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História O outro lado de Kagura. - Se ficar o bicho come e se correr o bicho pega!


Escrita por: JoyLi

Notas do Autor


Então... Nem tem risadas nervosas porque eu sou idiota mesmo.
POR FAVOR leem as notas finais, do fundo do meu coração.
MUITO OBRIGADA pelos favoritos e comentários <3
Espero que continuem nessa jornada comigo. E se tiverem em duvida sobre a relação entre o titulo do capítulo e o capitulo, é só perguntar :33
É isso, espero que gostem do pequeno capítulo.

Capítulo 3 - Se ficar o bicho come e se correr o bicho pega!


            Seus olhos se abriram lentamente, tentando se acostumar com a luz das lâmpadas. Ao sentir o gosto amargo na boca, fez uma careta de desagrado. O cheiro de limpeza a acordou e a fez perceber que não estava no seu quarto, afinal, seu quarto com certeza não tem esse cheiro.

            Olhou para si mesma e ficou surpresa ao ver um gesso na sua perna. Olhou pra cima e viu um aparelho que media seus batimentos cardíacos. Se perguntou o que diabos fazia ali e então lembrou.

            Revirou os olhos irritada. Não acreditava que conseguiu ser atropelada.

            Se sentou e foi só então que reparou o loiro dormindo ao seu lado, segurando sua mão. Seus batimentos cardíacos se aceleraram enquanto suas bochechas se avermelhavam suavemente. Sua mente ficou confusa, embaralhada, sem focar em algo especifico.

            O que estava acontecendo? O que ele fazia ali?

            Com a mão livre, coçou os olhos. Percebeu então que havia alguns hematomas e revirou os olhos, vai levar dias para sua pele voltar a palidez normal. Bocejou querendo voltar a dormir, mas percebeu que tinha que ir pra casa. Foi um dia longo (pelo menos esperava que havia só passado meio dia) e tudo o que queria era ir pra casa.

            Soltou sua mão da do loiro e se levantou – com muita dificuldade – e deu a volta pela cama. Pela sua sorte, não haviam enfiado uma roupa de hospital nela, então, tudo o que teve que fazer era vestir o casaco ao lado da sua cama e ir até a recepção do andar em que estava, para tirar tudo a limpo e ir embora o mais rápido possível.

            Conversou com a recepcionista, que insistiu que a ruiva deveria falar com a doutora antes de partir – e Kagura não conseguiu continuar negando -, e logo depois conversou com a doutora, que passou todos os detalhes de como deveria se cuidar e de quando deveria voltar para tirar o gesso.

            Com um aperto de mãos, a ruiva se despediu da doutora. Enquanto caminhava para fora, a doutora a chamou e a jovem levantou o olhar pra ela – parando no elevador.

            - Seu namorado já foi embora? – Perguntou com um sorriso doce. Vendo a ruiva não iria responder, continuou: - Ele estava bem preocupado. Dava pra ver em seus olhos como você é importante pra ele. – Manteve seu sorriso doce e a ruiva pôde ver em seus olhos que ela sabia muito mais do que poderia imaginar.

            A jovem assentiu, sem mudar a falta de expressão, e entrou no elevador, apertando o botão do térreo enquanto via a doutora dar as costas para atender uma criança com o pulso torto.

            Quando chegou ao térreo, se apressou a sair desse prédio se perguntando como iria pra casa agora. Deveria ligar para Gin-chan? Procurou pelo celular em seus bolsos e só então se tocou que havia o deixado em casa.

Puta que pariu.

Suspirou cansada e se encostou em um dos pilares que sustentavam o prédio, do lado de fora. Olhou para o céu escuro e tremeu ao sentir o vento gelado em seu corpo. Ao menos o gesso esquentava o seu pé; um, mas esquentava mesmo assim. Se sentia cansada. Exausta. Até mesmo sem forças; e não sabia direito que forças precisava, mas precisava.

            Respirou fundo e juntou forças se retirar da área hospitalar. Iria a pé para casa até encontrar outra solução (além de pedir ajuda pro loiro).

            Na verdade, não sabia porque estava fugindo dele. Sim, ela sabia que estava fugindo e isso era óbvio até para ela. Kagura sabia que não era a pessoa mais honesta consigo mesma no mundo, mas havia coisas que ela tinha que admitir, para o próprio bem.

            Só não sabia qual o motivo te ter fugido. Medo de se envolver mais? De demonstrar mais lados seus e de descobrir mais lados dele? Medo de se entregar a essa... amizade? Relação? Nem tinha idéia do que era isso.

            Começou a caminhar – com dificuldade – para fora daquela área. Seu tornozelo ainda doía e podia senti-lo pulsando de dor, mas teria que agüentar firme. Não deveria estar muito longe do seu bairro, ou do prédio em que trabalha. Caminhou lentamente, e a poucos metros da calçada em si, sentiu duas mãos segurar sua cintura, a impedindo de dar mais um passo.

