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História O Nome Dela é Agatha - Uma convidada


Escrita por: Valentinabarry

Notas do Autor


Oi mores! Espero que gostem do capítulo 😚

Capítulo 34 - Uma convidada


POV David Luiz

Acordo sentindo um peso nas minhas costas, abro os olhos com dificuldade por conta da claridade que invade o quarto de Agatha. Logo dou de cara com o espelho que fica perto da cama e então vejo que o peso nas minhas costas é a Agatha dormindo em cima de mim.

Seus cabelos estão espalhados por nós dois e uma de suas mãos está apoiada em meu ombro, seu rosto está sereno e a boca entreaberta enquanto dorme tranquilamente.

Tento sair de baixo dela sem acordá-la mas não consigo e acabo desistindo, o jeito vai ser chamar por ela mesmo.

- Agatha? - chamo enquanto coloco o braço para trás e cutuco a parte de trás de sua cocha. - Agatha? Acorda.

- Não... - ela sussurra ainda dormindo.

- Bebê, eu preciso levantar. - falo e ela continua dormindo.

- Cala a boca.

- Agatha, você tá me esmagando. - brinco e então ela ri com os olhos fechados, suspira longamente e então abre os olhos.

É a coisa mais linda que já vi. Ela olha para nossos reflexos no espelho e sorri, realmente é uma cena linda.

- Você é chato. - ela reclama saindo de cima de mim e se deitando na cama completamente nua.

Olho para ela que agora está se cobrindo com a coberta e voltando a fechar os olhos.

- Vou tomar um banho e então ir embora ok?

- Ir embora?

- Sim, esqueceu que meus pais estão na minha casa? - pergunto enquanto me levanto e vou até o banheiro. - Aliás você vai almoçar conosco hoje!

- Vou? - ela grita do quarto. - Não quero.

- Como assim não quer? - me espanto voltando para o quarto. - Não gostou de conhecer minha família?

- Não é isso David, é que se coloque no meu lugar, fico meio acanhada de estar o tempo todo com você e eles acharem que sou invasiva demais. - ela diz se levantando da cama e vindo até mim, ela enlaça seus braços em volta do meu pescoço e me dá um selinho.

- Meus pais não são assim, Agatha. Eles gostam dessa aproximação, ainda mais que você é minha namorada.

- Tudo bem, eu vou. Você tem razão. - ela me dá mais um beijo e se afasta. - Então vamos tomar banho e nos arrumar.

- Como assim vamos tomar banho? - pergunto enquanto ela se afasta de mim e segue pro banheiro. - Quem disse que eu quero banhar com você?

- Querido, minha casa, minhas regras. - ela brinca enquanto liga o chuveiro e coloca a mão na água para ver a temperatura. - E uma das regras é tomar banho com a ruiva gostosa.

- Que regra é essa em? - me finjo de bravo enquanto entro no box com ela e enlaço sua cintura.

- É uma regra só para um certo jogador... - ela fica nas pontas dos pés para tentar ficar da minha altura.

Tomamos um banho relaxante e não rola nada de demais, só beijos, brincadeiras e risadas por conta da palhaça que ela é. No meio de uma dessas brincadeiras eu a ajudo a lavar o cabelo e ela faz o mesmo comigo só que com uma certa dificuldade por conta da minha altura. Ela só tem 1,60m.

- Amor, e se seus pais perguntarem até que horas ficamos na festa? - Agatha pergunta enquanto desfila pelo quarto só de lingerie e penteia o cabelo.

- A gente fala a verdade ué, não somos crianças. Eu tenho 30 anos.

- Tudo bem. - ela dá de ombros mas vejo sua cara de preocupada e então rio.

- Até parece uma menina de dezessete anos com medo do primeiro encontro com os sogros.

- Não viaja seu besta. - ganho um beijo e então ela se afasta. - Agorinha estou pronta.

Me deito na cama enquanto espero Agatha, porque eu já estou pronto. Aproveito para dar uma olhada no Instagram. Tiro uma foto minha fingindo estar com tédio e com a legenda "quando você namora a Cinderela e ela te deixa esperando".

Vejo alguns stores e então quando menos espero um store da Sarah aparece e quase me engasgo. Na foto ela está em frente a um espelho com a mão na barriga que nem está grande ainda e a legenda é simples "mamãe já ama".

- Merda.

- O que foi David? - Agatha surge me dando um susto.

Ela já está vestida com uma calça rasgada no joelho, uma camiseta larga cinza e de chinelo. Adoro como ela é simples e mesmo assim consegue ser a mulher mais linda que já vi no mundo.

