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História O Nome Dela é Agatha - Risadas, livros e...


Escrita por: Valentinabarry

Notas do Autor


Olá Olá meus amores, espero que gostem muito desse capítulo.
Não comentei nada no outro mas ainda estou chocada com esse acidente com esse acidente terrível. Desejo que o coração de todos se fortaleçam e que as famílias encontrem suas forças em meio a esse desastre. #ForcaChape

Capítulo 6 - Risadas, livros e...



POV Agatha
Caminho apressada em direção a mesa onde estão meus amigos e meu namorado... Cara, essa palavra é esquisita pra caramba!
Ainda não consegui digerir essa "novidade", foi uma coisa tão espontânea que na hora eu nem soube o que responder. Na verdade eu nem consegui falar com o Ray ainda. Ele deve ter dito aquilo só pra não falar que somos peguetes fixos.
Jasmim quase teve um treco quando contei o ocorrido pra ela, a maluca achou que eu estava escondendo o jogo dela, mal sabe que nem eu sabia sobre esse namoro.
Quando chego a mesa todos me olham. Jasmim está linda num vestido preto, ela sorri maliciosa pra mim mas ignoro. Antony não está aqui e provavelmente deve estar fofocando com algum empresário ou jogador.
- Demorou meu bem. - Ray diz me fazendo sorrir. - Fez o que tinha que fazer?
- Sim. Estou melhor. - respondo e ele me dá um beijo leve nos lábios. - Está gostando da festa?
- Muito. Está linda e tenho certeza que vão arrecadar muito dinheiro.
- Vamos sim. - olho pra Jasmim e ela sorri. - E você amiga, pretende comprar algo nesse leilão?
- Sim, já até falei pro Antony. Estou namorando uma linda pintura de uma moça africana. - ela diz animada, sempre foi apaixonada por artes e esculturas.
- Quero comprar algo também, mas estou numa dúvida terrível. As coisas todas são lindas! - Ludy diz fazendo Oscar coçar a cabeça preocupado. - É isso aí jogador, vai ter que abrir a carteira.
A festa rola animada e entre conversas divertidas o tempo vai passando rápido. O leilão começa mas não presto muita atenção, fico indignada com essa falsidade e hipocrisia, quem quer ajudar o próximo não precisa usar um evento desse como desculpa.
Pensar nisso acaba me fazendo lembrar de David indo atrás de mim lá em cima, ele tem sido um bom amigo e quando o vi confesso que senti algo estranho e bom. Pela primeira vez em anos senti que alguém realmente se preocupa comigo.
Quando descemos não nos falamos mais, apenas afastamos e não o vi desde então.
- A namorada do David é bem bonita. - Jasmim comenta para ver minha reação. - Não acha Ludy?
- Ela é bonita, mas ultimamente anda muito afastada do namorado. - ela responde olhando para o casal que acabam de trocar um beijo rápido.
- Isso é estar afastada? - pergunto irônica.
- Amor, vamos embora? - Ray pergunta vindo em minha direção. - Amanhã acordo mais cedo pra trabalhar.
- Vamos. Estou muito cansada e também preciso descansar um pouco. - respondo me levantando, abraco as meninas e depois de me despedir vou embora.
Quando chego em casa tomo um banho e troco de roupa, ganhei folga e amanhã quero dormir até mais tarde.
Depois vou para o apartamento de Ray para dormir com ele.
***
Chego na faculdade e já corro direto pra biblioteca, tenho muito o que estudar e pelo jeito vou passar a manhã e a tarde inteira aqui. Eu bem que queria estar estudando em casa, mas ultimamente ando sem paciência pra ficar naquele lugar.
Ray foi trabalhar e acabei acordando com o barulho dele se arrumando, fui pra casa tentar dormir mais, mas não consegui. Hoje estou bastante elétrica.
