1. Spirit Fanfics >
  2. O Nome Dela é Agatha >
  3. Uma surpresa

História O Nome Dela é Agatha - Uma surpresa


Escrita por: Valentinabarry

Capítulo 29 - Uma surpresa


Fanfic / Fanfiction O Nome Dela é Agatha - Uma surpresa


POV Agatha
 
David sai me deixando sozinha no meio da sala. Olho para o telefone em minhas mãos e reviro os olhos indo até a mesa de centro e o colocando lá.
A noite estava perfeita demais, sabia que eu não poderia me animar demais com isso.
A porta volta a se abrir e me viro esperançosa pensando ser David, mas ao invés disso Sophia que entra com uma cara bastante triste.
Ela me olha e vem até mim, se senta ao meu lado e me abraça me deixando mais confusa do que nunca.
- Oi. - ela diz um tanto triste, então começa a chorar. - Me... me desculpa por estar sendo uma idiota ultimamente.
- Meu Deus! O que foi Soph? - pergunto a apertando mais a mim. - O que está acontecendo?
- Tanta coisa, mas tudo tão confuso. - ela diz fungando. - Eu não sei nem dizer o que estou sentindo. Só me desculpa.
- Eu desculpo Soph. Calma.
- Tem coisas acontecendo comigo... coisas que nunca aconteceram e... e coisas que eu ainda não posso dizer, que na verdade nem sei se vou conseguir dizer algum dia. - ela se embaralha pra falar.
- Me diz agora Soph, me dá uma pista ao menos. - peço agora bastante preocupada. - Sua família está com problemas de novo?
- Não. Eles estão bem. - ela diz enxugando as lágrimas e respirando fundo.
- É o emprego?
- Não... É... É que acho que estou apaixonada por uma pessoa. - quando ela diz isso eu preciso me segurar pra não xingar ela ou rir.
- O que? Esse choro todo por conta de estar apaixonada? - pergunto suspirando aliviada.
- Não é simples como você pensa. - ela responde voltando a chorar, mas agora mais contida.
- Então como é? Me diz, estou preocupada de verdade!
- Ainda não posso. Eu preciso entender tudo que está acontecendo primeiro, mas te peço desculpa por ter sido uma babaca nesses últimos dias. - ela diz pegando minhas mãos.
- Está perdoada Soph. Olha, tenho uma ideia, - falo no meu melhor tom de voz animado. - que tal a gente pedir  uma pizza enorme, chocolates e colocar filmes enquanto reclamamos da nossas vidas amorosas?
- Porque você reclamaria? Achei que você e o David estivessem bem.
- Eu também achei, mas parece que ele não pensa em algo mais sério sabe... - respondo suspirando. - Mas enfim, será que podemos esquecer isso por enquanto?
- Você que manda. - ela diz forçando um sorriso. - Agora, será que cervejas não seriam melhor que pizza e chocolates?
Eu e o Sophia acabamos saindo pra um barzinho que tem em frente ao nosso apartamento. Pedimos tantas cervejas que o fato de eu estar muito bêbada não me deixa contar quantas garrafas foram.
- E o Rom tinha um pau tão pequeno. - Sophia diz rindo. - Foi minha primeira vez com ele e a última também. Ainda bem que depois apareceram uns paus maiores.
Nós duas estamos rindo tanto que aposto que todos estão olhando. Será que estamos falando alto também?
E fala sério esse barzinho é tão vazio que não entendo como hoje ele pode estar lotado. Eu devia ter optado por roupas melhores que minha calça preta de dormir e camiseta do Batman, sorte que eu coloquei meu sobretudo por cima. A Soph está arrumada mas eu em compensação estou parecendo uma louca que acabou de fugir do hospício,uma louca sexy como Soph insiste em dizer. Ao menos não vim com pantufas.
- Minha primeira vez foi uma grande droga. O garoto não conseguia encontrar a entrada de é que me entende. - falo fazendo gestos o que nos faz rir mais. - Sorte que meu boy atual tem um pau grande e gostoso demais.
- Meu Deus! Não acredito que essas palavras vieram da boca da madre Agatha. - Sophia diz se contorcendo de rir.
- Eu falo muitas coisas interessantes pra ele. - falo dando uma piscadinha.
- Eu não sei, parece que olho pra vocês e vejo dois românticos na hora H. - Sophia faz uma careta e eu faço outra.
- Somos um pouco dos dois, mas essa noite meu Deus do céu, David me levou a loucura. Foi tão sexy... eu diria até selvagem. - falo abanando meu rosto. - Ele fode tão bem!