- Bebê, aconteceu uma coisa. - falo porque sei que ela vai descobrir sozinha se eu não contar.

- O que garoto? Tá me assustando.

- A Sarah acabou de assumir no Instagram que está grávida.

- Tá... e daí? - ela me olha confusa e acaba me deixando confuso também.

- Bom, e daí que todos estão sabendo agora e aposto que logo vão ter notícia pra cacete sobre isso. Me desculpa.

- Te desculpar pelo o quê meu amor? - Agatha pergunta se sentando em meu colo. - Ela está grávida de você e uma hora ou outra todos iriam descobrir. Se você está preocupado comigo fique tranquilo, estou bem e vou continuar bem.

Olho para ela longamente, seus olhos me transmitem tanta confiança e carinho que me faz até me sentir melhor. Mas eu sei que ela não está muito bem com esse assunto, sei que está pensando um monte de coisas sobre as matérias que vão sair.

- Obrigado minha ruiva. - ganho um sorriso amplo e um beijo na bochecha, então ela se levanta e me estende a mão que aceito na mesma hora.

- Agora deixa de maluquice e vamos pra sua casa.

- Sim senhora. - brinco me levantando e indo até ela. - A propósito, eu amei cada detalhe da nossa noite. Obrigado.

- Eu também amei. - ela fica na ponta dos pés para me dar um beijo, então ela se afasta e me olha maliciosa. - Estou começando a descobrir as vantagens de namorar um jogador... ânimo e muito fôlego.

- Você é muito palhaça. - falo rindo dela enquanto a mesma me puxa pela mão para sairmos de seu quarto.

Quando estamos na sala Agatha já para no meio do caminho com a cena que vê.

A amiga loira de Sophia está sentada no sofá usando uma camiseta rosa de pijama e um short da mesma cor. Sophia está deitada com a cabeça em seu colo enquanto a amiga faz cafuné em seus cabelos, as duas estão assistindo uma série que desconheço no momento.

Sinto Agatha apertar minha mão e ouço ela bufar de raiva ou ciúmes, não sei, talvez seja um misto dos dois. Então ela pigarra chamando a atenção das duas, Sophia se assusta e depois fica nos encarando.

- Bom dia. - Agatha diz forjando uma simpatia.

- Bom dia. - as duas respondem juntas.

- Você dormiu aqui Amanda? - ela pergunta com um sorrisinho que particularmente está na cara que é falso.

- Sim. Desculpa incomodar.

- Não é incomodo algum.

- Relaxa Amanda, a Agatha é tranquila sobre isso. - Sophia diz um tanto tensa.

- É eu sou. - minha namorada diz ainda sorrindo.

- Chegaram muito tarde? - pergunto pra disfarçar que minha namorada está meio nervosa, digamos assim.

- Sim. A festa estava muito animada. - A loira responde bem simpática.

- Imagino, o Jack dá umas festas muito boas. - Agatha diz agora séria e preciso de uma deixa para arrastar ela pra fora daqui antes que isso acabe mal demais.

- Amor, meus pais estão nos esperando para ajudarmos com o almoço. - invento uma desculpa e ela finalmente me olha e então assente.

- Tchau. Sinta-se a vontade, Amanda. - o desdém em sua voz é tão evidente que a loira fica sem reação e apenas nos observa deixar o apartamento.

Ficamos em silêncio até chegar no elevador, no qual ela falta esmurrar o botão para chamá-lo. Quando as portas se abrem ela entra bufando e vermelha feito um pimentão.

Solta minha mão e se encosta com tudo na parede, é uma cena tão engraçada que preciso me segurar para não rir. Ela nem me olha e não sei porque acho que está brava comigo também.

O elevador para no estacionamento e saímos, Agatha não diz um "a" enquanto caminhamos até meu carro sem estar de mãos dadas. Destravo meu carro ainda me segurando para não rir. Quando entramos vejo Agatha ainda de cara amarrada, ela fecha a porta com força e é aí que eu não aguento e começo a rir.

- Tá rindo do que? - ela pergunta me olhando séria.

- Nada, é só que...

- Quer saber, não fala nada. - Agatha pede me fazendo rir mais.

- Você fica parecendo uma menininha emburrada e ciumenta.

- Eu disse para não falar. - ela diz revirando os olhos. - E eu não estou com ciúmes coisa alguma, é só que... argh! Aquela garota me irrita. Quem ela pensa que é?

- Bebê...

- Não me chama de bebê agora, ela estava dando moral para você.

- Estava? - fico confuso. - E daí se estava? Eu não tenho culpa!

- Eu sei, desculpe. - ela diz calma e depois ficando com raiva de novo. - Qual vai ser o próximo passo? Dividir o AP com a Soph e me expulsar?

