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História O Nome Dela é Agatha - Uma notícia inesperada


Escrita por: Valentinabarry

Capítulo 18 - Uma notícia inesperada


Fanfic / Fanfiction O Nome Dela é Agatha - Uma notícia inesperada


POV Agatha
 
Eu estava estática, não conseguia me mover do lugar e só observava David dar um recado furioso ao seu técnico e ao assessor insuportável. Ele parecia tão furioso que por um momento achei que ele solitária minha mão para socar a cara do Mark.
E meu Deus, nem acreditei quando ele disse que não abriria mão de mim, que não importava o que as pessoas dissessem, é comigo que ele vai ficar.
- Tenham um ótimo dia. - David resmunga pra eles enquanto vai me puxando para fora do elevador.
Minhas pernas funcionam no automático mesmo, porque eu mesma estou aérea com tudo que aconteceu hoje. Não superei a forma como fui demitida e muito menos como Antony nem interveio nessa decisão injusta.
Olho para minha mão e de David entrelaçadas. Só esse gesto faz com que meu estômago todo se revire  em um mundo de sensações, que até pouco tempo eu nem conhecia.
Na hora em que o vi parado na minha frente, dizendo que não iria me deixar sozinha, eu me senti amada, mesmo sabendo que isso é impossível de qualquer modo.
Lembro da sensação que tive quando ele segurou minha mão e saiu da administração ainda entrelaçado a mim. Meu coração disparou tão forte e rápido, meu rosto corou por completo, minhas mãos soavam tanto.
Mas ele e a Sarah ainda não terminaram, e mesmo ele dizendo que não se importa não acho justo essa exposição toda pra cima dela.
- David. - o chamo com a voz esganiçada o que acaba fazendo ele não escutar. - David!
- O que? - ele pergunta sem me olhar.
- Espera. - forço nossa parada e ele me olha confuso quando solto sua mão. - Acho que as coisas não devem ser assim, você ainda não terminou com a Sarah.
- Mas vou terminar assim que ela chegar. - ele diz bufando.
Olho para o estacionamento que aparentemente praticamente vazio.
- Sei que vamos ficar juntos. Não quero que me deixe, pelo contrário, quero que esteja do meu lado como disse que estaria a alguns minutos.
- Mas?
- Mas devemos um pouco de respeito a Sarah, a minha família e a sua. Não podemos simplesmente ligarmos o foda-se. - falo depois de um longo suspiro.
- Não ligo para o que as pessoas vão pensar. - ele dá de ombros e tenta pegar minha mão mas recuo.
- Mas eu ligo David. É difícil tá bom? - reclamo. -  Se coloque no meu lugar. Por favor.
- Tudo bem. - ele suspira fechando os olhos. - Mas entra no carro que vou te levar pra casa, você querendo ou não.
- David...
- Sem reclamar ruivinha. - ele pede sorrindo, o que acaba sendo irresistível demais pra mim.
- Vamos logo seu cabeludo insistente.
Entramos no carro e David me dá um selinho demorado antes de ligar o seu automóvel e sair em direção a minha querida e aconchegante casa.
As ruas estão calmas e quando chegamos ao meu apartamento praticamente imploro para que ele não desça ou o bafafa vai ser completo.
- Converso com Sarah assim que ela chegar. - ele diz e assinto sem graça. - E então venho correndo te ver.
- Eu sei. - eu sorrio sincera. - Tchau jogador.
- Tchau cabelo de cobre.
Pego minha caixa no banco de trás, olho pela rua me certificando de que não tem ninguém nos observando e lhe dou um selinho rápido como despedida.
Mesmo com todos esse problemas eu sorrio. Os dias foram difíceis mas sei que eles vão melhorar algum dia, e espero que este dia não esteja tão longe.
Assim que abri a porta do meu apartamento vejo Jasmim e Soph conversando no sofá, elas me olham e sorriem.
- Olha só quem chegou! - Jas diz vindo me abraçar. - Como você está?
Fico olhando pra ela um longo momento. Jasmim é minha amiga a anos e mesmo assim está sendo difícil encarar ela agora. Como vou dizer a ela que acabo de ser demitida por seu marido?
- Estou tentando ficar bem. Fui demitida. - falo como um sussurro.
- Eu sei. Sinto muito. - ela diz envergonhada. - Ontem o Antony estava muito mal, triste por todos os cantos porque tinha que dar a notícia sobre sua demissão.
- Sabia que ele nem me defendeu na reunião com os dirigentes do time?
- Eu sei. Mas o que ele poderia fazer? Ele é só um empregado como outro qualquer naquela empresa, ele não tem o poder para decidir as coisas.
- Que seja, de qualquer modo não quero mais falar sobre isso. Agora minha preocupação é arrumar outro estágio, me livrar de uma pena muito alta por eu ter causado um acidente e me formar.
- Isso tudo porque ela é rica. - Sophia diz entregando uma cerveja para mim e outra pra Jasmim. - Se eu tivesse dinheiro já teria resolvido Grande parte dos meus problemas.
- Acontece querida Sophia, que eu não tenho grana, meus pais são ricos, não eu.
- É a mesma coisa. - Jas diz bebendo um gole de sua cerveja.
- Não é. Fora que não quero depender deles. - dou de ombros e então olho pra ela. - Só dependo de você mesmo pra livrar minha cara e não me deixar ir presa.
- Isso não vai acontecer, relaxa. A propósito o motivo de eu estar aqui é exatamente esse, precisamos conversar sobre como vai ser no tribunal e vou dizer o que você vai ou não fazer.
- Suborno ainda é ilegal? - pergunto depois de dar um longo gole na minha cerveja.
- Claro sua maluca.
- Transa com o juiz, vai que ele fica do seu lado. - Sophia diz nos fazendo a olhar boquiabertas. - Tá não precisa transar, faz só um oral.
- Você só pensa em sexo. - resmungo e ela ri.
- Ele tem sessenta e dois anos, acho que isso não vai ser uma boa idéia. - Jasmim diz rindo.
- Não mesmo.
 
