assim que vejo nosso técnico Antonio andando em minha direção com um olhar severo sei que o que me aguarda não é nada agradável.
- Que bonito em Luiz?! - ele esbraveja e ajeito a touca em minha cabeça pra disfarçar o incomodo.
- Obrigado senhor.
- Não me venha com gracinhas rapaz, sabe que não tolero atrasos. - ele olha no relógio e suspira fechando os olhos. -  Quase uma hora de atraso. Uma hora!
- Desculpe técnico, juro que não tive a intenção de chegar atrasado.
- E porque está chegando atrasado? Porque não nos ligou avisando? - o técnico pergunta calmo mas mesmo assim muito sério.
- Acordei atrasado, não escutei o despertador. Me desculpe mesmo, nem consegui a raciocinar para ligar avisando, só sai de casa o mais rápido que pude.
O técnico me observou durante longos segundos, analisando meu rosto.
- Dessa vez está perdoado, ao menos foi sincero. - ele diz me fazendo sorrir em pleno alívio. - Mas isso não significa que está livre de um dos piores aquecimentos que já teve na vida.
Ele me entregou o meu colete e saiu dando lugar ao preparador do time que me passou uma série de aquecimento e exercícios que se estenderam até o final do treino.
Todos são liberados pelo treinador. Paro de correr vendo todos saírem do campo, inclusive a comissão e então me jogo no gramado. De costas para aquele lugar fofinho e verde.
Fecho os olhos recuperando o fôlego e fico um bom tempo deitado.
Preciso resolver as coisas com Sarah o mais rápido possível, antes que algo dê errado.
Quando abro meus olhos vejo aquela cor que tanto adoro, cobre.
Agatha está me olhando um tanto curiosa. Os cabelos balançam a medida em que o vento sopra por entre as arquibancadas e chega frio até o campo.
Ela sorri ao me ver, por um tempo seu rosto é tampado pelos fios de cabelo, mas ela logo os coloca para trás e ri fazendo esse gesto.
Será que eu morri e nem vi? Estou no céu?
- Eu morri? - pergunto brincando e ela revira os olhos.
- Morreu, está no inferno e o próprio demônio veio te dar boas vindas. - ela diz me estendendo a mão que aceito só para ter um contato com sua pele, afinal nem preciso de impulso pra levantar.
- Duvido. A única coisa que vejo aqui é um anjo. - respondo e Agatha faz careta.
- Canta de pedreiro. Mas foi boa pra cacete em?
- Maluquinha. - beijo sua mão depois de me certificar de que não há ninguém no campo.
- Não faz essas coisas assim cabeludo. A gente nem sabe se tem alguém aí de prontidão pronto para tirar uma foto. - ela diz se afastando e colocando as mas dentro do bolso do sobretudo elegante.
- Que faz aqui sozinha? - pergunto para evitar uma discussão. - Sabe que mesmo com vários seguranças e câmeras espalhadas pelo local pode ser perigoso.
- Eu sei, mas a minha querida chefinha me fez vir aqui pra tirar foto do campo.
- Pra que? - pergunto vendo duas pessoas da limpeza nas arquibancadas mais afastadas.
- Parece que ela quer fazer algo diferente no próximo jogo, ainda não sei direito mas parece que vai ser algo grande.
- E aí ela te faz vim aqui pra dar uma de fotógrafa? - pergunto um tanto bravo com essa tal chefe. - Devia negar.
- David, sou apenas uma estagiária. O que eu poderia fazer? Dizer não e correr o risco de ser demitida? - ela pergunta me olhando séria. - Preciso desse estágio, do contrário não vou ter um currículo tão bom assim.
- Tudo bem ruivinha, você que sabe. - respondo resignado e ela sorri daquele jeito que faz meu coração saltar. - Mas toma cuidado por essas arquibancadas, alguns torcedores vem ver os treinos e não confio em todos.
- Nem eu. Mas hoje não tem ninguém então tudo bem, estou legal.
Agatha olha o relógio e faz uma careta, olha para a direção onde fica a administração, longe o suficiente para ela que está sozinha.
- Vou te acompanhar até lá. - falo e ela nega rapidamente.