- Porque ele não estava lá em casa hoje? - Sophia pergunta tomando mais um gole de sua cerveja.
- Sarah ligou pra ele dizendo que estava com desejos de morangos. - eu respondo antes de tomar um longo gole de cerveja.
- Fala sério! Ele foi? - Soph fica boquiaberta.
- Foi! E parando pra pensar agora, eu estou beeem puta com isso! - coloco as mãos no rosto em sinal de frustração. - Aquela...
- Termina. - Sophia diz assim que nota o que não vou terminar a frase.
- Não posso, é errado. Ela está grávida e nunca fez nada pra... pra mim. - minha voz sai bem arrastada por conta do álcool.
- Hoje ela fez sim. - Soph diz arqueando a sobrancelha e fazendo um gesto com a garrafa. - Fez seu homem sair lá de casa para ir levar morangos pra ela. Vocês poderiam estar fudendo agora se não fosse ela.
- Então está certo. - concordo com uma careta. - Aquela vadia grávida!
- Isso é tudo? Sei que você consegue fazer melhor.
- Ain não Soph, já foi errado eu chamar ela de Vadia grávida. - resmungo arrependida.
- Meu pau. Foda-se ninguém está ouvindo além de mim. E qualquer coisa você coloca culpa na bebida.
Olho pra ela pensando se xingo aquela Sarah ou não.
O bar agora parece bem animado e nem sei onde estão aqueles velhos que jogam poker aqui todas as noites. Então uma música da Rihanna (que? Música da Rihanna nesse bar?) que eu esqueci o nome começa a tocar e eu só sei que amo ela!
- Essa música é demais! - grito esticando meus braços.
- Okay. Então aproveita que a riri está citando o dicionário dos palavrões e se inspire nela! Uhul!! - Sophia também grita e graças a Deus todos estão tão bêbados como nós que nem nos notam direito.
- Tudo bem tudo bem, eu tenho um palavrão muito bom pra aquelazinha! - falo me levantando, estufando o peito e arrumando meus cabelos. - Aquela vadia, biscate piranha que acha que pode me colocar pra escanteio vai ver o quanto sou melhor! Mais bonita, gostosa e eu fodo melhor também.
- Isso ai garota! - Sophia diz rindo muito. - Jackson e Jasmim deveriam estar bêbados aqui com a gente.
- Aqueles lá são bem sucedidos em seus relacionamentos, só nós duas que somos as ovelhas negras mesmo. - reclamo terminando minha cerveja.
-  Droga! Já são 3h da manhã, nem vi o tempo passar. - Sophia diz olhando no celular.
- Merda, amanhã a gente tem que ir pra faculdade e ir trabalhar também. - reclamo pegando minha carteira e retirando alguns euros enquanto Soph faz o mesmo.
Pagamos a conta e saímos de braços dados. Corremos pra atravessar a rua pois a rua está praticamente vazia com exceção do bar lotado. Entramos no nosso prédio tropeçando nos próprios pés e rindo que nem retardadas.
- Obrigada pela noite amiga, eu me diverti demais! - Sophia diz entrando em seu quarto.
- Eu também, a gente precisa fazer isso mais vezes. - falo antes de entrar no meu e me jogar em minha cama.
O sono me atinge em cheio e acabo dormindo.
Acordo as sete e meia em ponto com uma dor de cabeça do Caralho, tomo um banho bem rápido. Visto uma calça jeans surrada, uma camiseta simples cinza, um tênis branco e por último uma blusa de frio moletom.
Tomo um café forte pra ver se me anima um pouco e vou de carona com a Sophia pra faculdade.
Assistir as aulas parece uma tarefa quase impossível e preciso beber litros e litros de café pra não capotar na aula da senhorita Thompson, vulgo bruxa do 71.
Almoço rápido em um restaurante qualquer e corro pra  estação de metrô.
No trabalho as coisas são mais tranquilas e como hoje estou andando de um lado para o outro aqui o sono praticamente não me atinge.
David não falou comigo mais desde ontem e isso de uma certa forma me deixa preocupada, apreensiva e com um certo medo rondando meu coração.
Ele foi na Sarah ontem, levou morangos pra ela e sabe-se lá o que eles fizeram depois disso. Ela pode muito bem ter jogado charme, feito todo aquele drama de ser uma grávida solteira e o babaca deve ter caído na dela. Urgh!
- Agatha, já está na hora de ir embora, não quero que bata seu ponto errado de novo. - meu chefe diz se encostando em minha mesa.