Abro meus livros, meu computador e me afundo nos estudos. É o penúltimo período e preciso me dedicar bastante para poder ficar mais tranquila no trabalho e na faculdade, sem me preocupar em como estou nos estudos.
Meu celular vibra uma vez e ignoro, não posso ter distrações. Na segunda vez que ele vibra começo a ficar curiosa, então acontece pela terceira vez e bufando pego o celular.
Vejo mensagens do David e sorrio ao ler.
"Oi cabelo de cobre" "Cadê você?" "Não vai me responder :("
Reviro os olhos e respondo.
"Meu Deus, demorei só três minutinhos!"
"Só três minutinhos? Foi uma eternidade."
"Para de drama. Aconteceu algo?"
"Não. Só quero saber como você está? Melhorou da noite passada?"
" Sim. Ainda fico pensando naqueles hipócritas mas estou melhor sim."
"Fico feliz então."
Deixo o celular de lado e quando ia voltar a ler ele volta a vibrar. Revirando os olhos o pego e vejo ser o David novamente.
"O que você está fazendo?"
"Estou estudando na biblioteca da faculdade."
"Que chato! Não quer fazer outra coisa?"
"Melhor não. Preciso estudar."
Ele manda apenas um emoji revirando os olhos e volto a prestar atenção nos estudos.
Semana que vem é a festa fantasia da Ludy e nem tive tempo de procurar algo pra vestir. Vou levar a Soph comigo e até a doida já arrumou a fantasia de freira sexy, tinha que ser mesmo. Ray vai viajar pra Bélgica daqui três dias pra visitar os pais e não vai poder ir à festa.
Uma caixa pequena do Starbucks tampa meu livro e me assusto, olho para ver quem deixou o pacote aqui e dou de cara com David.
Ele está de boné e a cabeleira amarrada. Sinto uma coisa esquisita se remexer dentro de mim quando o vejo e sem conseguir disfarçar eu sorrio.
- O que tá fazendo aqui? - pergunto assistindo ele se sentar ao meu lado.
- Vim fazer o seu dia melhor. - ele diz dando de ombros.
- Quem disse que meu dia está ruim? - pergunto irônica.
- Não está? - nego e ele ri baixinho. - Então eu vim deixar ele mais feliz.
- Você é maluco.
- É a convivência com você. 
- Não duvido. - confesso fazendo ele rir.
A bibliotecária pede silêncio e nos seguramos pra não rir da cara feia dela.
- O que tem aqui? - pergunto pegando a caixa.
- Rosquinhas de chocolate. Achei que estaria com fome. - ele diz e depois me mostra dois copos de café. - E café pra te deixar mais acordada.
- Nossa David, você é perfeito! - sorrio sincera e ele faz o mesmo. - Nem comi nada hoje, estava tão apressada que nem pensei nisso.
Ele está diferente, se eu não o visse todos os dias provavelmente não o reconheceria.
- Ninguém te reconheceu? - pergunto e ele nega.
- Estou disfarçado de universitário. Me misturei. - ele brinca me fazendo rir.
- Está bonitão.
- Você também até que tá ajeitadinha. - David faz uma careta e mostro a língua pra ele.
- Vamos pra uma mesa lá no fundo, é afastado e ninguém vai nos ver comendo. - falo e ele assente me ajudando a pegar as coisas.
Ninguém parece realmente reconhecer ele e fico feliz por isso, não quero fotógrafos por aí espalhando mentiras sobre a gente.
- Onde está sua namorada? -pergunto assim que nos sentamos numa mesa mais afastada.
- Sarah está com umas amigas, digamos que ela nem se lembra da minha existência no momento. - ele responde forçando um sorriso.
- Acho que isso é ruim. Estou certa? - abro a caixa e pego uma Rosquinhas coberta de chocolate.
- Na verdade não sei se gostou ou se não gosto...Só é esquisito. - ele dá de ombros e acho estranho.
- Não a ama? - pergunto fazendo ele ficar pensativo.