- Nem pensar David, já me arrisquei demais vindo aqui falar exatamente com você, muito suspeito para essas mentes maliciosas. - Agatha diz me fazendo rir. - Vou ficar bem, nem é tão perigoso assim, esta fazendo tempestade num copo D’água.
- Tudo bem, não vou nem discutir. Tem uma mente ardilosa.
- Obrigada. - ela sorri se achando elogiada. - Enfim, estava pensando, já que não nos encontramos no estacionamento hoje, por acaso, às 7h, eu podia aparecer no seu apartamento hoje. Por acaso.
- Por acaso? - pergunto e ela ri assentindo. - E qual vai ser o motivo pra você aparecer lá, por acaso?
- Meu açúcar vai acabar, então gentilmente vou pedir pra você no seu lindo grande e luxuoso apartamento. - ela brinca me fazendo rir.
- E porque não vai pedir aos seus vizinhos? - provoco mas ela logo percebe que é provocação e dá de ombros.
- Galera do prédio todo está sem açúcar. Um descaso, eu sei. - ela diz como se fosse real e volto a rir. - Espero que na sua casa tenha, porque se não vou ter que procurar em outro lugar... - sua provocação e evidente e reviro os olhos.
- Posso comprar uma fábrica de açúcar agora mesmo...
- Esperto. Agora tenho que ir.
- Tudo bem. Toma cuidado.
- Pode deixar jogador. - ela diz e antes de ir me joga um beijo discreto.
Entro o vestiário resignado.
Oscar e Diego me olham de um jeito estranho, os celulares na mão mas ignoro indo direto pro chuveiro.
Ainda não tivemos oportunidade de falar sobre a festa fantasia e as fortes emoções que aconteceram depois.
Mas os acontecimentos depois da festa não vou e nem quero contar a eles, nunca gostei desse negócio de entrar numa rodinha e falar quem peguei depois da festa.
Visto uma roupa agasalhada e assim que pego minha bolsa com meus pertences sou cercado por Oscar e Diego.
Os dois me olham preocupados e eu começo a me irritar.
- Porque tão me olhando assim? - pergunto notando que só resta a gente agora. - Aconteceu algo?
- Não sei, isso quem vai responder é vocês.  Sarah deve estar uma fera.
-Do que estão falando gente?
- Você ainda não viu? - Diego pergunta e nego no mesmo segundo.
Então ele pega o celular e mexe nele por uns segundos.
- Você precisa ver isso, cara.
Na tela do celular vejo uma notícia sobre mim, o título é bem direto. Diz algo sobre eu estar tendo um affair com uma suposta amiga, vulgo Agatha e ainda diz várias baboseiras sobre eu e ela termos um caso a tempos. Também tem fotos minhas saindo de seu prédio e fala até quanto tempo eu fiquei no apartamento.
- Tem mais. - Diego diz me mostrando uma noticia parecida só que essa é mais rica em detalhes.
Nessa fala sobre Agatha ter passado a noite em minha casa, isso depois de eu ter saído com ela carregada da festa. Tem um relato sobre um morador de seu prédio que a viu vestida com minhas supostas roupas e meu coração falha quando vejo uma foto dela sorrindo logo na capa.
Droga!
- E então cara, vocês estão mesmo juntos? - Diego pergunta e respiro fundo.
Será que Agatha já viu? Meu Deus, ela vai pirar!
- Preciso ver a Agatha, ela vai sofrer quando ver. - falo tentando voltar do meu transe.
- Cara tudo bem se não quiser nos responder, mas de qualquer forma não tem nada que comprove o envolvimento de vocês. Nada concreto ao menos. - Oscar diz tentando me tranquilizar.
- A Sarah... O Ryan... Eles devem ter visto, prometi pra Agatha que esperaria ela terminar com esse cara mas o plano foi por água a baixo.
- Não acho que seja uma boa ideia você ir atrás dela agora. Espera um pouco David, esses caras não dão descanso, vão ficar no seu encalço até ter uma imagem que comprove tudo isso.
- Ela disse que ia lá em casa hoje, mas agora...
- Agora tá na cara que isso não é boa ideia. - Diego diz e assinto.
- Tenho uma ideia David, vou falar com Agatha, melhor, a Ludy vai falar, assim se ela negar a minha esposa a convence.
- Convence de que cara?
- A vocês se encontrarem lá em casa, assim não vai ter suspeita de nada. Ninguém vai imaginar que vão se encontrar lá em casa.
