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História O Oasis. - Ato Dois.


Escrita por: coles756

Capítulo 2 - Ato Dois.


Estou sentada no balcão do restaurante, comendo arroz, com uma porção de fritas e um bife e tomando um refrigerante. O cara do macacão tinha razão, as pessoas aqui são muito gentis, sempre com um sorriso no rosto, parece que não tem problemas e que tudo é sempre alegria, e a comida realmente é boa. O ambiente é muito agradável um balcão longo, algumas mesas pelo lugar. Algumas pessoas estão sentadas sozinhas talvez pesando na vida, um casal que parece estar em uma viagem de lua de mel, e uma família com duas crianças e seus pais, que provavelmente está viajando de férias.

Estou preste a terminar meu prato quando ouço a porta do restaurante se abrir, alguém entra, mas não me viro para olhar para a pessoa, escuto seus passos se aproximar, cada vez mais perto, até que ele senta no banco livre ao meu lado. E faz um pedido para a garçonete que já é uma senhora de idade, de cabelos brancos.

- Com licença, uma porção de fritas e alguns picles.

- Claro.

- Obrigado.

Eu reconheço a voz dele. Quando olho para confirmar, eu vejo que é o cara do posto de gasolina. Droga! Eu me viro disfarçadamente para o outro lado, para ele não me reconhecer. Eu sinto ele se aproximar e dizer:

- Sabe eu entendo Norte é para cima, Sul para baixo. É difícil eu sei, nem todo mundo tem um bom senso de direção.

Quando ele termina de falar a garçonete volta com o pedido dele e entrega à ele.

- Isso foi rápido, obrigado.

- De nada Docinho.

Será que esse cara está me seguindo. Sem me virar para olhar ele eu digo:

- Seguir as pessoas não é ilegal?

- As fritas estão ótimas, você quer?

- Hum está tão boa.

Ele fica mastigando de boca aberta propositalmente para me provocar, então eu pego meu refrigerante dou um belo de um gole me viro em sua direção e o encaro e . . .

- Errgh!

O que foi que eu fiz? Porque eu arrotei na cara de um estranho, agora sem dúvidas ele tem todos os motivos do mundo para querer me matar, pelo menos é o que eu faria se um estranho arrota-se na minha cara.

- Foi a melhor coisa que disse hoje, obrigado.

Eu não aguento e começo a sorrir. Ok se ele é um psicopata pelo menos ele é um psicopata com humor, talvez quando ele for me torturar até a morte ele pegue mais leve.

. . .

Depois de sairmos do restaurante. Sim eu estou saindo com um completo estranho por um lugar que eu mal conheço. Nós vamos a um conjunto de lojinha bem próximo dali e compramos sorvetes, sentamos, conversamos e nos divertimos antes de voltar para o Oasis.

Quando chegamos ao Oasis vamos para a piscina, nos sentados naquelas espreguiçadeiras que ficam na beira da piscina.  Então ele pergunta:

- E você? Saindo de casa ou indo para a casa?

- Ah...

- Desculpe é que percebi bastante coisa no carro.

- Ah, sim são da minha mãe.

- Está ajudando ela a se mudar?

- Não, na verdade ela morreu.

- Merda!

- Foi à Alguns meses atrás.

- Desculpe.

- Sem problemas. Meu pai não quer manter as coisas dela, então estou guardando. Eu achei esse mapa, acho que ela fez quando estava na faculdade. Fez uma viagem com sua melhor amiga pelo pais, é algo sobre: “ Viver o momento. ”

- Não pensei direito e comecei a seguir os passos dela. É um pouco esquisito, eu acho.

- Não, é legal.

Ele se levanta da espreguiçadeira e diz:

- Bom eu vou entrar.

- Oh, tenha uma boa noite.

Então ele começa a desamarrar o cadarço do sapato, só então eu percebo o que ele quis dizer.

- Ata você vai entrar. Eu digo com uma voz de surpresa.

Ele tira o outro sapato.

- Sim, vamos?

- Não, está suja e bem gelada.

- Você é um bebê?

- Não tenho roupa de banho.

Ele tira a camisa xadrez que estava vestindo por cima de uma camiseta branca.

- E a que você está usando?

Então ele fica de costas na beira da piscina e faz um sinal de continência, antes de se jogar.

- Oh meu Deus.

- Vamos, entre.

- Você é louco.

- Só estou “ Vivendo o momento. ”

Eu tiro meu casaco, coloco em cima da espreguiçadeira e vou em direção da piscina, quando estou lá eu sinto o chão gelado quando meus pés tocam a beira da piscina, respiro fundo, prendo a respiração e pulo na água. Quando sinto meus pés tocar a água é como se tivesse colocados em uma bacia cheia de gelo, tenho a mesma sensação quando o resto do meu corpo entra na água, eu afundo, e fico embaixo da água por alguns segundos. Quando volto para a superfície, eu vejo ele me olhando, por alguns segundos ficamos nos encaramos, então ele sorri, e eu instintivamente sorrio de volta.



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