- Amo, mas não como mulher. Amo como uma pessoa que conheci e me ajudou bastante, sou grato a ela. - ele diz depois de beber um gole do seu café.
- Entendo. - suspiro fazendo ele me olhar.
- E você?
- Eu não amo ela não. - brinco e ele revira os olhos. - O que tem eu?
- Ama o Ryan?
- É Ray. - corrijo e ele ri. - Não amo. Sinto atração, desejo... Mas ainda não é amor.
- Acha que um dia pode se tornar amor? - ele parece bem interessado.
- Acho sim. Ray é especial, eu seria uma esquisita se não me apaixonasse por ele. - falo isso mais pra mim do que para o David. - Só não sei se vou ser correspondida.
- O cara que ficar com você e não se apaixonar aí sim é idiota. - ele diz fazendo eu sorrir. - Você é linda por fora e por dentro. É especial.
- Para com isso David, assim você me deixa envergonhada. - falo fingindo timidez.
- Até parece.
Ficamos um minuto em silêncio apenas observando um ao outro, então ele começa a rir e fico sem entender essa atitude repentina.
- Do quê está rindo?
- De como as coisas são engraçadas. - ele diz suspirando. - Por conta de uma mala trocada nós nos conhecemos. Depois nos tornamos amigos mesmo quando você começou a trabalhar no Chelsea...
- Coincidência. - falo sorrindo e ele nega.
- Destino.
- Destino? Acho que nunca acreditei nisso. - falo franzindo o cenho.
- Pois pra sua informação ele existe, viu cabelo de cobre? - David aperta minha bochecha com força e desfiro um tapa em sua mão.
- Aí! Porque acredita nessa baboseira de destino?
- Porque nada é por acaso, tudo tem um sentido.
- Nossa, quem é Sócrates perto de você?
- Quem é o palhaço bozo perto de você? - ele repete e caímos na risada.
- Com licença. - a bibliotecária malévola diz vindo em nossa direção. - Preciso que façam silêncio, do contrário vou ter que expulsar os dois!
Eu e David nos olhamos e precisamos nos segurar pra não rirmos que nem loucos.
- Desculpe senhora, vamos fazer silêncio. Prometemos. - ele se desculpa um tanto constrangido.
- Ótimo. - ela diz se retirando a passos pesados.
- Uau.  - ele diz fazendo - se de surpreso.
- Já leu algum livro? - pergunto e ele me olha franzindo as sobrancelhas.
- Claro né. Por acaso tá achando que só sei jogar futebol?
- Aham. - assinto brincando.
- Aham? Como assim Aham? - ele pergunta perplexo. - Pra sua informação, eu adoro ler.
- É mesmo? - pergunto desconfiada e ele assente. - E qual o seu gênero preferido?
David me olha como uma criança que planeja alguma arte, então ele sorri e vem até mim. Me pega pelas mãos, me faz levantar e caminha comigo em direção ao centro da biblioteca.
O local agora parece quase vazio e apenas dois estudantes estudam bem atentos numa mesa grande. Olho pra David e ele está tão lindo que meu coração chega bate mais forte, o que é bem estranho.
- Que tal você adivinhar? - ele pergunta me fazendo revirar os olhos. 
- Desculpa, mas não tenho bola de cristal.
- É sério cabelo de cobre. - ele reclama revirando os olhos.  - Se você adivinhar qual é o meu gênero preferido, eu juro que te dou o que quiser.
- O que eu quiser? - pergunto bem interessada.
- O que quiser. - David confirma me fazendo sorrir.
- Nesse caso vou querer a comida mais brasileira que tiver aqui em Londres. - falo com as mãos na cintura e David ri.
- Só isso?
- Só isso? - começo a rir e ele me olha. - Acha que é fácil encontrar pequi nesse lugar?
-Pequi, Agatha? Como vou achar isso aqui? - ele pergunta arregalando os olhos.
- Não sei, mas vai ter que se virar. - respondo com um sorriso cínico. - E não pode ser pequi de conserva. E aí? 
- Tudo bem. Eu tenho meus contatos. - ele responde dando de ombros.
