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História O nome que quero apagar. - Novembro Amarelo


Escrita por: Mkyoko

Notas do Autor


Oi pessoal. Essa será uma short-fic que decidi escrever no calor do momento. Espero que gostem!

Capítulo 1 - Novembro Amarelo


Fanfic / Fanfiction O nome que quero apagar. - Novembro Amarelo

Era novembro e eu tinha um amor não correspondido...

Lembro-me bem da rua da escola nos meses de novembro, a calçada era coberta pelas flores dos ipês amarelos, as tardes eram sempre nubladas e as vezes chovia. No meio do pátio ficavam as escadas que davam acesso aos andares superiores, meu lugar favorito desde o dia em que por acidente você tocou a minha mão. 

Gostava das vezes que estava na quadra e olhava para a janela onde você costumava se sentar. Nossos olhares sempre se cruzavam, se demoravam e desviavam lentamente. Não me lembro de termos trocado muitas palavras, mas me lembro das vezes que você me fez chorar, e foram tantas. 

Você foi meu primeiro dilema moral, a primeira situação onde eu tinha que escolher entre me arriscar ou fazer o que era certo. E eu certamente te amava demais, o que não era certo, já que você escolheu a Flávia primeiro. 

Fiquei me perguntando durante um ano se aquelas trocas de olhares seriam suficientes para mim. Não eram ,mas era o que eu podia ter. 

Os horários vagos das aulas em que nossas turmas passavam juntas eram os mais fantásticos. Eu não precisava ficar perto, não precisava puxar assunto, olhar para você já fazia meu coração palpitar tão desesperado que eu sentia vontade de fugir, e as vezes, eu realmente fugia. 

Não me lembro de ficar tão feliz na minha vida como fiquei no dia em que você saiu do meio de uma multidão para me pedir um lápis emprestado. Foram uma, duas, três vezes... e eu nunca tinha a porcaria do lápis. 

De alguma forma você me notou ou talvez fosse coisa da minha cabeça, mas aqueles raros momentos em que você se aproximava com uma folha cheia de desenhos e me perguntava o que eu achava... Era como se você me dissesse "Sim, eu estou vendo você". 

Senti meu coração congelar quando você sentou ao meu lado no jardim, e quando eu sentei ao seu para assistir qualquer filme idiota de filosofia... 

Eu nunca corri tão rápido como no dia em que você tinha deixado a Flávia e veio correndo falar comigo. E me arrependo de nunca tê-lo ouvido. Jamais senti tanta felicidade, como naquela tarde de vento, onde as flores amarelas eram jogadas desdenhosamente pelo chão,  em que eu andava na frente, muito a frente, mas ao me virar levei um susto ao perceber que você estava atrás de mim. Tenho certeza de que você correu para me alcançar, mas foi uma pena só eu ter visto. Queria ter uma amiga por perto para me dizer que eu não estava sonhando. Só que como de praxe, eu fugi... como eu odiava essa timidez!

Temos que ter cuidado com o que desejamos... 

No dia seguinte, lá estava você me esperando do outro lado da rua com o seu melhor amigo. E lá estava eu passando com minha melhor amiga quando ouvi seu brother dizer "olha ela aí, agora podemos ir?". Me lembro da cara de espanto da Paloma ao ouvir e querer me falar, e entender imediatamente o meu sutil "cala a boca, eu também ouvi." 

Dois anos... 

Você cortou o cabelo... mas eu amava aquele cabelo. 

Alguns meses...

O cabelo voltou, tão preto, tão liso e tão comprido. 

Eu perdi as contas de quantas músicas adotei para nós dois, ou de quantos textos dediquei a você. Eu até quis aprender a tocar guitarra só para termos um assunto em comum. 

Só que o ano acabou... terminaram as aulas e eu não me despedi. Pensei "ano que vem ele vai estar aí mesmo"! 

O ano que vem foi o pior de todos os meus anos... 

Você se mudou e eu nunca mais o encontrei. E todas as lágrimas, e todas as lembranças bobas, e a raiva do meu pudor em não te roubar da sua namorada que depois saiu espalhando que sequer gostava de você...Era só pela popularidade. Eu quis matar aquela vadia!

Foram sete anos até te esquecer... até voltar a ouvir Wake me up when september ends sem chorar.  

Descobri que você estava em Portugal estudando sua música. Que bom! Certamente ela não será leviana com o seu coração, certamente ela não fugirá de ti quando tentares se aproximar. 

Ontem eu passei de ônibus pela rua do seu melhor amigo... e confesso, sempre que vejo o Kaio, ainda espero ver você do lado. 


Notas Finais


Comentem... preciso falar sobre isso.
obrigada por ler!
Jya Nee!


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