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História O Olho de Jade - Shae


Escrita por: xPrimrose

Notas do Autor


OIIIIII MEUS AMOREEEEEES!!!!!
To bem feliz assim hoje, tava lendo os comentários de vocês nos capítulos anteriores, VOCÊS SÃO MARAVILHOSAS, AMOO <3
Fiquei uns dias sem entrar no spirit e confesso: TAVA COM SAUDADE DE VCS!
Nesse capítulo vocês vão conhecer a Shae, a outra protagonista... TCHAM TCHAM TCHAM.

Uma perguntinha ai pra quem também escreve: vocês estão participando do NaNo esse ano? Como vocês estão? EU TO MT ATRASADA, N CHEGUEI NEM EM 15 MIL PALAVRAS AINDA, por isso nem vou ler as fanfics q eu tinha pra ler hoje pq vou postar aqui e vou sair correndo pra escrever.

Capítulo 3 - Shae


Fanfic / Fanfiction O Olho de Jade - Shae

 

7 anos depois

Shae sentiu os lençóis escorregarem por seu corpo, o ar frio da manhã encostando pouco a pouco em sua pele. Quando por fim todas as cobertas caíram no chão ela se virou, a última coisa que queria naquele momento era levantar, mas sabia que já tinha passado da hora.

Quando seus pés tocaram no chão frio ela novamente sentiu o ímpeto de voltar para sua cama. Após trocar o pijama surrado por calças e camisa de linho, dirigiu-se à cozinha, o cheiro do café praticamente havia a puxado para lá.

— Parece cansada – a mãe de Shae constatou, era uma mulher com idade um pouco avançada, os cabelos já estavam quase pela metade brancos e a pele se enrugava em boa parte da face.

— Não consegui dormir direito a noite — a garota disse enquanto se sentava à mesa e pegava um pedaço de bolo.

— O mesmo pesadelo de sempre? — A mulher colocou café em uma xícara para a filha.

Shae concordou com a cabeça. Ela sempre tinha os mesmos sonhos, fazia anos que a mesma maldita cena se repetia em sua mente. Com o tempo se tornara menos frequente, mas várias vezes ela podia reviver o dia em que uma espada havia sido enfiada no peito de seu irmão e a garganta de seu pai havia sido cortada.

— Eu queria poder fazer algo para ajudar. — A mãe sentou-se também pegando um pedaço de bolo.

Shae sabia que sim. Depois da morte de seu pai, ela e a mãe haviam sido enviadas do Primeiro Reino para o Terceiro Reino. Em outros tempos elas podiam se sentir envergonhadas com isso, mas dada a situação preferiam se manter o mais afastadas possíveis daquele castelo.

Desde então Cassie Huntsman havia feito o possível para sustentar a si mesma e a filha. Vendia verduras na feira da cidade, fazia roupas de tricô para as vizinhas, limpava casas, passava roupas para fora. Shae sempre se orgulhara da mãe, havia trabalhado como ninguém para não permitir que Shae morresse de fome, mas ainda não a perdoara por ter esquecido a morte do marido e do filho tão facilmente.

“Eu estava ocupada demais trabalhando para ficar de luto e, principalmente, para cultivar tanto ódio”, era o que ela sempre respondia quando a filha a indagava sobre o assunto.

Shae, por outro lado, tivera tempo de sobra para isso. Cada segundo que ela tivera livre usara para planejar sua vingança.

— Você não pode fazer nada para ajudar. Eu sou a única que pode. — Ela suspirou enquanto tomava seu último gole de café.

— Você não vai fazer nada, eu já disse. Tire essa ideia maluca da sua cabeça. — Sua mãe não a entendia, nunca entendera.

— É a única forma de me ver livre disso, de acabar com cada um desses pesadelos. Eu não quero ver sangue escorrendo toda vez que fechar meus olhos.

— Isso acontece porque você não se permite abandonar essa história. Enquanto perder tempo guardando todo esse rancor jamais será livre disso.

— E eu devo fazer o quê? — Shae se levantou, sua voz já tinha se elevado. — Ser igual a senhora que simplesmente perdoou o que fizeram com meu pai? Aceitar de cabeça baixa qualquer coisa que seja imposta a mim?

