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História O Nome Dela é Agatha - Um dia cheio de emoções


Escrita por: Valentinabarry

Notas do Autor


Gente tô postando tudo que escrevi hoje pq amanhã tenho que trocar de celular, aí tô atualizando duas fics, ia atualizar Amor entre primos mas perdi metade do capitulo 😢

Capítulo 14 - Um dia cheio de emoções



POV Agatha 
 
Caminho rapidamente de volta para a administração, é uma distância bastante razoável e a pressa me deixa com calor por conta do esforço.
O estádio é enorme e mesmo nunca tendo um caso de violência ou algo do tipo eu prefiro correr pra não dar chance ao azar, afinal nunca se sabe que tipo de perigo nos cercam.
A bruxa da minha chefe pediu logo pra mim ir tirar as malditas fotos do campo, tudo isso pra ela ficar pensando no que fazer no evento e não resolver merda nenhuma. Porque ela não pediu um estagiário? Ah deixe-me pensar... Porque eu sou a estagiária. Uma ótima merda isso!
- Péssimo dia para usar essa merda de sapato. - resmungo finalmente alcançando o prédio administrativo.
Assim que entro acho o clima estranho. Rosalina a moça da recepção me olha curiosa e só para quando eu entro no elevador onde encontro duas moças da faxina que ignoram meu comprimento. Devem estar exaustas e não escutaram.
Saio do elevador assim que ele entra no meu andar, a sala administrativa está lotada e noto que metade dos departamentos estão me olhando de rabo de olho, não consigo entender o porquê. Será que estou suja? Meu nariz está escorrendo meleca e eu não notei?
Pego meu celular para olhar meu rosto na pequena tela e me examino certificando que está tudo certo com meu rosto. Ufa!
Me sento na minha pequena mesa idiota e olho rapidamente para Julie a coordenadora de Marketing, ela desvia  o olhar depois de me encara com uma cara muito feia. Que porra tá acontecendo? Ativei uma bomba nuclear e não tô sabendo?
O telefone da minha mesa toca e atendo depois de um bufo. Odeio essas ligações internas.
- Marketing, Agatha. - falo assim que atendo.
- Bom dia Agatha, é o Antony.
- Bom dia, reconheci sua voz. - falo ganhando um olhar rápido de Edgar do departamento de comercial. - Você está precisando de algo?
- Não. Quer dizer, sim estou. - a voz dele parece um tanto abalada. - Preciso que venha até minha sala...
- Antony, aconteceu algo com a Jasmim?  Minha amiga está bem?- o interrompo preocupada.
- Não, não! Ela está bem, fique tranquila. Mas preciso que venha até aqui Agatha, a gente precisa conversar.
- Tudo bem, estou indo.
Desligo o telefone e me levanto.
- Lizzy, Antony quer falar comigo em sua sala, se alguém perguntar por mim pode dizer que estou em reunião?
Ela me olha um longo momento, suspira olhando em volta e então novamente me encara.
- Estava falando comigo? -ela pergunta cínica e eu rio. 
- Considerando que você é a única Lizzy por aqui e eu estou olhando fixamente para você... Sim estou falando com você. - respondo sem paciência.
- Ok, eu posso dizer esse seu recado. - Seu desdém é evidente e me seguro pra não chutar essa cara de pata dela.
- Obrigada, você é muito gentil. - forço um sorriso e me retiro contando até dez.
Paciência Agatha, paciência!
Bato na porta do escritório de Antony depois de ter cruzado com vários olhares curiosos.
- Entre. - escuto sua ordem e abro a porta entrando em seguida. - Pode escorar, não tranque.
- Tudo bem.
Olho para o marido de minha melhor amiga e me sento na cadeira a sua frente. Ele me olha enquanto escreve algo no teclado do computador e depois ganho sua atenção total.
- Esse dia tá estranho ou é impressão minha?- pergunto rindo e Antony me acompanha por pura educação.
- Pelo visto  você ainda não sabe. - ele diz depois de um longo suspiro.
- Eu deveria saber de algo?
- Certamente.
- Estou preocupada Antony. Esse dia tá esquisito, as pessoas estão esquisitas comigo. Me diz, eu fiz algo errado?
- Não sei, isso quem vai me responder é você. - Antony diz ligeiramente sem graça. - Senta aqui e olha isso Agatha. Vou me retirar por uns minutos, quando eu voltar nós vamos conversar.