Ele é um homem na faixa dos quarenta anos, muito bonito e educado.
- Desculpe, nem vi o tempo passar. - falo rindo enquanto pego meus materiais. - Eu gosto tanto do que faço que acabo esquecendo do tempo.
- Sei bem como é isso. Minha ex mulher vivia dizendo que eu só sabia trabalhar e mais nada. - ele diz enquanto vai me acompanhando até o local onde bato o ponto. - A ingrata não se lembrava de quando eu ia buscar ela no salão três vezes na semana.
- Nem todos são justos. - brinco e ele ri me olhando. - Enfim, tenho que ir. Boa noite senhor Bridget, tenha um bom final de semana.
- Você também menina. Juízo. - Ele acena piscando pra mim.
- Sempre.
Consigo pegar o metrô antes das 18h30, graças a Deus o tempo até chegar em casa não dura nem dez minutos.
Quando saio da estação encontro um trio de garotos que mora na minha rua e que as vezes me deixam dar uma volta em seus skates e bicicletas. São meus amigos apesar de o mais velho ter 14 anos, mas quem se importa? Eu não!
- Hey seus moleques baderneiros, amanhã desço pra rua pra darmos um volta de skate ou bike! - grito acenando pra eles que se animam.
- Esperamos você lá Ariel! - July a mais nova do grupo diz enquanto tenta se equilibrar nos patins.
Aceno mais uma vez pra eles e caminho em direção a minha casa lembrando do dia em que quebrei a perna porque estava na bike de manobras do irmão da July. Me ferrei tanto nesse dia.
Quebrei a porra  de um osso logo quando a Jasmim estava de lua de mel e a Soph estava visitando a irmã na Irlanda. Só não passei fome porque graças a Deus existe entrega de comida a domicílio, mas não conseguia banhar.
Passo em frente ao bar de ontem e preciso me segurar pra não rir quando o segurança me olha e ri também.
A cidade está tão linda hoje.
Chego ao meu prédio e o porteiro acena para mim e sorri largamente. Estranho, ele nunca foi de sorrisos assim.
Quando entro no elevador aperto o botão do meu andar. Olho no espelho e vejo que pra quem acordou de ressaca eu não estou nada mal.
Saio assim que as portas se abrem, mas como de costume paro no meio do corredor pra procurar minhas chaves na minha bolsa. Eu sempre as perco e estou começando a achar que talvez seja melhor eu pendura-las em meu pescoço.
Destranco a porta um tanto desajeitada e assim que a abro fico paralisada, meus pés nem se movem do lugar e meus olhos não acreditam no que estão vendo.
É como se um mundo de coisas e sentimentos me atingissem de uma vez e me deixassem com as pernas bambas e sem fala. Meu estômago se embrulha e na verdade nem sei porque ele está fazendo isso. Talvez seja de nervoso, talvez emoção... ainda não raciocinei.
A cena que eu vejo é a mais impressionante e bonita que já vi. Muitas flores estão espalhadas na minha sala de estar, inúmeras mesmo. Talvez mais de quinze.
Elas são todas vermelhas e estão em caixas pretas e brancas. São as coisas mais lindas que já vi, mas não entendo porque estão aqui.
Olho para um canto e vejo Sophia me filmando com o celular, ela ri quando eu a olho com as mãos tampando minha boca.
- O que é isso Soph? - pergunto com uma emoção estranha invadindo meu corpo.
- Flores sua boba. - ela brinca e eu volto a olhar pra elas. - São suas.
- Minhas? Tem certeza?
- Absoluta e não foi eu quem deu. - ela brinca novamente.
Sem desgrudar os olhos das flores eu fecho a porta enquanto caminho por todas elas. Todas parecem ter cartões e eu não entendo o motivo. Quantas pessoas me deram flores.
- Quantos cartões. - falo sem saber qual pegar primeiro.
Alguém bate na porta e olho pra Sophia que volta a rir de ansioso.
- Pode parar de me filmar e ir abrir a porta? - pergunto ainda boquiaberta.
- Não. Acho que você vai preferir abrir. - ela diz e a olho confusa. - Anda logo e para de estragar a surpresa.
- Ok ok. - falo levantando as mãos em forma de rendição e indo até a porta.
Quando abro meu coração falta saltar pela boca e não consigo reprimir um grande sorriso que cresce em meu rosto.
- Oi ruivinha. - David diz parado em minha frente, segurando um buquê igual aos outros.
