História O Outro Lado (Em Hiatus) - Um dia na academia- Parte 2

Na metade do caminho, comecei a ficar meio tonta. Mudei o curso. Iria para o banheiro agora, já que: 1- Algumas pessoas poderiam estar me seguindo para dizer coisas como: ''Uau, você foi maravilhosa!'' ou ''O título de Garota dos ares realmente faz jus a você!'' Eu realmente odeio esse tipo de comentário. É como se eu fosse única, como se ninguém pudesse chegar ao meu nível, e isso é totalmente possível! Tipo, eu nem fiquei brava com o modo que as garotas me trataram, pois estava bem claro que elas não faziam ideia de como eram minhas performances; consequentemente, não sabiam que eu era a suposta ''melhor da acadêmia.'' Sou ótima no karatê, no vôlei e no street dance, mas meu forte é na ginastica olímpica, e as pessoas percebem isso. Em todos os campeonatos que participei, a vitória foi minha, em nome daqui. Infelizmente, isso não significa que eu tenha um nível inferior nos outros esportes; ou seja, eu acabo sendo mesmo a ''melhor da acadêmia'', por mais que eu não queira. 2-  Eu vou jogar uma água no meu rosto pra ver se o desconforto passa. Enquanto eu ia para o banheiro, senti que alguém estava me seguindo. Apertei o passo, olhando para trás a cada cinco segundos. Tinha vezes que eu pensava ver alguém... não, no final era imaginação minha mesmo. Nessas viradas de cabeça, acabei ficando mais tonta ainda. Cheguei ao banheiro feminino e abri a porta. Fui em direção a pia, abri a torneira e passei um pouco de água no meu rosto. Me olhei no espelho. Realmente não parecia que eu tinha acabado de fazer mortais e cambalhotas... Parecia mais que eu tinha acabado de dar uma corridinha. Soltei meu cabelo, tirei um pouco dos arrepiados com água e o prendi de novo. Bem... eu fui fechar a torneira, como eu sempre faço... Aliás, como TODOS fazem. Fechei minha mão em volta da torneira, e quando fui gira-la, ela.... PUM! Se amassou toda! Tirei minha mão de lá imediatamente, conferindo se não tinha feito algum machucado. Tenho certeza de que vi alguns arranhões, mas depois de menos de um segundo, eles sumiram! Para minha sorte, a torneira tinha fechado. Eu sei que é errado, mas sai do banheiro como se nada tivesse acontecido. Reparei que eu não aparentava mais nenhuma tontura. EEEEEEEEITA! Isso foi especialmente estranho, tipo quando aquele hidrante explodiu no primeiro dia de aula, que com certeza não parece ter sido ontem! Vi que eram 15:00, mas andei tranquilamente até a aula de Karatê; as pessoas começam a chegar mesmo as 15:05, por aí. Chegando lá, percebi que o sensei já tinha chegado. Ele é um homem de idade, ''cinquenta e tantos anos'', mas definitivamente não aparenta ter a idade que tem. Ele se chama Luiz, e quando me viu, abriu um sorriso.

[Melissa]:- Oi sensei!- Retribui o sorriso e me aproximei dele, que estava arrumando alguma coisa. 

[Luiz]:- Olá, Melissa! Fico feliz que você tenha voltado nesse ano.

[Melissa]:- É claro que voltei! Enfim, é bom ver você também. Posso te ajudar com alguma coisa? 

[Luiz]:- Não precisa, já acabei aqui.-  Ele se virou para mim com as mãos juntas.- Se quiser, pode se sentar no centro, como costumamos fazer. O pessoal chega daqui a pouco.- Concordei com a cabeça e fiz o que ele sugeriu. Depois de um tempo cantarolando Bring Me To Life, o povo começou a chegar. No caso, esse ''povo'' são duas pessoas, já que o nível que estou(o mais elevado) é difícil de ser alcançado. Consequentemente, sou a mais nova da turma, já que sou ''prodígio'' em esportes, como os adultos dizem. A diferença da minha idade com a dos meus colegas não é muita, por mais incrível que pareça, mas mesmo assim... seria legal ter alguém com a minha. O mesmo acontece nos outros esportes. Nos sentamos todos no chão, enquanto Sensei se aproximava. 