Então ele se retira me deixando sozinha e completamente confusa.
Me levanto e caminho até o outro lado da mesa, me sento na poltrona de Antony e assim que olho a tela do computador meu coração quase para.
Que porra é essa?
- Só pode tá de sacanagem comigo. - resmungo boquiaberta.
Meus olhos lêem as palavras bastante diretas insinuando um caso de David com uma ruiva que no caso sou eu.
O resumo diz que fomos vistos saindo juntos da festa de aniversário da Ludy, diz que passei a noite na casa de David e que sai só no outro dia a tarde.
Outra matéria fala que fontes seguras nos viu aos beijos na biblioteca da minha faculdade. Mas o que me choca é eu ser a foto de capa da matéria.
Uma foto minha enorme estampada na porra de uma matéria! Depois o meu nome completo, minha idade, o que eu curso e até de quem sou filha.
Sinto meu corpo tremer bastante, um enjoo dominar meu estômago, é como se quisesse jogar todo o meu ódio, pavor e mágoa fora.
- Meu Deus. - resmungo sentindo meu coração disparar.
Me levanto rápido e assim que faço isso Antony entra na sala. Ele me olha longamente enquanto aos poucos começo a me apavorar. 
Por isso todos tem me olhado de uma forma tão estranha! Por isso a maldita Lizzy me respondeu tão mal!
E o David... Ele... Ele me viu hoje, olhou no fundo dos meus olhos e não disse nada sobre isso.
Ele já sabia? Claro, claro Agatha! É claro que ele sabia.
Porque ele não me disse? Porque não me alertou? Porque não me evitou? Porque não nos defendeu?
- Agatha! Agatha! - Antony me chacoalha pelos ombros e só agora noto que estou sentada no sofá de seu escritório. - Agatha se acalme. Respira...
Minha respiração está difícil, é como se estivesse entalada em meus pulmões.
Toco meu rosto e sinto lágrimas escorrendo pela minha face.
- Porque ele não me disse? - resmungo para mim mesma.
- Está se referindo ao David? Acho que ele ainda não sabe. - Antony diz mas não presto muita atenção em suas palavras.
- Preciso... Preciso sair daqui...
- Calma Agatha, não vai dirigir nesse estado.
- O que? É claro que vou. Não vou ficar aqui, não com todos estes olhares acusadores sobre mim.
- Então é verdade? - ele pergunta e eu o olho. - Vocês realmente estão tendo um caso?
- Antony, não quero falar nada sobre isso. Conversa com a Jasmim. Estou confusa demais. - Me levanto rápido. - Vou embora, aposto que depois dessa estou demitida.
- Agatha, não é bem assim...
- Depois Antony, depois.
Saio apressada. Não olho para lado nenhum enquanto volto para pegar minha bolsa.
Corro até meu carro e assim que entro me olho pelo retrovisor.
Penso em tudo que tenho passado com David até agora, foram tão poucos momentos que agora me sinto uma idiota. Praticamente nem nos preocupamos em ser descobertos.
E o que eu estou pensando? Eu devia me envergonhar por minha preocupação de agora ser eu não ter escondido algo assim tão bem!
Foi tão errado e idiota eu me envolver com alguém comprometido e eu sou comprometida! Porra, o Ray vai me odiar.
Será que ele já sabe?
O que vou fazer?
Olho pro meu celular e vejo inúmeras mensagens e cinco ligações perdidas, quatro do meu pai e uma de Ludy.
Minha garganta está se formando um bolo enorme e quando vejo estou chorando encostada no meu volante.
Choro por tudo, por Ray, por David, por Sarah, por mim...
Pego meu telefone de volta e antes de ligar para o Ray eu respiro fundo.
Ele atende no terceiro toque e assim que escuto sua voz animada eu volto a chorar.
- Princesa!
- Hey. - respondo fungando.
- Espera, você está chorando? - ele diz preocupado. - Aconteceu alguma coisa?
Isso me faz chorar ainda mais, ele não sabe e não faço a mínima idéia de como contar, eu preciso dizer, ele não pode saber pela boca de terceiros.
- Agatha, está me deixando preocupado. Você está bem?
- Não. - respondo com a voz estrangulada. - Ray, me desculpa!
- Agatha...
- Eu não sei o que fazer... Eu fui... Eu sou uma idiota. Não devia ter me envolvido em algo assim.
- Está falando sobre nossa relação? - ele pergunta confuso.
- Não exatamente. Envolve nossa relação.
- O que aconteceu Agatha?