POV David Luiz
 
Fico observando Agatha entrar em seu prédio. Ela está abalada e sei que parte disso é minha culpa. Sim é minha culpa.
Eu deveria ter sido mais cuidadoso, deveria ser mais discreto, fora que eu nem devia escutar o pedido de Sarah, só devia ter terminado pelo telefone mesmo e pronto.
Eu estou tão apaixonado por ela que só queria poder ficar o tempo todo ao seu lado.
Assim que Agatha some para dentro do prédio eu dou partida no meu carro e vou em direção ao meu.
Não fica muito longe e em menos de quinze minutos já estou estacionando meu carro no estacionamento do meu prédio.
Assim que entro no elevador aperto o botão da cobertura.
Ontem conversei com meus pais sobre tudo que tem acontecido, eles acham que eu devia dar um tempo pra tudo. Pensar melhor no que eu quero, mas eu já sei o que eu quero. É a Agatha que me faz feliz.
Mamãe está do lado da Sarah, acha que devo ficar com ela pois a mesma é uma mulher séria e que respeita muito minha família. Fora que agora a Agatha é a pessoa mais odiada do mundo pela minha mãe, ela simplesmente acha que ela não presta. Isso me dá muita raiva e medo do futuro.
Meu pai é mais centrado, só quer o que for melhor pra mim e deixou bem claro que estará do meu lado, não importa o que eu decida.
Saio do elevador e destranco a porta de casa, mas assim que a mesma se abre eu fico paralisado.
Sarah está sentada no sofá, ao seu redor estão algumas malas que parece que é pra ela ficar a vida toda aqui.
Ela está de cabelo solto e roupas de frio branca, a cor preferida dela.
Sarah sorri assim que me vê, ela se levanta e vem até mim como se nada tivesse acontecido nos últimos dias.
Ela me envolve e me rouba um selinho, mas a afasto rapidamente.
- Surpresa. - ela diz rindo da minha cara.
- É eu realmente estou surpreso. O que está fazendo aqui? Como subiu?
- Esqueceu que eu tenho as chaves bobinho.
- Você só não ia chegar amanhã? - pergunto desconfiado, então eu olho para suas malas espalhadas pela casa.
- Sim, mas estava morta de saudades e decidi vim mais cedo! - ela tenta me beijar de novo mas eu me afasto. - Porque está assim amor?
- Você sabe o porque. Sabe exatamente o verdadeiro motivo de estar aqui. - falo um tanto sério.
- Ainda está com essa ideia de término ridículo? - ela pergunta brava.
- Claro. Mas antes preciso de um banho, vou subir, jogar uma água no corpo e desço para acertarmos tudo, sei que merece explicações.
- David, essa ideia não tem cabimento. Tu sabes que todo casal passa por problemas. Tu só está encantado por aquela rapariga. - Sarah diz enquanto subo a escada mas eu a ignoro.
Claro que não estou preocupado com merda nenhuma de banho, isso só foi uma desculpa para avisar a Agatha que a Sarah está aqui.
Entro no quarto e a primeira coisa que faço é pegar meu celular do bolso e mandar uma mensagem pra minha ruivinha.
"Sarah está aqui. Que bom que ela chegou antes do previsto, assim podemos terminar tudo e então estarei livre pra ficar com você. Só com você. Beijos cabelo de cobre."
Aperto o botão de enviar com um sorriso no rosto e com uma certeza na minha consciência. Agatha será minha namorada e até quem sabe minha futura mulher.
Tomo um banho bem rápido pois não quero desperdiçar meu tempo.
Assim que desço vejo Sarah mexendo em uma de suas infinitas malas, fico observando enquanto ela vai tirando um embrulho da mala.
- Sarah, agora podemos conversar. - faço a mesma me olhar.
- Legal amor. Mas antes quero te dar esse presente, é aquele perfume que você estava usando no nosso primeiro encontro. - ela diz me entregando a caixa que logo empurro de volta pra ela. - Não quer?
- Não Sarah, eu não quero. - respondo bastante sério o que faz com que ela me olhe triste. - Você sabe o verdadeiro motivo de estar aqui.