[Luiz]:- Que bom ver todos juntos de novo! Bem, vou fazer umas perguntinhas antes de começarmos a aula. Rebecca, o que você fez nas suas férias?- Sim, ele faz esse tipo de perguntas! Acho que eles esquece que meus colegas, tipo, tem uns 20 anos! Acho que é por que ele é mais velho, e se dá no direito de fazer essas perguntas. Concordo plenamente! 

[Rebecca]:- Fui junto com meu namorado e sua família para a França! Foi ótimo.- Ele abriu um sorriso brincalhão.

[Luiz]:- Espero que tenha aproveitado com o seu namorado!- Eu e August(meu outro colega) rimos, enquanto ela revirava os olhos.- E você August, o que fez?

[August]:- Fui lá pro Egito com meus pais. Muito bom!- Sensei assentiu com a cabeça.

[Melissa]:- Ah, sim! Vi as fotos no Facebook.- Luiz olhou para mim.

[Luiz]:- E você, Melissa. Fez alguma coisa nas férias?- Fiquei sem graça, até. Na verdade verdadeira, eu não fiz nada de especial. Só dormir! Dormir é muito especial.

[Melissa]:- Ah... acontece que eu não fiz nada de especial. Só em sonhos, só que não conta, né?- Abri uma careta, enquanto Sensei concordava devagar com a cabeça, como que analisando a situação. Depois de um bom tempo, resolveu voltar a falar: 

[Luiz]:- Enfim, não importa o que vocês fizeram nas férias, não é mesmo? O que importa é que todos sentiram falta do coroa aqui!-Todos riram um pouco.- Rebecca, August, vão para algum canto e treinem.-Os dois concordaram, já se levantando e começando a lutar. Também me levantei, ficando de frente para o Sensei. Ele começou a dar uns pulinhos, me desafiando.- Você sabe porque te chamei, né?

[Melissa]:- Tenho uma ideia, Sensei.- Abri um sorriso brincalhão, me afastando dele para começar. Sugeri:- É uma certa coisa chamada revanche? 

[Luiz]:- Isso mesmo! Desta vez eu ganho, mocinha.-Sim, eu já ganhei DELE! Foi ano passado, na última aula antes das férias. Estávamos em clima de despedida, ainda mais que um dos meus três colegas teria de sair da acadêmia, sobrando apenas eu, Rebecca e August. Luiz deu a ideia de fazermos meio que um campeonato com ele. Ninguém achava que ia ganhar, mas aceitamos mesmo assim. Fui a última a enfrenta-lo, e tipo.... eu ganhei! Na luta de agora, começamos na guarda. Em um momento de distração do Sensei, que estava olhando de vez em quando para a Rebecca e o August, dei uma rasteira nele enquanto o empurrava pelo ombro. Despreparado para o ataque, ele caiu no chão. Tentei o imobilizar, mas ele conseguiu escapar. Nos levantamos de novo, ameaçando a atacar um ao outro, até que Luiz deu um chute na minha perna, seguido de uma tentativa de soco que eu desviei. Aproveitei que seu braço estava estendido e o segurei pelo mesmo, trazendo-o para mais perto de mim. Fiz a tentativa de outra rasteira, mas ele aproveitou nossa aproximação para ME dar uma rasteira. Cai no chão, mas como eu estava o segurando, levei-o junto. Tentei ficar em cima dele e imobiliza-lo, mas ele foi mais forte que eu. Depois de muito tentar me soltar, ele finalmente me imobilizou de vez. Bufei. Queria ter ganhado essa de novo! 

[Melissa]:- Tá bom, Sensei! Você ganhou!- Ele soltou um ''uhuuuuuu'' animado e me deixou levantar. Estávamos ambos de pé.

[Luiz]:- Parece que o jogo virou, não é mesmo?

[Melissa]:- É... virou sim.- Abri um sorriso, revirando meus olhos.- Aprendi que devo deixar você quietinho no seu canto!