- Eu não sei como dizer. Você é um cara tão bom e eu sou uma idiota completa, com certificado e tudo. - fungo mais uma vez.
- Me diz logo Agatha. - sua voz agora é séria e receosa.
- Saiu um notícia... várias notícias na verdade, sobre mim e...
- Termina. - ele pede com a voz já abalada.
- Sobre mim e David. Sobre um caso entre... Entre...
- Entre vocês. - ele termina com a voz arrastada.
- Sim. Lamento Ray, de verdade. Desculpe.
Um silêncio absoluto reina sobre nós, e é tão desconfortável...
- O que quer que eu diga? - ele pergunta sério.
- Não sei... Qualquer coisa. Grite se necessário, me xingue, não sei. Eu sou uma vaca.
- Não consigo discordar. - ele diz magoado. - Acho que não temos nada para conversar mais.
- Está certo.
- Acabou, eu espero nunca mais ter que olhar pra tua cara novamente.
- Oh! Eu... eu mereço isso.
- Merece mais, mas tem sorte por eu ser um cavalheiro e não dizer tudo que se passa na minha cabeça agora.
- Eu sei.
- Tenho que ir, não vou mais perder meu tempo com você, nunca mais. Você foi um erro.
Então ele desliga me deixando sem reação.
Não sei quanto tempo fico parada no banco do meu carro, mas o toque do meu celular me trás de volta pra realidade e quando olho o nome de Ludy está na tela. Ignoro.
Sei o que ela deve estar achando de mim agora, ninguém gosta de uma destruidora de relacionamentos.
Respiro fundo, coloco meus óculos de sol e juntando o resto de controle que me resta eu abandono o estacionamento.
Dirijo alheia a qualquer outra coisa. Não consigo pensar em nada a não ser na merda que aconteceu hoje. Tudo tão repentino. Tão destruidor!
Entro em casa e vejo que está vazia. Nunca quis tanto o silêncio como agora, sou grata por tê-lo neste momento.
Me jogo no sofá sem a mínima vontade de fazer qualquer outra coisa.
Eu devia ter sido mais prudente, devia ter parado antes que tudo isso acontecesse. Eu nunca devia ter deixado isso acontecer.
Estou apaixonada pelo David mas a vergonha que estou sentindo agora me deixa totalmente fraca e sem vontade de lutar por ele. No fundo eu sei que me importo com o que os fãs dele vão achar disso, o que as mulheres e homens comprometidos do mundo inteiro vão achar.
Pego meu celular de minha bolsa e noto mais duas chamadas de Ludy. Acho que não estou preparada pra falar com qualquer pessoa que seja.
Na verdade acho que todas as mulheres do mundo devem estar me odiando nesse momento.
Só vejo que estou ligando para David quando ele me atende receoso.
- Oi Agatha.
- Você já viu? - pergunto depois de um longo suspiro.
- Já, e lamento que as coisas tenham ido pra esse rumo. Eu não queria que fosse assim. - ele diz sincero e assinto.
- Eu também não queria. Me sinto um lixo.
- Não é assim Agatha. Não tem culpa de nada, sabe disso.
- Eu só... Eu... - Quando vejo estou chorando feito criança e mal posso me envergonhar por isso. - Devia ter visto como as pessoas me olharam hoje...
- Desculpe Agatha. Juro que se eu pudesse evitar eu tinha evitado.
- Eu sei.
- Já falou com o Ryan? - ele pergunta e suspiro limpando minhas lágrimas.
- O nome dele é Ray! E sim, já nos falamos e ele terminou comigo. Acabou.
- Está triste por isso?
- Claro que estou, não queria que terminasse assim!
- Não queria terminar?
- Claro que queria, eu te disse isso. Para de distorcer o que eu falo! - reclamo irritada. - Acontece que eu queria que fosse diferente, queria que tivesse acontecido de uma forma não tão ridícula. Não por telefone.
- Lamento por isso. É sério.
- Tudo bem. - respiro fundo.
- Falou com a Ludy? - ele pergunta e acho estranho.
- Não atendi ela. Acho que não estou preparada no momento. Preciso ficar sozinha por umas horas.
- Ela está te ligando para dizer que quero me encontrar com você na casa deles.
- Porque?
- Porque precisamos conversar e tanto no meu quanto no seu apartamento vamos ser descobertos.
- O que garante que não vamos ser seguidos por esses malditos?
- Nada, mas obviamente lá é menos suspeito. O que acha, vai me encontrar lá?
- Sim. Que horas?
-  Chegue as 19h, vou chegar logo depois de você.
- Tá bom. - assinto mesmo que ele não possa me ver.
- Te vejo mais tarde.
- Ok. - desligo o celular.
 
