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História O outro lado de Kagura. - Ser algemado nunca faz bem para o coração.


Escrita por: JoyLi

Notas do Autor


NÃO DESISTI DA FANFIC! E talvez por esse motivo eu seja a pior pessoa ever.
Apesar de ter passado UM FUCKING ANO, estou aqui novamente com outro capítulo.
MUUUUITO obrigada por comentarem e favoritarem <3
Espero que gostem e por favor, leem as notas finais :3

Capítulo 4 - Ser algemado nunca faz bem para o coração.


29 de Dezembro de 2014.

- Tudo certo para primeiro de janeiro, certo? – A voz do outro lado da linha confirma, tentando acalmar a ruiva. – Não, do jeito que você é todo bagunçado, não duvido nada arrumar um caso pra resolver. – Kagura ouve a voz reclamando e pronta pra arrumar briga, até que ela interrompe: - Ok, então. Tchau.

Kagura tem estado um pouquinho nervosa – pouquinho não condiz realmente com o seu estado – e, desde o ultimo “encontro” com o loiro, não tem ouvido noticias suas. Realmente não iremos nos despedir?, perguntou-se um pouquinho decepcionada (não que ela confessará isso um dia) e completou o pensamento: talvez seja melhor assim.

Levantou-se do sofá, já quase pronta pra sair para trabalhar. Fim de ano costuma ser mais corrido no seu emprego, fazendo Gin-chan a perturbar o tempo todo para que trabalhe. Suspirou pesado só de lembrar-se desse detalhe. Pegou suas chaves, deixou comida para seu cachorrinho e fechou todas as janelas para ter certeza de que não irá “nevar” dentro da sua casa. Ao sair da sua casa, o silêncio de sempre incomodou um pouco, fazendo que apressasse para sair mais rápido.

Ao sair do prédio, deparou-se com muita neve. A paisagem branca era mais confortante do que a de chuva de sua terra natal e, para ela, a neve era mil vezes melhor. Com certeza não há como comparar a temperatura congelante entre as cidades e o frio gelado (que a fez tremer só um pouquinho) não contribuía muito para o seu estado atual. Apesar de gostar do frio, sempre preferiu o sol (mesmo tendo pressão baixa), mas não queria começar o dia reclamando, então simplesmente continuou seu rumo, a pé, até a estação de trem, calmamente (e graças aos céus, ela já havia tirado o maldito gesso no domingo a noite).

Bem, era esse o plano até ouvir certa voz.

- Bom dia, china. Sentiu a minha falta? – Perguntou Sougo, enquanto dirigia à mesma velocidade que a ruiva dava seus passos, incomodando os motoristas atrás de si.

- Infelizmente pra você, sádico, nem percebi a sua falta. – Respondeu a ruiva e revirou os olhos, percebendo a atual situação. – E você está atrapalhando os cidadãos, não tem vergonha de si mesmo?

- Atrapalhando? Estou protegendo uma cidadã, você deveria me agradecer e eles sentirem orgulho dos policiais. – Ainda mantendo a mesma velocidade e ignorando totalmente o resto, continuou: - E sei que sentiu a minha falta, mas vamos fingir que não para que não manche sua imagem de tsundere.

Percebeu as borboletas em sua barriga – que estavam ali desde que ouviu a voz – e sentiu vontade de sair correndo. Entretanto, respondeu:

- Pelo amor de deus, vai embora. Não aguento mais ver essa sua cara feia.

Ao ouvir isso, Okita parou o carro bruscamente e saiu dizendo:

- Okay, você vai ser presa por ferir o coração de um policial. Não sei se sabe, mas isso é crime e, como um bom policial, devo cumprir meu papel. – Ao dizer isso, a coloca de costas pra si e a algema, não demorando a empurrá-la para o branco traseiro da viatura.

- Oe, isso é abuso de poder! Crime é isso o que você está fazendo! Quero meu advogado! – Kagura grita enquanto é arrastada até o carro. – Quem você pensa que é? Me larga, sádico!

Enquanto a arrastava, o vento gelado fez a ruiva estremecer levemente (e por um segundo se arrependeu de não ter vestido mais roupas quentes). Assim que concluiu o seu arrependimento, sentiu algo a cobrir. Ficou confusa e olhou para seus ombros, avistando o blazer do uniforme do loiro e essa foi a ultima coisa que ela fez antes de ser jogada pra dentro do carro (à força, mas pequeno detalhe). A porta foi fechada bruscamente atrás de si e antes que dissesse mais alguma coisa, Sougo já havia entrado no carro e ligado o rádio, assim como também aumentou a velocidade do aquecedor.

