História O passado - Meus males de casa

P.o.v: Charlotte

Acordo novamente naquela mesma cama antiga em um quarto que grande maioria das pessoas diriam sujo, mais uma tentativa falha de suicídio, me levanto e vou a janela fumar um cigarro, Margareth entra em meu quarto.

- Isso vai te matar menina - pega o cigarro de minha mão e apaga em minha coxa, e teria outro lugar para apagar cigarro? - Vai se arrumar e ir pra escola, se demorar mais de 30 minutos eu volto aqui com o seu pai.

Reviro meus olhos e digo: 

- Okay, e o que ele vai fazer? Me dar outra surra? Quanta imaginação. - Margareth empurra minha cabeça com força contra a parede.

- Vai se arrumar logo ou dou sua surra agora mesmo - Ela examina meu quarto com uma expressão de nojo no rosto - Faça o favor de arrumar esse lixo que você chama de quarto. 

Ela sai dele batendo a porta com força, Margareth, melhor exemplo de mãe, alcoólatra assim como meu padrasto, sinceramente, ela é uma idiota, se faz de besta, apanha de Carlos, algum mexicano ilegal na Inglaterra, não sei como seu útero conseguie produzir Joseph, de tantas drogas lícitas e ilícitas ela deveria estar morta.

Após 25 minutos em exato, estou pronta, de banho tomado e vestida, aguardando Carlos terminar de comer Margareth e me levar a escola, aproveito o tempo e tento cuidar de J, ele é um lindo menino, talvez tenha um belo destino.

- Já está pronta, cadela? - Carlos chega descendo a escada que dá na sala de jantar - Pensei que hoje eu poderia dar uma surra em você, vadiazinha - ele se aproxima de mim e cheira meu pescoço, como forma de protesto o empurro e cuspo em seu rosto - Então você quer revidar? - Ele bate em meu rosto e me deixa de quatro na mesa.

- Pelo amor de Deus, isso na frente do menino não - Margareth aparece com o cabelo despenteado - August merece ver coisas legais de manhã. 

Carlos me solta e me levanta dá mesa.

- Joseph... - falo baixo tentando pegar minha mochila na mesa.

O que você disse? - Margareth me olha com cara de nojo, não a respondo. - Eu falei com você, inútil.

Consigo pegar minha mochila e saio de casa em direção ao ponto de ônibus, tenho que me ser mais independente de Carlos.

Chego no colégio nada de diferente, mesmas pessoas com as mesmas mentes.

Quando as aulas acabam Andy vem até mim e me encara por muito tempo sem dizer nada.

- Você vai pra casa comigo hoje - pega em meu pulso e tenta me levar em direção ao estacionamento.

- Não! Eu não vou, me deixe em paz - fico parada no meio do gramado.

- Eu não vou deixar que façam isso com você - Ele me puxa novamente - Eu não sou legal com as pessoas, agora vamos. 

Deixo que ele me leve, e paramos em um parque e nos descemos do carro.

- Se você quiser pode se esconder em casa. - ele me conduz até o lago, por que ele nunca olha nos meus olhos quando está falando diretamente comigo??

- Não, eu tô bem, também tem essa coisa do seu pai e sei lá o que - Chegamos a um banco bem perto do lago.

- Eu posso te esconder lá, você quem escolhe.

- Okay eu pensarei sobre isso - abraço o ombro dele de leve para de ele realmente entenda que eu estou bem. - Eu vou embora. Tchau.

- Tchau.