*****
 
Estaciono meu carro a oito metros da casa de Ludy e Oscar, não quero que meu carro na porta deles seja suspeito demais.
Assim que bato a campainha a porta se abre revelando uma Ludy cansada com a filha nos braços.
- Oi amiga. - Ela diz vindo me abraçar. - Sinto muito por tudo.
- Não me acha um monstro? Todos têm me olhado como se fosse um bicho de sete cabeças.
- Ignore eles. Ignore todos.
Entro e ela me conduz até a sala, no caminho vejo Oscar que me abraça solidário, os dois ficam conversando comigo até que David chegue.
Olho em seu rosto e também encontro uma certa tristeza. Dois corações tristes pela mesma coisa.
- Vamos deixar vocês a sós. Podem ficar a vontade, a casa é de vocês. - Oscar diz antes de nos deixar.
Olho para David e ele retribui meu olhar, não faço a mínima de como começar essa conversa. Quero só correr pra longe.
- Eu... - dizemos ao mesmo tempo.
- Você primeiro. - peço e ele assente.
- Eu sinto muito Agatha, não achei que isso iria acontecer. Fui ingênuo.
- A culpa não é sua David.
- Eu sei, mas me sinto responsável.
- Não devia.
- Sei que está mal e isso me deixa mais mal ainda.
- David... - tento dizer algo mas não sai nada.
- Falei com Sarah. - ele diz ganhando minha atenção. 
- Falou? O que falou? - pergunto interessada.
- Tentei terminar, mas ela me pediu para que eu esperasse ela vim. Ela quer que conversemos.
- Entendo.
- Mas nada mudou Agatha. Ainda vou terminar com ela.
- Como pode ter certeza? 
- Porque não quero mais ficar longe de você. Não quero mais nada escondido.
- David, não sei como me sentir.
- Está arrependida de tudo?
- Sinceramente não sei. David, eu não consigo ser odiada pelas pessoas e agora eu sou a mulher mais odiada do momento.
- Não é.
- Claro que sou. Hoje me senti um lixo com todos aqueles olhares na empresa.
- Desculpe por isso, imagino que tenha sido difícil mas podemos passar por isso juntos.
- Não podemos. Será que você não percebe? - reclamo um tanto alterada. - Pra mim é difícil, fui exposta em tudo que é jornal, revista e site de fofocas baratos.
- Eu também fui mas isso nada tira a ideia de ficar contigo. - ele responde bravo.
- Você é famoso, esta sujeito a essas coisas, já eu nunca quis isso, agora olhe só  a merda que eu me meti.
- Merda?
- Não estou mencionando nós. Estou dizendo essa situação embaraçosa.
- Quer saber Agatha? Faça o que quiser, estou cansado de tentar. - ele diz dando de ombros. - Pode ir embora, nossa conversa terminou pelo visto.
- Terminou. Nem devia ter começado.
Então saio sem entender o que acaba de acontecer. 
Tudo acabou? Tudo isso pra nada?
Entro no meu carro irritada, queria poder gritar e mandar o mundo se fuder!
Dou partida e acelero de volta para o meu apartamento.
A medida que meu carro se distancia sinto meu coração despedaçar. Nem dei uma última olhada em David, nem me despedi.
Para Agatha, você viu que ele não correu atrás, viu que mal se importou se você estava partindo.
Minhas lágrimas atrapalham minha visão e aperto o volante como se quisesse concentrar toda minha raiva nele.
Porque o David não correu atrás de mim? Porque ele simplesmente abriu mão assim? Era tudo um passa tempo pra ele?
Eu queria que ele corresse até mim e me impedisse de entrar nesse maldito carro.
Estou tão envergonhada com tudo que está acontecendo. Nem imagino como minha família deve estar agora.
Eu e David magoamos o Ray e a Sarah, partimos os corações deles e odeio me sentir uma destruidora.
O carro está em alta velocidade e quando percebo que o sinal do trânsito está vermelho já é tarde pois uma pancada muito forte acerta a lataria pela parte do passageiro, fazendo o carro girar pela estrada e bater a frente com mais força ainda em outro carro.
Não sei o que aconteceu mas com um impulso bato minha cara e logo tudo fica escuro.


Notas Finais


Gente e agora?
Vamos torcer pra Agatha ficar bem 😢


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