- Convencido. - mostro a língua pra ele e vou caminhando entre as prateleiras.
Olho cada gênero, então paro em uma prateleira especial para educação física e pego um livro sobre a história do futebol e entrego pra David que começa a rir.
- Acertei? - pergunto esperançosa.
- Sério isso Agatha? - David balança o livro e assinto. - Só porque sou apaixonado por futebol não significa que eu goste de ler livros sobre isso.
- David, para de sacanagem.
- Na verdade, eu gosto de ler livros que contam biografias, coisas que aconteceram e que nos servem de lição. - ele diz e começamos a rir.
- Para que eu sei que você tá mentindo. - tomo o livro de sua mão e ele me segura pela cintura quando eu pretendia me afastar.
- Estou sendo muito sincero, cabelo de cobre. - ele diz me fazendo olhá-lo.
Só agora parecemos notar a aproximação dos nossos corpos, chega me arrepio e preciso me controlar para não me entregar.
David me encara de uma forma diferente, seus olhos me investigam por inteira, mas eu só consigo ficar presa em seu olhar. Sua mão direita sobe em direção ao meu rosto e não consigo nem quero me afastar.
- Ainda não acredito... - falo tentando voltar ao assunto. - Jogador, acho melhor... Melhor a gente...
Então sem que eu consiga raciocinar David pressiona seus lábios contra os meus. O livro cai no chão e sem que eu consiga coordenar meus pensamentos, eu subo minhas mãos pelo seu ombro e entrelaço os braços ao redor de seu pescoço.
De início apenas encostamos nossos lábios, mas algo nos desperta e damos um beijo de verdade.
Nossas línguas se tocam em sincronia, o beijo calmo faz tudo a nossa volta parar e é como se existisse só nós dois no mundo. David me aperta mais a ele e com um movimento me encosta numa prateleira grande.
Seu boné, assim como o livro está no chão. Sua mãos fortes me aperto e se ele não tivesse me segurando eu provavelmente cairia por conta das pernas trêmulas.
Nos entregamos ao beijo de forma tão instintiva que nem ligamos para o fato de podermos ser pegos no flagra por qualquer um.
Estamos ofegantes mas a química que passa por nós é tão grande que não conseguimos nos afastar.
Isso é surreal, jamais imaginei estar aos beijos com David Luiz, na biblioteca da minha faculdade.
Mas não é justo com as pessoas que estamos. Ray é um bom homem, me faz feliz e não posso simplesmente ficar aos beijos com outro. Fora que o próprio David tem namorada e eu não gostaria de estar no lugar dela. É injusto com os dois.
Então nos afastamos quando o fôlego começava a faltar.
Nossas testas estão grudadas uma nas outras e quando abro os olhos o vejo me encarando. Está um tanto confuso assim como eu, a respiração ofegante e as mãos ainda me envolvendo.
Somos amigos, trabalho no mesmo time em que ele joga e nos vemos todos os dias... Isso não devia ter acontecido.
- Acho... Acho melhor você ir embora. - sussurro sentindo sua respiração bater contra a minha. - Vai.
Com a cara meio assustada ele se afasta de mim e chego a sentir falta de seu toque.
David me olha por um longo momento, parece assim como eu não acreditar no que acabou de acontecer.
Então sem dizer nada ele pega seu boné do chão e se afasta em direção a saída, o tempo todo olha pra trás e quando vejo que ele sumiu de vista me arrasto para o chão.
Fecho os olhos e me deixo ficar pensando na loucura que acabou de acontecer. Foi um erro. Um erro que jamais irá se repetir.


Notas Finais


E aí amores? O que achou desse climão em?


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