Bem, já não estava mais tão arrependida.

 

A ruiva esperava, mesmo, ir pra cadeia. O que mais ela poderia esperar desse louco? Entretanto, o loiro havia parado a viatura na porta do prédio em que trabalha, o que a deixou confusa e aliviada – afinal, péssimo timing pra ser presa.

Ao abrir a porta da viatura, Okita não demorou em puxar a ruiva pelo pulso (com certa brutalidade que estressou a mesma) e a arrastá-la até o elevador, atraindo os olhares de quase todos à sua volta.

- Oe, sádico, já chega desse seu teatrinho bosta e me solta logo! – Kagura sussurrou no ouvido do mesmo e concluiu: - Não sei você, mas tenho o que fazer. Me solta!

- Já estou sendo legal em deixá-la livre... como pode ser tão ingrata? – Balançou a cabeça negativamente. – Deixo você ir se me prometer algo. – Disse ao pararem de frente do elevador e ficando frente a frente com a Kagura.

- Então prefiro ser presa porque independente do que seja, não vou te prometer nada. – Respondeu.

Sougo assentiu e deu de ombros:

- Okay, você quem sabe. – Começou a caminhar até a porta de saída.

Ela não podia acreditar mesmo que ele vai deixá-la algemada. Suspirou fundo e correu até ele, gritando:

- O que você quer?

De costas pra ela, o loiro sorri vitorioso – sorriso que sumiu no instante que ficaram de frente um para o outro.

- Você. – Sussurrou no ouvido da ruiva quando fez a menção de abraçá-la, mas apenas abriu as algemas.

E se tinha uma coisa que a ruiva não esperava, era essa resposta. Abriu a boca pra responder, mas ao mesmo tempo que sua mente estava em choque, seu estomago pareceu ter criado vida própria, assim como a coloração rosada em suas bochechas se intensificou. Antes de completar seu pensamento, o loiro se afastou dela (e se ela estivesse prestando atenção, veria que o rosto do mesmo com certeza demonstrava estar gostando da situação) e ele completou:

- Antes que comece a pensar em coisas pervertidas, você tem que me prometer que vai passar a virada do ano novo comigo.

Kagura piscou algumas vezes e percebeu que deveria fazer algo.

- Está louco? – Perguntou e deu um passo para trás. E por logo a virada do ano novo?, pensou, mas decidiu não perguntar.

Sougo revirou os olhos e respondeu:

- Bem, promessa é divida e eu vou cobrar. Tchau, china, a gente se vê. – Sem esperar a resposta, saiu do prédio e entrou na viatura, partindo em seguida. A ruiva assistiu seus movimentos ainda sem entender o que havia acabado de acontecer.

Respirou fundo. É, a virada do ano novo vai ser agitado.

 

Quando entrou no andar em que trabalha, Kagura foi abordada pelo Shinpachi:

- Bom dia, Kagura-chan, preciso falar com você sobre o...- Interrompeu a própria fala ao perceber algo incomum na ruiva – Por que você está com o uniforme do Shinsengumi? E com o rosto vermelho? Kagura-chan...

- Com o uniforme do Shinsen...? – A ruiva interrompeu a própria pergunta ao reparar que, realmente, ainda estava com o uniforme do loiro. Droga. – Um dos policiais tarados me deu uma carona e me emprestou a blusa. Acho que é só uma desculpa pra nos encontrarmos depois. – Deu de ombros e continuou caminhando em direção ao seu armário.

- Policial tarado, né? Por acaso o nome dele começa com Sou e termina com go? – Debocha da ruiva que, como resposta ao comentário (muito desnecessário, na sua humilde opinião), mostrou-lhe o dedo do meio. O mais velho revira os olhos. – Kagura-chan, já te disse que isso não é educado pra uma dama. – Respira fundo. – Bem, tanto faz. Como ia dizendo...

Kagura ignorou completamente tudo o que Shinpachi dizia, reparando unicamente na loira que saía do elevador. Sorriu maliciosamente quando se lembrou de onde conhecia essa jovem.