- O plano é bom. - Diego concorda com nosso amigo.
- Agatha vai primeiro, porque é bem provável que não vai ter fotógrafos atrás dela, mas atrás de você é bem possível que tenha.
- Tudo bem, eu concordo. Fale com a Ludy agora. - peço respirando fundo. - Quero me encontrar com Agatha às sete horas.
Ele assente e sem dizer uma palavra saio o mais rápido que posso. Quero minha casa, quero a privacidade da minha sala.
Preciso falar com Sarah. 
Já que a merda tá feita vou terminar com ela, por telefone mesmo, isso se ela não terminar primeiro. Torço pra que seja assim.
Corro para o estacionamento, entro no meu carro rápido e parto pra casa.
Meu celular toca incansavelmente mas não quero atender agora. Não tenho cabeça para isso.
Tudo que preciso é chegar em casa e refletir sobre qual o próximo passo que vou dar.
Entro em casa e me jogo no sofá. Respiro fundo e destravo meu celular, notando que quem me ligava era meu pai.
- Desculpa pai, mas agora não.
Procuro o número de Sarah e coloco pra chamar.
No terceiro toque ela atende e nem sei como começar a dizer.
- Oi... - falo depois de pigarrear. - Sou eu, David.
- Eu sei... - ela responde depois de um suspiro.
- Como você está?
- Bem... - sua voz embargada denúncia que está chorando. - Na verdade não muito bem... Vou ficar.
- Sei que vai.
- David... amor, diz que é mentira essa notícia... Você não me traiu é apenas uma fofoca. - ela pede agora em tom de súplica.
- Sarah, não me peça para dizer isso. - apoio meus cotovelos no meu joelho e olho a noite estrelada pela ampla janela.
- Porque David? Porque logo com Agatha?
- Me apaixonei. Só isso.
- Como assim só isso? Eu... Achei que me amava.
- No começo eu achei também, mas depois os anos foram passando e percebi que não era mais que gratidão e carinho.
- Então porque deixastes todos esses anos passarem? - pergunta agora um tanto raivosa.
- Porque eu gostava de ficar com você, mas agora não consigo...
- Não David! Não diz essas coisas! - ela volta a chorar. - Eu te amo, por favor...
- Sarah...
- Porque se apaixonou por aquela garota?
- Não sei. Só aconteceu.
- David, eu achava que eram só amigos, me fez acreditar que sim.
- Eu e ela somos amigos, nos apaixonamos por causa da convivência... Não sei...
- A quanto tempo estão juntos?
- Não tem muitos dias, Sarah. Rolaram alguns beijos mas ela sempre me negou, não queria trair o namorado, nem queria te magoar.
- Ela é uma vagabunda!
- Não fala assim dela! - esbravejo. - Ficamos no domingo, ontem no caso.
- E quer me enganar com esse papinho?
- Acredite no que quiser, eu já iria terminar com você, pensava nisso há tempos, só não tinha um motivo. Agora tem.
- Você não pode terminar comigo por telefone. Não assim!
- Qual diferença faz se eu disser tudo isso na sua cara?
- David, tenho sentimentos, sou uma garota como outra qualquer. Gosto de carinho, amor e sinceridade. Então a única coisa que lhe peço é que faça isso olhando nos meus olhos.
- Sarah...
- David, viajo em dois dias para Londres, só o que peço é que me deixe ir aí ver com meus próprios olhos que é isso que quer. Preciso ver.
Fico mudo, olho pela casa escura como se procurasse por uma resposta escondida em meio aos móveis.
Sarah é uma pessoa boa, sempre esteve do meu lado e me ajudou a chegar onde estou, devo muito a ela. Acho que a garota merece algo mais sincero, mais olho no olho.
- Tudo bem Sarah. Pode vim...
- Obrigada David.
- Tranquilo...
- Tenho que desligar, estou no consultório e daqui a pouco tenho que atender uma paciente. Te amo.
- Tchau. - desligo quando ouço ela se despedir.
Meu celular vibra e o rosto sorridente de Agatha aparece na tela. Não sei porque mas sinto que algo está por vir e atendo receoso.


Notas Finais


Eita, e agora?
O que será que nossa ruiva vai achar disso tudo?


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