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História O Nome Dela é Agatha - Pensando em mim mesmo


Escrita por: Valentinabarry

Capítulo 22 - Pensando em mim mesmo


Fanfic / Fanfiction O Nome Dela é Agatha - Pensando em mim mesmo


POV Agatha
 
- Eu mandei soltar ela. Agora. - o garoto misterioso diz vindo em nossa direção, o pulso fechado e uma cara nada boa. - Cai fora Thomas.
- Cara, tranquilo, eu só queria conversar com ela um pouco. - o babaca diz se afastando rapidamente de mim.
- Conversar? - começo a rir enquanto recolho minhas coisas de volta. - Bem que eu suspeitava que você era retardado! Já viu alguém conversar com a boca grudada na outra?
- Pede desculpa pra ela. - o moreno diz me apontando.
- Desculpa Agatha, não foi minha intenção te assustar. Você me desculpa? - o babaca pede visivelmente preocupado.
- Deixa eu pensar... - falo me fazendo de pensativa, então espero cinco segundos e respondo dando tapinhas em seu braço. - Não! E vou registrar queixa na reitoria!
- Não Agatha, por favor, meu pai vai me mandar de volta pra Irlanda, não faz isso por favor! - ele implora apavorado. - Eu juro que nunca mais me aproximo de você.
Fico olhando pra ele um longo momento, depois o menino se aproxima e o olho.
- Pelo visto você vai voltar pra Irlanda. - ele diz fingindo dar um tapa amistoso no ombro de Thomas.
- Se você fez isso comigo pode ter feito com outras também e não vou deixar isso chegar muito longe. - eu falo agora bastante séria.
- Meu pai é rico, eu posso...
- É rico? - pergunto ficando a centímetros de distância dele. - Que bom, temos algo em comum. Mas tem uma coisa que eu garanto que não temos em comum, um pai que pode te caçar até no inferno se você fizer algo pra filha dele. Um pai que tem dinheiro suficiente pra te mandar pra lua e te deixar lá até morrer sem oxigênio, então sai de perto de mim antes que eu mude de ideia e te ferre mais do que só ir na reitoria dar queixa de você.
Ele fica me olhando um tempo, então suspira e sai cabisbaixo. Rio da cara dele e quando me viro o moreno está me olhando com a sobrancelha arqueada.
- Mandou bem. - ele diz rindo.
- Obrigada, mas quem mandou bem foi você, imagina se não aparecesse... - falo dando um longo suspiro. - Muito obrigada.
- Você está bem?
- Estaria melhor se eu pudesse socar aquele babaca.
Ele sorri de canto e arruma a mochila nos ombros.
- Vem, eu vou te acompanhar até a reitoria. - ele diz pegando em meu ombro mas eu me afasto.
- Não precisa, vou sozinha. - respondo começando a andar mas ele começa a me seguir. - Olha acabei de passar raiva com um babaca tentando me agarrar, não queira ser mais um.
- Não estou tentando nada, só estou te acompanhando mesmo. - ele se defende levantando as mãos. - Além disso eu namoro.
- Grande coisa, até parece que vocês homens se importam com isso. - resmungo revirando os olhos.
- Gata, você se acha demais. - ele diz e o encaro séria. - Nem se você quisesse eu iria te querer.
- Aham sei...
- Sou gay, namoro um cara, então não, definitivamente você não faz meu tipo. - o moreno ri da minha cara.
- Desculpe, eu não sabia. - respondo rindo. - Fui uma idiota, mas é que esses dias tem sido um saco.
- Posso imaginar. - seu suspiro alto é bem dramático, ele me olha e estende a mão. - A propósito, meu nome é Jackson.
- Agatha. - sorrio enquanto aperto sua mão. - Que bom que você é gay.
- É, eu também acho. - ele diz rindo.
Então o clima fica bem mais relaxado, conversamos em meio a muitas risadas. Eu presto queixa na reitoria enquanto ele confirma minha história, o reitor diz que vai tomar uma atitude, se desculpa comigo e então saímos.
Acho que agora tenho um novo amigo, isso é perfeito, assim quem sabe posso me esquecer um pouco daquele encontro desagradável com o David e com a Sarah.
 