- Megane-kun, não é ela a sua peguete? – Perguntou em um tom alto o suficiente para a loira ouvir. – É mais bonita que as outras que eu conheci.

A loira parou instantaneamente e olhou para os dois chocada e decepcionada. Deu dois passos para trás e virou as costas, voltando para onde veio.

É, parece que a brincadeira foi muito de mal gosto. Quando Kagura deu o primeiro passo para ir atrás dela (afinal, não queria deixar as coisas entre o “casal” entranhas), Shinpachi já tinha corrido atrás. Pensou duas vezes se deveria ir atrás para ajudar a explicar, mas então achou que fosse melhor deixar que ele cuide disso. Bem, se ela tiver sorte, vai sair uma cena muito fofa entre os dois e se ela não tiver, é melhor que ela já comece a pensar no que vai dizer a loira. Sinceramente? Ela queria ter essa sorte, pelo menos agora. Não que ela quisesse fugir das consequências dos seus atos, mas, mesmo com a maldade que acabou de fazer, ela realmente torcia pela felicidade do Shinpachi e vê-lo correndo trás dela, a ruiva percebeu que era a loira que traria isso para ele.

Respirou fundo novamente. Quando acordou, ela já tinha percebido que não seria uma boa companhia hoje (não imaginou que chegaria a esse ponto também). Bem, tanto faz. Hora de trabalhar.

 

Assim que chegou em casa e seu celular se conectou ao wifi do seu apartamento, Kagura recebeu uma mensagem de Gintoki:

Ginchan ^-^:

Oe, pirralha, Tsukuyo nos convidou para passar o ano novo com ela e o resto do povão de Yoshiwara. Já disse que vamos, então trate de não comer antes de sair de casa.

Desde quando Gin-chan sabe mandar mensagens por aplicativos? Deixou a duvida de lado e respondeu:

Eu:

Então diga pra ela que não vou. Droga! Vou perder a oportunidade de encher o bucho de graça.

Ginchan ^-^:

Como assim você não vai? Ta me trocando por outro chefe, kagura-chan?????

Kagura riu de leve e revirou os olhos. A onde ela encontraria alguém mais maldito que Gin-chan?

Eu:

Estou. Já vou declarar que amanha vou pedir minhas contas, só espere. E quero meus benefícios porque eu sei que tenho uns.

PS: Shinpachi que me contou.

Desistiu de continuar a conversa, até porque ela sabe muito bem que Gintoki vai começar seus dramas de como ela cresceu e blá blá blá. Deu de ombros e tirou os seus sapatos, chamou por Sadaharu que correu em sua direção. Brincou com ele e não demorou em colocar a água pra ferver. Enquanto esperava a água ferver, observou a tela do seu celular piscar, indicando que havia chamadas não atendidas. Ao olhar o contato que ligou para ela, o nome salvo era: O PRINCIPE DA CARALHADA TODA INCLUSIVE VOCÊ. A ruiva não sabia se dava risada ou se se jogava da ponte. Quem diabos é esse infeliz? E em que momento ele salvou seu numero com esse nome?

Curiosa, Kagura ligou para o numero. Tocou uma, duas e no terceiro toque foi atendida.

- Ow infeliz, quem te deu a liberdade de salvar seu nome com tanta calunia? – Perguntou fingindo estar irritada.

- China girl, sabia que você tinha sentido a minha falta. Até ligou pra mim! – A ruiva não podia acreditar que o dono do numero era Okita Sougo. Bateu na própria testa. Como não pensou nisso antes? – E antes que me pergunte como salvei, vou te dar um conselho: coloque uma senha inteligente no seu celular. Foi mais que obvio que seria Sadaharu. É burra assim mesmo ou você se esforça?

Bateu na própria testa de novo. Mas é claro que, além de ter sido Okita, foi naquela hora que ele simplesmente INVADIU (ênfase no invadiu porque ela não aceitou a forma “honesta” que ele entrou no seu apartamento) sua casa.

Desligou a chamada. A última coisa que ela queria, no momento, era falar com ele. Bem, quem ela queria enganar? Estava fugindo, de novo. Ela queria falar com ele, mas não queria sentir os efeitos que ele tem sobre ela (e ela não vai admitir isso tão cedo). Ao bloquear o celular, o sossego durou pouco. Era O PRINCIPE DA... (nome longo demais pra ficar lendo, na opinião da ruiva). Não atendeu, mas ele insistiu da mesma forma. Quando chegou a cinco chamadas não atendidas, atendeu na sexta chamada.

