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História O Nome Dela é Agatha - Presos


Escrita por: Valentinabarry

Capítulo 7 - Presos


Fanfic / Fanfiction O Nome Dela é Agatha - Presos


POV David Luiz
Droga! Droga! Droga!!
O que eu fiz? Que atitude estúpida e irresponsável foi aquela? O que deu em mim? A onde eu estava com a cabeça?
Beijar a Agatha foi a coisa mais irresponsável que eu já fiz, aquilo não devia ter acontecido! Éramos amigos e agora estraguei tudo! Eu tenho certeza que estraguei tudo!
Nunca mais ela vai querer minha amizade, mais que droga!
Entro em casa ainda atordoado com o que acaba de acontecer. Vejo Sarah sentada no sofá com um short surrado e uma camiseta branca, ela está descalça e o cabelo amarrado. Ela é bonita e não merecia algo assim. Queria amar ela, queria muito, mas não consigo.
- Você está bem? - ela pergunta quando me nota em pé no meio da sala.
Sem pensar muito eu caminho até ela e a beijo. Beijo pra ver se consigo sentir algo diferente, algo que me faça parar tudo pra poder tentar dar certo com a Sarah.
Ela me envolve o pescoço e me beija com fervor, então quando menos esperava uma atitude tão ousada dela, ela tira minha jaqueta com pressa.
Fazia tempo que não nos beijávamos assim. Mas não sinto nada de demais, não sinto amor. Só sinto vontade de transar com ela porque sou humano como qualquer um, e como qualquer pessoa normal eu tenho minhas necessidades.
Só então noto que estamos sem roupas e que Sarah está sobre mim, se movimentando com o meu auxilio.
Tento ao máximo esquecer o dia de hoje mas então quando abro os olhos vejo Agatha no lugar de Sarah, o corpo branco e magnifico se mexe com sensualidade sobre mim.
Então aperto meus olhos tentando tirar ela de meus pensamentos e quando os abro volto a ver minha namorada.
Depois de alguns minutos estamos satisfeitos e nos deitamos, não puxo Sarah para mim, pelo contrário, um arrependimento me invade e agora me sinto um completo cafajeste.
- Nossa amor... - Sarah diz se apoiando no cotovelo para me olhar.
Estranho o apelido e a olho confuso.
- Nunca te vi assim tão... tão animado. - ela morde meu queixo e a culpa em mim só aumenta. - Estava com saudades de quando trasavamos, era disso que precisávamos para tirar o nosso namoro da mesmissi.
Fico olhando pra ela e a imagem de Agatha sorrindo invade meus pensamentos e só queria que tudo fosse diferente.
- Não vai dizer nada? - ela pergunta sorrindo.
- Foi ótimo, Sarah. - falo sem prestar muita atenção nela.
- Sabe eu até estava meio bolada com você, afastada e acho que percebeu. - ela diz e assinto meio avoado. - Queria que se importasse mais comigo, que me notasse, precisava me sentir mais amada... E hoje... Nossa nunca senti tanto prazer, tanto amor...
- Que bom.
- Eu te amo. - ela diz sorrindo. - Achei que esse sentimento tinha acabado, mas vi que não, hoje ele ressurgiu.
- Sarah...
- Não diz nada. - ela pede antes de me beijar com vontade.
Mais tarde ela dorme e aproveito para ir pra sala, me deito no sofá e pego meu celular, abro o instagram e vou na ig da Agatha. Estou sentindo saudades dela e sei que isso não é um bom sinal.
Então vejo uma foto que ela a acaba de postar, esta deitada, os cabelos espalhados no lençol e ela olha fixamente pra câmera. A legenda é simples "Quando chega a madrugada os pensamentos ficam barulhentos."
Penso em ligar pra ela mas não acho que seja uma boa idéia, então me esforço para o sono chegar e quando ele chega me entrego a ele.
Acordo e saio cedo para evitar de encontrar Sarah, chego ao Chelsea e vou direto pro vestiário me trocar pro treino.
O técnico pede para corrermos em volta do campo e depois nos alongarmos para começarmos o treino.
- E ai cara? - Oscar diz se aproximando de mim. -Tá distante hoje, aconteceu algo?
- Aconteceu cara e preciso conversar com alguém sobre isso. - falo mas antes de contar olho em volta me certificando de que ninguém vai ouvir. - Beijei a Agatha ontem.
- Você o que? - ele me olha assustado.
- Beijei ela Oscar, agora não paro de pensar nela. Me meti numa encrenca sem fim.
- Espera cara. Me conta isso direito. - ele diz e conto tudo desde a hora em que decidi ir atrás dela na biblioteca.
- E aí?
- E ai que concordo, você está realmente encrencado. - ele diz querendo rir.
- E o pior de tudo foi ver a Agatha no lugar da Sarah enquanto transamos. - conto e Oscar cai na gargalhada.
- Não acredito nisso cara. E agora?
- Agora a Sarah tá doida em mim de novo, disse até que me ama. - Isso o faz rir mais e o olho sério. - Quer parar de rir por favor?