POV David Luiz
 
Uma semana se passou desde que vi Agatha naquela cafeteria. Uma semana que não a vejo e me sinto morto por dentro, eu gosto tanto dela que chega a doer em mim. Sinto tanta falta que a vontade que tenho é de sair por ai para procurar ela.
Vê-la aquele dia me deixou tão pra baixo, eu vi o como ela estava abalada de uma certa forma, mas eu também vi o quanto ela consegue seguir em frente sem mim, confesso que isso sim me deixou abalado. Eu não consigo seguir em frente, simplesmente não consigo, só fico pensando nela o tempo todo, até dormindo ela é o centro das atenções.
Sarah está irritada desde o dia da cafeteria, mas deve ser por conta dos hormônios de grávida, afinal não tenho culpa de termos nos encontrado lá.
Por um pedido meu ainda não assumimos que vamos nos casar, nem que ela está grávida. Disse que é porque eu quero que os fofoqueiros não fiquem no nosso pé, mas na verdade é porque eu ainda não estou preparado para algo assim. Quem sabe da gravidez é só meus pais e os pais da Sarah.
Entro no vestiário e todos me olham, comprimento com um aceno pra geral e vou direto me vestir pro treino.
- E ai cara? - Oscar diz dando um tapinha em minhas costas.
- Oi. - respondo forçando um sorriso.
- Você está bem? - ele pergunta preocupado.
- Estou. Vamos pro campo, todos já foram. - mudo o rumo da conversa e ele assente.
- Você e Sarah estão bem? - olho pra ele sério e o mesmo dá de ombros. - Sei que não é da minha conta, mas é que você e Agatha pareciam tão... tão apaixonados.
- Estou com Sarah, é assim que tem que ser. - tento cortar mas como ele não sabe o significado de dar espaço  continua me encarando.
- Achei estranho, você com a Sarah depois de tudo. - seu tom de voz demonstra confusão, mas o ignoro enquanto vamos só andando até o campo. - Achei mais esqueisito ainda quando eu a vi esses dias com outro cara.
- É o que? - pergunto parando bruscamente pra olha-lo. - Como assim outro cara? Onde viu isso?
- Bom, eu e Ludy fomos na casa dela visitá-la, e assim que chegamos um rapaz moreno saiu do apartamento dela. Ela tava acompanhando ele e disse "tchau docinho". - ele tenta imitar a voz dela mas tudo que consigo fazer é abrir a boca em sinal de surpresa.
- Docinho? Docinho? Que merda de docinho é esse?
- Porque está com ciúmes? Acho que não tem mais esse direito. Na verdade nunca teve. - ele diz rindo.
- Não estou com ciúmes! É só que esse é um apelido de merda. - tento parecer ser o mais normal. - Agatha já foi melhor com apelidos.
- Qual era o apelido que ela te dava? - Oscar pergunta só pra me deixar nervoso.
- Não interessa, não mais. Agora vamos treinar. - reclamo um tanto rude.
Como assim ela pôde encontrar alguém tão rápido assim? Como ela nem esperou um pouco?
Isso me magoa tanto que quase sinto meu coração sendo esmagado em pedaços. Eu jamais imaginaria que doeria tanto, não sei nem se paixão deveria ser o nome dado para isso que estou sentindo. É mais, é algo tão profundo e intenso.
O treino está bastante exaustivo, daqui dois dias vamos jogar contra o Manchester United e o treinador não está dando descanso mesmo.
Roubo a bola do Diego e passo ela para Oscar, que devolve pra mim alguns segundos depois. Corro com ela pelo gramado e quando ia chutar para o gol sou derrubado por Hazard.
Duas horas depois o treino termina e ficamos atoa conversando no campo. Quer dizer, os outros ficam porque eu apenas fico sentado no gramado observando o campo.
Lembro do dia em que Agatha apareceu de surpresa aqui e simplesmente queria ter beijado ela, mas não fiz por medo de que alguém pudesse ver.
- Cara, pode abrir a boca, eu sei que você não está bem. - Oscar diz se sentando na minha frente.
- Estou sim. - desconverso mas ele ri.
- Ata, estou vendo mesmo. Tá quase chorando ai. - ele diz revirando os olhos. - Diz logo cara, eu sou seu amigo, sabe que sempre quis ajudar. Ainda quero.
Olho pra ele e suspiro longamente, Oscar sempre foi meu amigo.
- Não estou com a Sarah porque quero, estou porque ela está grávida. - digo isso no momento em que ele estava tomando água, o que faz com que ele engasgue e demore minutos pra se recuperar.
- Oi? - ele pergunta sem acreditar.
- Pois é. Vou ser pai e a Sarah vai ser a mãe. Eu não a amo, mas sei que temos que ficar juntos agora, então só estou fazendo o certo. - respondo dando de ombros.
- Certo pra quem David? - ele pergunta sério.
- Olha o pai dela é muito exigente, não permitiria que a filha cuidasse sozinha de um bebê. Não que eu abandonaria meu filho, de jeito nenhum, mas o pai dela não aceitaria ela como uma mãe solteira. - falo dando de ombros.
- Que baboseira! Vocês estão em pleno século 21! Acha mesmo que o pai dela iria abandona-la? - Oscar quase grita, o que faz com que vários olhares caiam sobre nós. - Além do mais Sarah é uma mulher independe, nem morar com os pais ela mora mais. O pai dela não poderia fazer nada, quer dizer, talvez ele tentaria te castrar, mas não faria nada com ela.