Por um momento ela pensou se deveria realmente ter dito aquilo, sabia que a mãe ficaria magoada. Mas elas já haviam tido aquela mesma discussão milhares de vezes, sempre ficavam três dias sem se falar e então as coisas voltavam ao normal, apenas para brigarem outra vez.

— Vou sair. — Ela se levantou, deixando um pedaço de bolo pela metade sobre a mesa, não iria continuar aquela discussão que não levaria a nada.

[...]

O céu estava nublado, o vento gelado passava por suas roupas e atingia seus braços. Ela pisava em poças d’água enlameadas que sujavam suas botas. Naquele momento, Shae não ligava para nada disso.

Ely estava na praça, assim como ela achou que ele estaria. Os cabelos negros e despenteados do garoto estavam um tanto molhados, sua pele pálida combinava perfeitamente com as cores daquele dia nublado.

Shae sentou no banco de pedra, ao seu lado.

— Olha só quem apareceu — ele disse beijando delicadamente os lábios da namorada.

— Eu precisava melhorar meu estado de espírito, quem melhor que você para isso? — Shae disse enquanto apoiava a cabeça em seu ombro.

— Aconteceu algo? Aqueles sonhos de novo?

 Ela encarou os olhos acinzentados do garoto, pensando novamente em como tinha sorte de ter Ely ao seu lado. Nem todos os caras iriam ficar do lado de uma garota problemática e que não ousaria sair de perto da mãe em muitos anos.

— Sim e minha mãe, brigamos novamente. O mesmo motivo idiota. – Ela limpou uma lágrima que insistiu em sair. — Ela tem que entender que preciso disso para me libertar, por que ela não me apoia?

— Ela só não quer que você se machuque, já perdeu o marido e o filho, se ela perdesse você também...

— Ela não vai me perder, Ely. — Shae se levantou. — Eu já disse, vou fazer isso dar certo.

— Eu sei que vai, só tome cuidado! — O rosto do garoto demonstrava preocupação.

— Eu vou tomar, por que vocês não acreditam que eu posso sair vitoriosa no fim das contas?

— Não é isso, Shae. Mas você é impulsiva, temos medo que faça algo impensado e acabe dando errado.

Ela queria gritar, dizer que não era impulsiva e que Ely estava apenas piorando as coisas, mas ele estava certo e ela odiava isso. Esse era o maior defeito de seu namorado: estar sempre certo.

Eles haviam se conhecido assim, disputando qual era o nome certo de um dos membros mortos da família real. No final da discussão Ely tinha cinco moedas de prata a mais no bolso e o coração de Shae.

— Acho que já está na minha hora — ela disse, querendo se esquivar de continuar essa conversa.

— Tem certeza? Você acabou de chegar. — A decepção era visível em seus olhos, mas ela sabia que ele a compreendia.

— Tenho. Preciso comprar algumas coisas para o almoço.

— Sabe que se quiser pode pegar algo na minha despensa.

Outra coisa que sempre deixara Shae em dúvida sobre o amor de Ely por ela. As condições financeiras dele eram melhores que as dela. Ele não era rico, mas tinha dinheiro o suficiente para manter uma despensa. Ela sabia que gostar de uma pessoa não tinha nada a ver com isso, mas era raro quando pessoas com tais diferenças se casavam. Talvez no fim das contas ele estivesse apenas brincando com ela e não planejava leva-la para o altar, ela não queria saber, não era algo para se preocupar agora.

— Não precisa. — Por um momento ela se sentiu tentada a dizer sim, mas sua mãe jamais apoiaria isso, dizia que deveriam sobreviver sem receber “esmolas” dos outros.

— Você é quem sabe. — Ele deu de ombros.

Ela amava isso em Ely, ele nunca insistia para que ela fizesse algo que não queria e depois de ter dito uma ou duas vezes que ela deveria desistir de vingar a morte do pai nunca mais repetira isso.

— Eu te amo. — Ela o beijou novamente. — Mas agora eu realmente preciso ir.

E apesar de ainda ter muitas horas até o almoço ela realmente precisava ir. Sua mente ansiava por passar um tempo sozinha e seu coração novamente estava um caos.


Notas Finais


GOSTARAM? GOSTARAM?
~espero que tenham gostado do desenho da Shae que eu fiz tbm ><


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