- Como vou fazer isso? Olha o que você acaba de me contar. - ele diz tentando se segurar. - Você imaginou a Agatha no lugar da Sarah?
- Sim.
- Transando com você? - ele pergunta e reviro os olhos.
- Você sabe que sim, então para de idiotice. - reclamo e ele volta a rir atraindo todos os olhares pra gente.
- Será que as mocinhas podem parar de fofocar e focar no treino? - o técnico reclama e sem alternativa fazemos o que ele pede.
***
Hoje depois do treino tivemos uma reunião com o presidente do time sobre o próximo jogo que será contra o Barcelona, aqui mesmo em Londres. Por isso tivemos que subir até a administração. Quando cheguei aqui fiz o possível para não olhar no rumo da mesa de Agatha e consegui.
Fui o último a sair pois Antony puxou papo comigo e acabamos perdendo a hora nos assuntos. Mas tudo que queria era procurar por Agatha e pedir desculpas pelo o que ouve.
- Tenho que ir brother. - falo me levantando e Antony assente. - Minha namorada deve estar sozinha em casa.
- Tranquilo cara, depois marcamos um jantar aí você leva a Sarah. O que acha?
- Claro. Pode ser. - aceno para ele e caminho em direção ao elevador enquanto mexo no celular, paro de olhar pra tela quando preciso entrar e então fico paralisado, sem saber o que fazer.
Agatha está parada no elevador e me olha assustada e então quando pretendia sair as portas se fecham.
Ela não diz nada apenas se vira de costas para mim e espera o elevador chegar no andar. Quando pretendia dizer algo o elevador treme, dá um solavanco e então para de uma vez, fazendo Agatha ter que se segurar em mim para não cair.
- O elevador parou. - falo e ela me olha assustada.
- Mas que porra, tenho uma prova daqui uma hora. - ela diz indo em direção aos botões e apertando o que sinaliza que algo deu errado. - Essa merda de alarme não tá funcionando. Porra porra.
- Isso não é hora de se apavorar. - falo tentando acalmar ela que me olha furiosa.
- Pois eu acho a hora perfeita pra fazer isso! - ela começa a acenar para a câmera do elevador. - Estamos presos! Nos ajude!
- Agatha...
- Não fala comigo, okay? - ela pede me olhando sério.
- Preciso me desculpar, eu não queria ter feito aquilo...
- Não queria me beijar? Não foi isso que me pareceu. - Seu tom sarcástico é bem evidente.
- Não é isso, Agatha. Eu queria te beijar, mas não podia ter beijado... - Me enrolo na explicação e ela me olha um longo momento. - Nós namoramos outras pessoas e agora tô me sentindo um cafajeste.
- Não precisa se sentir um cafajeste sozinho, eu também estou me sentindo uma. - ela diz me surpreendendo. - Eu também te beijei David, correspondi a cada toque não foi?
- Foi...
- Mas foi uma coisa tão repentina... Eu não sei o que deu em mim. - Agatha passa a mão pelos cabelos. - Até pouco tempo te via como amigo, mas agora...
- Como você me vê agora? - pergunto quando ela não termina de falar.
- Te vejo como o cara que... - Agatha é interrompida pelas luzes que começam a piscar e pelo elevador que dá um leve tremor. - Que droga, vamos morrer aqui dentro!
- Calma, Agatha. - peço quando a vejo começar a ficar com a respiração descompassada. - Precisa se acalmar, vamos ficar bem.
- Cadê seu celular? O meu está sem bateria. - ela pede com dificuldade pra respirar.
- Celular não pega sinal aqui ruivinha. - uso meu tom mais neutro para não assustá-la. - Eles devem ter notado que o elevador parou, se acalma.
- Não dá David. Tenho uma das provas mais importantes hoje, não posso perder ela... - Agatha diz se desesperando, o ar está descompassado e ela começa a ficar sem ar. - David... Eu não...  Não consigo... respirar direito...
- Calma, estou aqui com você. - falo fazendo ela se sentar no chão do elevador. - Olha pra mim.
- Preciso... sair daqui. - ela diz totalmente apavorada. - Minha... minha prova... é muito importante.
- Eu sei, eu sei... Você vai chegar a tempo e vai ser a melhor da turma. - falo pegando seu queixo para fazer ela me encarar.
- Acho... acho que es... estou tendo um... um ataque de... de pânico... - ela diz tão ofegante que seu busto sobe e desce rápido.
- Vai passar. - falo puxando ela para meus braços e acariciando seus cabelos. - Você vai conseguir fazer a prova, vai ser a melhor da turma cabelo de cobre...
- Não vou conseguir David. - ela diz segurando meus braços e encostando a cabeça em meu peito.
- Vai sim, nem que eu tenha que virar o flash e te levar pra fazer essa prova.
- Não vou... conseguir... Estou sem ar... - ela diz ficando cada vez mais mole, então Agatha desmaia e começo a ficar desesperado.