- Agatha, acho que está exagerando um pouquinho. Fica calma, é claro que a Sophia não vai te trocar. - falo com confiança e ela suspira longamente e depois me olha.

- Vamos logo pra sua casa. - Agatha pede e assinto sorrindo enquanto dou partida no carro.

Ficamos em silêncio durante o pequeno trajeto, coloco um sertanejo para acalmar um pouco e as vezes até a escuto cantarolar baixinho.

Saímos do carro quando chegamos em casa e o clima até melhora. Entrelaçamos nossas mãos e Agatha me lança um sorriso.

- Me desculpa por ter ficado nervosa, é que aquela garota realmente me irritou. - ela se explica sem graça.

- Está tudo bem minha ruiva. - beijo sua mão e seu sorriso se amplia.

Quando destranco a porta de casa a primeira pessoa que vejo é minha irmã e meu sobrinho brincando na sala. Eles nos notam e logo o pequeno corre em minha direção, me enlaça e o abraço apertado.

Agatha está sem graça mas isso não impede minha irmã de a abraçar apertado, as duas parecem ter se dado bem, o que é bom.

- Cadê o papai e a mamãe? - pergunto procurando eles com o olhar.

- Estão na cozinha, já começaram a preparar o almoço, sabe como são adiantados. - minha irmã diz rindo quando assinto.

- Vamos lá amor? - pergunto pra Agatha que sorri com a forma que a chamo. - Nós vemos depois maninha.

Agatha me segue totalmente sem graça e de uma certa forma insegura, o que eu não entendo é porque ela sente tanto receio de meus pais. Eles são tão tranquilos.

Quando entramos na cozinha papai e mamãe que estavam mexendo em panelas e cortando legumes nos olham. Eles sorriem pra gente e vem até nós.

- Olá, Agatha, que bom que veio. - meu pai diz a abraçando antes de mim. - Está radiante como o sol.

- São seus olhos. - ela responde rindo, depois olha pra minha mãe que no momento está me abraçando de lado. - Oi senhora Regina.

- Oi, como vai? - minha mãe pergunta séria e Agatha engole em seco.

- Bem obrigada, e a senhora?

- Bem, mas eu poderia estar melhor. - ela responde mas meu pai a encara de forma séria e ela força um sorriso. - Se não fosse esse frio todo que está fazendo lá fora.

- Ah, estou tão acostumada que pra mim o tempo está agradável, nem frio, nem calor. - minha namorada responde educada.

- Eu também. - falo passando meu braço ao redor de seus ombros.

- Como foi a festa ontem? - papai pergunta voltando para as panelas. - Parecem que estão de ressaca e cansados.

Olho pra Agatha e ela está vermelha feito pimentão, provavelmente ela quer enfiar a cara em algum lugar, e olha que meu pai perguntou na inocência.

- Foi boa, mas eu e Agatha não ficamos muito tempo. Acho que prefiro ficar em casa do que em uma baladona.

- Fomos embora porque eu estava passando muito mal, David ficou cuidando de mim a noite toda. Estou até enjoada de tanto remédio que eu tomei. - Agatha mente tão descaradamente que nem sei como meus pais não perceberam.

- Então leva sua namorada para descansar filho, daqui a pouco eu vou falar com vocês. - minha mãe diz me dando um beijo no rosto e depois indo cortar legumes.

- Vamos para sala Pinóquio, antes que seu nariz cresça mais e perfure alguma parede. - brinco fazendo Agatha revirar os olhos.

- Não me culpe por mentir, você queria que eles pensassem que estamos cansados assim porque transamos a noite toda? - ela pergunta sussurrando enquanto saímos da cozinha para a sala.

- Bebê, isso não adiantou, é claro que eles imaginam o que fizemos. - falo e ela me olha torto.

- Deus que me livre, nem brinca com isso, quer que sua mãe me adicione ao cardápio do almoço?

- Olha, não seria nada mal. - beijo seus lábios e ela ri. - É claro que deveria ser um prato especial só pra mim.

- Idiota.

Sentamos na sala com minha irmã é Abner, os dois estão bem felizes e cansados de brincar, quer dizer só a maninha está.

Ela e Agatha parecem ter se dado super bem, elas têm gostos parecidos e são sempre bem humoradas, quer dizer, desde que ninguém pise em seus calos, ai elas ficam umas feras indomáveis mesmo.

Mas meia hora depois a Agatha já está totalmente separada da gente e envolvida numa brincadeira de esconde-esconde com meu sobrinho.