[Luiz]:- Isso mesmo! Garota inteligente.- Ele abriu um sorriso brincalhão.- Bem, pelo jeito eles também acabaram...-Ele olhou para os outros.- Rebecca, August, venham! Vamos seguir com a aula.- E nós seguimos mesmo. Voltamos com tudo! Quando vi, já tinha acabado. Sensei nos liberou e aproveitei para beber água num bebedoiro perto dali e, depois, dei tchau para todos. Com isso, comecei a andar até a recepção. Não sei se comentei, mas uma das primeiras áreas que vemos quando entramos na acadêmia é a de ginastica. Enquanto passava pelas janelas, vi que uma garota estava fazendo piruetas, mortais e várias outras coisas nela, enquanto Finn e Freya olhavam. Parecia um teste; todos que chegam aqui na acadêmia precisam fazer uns testes de todas as modalidades para ver em qual nível vai ficar. É claro que não é definitivo; a pessoa pode ir de um nível a outro de acordo com seu desenvolvimento no esporte. O meu caso é único aqui, já que estou no nível máximo em tudo. Mas eu digo e vou repetir: nada do que eu faço é impossível! Depois de uns segundo vendo a garota percebi que: 1- Ela realmente é muito boa. 2- Adivinhem? Essa garota se chama Jade! Nem acredito, sério. Parece que o destino realmente quer que sejamos amigas, e eu não acho isso ruim, já que Jade é bem legal. Fui até a porta dupla(que agora, estava vazia) e ouvi Freya falando algumas coisas, certamente bem animada! Ouvi ela dizendo que Jade, em ginástica, conseguiu quase conseguiu me alcançar, e isso é muito bom! Adoraria ter Jade como parceira. Falando nela, parecia que não estava muito feliz. Acho que ela resmungou algo sobre ser muito boa e não precisar mais treinar. Depois, disse mais alto:

[Jade]:- Afinal, quem é a melhor atleta? Ela está aqui?- Ela olhou um pouquinho em volta, parecendo estar meio curiosa. Além de curiosa, com certeza estava cansada; sua respiração estava ofegante. Para minha surpresa, Finn olhou exatamente para mim, na porta, fazendo um sinal com as mãos para que eu me aproximasse. Ele murmurou para mim:

[Finn]:- Vem cá, queremos lhe apresentar a alguém.- Assenti com a cabeça, também o respondendo em um murmuro:

[Melissa]:- Apresentar não vai ser preciso.- Entrei no campo de visão da Jade, e pela a expressão dela, ela parecia surpresa, mas bem feliz. Freya e Finn, que ainda estavam sentados na mesa do júri, se levantaram, vindo em minha direção de braços abertos. Gritaram meu nome, como que avisando para Jade quem eu era.

[Freya e Finn]:- Melissa Farley!- Eles me abraçaram apertado até demais. Finalmente me soltaram, e consegui me aproximar dela. Abri um sorriso brincalhão e falei com um tom de voz igual:

[Melissa]:- Jade Müller? Anda me seguindo, garota?- Eu estava meio que rindo, então acho que ela não entendeu muito bem o que eu disse. Pelo menos tudo, não. Ela me olhou como quem diz ''não acha que é você quem anda me seguindo?'' e disse:

[Jade]:- Talvez.- Nós duas rimos. Parece que Freya estava meio impressionada com nossa interação.

[Freya]:- Pelo visto já se conhecem, né?- Olhei para Jade, meio que dizendo... ''Sério mesmo que ela fez essa pergunta? Tá tão na cara!'' e falei:

[Melissa]:- É... acho que sim.- Jade concordou com a cabeça, rindo acho que de tudo; das coincidências, da Freya e sua animação... Tudo! Fui direto ao ponto.- Jade, você foi fantástica! Faz ginástica há quanto tempo?- Eu estava realmente curiosa para saber, mas parece que ela não gostou muito. Sua expressão se fechou, e, em um tom nada animador, disse:

[Jade]:- Doze anos.- Mesmo assim, fiz uma expressão de admiração. Ela era realmente maravilhosa! Devolvendo o olhar, ela me perguntou:- E você? Há quanto tempo faz ginástica?- Antes que eu pudesse responder, Jade gritou para os adultos, que tinham se afastado.- Estamos indo para o vestiário!- Eles provavelmente escutaram, já que fizeram uns joinhas com as mãos. Jade olhou para mim de novo.- Desculpa te interromper, Melissa.- Abri um sorriso.