Ele sorri quando vê minha reação e nem sei porque mas não consigo acreditar nessa surpresa toda.
- Você... - pigarro quando minha voz falha. - Você que fez isso tudo?
- Sim, mas tive uma ajudinha. Gostou? - ele pergunta ansioso.
- Muito. Obrigada. - Ele me estende o buquê em sua mão e rio. - Nossa, obrigada por esse buquê lindo, nunca ganhei um.
- Engraçadinha. - David revira os olhos e jogo um beijo pra ele.
- Agora, vou deixar os pombinhos sozinhos. Tchau, aproveitem. - Sophia diz pegando sua bolsa e saindo do apartamento apressada.
- Mais um cartão. - falo franzino o cenho e depois olhando pra ele. - Por qual começo?
- Por esse. - Ele diz apontando pro buquê em meus braços que coloco no chão ao mesmo tempo que me sento.
Estou sentada no meio de flores vermelhas e com o cara que me deixa mais apaixonada a cada dia que o vejo.
- Está muito linda assim no meio das rosas. - Ele diz me fazendo corar.
Pego o envelope e o abro.
- Achei melhor escrever do que falar, assim eu não deixaria nada passar. - David explica antes de eu retirar um carta do envelope.
Respiro fundo então começo a ler.
" Oi, se você está lendo isso é porque ainda não jogou o buquê na minha cara e nem me mandou embora. Bom, eu não sei exatamente o que falar, mas acredito que se eu ir escrevendo e escrevendo tudo que eu quero vai ser dito. Agatha, desde que eu te conheci senti que você marcaria minha vida de uma forma que ninguém marcou até hoje. Você é Alegre, espontânea, humilde e engraçada, está sempre fazendo todos a sua volta se sentir bem e acho que é isso que me fez ficar mais encantado por você. Mas não vou enrolar demais, tudo que eu ainda quero dizer posso dizer na sua frente, te olhando nos olhos e admirando seu sorriso lindo. Acho que notou que cada buquê tem um envelope, por isso quero que pegue todos, abra e junte as letras, no final você vai ver o resultado e vai poder decidir o que responder. Mas lembre-se, eu estou apaixonado, não parta meu coraçãozinho frágil"
Olho pra ele e só percebo que estou chorando quando vejo seu rosto embaçado por conta das minhas lágrimas. David está o tempo todo sorrindo e não tem noção do quanto isso é lindo.
Me levanto e começo a pegar um por um dos envelopes sob o olhar atento do meu jogador.
Quando termino tudo olho pra ele earqueio a sobrancelha.
- O que? - ele pergunta rindo.
- Tenho que juntar tipo um quebra-cabeças? - pergunto tirando um por um dos envelopes.
- Sim.
Dou de ombros e volto a me sentar no chão e enquanto tiro as placas com letras douradas dos envelopes a música Luz dos Olhos do Nando Reis começa a tocar, o que me faz parar por um momento pra olhar para o David. Ele sorri e depois faz um careta.
- Continua por favor. - Ele pede e assinto voltando o meu trabalho de colocar as placas em seus devidos lugares.
Quando termino a primeira coisa que faço e tampar a boca com as mãos. As lágrimas  escorrem pelo meu rosto e sinto aquelas famosas borboletas no meu estômago.
A frase "Quer namorar comigo?" Foi formada pelas placas e preciso reprimir um soluço quando finalmente me dou conta do que isso significa.
Olho para David e me deparo com ele de pé ao meu lado. Em seu rosto um sorriso de alegria está dançando e é a coisa mais linda que já vi, e que só me faz chorar mais.
- Então cabelo de cobre, aceita ser minha namorada? - ele pergunta torcendo os dedos.
Sorrio por entre as lágrimas. Eu sou loucamente apaixonada por esse maluco, eu não me vejo sem ele e nem sei se um dia terei forças para isso.
- Eu... eu aceito. - respondo antes de ficar nas pontas dos pés e abraça-lo. - Eu quero muito ser sua namorada.
- Eu quero isso desde o nosso primeiro beijo. - ele diz me puxando pela cintura, o que faz com que nossos corpos fiquem juntinhos.
- É meu namorado então? - brinco mordendo seu queixo.
- Infelizmente.
- Infelizmente? Então que tal terminarmos? - finjo de brava e ele ri.
- Terminar? Nunca. - David me dá um selinho demorado. - Namorada.


Notas Finais


Amores lindos gostaram?


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...