- O que você quer? – Atendeu brava. E mesmo brava, ainda não sabia se dava risada ou se se jogava da ponte.

- Só estava pensando aqui... na virada do ano, quando você estiver amarrada, você prefere estar vendada ou não? – Kagura não se deu ao trabalho de responder. Bem, não precisou: - Acho melhor vendada. Assim vai sentir tudo mais intenso.

Kagura queria mesmo se jogar da ponte.

- Sádico, vou te denunciar pra policia. Sabia que o que você está fazendo é perseguição? Stalker nojento. – Respondeu tentando encontrar uma saída pra sua situação. Ouviu uma risada baixa e sentiu seu estomago criar vida própria de novo.

- Eu sei que você me ama. Não precisa dizer isso em voz alta. – Respondeu tranquilo.

- Ligou só pra perturbar? Diferente de você...

- Eu tenho mais o que fazer – Okita a interrompeu e imitou sua voz para terminar a frase que ouviu umas caralhadas de vezes. – Só queria te dizer para vestir algo descente na virada do ano novo, não quero ser vista com uma gorila.

Revirou os olhos (e se ofendeu um pouquinho com o comentário, mas deixou de lado).

- Ótimo, porque também não quero ser vista com você. Por que já não cancelamos e deixamos por isso mesmo?

- Assim você fere o coração de um policial inocente. – A única coisa que a ruiva podia pensar era que ele era tudo menos inocente. – Mas você não vai fugir tão fácil assim do seu castigo.

- Castigo? Eu não fiz nada! – Exclamou já quase desligando novamente.

- Claro que fez. Feriu o coração de um policial inocente. Assim você não vai pro céu.

Respirou fundo de novo.

- Vai tomar bem no meio do seu c*, sádico imundo.

- Está revoltada hoje, né? Vamos, pode me contar o que aconteceu porque hoje, não sei se percebeu, estou bem legal. – No fundo da chamada, a ruiva pode ouvir Hijikata mandando Okita fazer alguma coisa (que ela não se importava nem um pouquinho). Antes de terminar de falar, Kagura ouviu Hijikata mencionar Nobume.

- Nobume? O que que tem Nobume? – Perguntou em voz alta, sem perceber.

- Ficou curiosa, é? Pois não te interessa. – A mais nova jurava que podia vê-lo sorrindo cruelmente. – É assunto nosso e agora tenho que ir. A gente se fala, gorila china.

O mais velho desligou sem esperar que ela respondesse. Entretanto, mais importante que ele desligando na sua cara (e vai ter troco), o que foi aquela dorzinha no seu peito ao ouvir os dois falando sobre Nobume? Tudo bem que eles trabalham com algo parecido e... Tudo bem nada. Tudo bem NADA.

Tudo bem nada por que? O que tem de errado os dois conversarem sobre ela? O que tem de errado ele dizer que o assunto não tem nada a ver com Kagura? Droga.

Droga.

Isso é ciúmes? Balançou a cabeça negativamente. Não, talvez seja ela preocupada com a Nobume, afinal, a ruiva ficou sabendo sobre o que tem acontecido com ela. É só preocupação, né? É.

Ouviu o buli apitar, avisando que a água estava quente. Correu para desligá-lo.

É, é só preocupação com a menina.

E foi com esse pensamento que ela dormiu. 


Notas Finais


Então galera, não vou me explicar. Um dos principais motivos pra não ter postado é o cursinho. Estudei muito e nos momentos de folga, eu só queria saber de ler fanfic, não escrever KSOPAKS ME DESCULPA SÉRIO. Sem contar a falta criatividade que foi teeeeensa.
Pretendo postar mais até, no máximo, janeiro. E, se tudo der certo, terminar a fanfic. Chega, né gente? Sei que vocês querem ser livres também. E apesar de dizer isso, adoro escrever essa fanfic.
Senti falta de escrever <3 E de vocês ne hehe <3 ><
Por favor, comentem o que acharam do capitulo, se mudei muito desde o ultimo postado, se não entenderam nada, se ta muito ruim, qualquer coisa. E criticas construtivas são muito bem vindas (tanto pra gramatica quando para o enredo).
E me perdoem a demora e se os personagens ficaram ainda mais OOC. Sério, estou me esforçando.
É isso, besusssss


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