[Melissa]:- Sem problemas! Vamos?- Ela concordou com a cabeça. Enquanto andávamos, respondi a pergunta dela.- Enfim, respondendo sua pergunta, faço ginástica há oito anos. Não é muito tempo igual a você, mas foi suficiente para aprender muita coisa.- ''Foi suficiente para ser a melhor da acadêmia'', pensei. Olhei para ela, que disse:

[Jade]:- Sim. Com oito anos se aprendem muitas coisas, mas faço esse esporte há muito tempo porque minha mãe me colocou quando eu tinha apenas três anos. Mediante a isso, não tinha como sair porque eu não tinha idade para argumentar. E, para ser sincera, fui aprender os movimentos de verdade quando eu tinha em média uns sete ou oito anos. Nos anos anteriores, eu treinava mais a flexibilidade, aprendendo como aplicá-las nos movimentos. Só depois eu fui aprender, de fato, os movimentos mais complicados. Agora, voltei depois de um ano sem praticar.- Assenti com a cabeça.- Já estive neste vestiário hoje e deixei minhas coisas aqui. Espero que não estejam rasgadas.- Ela estava claramente debochando do ocorrido de hoje. Rimos, enquanto ela pegava suas coisas e se trocava. Depois, saímos e fomos para a sala de Finn e Freya. Ao entrarmos, vimos todos os adultos conversando animadamente. 

[Freya]:- Ah, que bom que chegaram!- Ela estava animada como de costume.- Melissa e Jade, agora vamos falar sobre os horários. Temos aula terça-feira de Karatê, quarta-feira de vôlei, na quinta-feira de ginástica olímpica e sexta-feira de street dance. Segunda-feira tem uma aula não obrigatória de ginástica, para quem se interessar. Todas são das 15:00 ás 16:40, entendido?- Ambas concordamos com a cabeça, mas eu realmente estava me perguntando o que eu estava fazendo ali, sendo que certamente sabia daquilo tudo. Freya olhou para mim, como se tivesse lembrado de algo.- Ah, Melissa! Quero que você ajude Jade a se adaptar, já que ela é nova aqui e não conhece ninguém. Ela está no mesmo nível que você, avançado.- Durante essa falação dela, acabei me lembrando do meu ÔNIBUS! Ah meu Deus, não tenho nem chances de chegar lá em só dois minutos, né? Quando ela acabou, pedi licença e sai que nem um foguete da sala. Não vou chegar no horário, mas pelo menos vou ver quando o próximo chega. Fui disparada para o ponto. Chegando lá, apenas me deparei com a triste cena da traseira do ônibus que eu deveria ter pegado indo embora de minha vista. É, a sorte não me ajudou desta vez. Voltei para a acadêmia correndo, mas não perdi fôlego. Estranho, mas muito legal. Chegando lá, pedi para a secretária ligar para minha vó avisando que eu ia chegar mais tarde e fui me sentar em um dos rings de karatê. Fiquei um tempão pensando em coisas como ''O caso do banheiro'' até que Jade apareceu correndo que nem uma desesperada, indo para aonde os adultos estavam. Curiosa, me levantei e fui ver o que era. Ouvi algo relacionado a chamar a policia e  ir com ela. Todos saíram da sala, e como a garota curiosa que sou, os segui. Chegando lá, só podiamos ver um carro. O pai dela até ironizou o fato, quando Jade abriu uma das portas. Dentro dele, estava um cara desacordado. ''Quem é esse?!'' o pai dela exclamou. Jade explicou cada detalhe do ocorrido. Meu Deus! Se eu estivesse na pele dela, com certeza nem estaria mais nessa acadêmia. Mauro, o pai dela, chamou a polícia e tudo deu certo no final. Mauro estava conversando com ela, quando se virou para mim:

[Mauro]:- E Melissa, faço questão de trazê-la e levá-la. Não quero ver vocês andando com todo esse perigo.- Ele parecia meio bravo. Cheguei a sentir um medinho, sei lá. Eu ia comentar o fato de não precisar, que eu poderia me virar, quando ele me cortou.- Não importa onde você mora! Não quero ninguém correndo perigo!- É, com certeza não tinha nem como eu argumentar. Assenti. Ele conversou um pouquinho com Freya, que parecia estar se desculpando, quando chamou.- Vamos, meninas. Entrem.- Entramos todos no carro; Jade no banco do passageiro e eu atrás. Falei o meu endereço para Mauro e ele me levou até em casa. Minha vó achou estranho vê-los, mas ele explicou claramente o que tinha acontecido, e que esse era o motivo de ter me levado para casa. Disse também que agora me levaria para a acadêmia e me buscaria todos os dias de aula. Minha vó concordou e  todos nos despedimos.

[Sumuzi]:- Ainda bem que nada aconteceu com sua amiguinha, né?- Entramos em casa e ela trancou a porta. Me sentei no sofá.