            Fechou os olhos esperando que não fosse um assassino, seqüestrador, estuprador ou o loiro. Os abriu lentamente e olhou para trás.

            Era o loiro.

            Seu olhar estava irritado e ela podia sentir a pressão das suas mãos em sua cintura. Okita tinha o rosto de quem havia acabado de acordar e reparou que sua respiração estava um pouco alterada – só um pouco. Perguntou pra si mesma o que deveria dizer mas resolveu esperar ele dizer algo.

            Passou-se alguns segundos e nenhum dos dois disseram nada.

            Na mente da ruiva, imagens do dia anterior passava em sua mente lentamente – cada segundo, sorriso, letra da musica, o toque no seu pulso, o abraço antes de dormir, o conforto que sentiu perto dele. E se lembrou de quando acordou e não o viu mais em sua cama. Ele havia deixado sua casa sem dizer nada. 

            E então, a ruiva entendeu o que havia sentido ao deixar sua casa de manhã.

            Solidão. O loiro passou um dia na sua casa e ela havia se esquecido o que era esse sentimento, e quando ele partiu, ela sentiu em dobro. Sentiu vontade de rir de si mesma. Quem poderia imaginar que não sentiria algo assim com o ele? Quem poderia imaginar que ele (inconscientemente) a faria sair de casa para buscar refugio na rua?

            Se perguntou se ele sentia o mesmo em relação a ela.

- Por que? – Perguntou irritado, apertando mais a cintura da ruiva. A mesma estava sentindo uma leve dor nesse local, e concluiu que devia haver mais um hematoma ali.

Ela sabia o que ele estava perguntando, mas não queria responder. Mal havia descoberto o motivo, dizer algo assim tão rápido seria embaraçoso.

Deu de ombros. Queria que ele a soltasse, para que pudesse fugir para debaixo da suas cobertas. Quem sabe arrumar suas coisas, aproveitar os últimos dias com o Sadaharu, comer um bolo com Kaori-chan... Havia tantas coisas que queria fazer no momento...

Respirou fundo e disse: - Me solta, sádico, preciso voltar pra minha casa.

O loiro revirou os olhos.

- Assim? A pé? – Deu uma risada irônica.

- Sim, algo contra?

- Sim. – Respondeu suavizando a expressão. A ruiva ficou confusa e só entendeu quando ele – magicamente – a colocou em suas costas. Okita segurou as pernas da mais jovem firmemente, enquanto a mesma tentava manter o equilíbrio.

- Oe, sádico, o que você pensa que está fazendo? – Perguntou irritada, sentindo suas bochechas se esquentarem. Constrangedor. Era uma situação muito constrangedora.

- Aproveita enquanto estou legal. Amanhã você não terá mais a oportunidade de ficar em cima de mim. – Respondeu sem expressão, mas com malicia no tom. Se possível, Kagura sentiu das suas bochechas até a ponta das suas orelhas se esquentarem.

Não sabia o que responder.

- Só por hoje, então. – Respondeu emburrada, enfim.  Passou os braços em volta do pescoço do mais velho e deitou sua cabeça no ombro do mesmo, sentindo o mesmo cheiro do dia anterior. Ouviu uma leve risada e sentiu o corpo abaixo de si vibrar levemente.

Não tinha mais tanta pressa pra chegar em casa.

 

            Quando chegou em casa (nas costas do loiro) esperou encontrar a casa como havia deixado. Ao invés disso, encontrou a casa toda bagunçada, cheirando a bebida e leite de morango. Ao contrário de manhã, não se sentia mais tão incomodada com isso. Respirou fundo imaginando o trabalho que teria no outro dia.

            Pediu (mais mandou mesmo) para o mais velho levá-la ao seu quarto, porque iria pegar suas roupas para tomar banho e dormir.

            - Quer que eu ajude você a tomar banho? – Perguntou Okita, com malicia na voz.

            A ruiva ficou envergonhada e logo tratou de dar um tapa em sua testa, fazendo o mesmo resmungar algo como “só queria ajudar”.

            A ruiva deu risada de leve, que interrompeu imediatamente quando chegou na porta do seu quarto.

            Em sua cama estava Gin-chan, Megane e Sadaharu dormindo, enquanto havia um espaço no meio – que a ruiva imaginou que fosse pra ela. Sorriu nostálgica.

            - Oe, sádico, me deixe aqui e vá embora. – Sussurrou.

            O mais velho a olhou confuso.

            - Que?

            - Isso mesmo. Tchau. – Disse enquanto descia das suas costas, logo o empurrando pra fora do seu quarto.

            - Não que eu me importe, mas você vai ficar bem? – Perguntou o loiro enquanto saía. A ruiva assentiu. – Te ligo amanhã, então. – Finalizou e saiu pelo corredor, mas sem antes dizer: - E vê se emagrece!