Mas então as luzes param de piscar e o elevador volta a funcionar. Quando as portas se abrem dois homens da manutenção e três bombeiros brigadistas nos ajudam. Eles levam ela pra brigada e fazem os primeiros socorros.
Agatha está meio dopada e dorme uma hora direto, fico sentado o tempo todo ao seu lado e nem atendo Sarah nas sete vezes que ela me liga.
Quando acorda é a coisa mais linda que já vi. Ela olha tudo em volta, um soro está em sua veia e ela se senta segurando a cabeça. Algo se passa pelo seu olhar e ela arregala os olhos.
- Meu Deus do céu. - ela diz olhando para o braço que recebe o soro, então quando eu menos esperava ela puxa o tubinho tirando a agulha de sua veia. - Aí droga! Minha prova, preciso fazer minha prova.
Ela se levanta e o sangue começa a escorrer pelo seu braço. Uma paramédica que estava na sala nota o ato de Agatha e corre para ajudar ela.
- Porra cara, isso não parecia tão dolorido nos filmes. - ela diz e mesmo em estado de pânico consegue ser engraçada. - Moça deixa sangrar, vou morrer não, só sei que preciso ir fazer minha prova.
- Cabelo de cobre, sua prova já começou a muito tempo, você está dormindo tem um tempão. - aviso e ela me olha triste.
- Tô ferrada. - ela começa a chorar enquanto a paramédica limpa o sangue de seu braço e pede para Agatha fazer pressão para parar de sangrar.- Era uma prova muito importante David.
- É, você poderia nos dar uns minutos a sós? - pergunto a moça que assente se retirando. 
Olho pra Luna que está com os olhos lacrimejados. Me sento na sua cama e ela me olha um tanto desconfortável.
- Você vai fazer a prova. - falo e ela nega voltando a chorar.
- Não tem como David, mesmo se eu levar um atestado.
- É um direito seu fazer a prova mostrando atestado. - toco sua mão e ela não se afasta.
- Dúvido muito, a senhorita Thompson é uma bruxa verruguenta. - ela diz parecendo uma menininha, acabo sorrindo. - Porque está rindo de mim? Estou sendo muito ridícula?
- Claro que não. - falo me aproximando e tocando seu rosto. - Está sendo linda. Você é a mulher mais linda que existe.
- Você não pode dizer essas coisas... - ela sussurra com as nossas testas coladas e os olhos fechados.
- Mas é o que eu penso... - toco seus lábios de leve com meu polegar e ela suspira trêmula.
- David, para... - ela pede fazendo seus lábios acariciar meu polegar. - Isso é insano... errado.
- Eu não consigo... - sussurro encostando nossos lábios, Agatha arfando passa sua mão em minha nuca. - O que você tá fazendo comigo ruivinha?
Então quando vejo estamos nos beijando e é melhor do que a primeira vez. Agora esse beijo vem acompanhado de uma certeza de que não posso mais namorar a Sarah, porque estou me apaixonando por outra mulher e o nome dela é Agatha.
Nossas línguas se tocam com tanta suavidade que só queria estar assim o tempo todo, queria estar ao lado dela o tempo inteiro.
Agatha separa nossos lábios com um selinho demorado, ela se afasta e nos olhamos ofegantes.
- Isso não pode ficar acontecendo. - ela diz tampando o rosto com as mãos.
- Eu sei, mas não consigo ficar longe. - falo fazendo ela ficar perplexa. - Acabo de perceber que estou me apaixonando...
- Para com isso David! - ela pede pegando meus ombros com força. - Você não está apaixonado por mim, é coisa momentânea.
- Como você pode achar isso? - pergunto um tanto magoado.
- Você tem uma namorada a mais de cinco anos, está confundindo atração com paixão, então para que uma hora essa coisa momentânea passa. - ela diz suspirando. - Eu tenho um namorado e é com ele que quero ficar.
- Você não ama ele. Nem é apaixonada por ele. - falo um tanto raivoso.
- David, eu estou me apaixonando pelo Ray, ele me faz feliz e no momento eu só queria ele ao meu lado. - ela diz engolindo em seco e olhando para o outro lado.
- Está mesmo se apaixonando por ele? - pergunto magoado.
Agatha respira fundo fechando os olhos, então sem me olhar ela responde.
- Estou. É do Ray que gosto... Meu coração bate feito louco quando o vejo. - ela diz forjando um sorriso.
Fico olhando pra ela que volta a deitar na cama e me ignora totalmente.
- Vou embora. Foi bom ser seu amigo, mas acho que não dá mais. - falo me levantando. - Juro que não vou mais me meter no seu caminho. Boa sorte com o Ray, sejam felizes.
Então sem olhar pra trás saio da enfermagem com uma decisão. Não vou correr atrás da Agatha.


Notas Finais


Comentem meus mores 😊😊😊


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