[Melissa]:- Com certeza, vó. Se não fosse pela a experiência dela com luta, nem sei o que teria o que acontecido.- Minha vó levantou os braços, exclamando:

[Suzumi]:- Deus me livre e te livre desse tipo de coisa, Mel! Vamos falar de coisa boa.- Ela se sentou ao meu lado.- E aí, como foi seu primeiro dia na acadêmia?

[Melissa]:- Foi legal, vó.- Eu abri a boca para falar sobre ''O caso do banheiro'', mas achei melhor nem falar nada. Fingi que era apenas um bocejo.

[Suzumi]:- Com sono? Vai tomar banho e acordar! Você tem muita lição para fazer.- Resmunguei, tampando meu rosto com as mãos;

[Melissa]:- Argh! É mesmo. Então é melhor eu levantar mesmo.- Me levantei e subi para meu quarto. Minha vó gritou:

[Suzumi]:- Nem pense em deitar na cama depois da tarefa! Você vai me ajudar a fazer o jantar hoje.

[Melissa]:- Tá bom, tá bom!- Entrei no meu quarto e fechei a porta. Tirei minha roupa e a coloquei no cesto, e entrei em baixo do chuveiro. A água estava boa, nem fria e nem tão quente. Me deu vontade de ficar lá para sempre! Me livrei desse desejo e sai do banho, pegando a toalha e me secando. Me enrolei nela e fui procurar uma roupa; acabei decidindo que já ia colocar o pijama de uma vez. Cheirosa e vestida, peguei todos os cadernos das matérias que tinham lição para fazer e as fiz, questão por questão. Eu estava muito concentrada, e quando acabei, já eram 19:00 horas! Sinceramente, essas foram as horas mais torturantes da minha vida. Nunca gostei de fazer lição, já que sempre defendi o fato de que elas eram apenas mais um peso na mochila. Arrumei tudo direitinho e deixei minha mochila e meu skate separadinhos no canto de meu quarto. Me estiquei um pouco e sai do quarto. Desci as escadas, e dei de cara com minha vó arrumando as coisas para cozinharmos.

[Suzumi]:- Finalmente! Por um segundo achei que você tivesse dormido.- Dei uma risada, enquanto prendia meu cabelo em um coque digno de cozinheira. Peguei um dos lenços que ficavam num canto da cozinha e o amarrei em volta de minha cabeça. Vovó me olhou, meio confusa.

[Melissa]:- Ué! Se for pra cozinhar, tem que ser com estilo.

[Suzumi]:- Ah, ok!- Minha vó riu um pouco, prendendo o seu cabelo do mesmo jeito que o meu.- Vamos cozinhar, então!- Colocamos a mão na massa. Estávamos parecendo duas loucas cozinhando, de vez em quando sujando uma a outra de comida. Confesso que foi muito bom passar um tempinho com minha vó, ainda mais desse jeito! Terminamos, e posse lhes confirmar que o resultado final foi... delicioso! Depois de comermos, também ajudei minha vó a lavar a louça. No final, ambas estávamos MORTAS de cansaço! 

[Melissa]:- Vovó, são...-Olhei para nosso relógio de parede.- Nove horas da noite! Acho que vou subir já.

[Suzumi]:- Claro, minha abelhinha. Não sou eu que tenho que acordar cedo amanhã, né?-Ela abriu um sorriso brincalhão.

[Melissa]:- Com certeza! Boa noite.- A abracei e subi para me quarto. Tirei o lenço de minha cabeça e soltei meu cabelo. Como eu já estava de pijama, só tinha que deitar na cama. Assim que eu ia deitar, meu celular, que estava em cima do criado-mudo, vibrou. O peguei para ver o que era; vi, então que era uma mensagem do Thomas.

Thomas: ''E aí, ruiva! Não ouvi falar de você o dia inteiro. Se estiver viva e bem, responda está mensagem!''-Revirei meus olhos. Depois, tirei uma foto, sorrindo. Na legenda dela, escrevi a resposta.

Melissa: ''Estou mais do que bem, senhor pagador de coxinhas! Essa foto é suficiente para você?''

Thomas: ''Com certeza. Boa noite, moça.''

Melissa: ''Boa noite, moço.''- Desliguei o celular e me deitei na cama. Esse menino é estranho, mas me fez dormir sorrindo.