            Kagura o olhou irritada e apontou o dedo do meio para o mesmo, que logo retribuiu. Fechou a porta e tratou de trancar tudo.

            Com um pouco de dificuldade – estava se acostumando ao gesso – tomou seu banho bem quente. Se trocou no banheiro mesmo e foi ao seu quarto lentamente. Enquanto gatinhava para se enfiar no meio dos dois amigos, pegou o Sadaharu no colo. Se enrolou na coberta e o colocou do seu lado, entre si e Gin-chan.

            Dormiu enquanto ouvia o ronco de Gin-chan e os sussurros do Megane sobre Otsuu.

            Dia 26 de Dezembro de 2014.

            O loiro nunca pensou que o motivo para ela ter voltado era esse. Ás vezes as piores coisas acontece quando se menos espera.

            *FlashBack*

            Suspirou cansado. Era manhã de um pós-feriado, a cidade estava um caos de tanto vagabundo bêbado que pegou o carro e fez merda e a ultima coisa que o policial queria no momento é lidar com a antiga... amiga?

            - Fala logo o que você quer, ainda tenho que matar o Hijikata com uma nova pistola que nos entregaram hoje. – Disse o loiro entediado. No pequeno escritório do delegado Isao Kondo estava o próprio, Okita, Hijikata e ninguém menos que Nobume.

            - Sougo, deixa ela falar. – O delegado respondeu sério, deixando o loiro mais tenso.

            - Ao que me parece, você não está sabendo da recente morte do Isaburo – informou a azulada – e de que ele, mesmo tendo sido assassinado, está sendo acusado de corrupção.

            O loiro queria demonstrar algo além de choque e pena, entretanto, nem isso conseguia. Assentiu, esperando o resto.

            - Preciso da sua ajuda para inocentá-lo.

            E agora o loiro não tinha idéia de por onde começar. Não, na verdade, não sabia se deveria ao menos ajudá-la. Tudo bem que ela sempre foi... uma irmã mais nova (?) pra ele, mas isso não justificava colocar sua vida em risco por causa de alguém já morto.

            Caralho, o que diabos ele estava pensando? Claro que ele iria ajudá-la, como sempre fazia (mesmo não querendo). E iria fazer isso sem morrer, como sempre fez também.

            Enquanto tomava um café com a azulada em uma lanchonete perto da estação de policia, o loiro se perguntava o que diabos ele fazia ali e porque diabos Nobume ainda não havia ido embora.

            Os dois nunca foram de muito papo, e esse silencio entre os dois nunca tinha sido algo muito incomodo, porem, hoje, de todos os dias, logo hoje Okita não queria saber de silencio nenhum e de muito menos saber dela. Sim, ele sabia que não estava sendo um bom “irmão mais velho”, afinal, o “pai” da azulada havia acabado de morrer e ele não tinha vontade nenhuma de ficar a consolando. Talvez seja porque, até o presente momento, ela não tinha derrubado nenhuma lagrima ou se lamentado. Deve ser por isso que ele estava sem paciência pra ficar ao seu lado.

            - Se quiser chorar, chore. Não tem problema chorar.  

            A azulada se assustou com a sentença e piscou algumas vezes antes das lagrimas transbordarem de seus olhos carmesins escuros.

            O loiro suspirou e se levantou lentamente, tirou sua jaqueta e colocou em cima da cabeça da azulada. Ficou em silencio, porque não existia palavras ou atitude que a tiraria dessa dor. 

 


Notas Finais


Então... Se passou um tempinho né... e tals né...
ME PERDOEM T.T Vou parar de pedir desculpa porque está parecendo muito falso, eu sei.
Não tenho muito o que dizer, na verdade, só quero agradecer (DO FUNDO DO MEU KOKORO) os comentários e favoritos, de verdade. Vocês tem me lembrado que ainda tem alguém que quer ler a minha fanfic e é isso que me faz pensar em como continuar/terminar ela. Eu tinha até esquecido que Nobume tinha aparecido, mas alguém apareceu me perguntando e me lembrou KAOSPKAOSP ME DESCULPA EU SEI QUE Ñ SOU UMA BOA AUTORA.
Eu não quis deixar a Nobume uma bitch como todo mundo acha que ela é porque... eu gosto dela >< E poarr, quem está acompanhando o mangá sabe o quanto a menina sofreu cara, ela não merece isso poxa. Enfim, resolvi colocar um pouco do que eu penso sobre ela: frágil e solitária.
Espero que eu tenha conseguido colocar isso.
Enfim, espero que tenham gostado. Do jeito que a história está indo, vai ter capítulo até o dia 1 de janeiro no universo da fanfic, e ainda estou pensando em como escreve-la sem deixa-la enrolada, sabe?
POR FAVOR me digam o que acharam, podem falar, podem falar "noss joyce esperava mais de vc e tals" to aceitando. E principalmente criticas construtivas.
É isso, até o próximo capítulo.
Besus xx


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