Então ela para, fica me olhando um longo momento e suspira.
- Não quero terminar. Eu te perdoo pelo que fez, ate entendo porque me traiu. É sério. - seu sorriso é um tanto preocupante. - A culpa é minha também, eu estava ausente, longe e a distância realmente nos afastou, mas agora tá tudo bem.
- Sarah.
- Por favor David. - ela segura meu rosto entre suas mãos e começa a chorar. - Eu te amo, me Desculpa. Me desculpa por tudo, por favor...
- Sarah as coisas não são assim. Eu não te amo, então não podemos ficar juntos como se nada tivesse acontecido... Eu estou apaixonado por outra pessoa.
- Eu sei, mas isso pode mudar, você pode voltar a se apaixonar por mim. Aquela garota é só uma distração. - ela diz se afastando rapidamente para pegar um papel que está no sofá. - E David, eu estou grávida, não posso cuidar desse filho sozinha. Preciso de você. O bebê precisa.
A notícia vem como um soco na boca do meu estômago, é como se tudo que eu tenha feito com Agatha fosse um sonho.
Um filho? Como pode isso? Sarah está realmente grávida?
- O que.. O...
- Olha, tenho até o resultado do exame que fiz. - ela diz me entregando o papel que pego e abro rapidamente.
E assim que  vejo o resultado meu coração quase para, ou para por um segundo, não sei...
- Como...
- Como? Foi da última vez que estive aqui. - ela responde sorrindo e fazendo um carinho no meu rosto e com a outra mão na barriga. - Foi assim que a gente se acertou e transamos. Estou grávida, você vai ser papai meu príncipe.
 Me sento no sofá com o papel ainda em minhas mãos. Eu simplesmente não sei o que fazer, simplesmente não sei como ficar agora.
Eu vou ter um filho, eu tenho que ser um pai presente.
Já vi tantas crianças que não conviviam com o pai e que eram tristes por causa disso.
Não quero que meu filho não me tenha com ele para sempre, não quero que ele me veja como o cara que o abandonou, que abandonou a mãe dele grávida quando ela mais precisava.
A família de Sarah é rígida, eles nunca vão aceitar a filha grávida e solteira, sem ninguém para a ajudar a cuidar do filho.
- David, olha pra mim. - Sarah pede se ajoelhando a minha frente e segurando meu rosto. - Eu não posso cuidar desse bebê sozinha, eu não posso simplesmente dizer aos meus pais que estou grávida de um homem que me abandonou, que nem olhou pra trás, só me largou. Agora eu estou grávida a gente tem que casar, e o mais rápido possível.
Ela está apavorada e chorando muito. Sei que pra ela nunca ser a fácil passar por isso sozinha.
- Eu não vou te abandonar, Sarah. - falo firmemente. - Não vou abandonar nosso filho, e nós vamos casar.
É isso, meu sonho acabou, vou ter que abrir mão do meu amor, para ficar ao lado da mulher que carrega meu filho, que carrega meu bem mais precioso.
Ficamos em silêncio por momentos que parecem horas infinitas.
Sarah me encara sorridente, enquanto eu... Eu só sei ficar aéreo.
- Não vai dizer nada? - ela pergunta rindo.
- Fui pego de surpresa. - respondo dando de ombros.
- Quer dizer que vamos nos casar mesmo?
- Sim.
- Obrigada David. Graças a Deus, meu pai me mataria se eu cuidasse desse bebê sozinha. - Sarah diz se sentando em meu colo e me dando um selinho que chega parte meu coração.
- Estou apenas fazendo meu papel de... de pai.
- Um ótimo papel por sinal. Devíamos contar pra todos agora mesmo.
- Não. Ainda não. - peço a olhando nos olhos.
- Antes eu preciso dar uma volta, pegar um ar e digerir isso tudo.
Me levanto e começo a caminhar em direção a saída. Sarah me olha confusa mas não impede que eu saia.
Preciso falar com Agatha. Preciso vê-la nem que seja pela última vez.
 


Notas Finais


Comentem o que estão achando. Beijocas ❤


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