Os dois correm o tempo todo e riem de qualquer coisa. Agatha está procurando Abner, mas como ela é uma bela trapaceira espia a onde ele se esconde. Eu e minha irmã ficamos olhando enquanto ela caminha pra todo lado fingindo que não sabe onde ele está.

- Alguém viu aquele pequeno fugitivo? - ela brinca indo pra perto do criado-mudo onde ele está escondido muito mal por sinal. - Não sei não, acho que ele levou o pique-esconde muito a sério e foi se esconder lá fora.

Meu sobrinho ri e ela finge ainda não saber onde está.

- Cadê ele? - ela finge olhar em baixo do sofá, então faz cara de menina sapeca e vai de uma vez pro criado mudo, dando um gritinho pra assustar Abner que ri enquanto corre ao redor dela.

Está cada vez mais difícil não dizer o que sinto por ela. As vezes me pego quase falando, ai tenho que falar outra coisa para disfarçar. É horrível amar assim e ser inseguro para me declarar.

- Chega garotão, quero minha namorada de volta. - falo para meu sobrinho que ri enquanto Agatha corre atrás dele.

Quando ela passa na minha frente eu a puxo pela mão o que faz com que ela caia em meu colo. Agatha me olha assustada mas com um ar divertido, seus cabelos cor de cobre estão bagunçados e sua respiração descompassada.

- Eu ganhei o pique-pegue. - brinco e Abner me olha confuso.

- Não vale tio, você não estava brincando. - ela responde emburrado, então olha pra minha ruiva e sorri arteiro. - Vamos brincar super herói, tia Agatha.

- Vamos nessa! - minha ruiva levanta animada indo em direção ao pequeno. - Eu sou a mulher gato.

- Bebê, ela é vilã. - falo e Agatha me olha com dúvida.

- Então eu sou a Mulher Maravilha. - ela faz uma pose engraçada e meu sobrinho ri.

- E eu sou o Batman. - Abner grita fazendo eu e minha irmã ritmos.

Então os dois voltam a correr e morro de rir quando eles fingem lutar.

- Ela te faz muito bem né? - minha irmã diz com um sorrisinho. - Na verdade acho que ela faz bem a todo mundo, ela é cheia de vida.

- Ela é vida pura. Não conheço uma pessoa que não goste dela.

- Acho que a Sarah não concordaria com isso. - Isa diz rindo da minha careta.

- Todos, exceto a Sarah. - corrijo dando uma cutucada em minha irmã. - Eu consigo ver uma vida com Agatha, uma vida feliz e cheia de filhos.

- Ela seria uma boa mãe.

- Seria. - concordo rindo olhando pra ela que finge cair no meio da brincadeira. - É claro que não por agora, daqui há alguns anos.

- Alguns anos é muito longe.

- É, eu sei, mas a Agatha pensa muito na carreira profissional dela, mesmo que ela não fale disso comigo, eu sei que é a coisa mais importante pra ela. De uma certa forma isso a torna independente e ela adora isso. - falo depois de um longo suspiro. - As vezes dá vontade de ter ela comigo o tempo todo.

- É amor. Você está naquela fase que quer estar junto da pessoa o tempo todo, mas acredite, um dia passa. - minha irmã diz encostando a cabeça em meu ombro.

- Eu não quero que passe. - falo com sinceridade. - Acha que ela ao menos aceitaria vir morar comigo?

Minha irmã desencosta do meu ombro, me olha sorrindo e olha pra minha ruiva.

- Acho que eu não posso te dar uma resposta sobre isso, vai ter que perguntar pra ela. Só pensa bem se é isso que quer, está muito no começo. Talvez seja melhor esperar uns meses para ver como as coisas vão estar.

- É... Você está certa. E acho que Agatha não aceitaria pelo fato de estarmos juntos há pouquíssimo tempo.

- Ai, cansei! - Agatha diz sentado ao meu lado e Abner vai pro colo dela. - Mulher Maravilha está se aposentando a partir de agora.

- Linda. - falo beijando seus lábios de leve.

- Lindo. - ela me imita me fazendo rir.

Então o interfone toca e eu até pretendia levantar para ir atender, mas minha mãe é mais rápida e atende, ela autoriza alguém a subir e desliga o interfone.

- Se não se importam eu convidei uma pessoa para almoçar conosco hoje. - dona Regina diz me deixando confuso.

- Quem mãe?

- Sarah. - ela diz me fazendo engolir em seco e vejo Agatha ficar de boca aberta. - Todos nós precisamos conversar.

Olho para Agatha e ela está com uma expressão que na verdade nem sei identificar. Espero que tudo fique bem, tudo tem que ficar bem.



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