- Nossa, isso é muito motivador.- falo ironicamente. - Eu não posso abandonar ela agora, ela não quer! Ela precisa de mim.
- E você não pode ajudar ela sem precisar namorar com ela?
- Casar. - falo e ele arregala os olhos.
- Casar? - agora ele fala bastante alto, sorte que muito mais da metade não fala português. - É louco?
- É o que tem que ser feito.
- Para David! Você está só pensando na Sarah, não em você, nem na coitada da Agatha. Ela passou e está passando por maus  bocados e mesmo assim abriu mão de tudo pra tentar algo com você. E o que você faz? A abandonou.
- Eu não a abandonei.
- Ah não? - ele ri. - David deixa de ser idiota, você está perdendo a mulher que gosta pra ser  aquilo que os outros querem, não você. Para de pensar nos outros e comece a pensar em si mesmo. Agatha gosta de você.
- Acha?
- Claro seu babaca, se ela não gostasse não teria passado por tudo o que passou. Apenas te daria adeus assim que saiu as notícias sobre vocês. - ele diz agora sério. - Vai cara, vai terminar com a Sarah e corre para a Agatha. Tá perdendo seu tempo fazendo o que não quer.
Eu cansei de ser o bom moço sempre, aquele que só pensa na felicidade dos outros e esquece a minha. Vou lutar por Agatha, vou conquistar ela de novo, e é com ela que vou ficar.
Então me levanto e Oscar faz o mesmo.
- O que vai fazer?
- Vou pra casa. - falo e ele suspira revirando os olhos. - Vou terminar com Sarah e ir atrás de Agatha.
- Isso ai cara, pensa na sua felicidade. - ele diz me abraçando.
- Deixa de ser esquisito. - reclamo me afastando. - Depois a gente se fala.
- Me liga quando tudo dê certo com a ruiva.
- Meu querido, pode ter certeza que se tudo der certo com Agatha eu com certeza não vou te ligar. Vou estar bastante ocupado se é que me entende.
Então lhe dou as costas e saio correndo em direção ao vestiário. Tomo um banho e me visto apressado. Quando entro no meu carro decido que a primeira parada vai ser lá em casa para falar com Sarah. Chega de fazer as coisas do jeito errado, agora tudo vai ser certo.
Cinco minutos depois eu paro meu carro no estacionamento do prédio. Entro no elevador e  aperto o botão para a cobertura.
Destranco a porta de casa e a primeira coisa que sinto é o cheiro de comida feita, Sarah deve estar cozinhando com a minha funcionária dona Maria.
Assim que entro vejo as duas mexendo nas panelas, Sarah está com o cabelo amarrado em um coque e veste uma camiseta minha. O que é bem ridículo já que nem transamos desde que "voltamos", o máximo que fizemos foi dar selinho porque ela vinha já me beijando.
- Bom dia. - falo chamando a atenção das duas.
- Bom dia David. - dona Maria diz sorridente, adoro ela. - Está com fome?
- Sim, muita. - minto só pra não desapontar ela.
- Bom dia meu amor. - Sarah diz vindo me abraçar, então ela olha pra Maria e usa um tom de voz um tanto severo. - Viu Maria, eu disse que seria boa ideia fazer o almoço mais cedo.
- Disse sim dona Sarah, desculpe. - Maria pede envergonhada.
- Hey, está tudo bem bonitinha. - falo com o apelido que sempre a chamo. - Aliás, amanhã o almoço pode ser feito no horário de sempre.
- Tudo bem. - ela sorri e Sarah me olha forçando um sorriso.
- Podemos conversar um pouco? - peço e ela me olha arqueando a sobrancelha.
- Está tudo bem David?
- Só vamos ali pra sala conversar um pouco.
Sarah assente preocupada mas não larga minha cintura enquanto andamos até a sala.
- O que quer conversar? - ela pergunta enquanto se senta no sofá e eu me sento na mesa de centro para ficar de frente pra ela.
- Sarah, sabe que sou péssimo em enrolação, por isso vou tentar ser o mais direto possível. Okay?
- Você já está enrolando. - ela reclama revirando os olhos. - Diz de uma vez porque eu já estou suspeitando do que seja.
- Eu não quero me casar com você. Não quero ter nenhum tipo de relacionamento amoroso com você.  - falo e ela arregala os olhos. - Eu sinto um carinho enorme por você, sinto mesmo, mas não é amor e não posso ser feliz com você se não existir amor.
- David, eu estou grávida! Sabe que não consigo seguir em frente sozinha. - ela diz pegando minhas mãos. - Por favor David.
- Não Sarah, não dá! Eu tenho que pensar em mim também. - falo calmamente. - Eu não vou te abandonar, pode ter certeza que vou te ajudar em tudo! Mas não dá!
- É a Agatha né?
- Sim, mas também sou eu... eu deveria ter terminado com você a muito tempo. Sinto muito.
- Tudo bem. Você que sabe. - ela diz dando de ombros. -  Mas preciso de um tempo pra encontrar outro lugar pra ficar.
- Tudo bem. Fique o tempo que quiser.
- Amanhã mesmo vou procurar um lugar. - ela diz se levantando e me olhando com os olhos lacrimejados. - Um dia você vai ver que está enganado e é eu que vou estar a sua espera.
Então ela me deixa indo em direção ao quarto, enquanto eu fico apenas a observando e sentindo um peso sair de minhas costas.
Agora chegou a parte dois. Agatha.


Notas Finais


Comentem minhas amorinhas ♡


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