Eu sou um pássaro. Estou preso em uma gaiola.
Estou gritando por Socorro, suplicando que me deixe ir.
Estou chorando, desesperado enquanto você sorrir.
Faz sinais com os dedos como se estivesse regendo uma orquestra.
Meu sofrimento é música para seus ouvidos.
Já abri meu coração, mostrei tudo que tinha pra mostrar.
Mostrei cada ferida e você ainda insiste em me deixar trancado!
Eu sou um pássaro e estou aprisionado em uma gaiola.
Minhas asas estão atrofiando, por ser impedido de voar.
Sinto falta de viajar quilômetros por aí...
Sinto falta de apreciar as maravilhas do meu mundo.
Mas você não entende que está me privando de tudo!
Eu sou um pássaro e estou preso nessa maldita gaiola!
Estou tentando fugir. Me choco contra as pequenas grades de metal.
Estou ferido e sangrando e você ainda me chama de egoísta!
Eu sou um pássaro. Estou preso em uma gaiola.
Estou fraco, triste, desolado...
Não como, não durmo e estou perdendo minha voz.
Eu imploro uma última vez:
-Me deixa ir... Liberte-me!
Você parece me ouvir e me resolve me tirar da gaiola, mas ainda estou preso em suas mãos.
“Finalmente liberdade!” –penso.
Mas você não me solta. Você me aperta entre os dedos até que cada osso se quebre.
Até que pulmões não aguentem.
Até meu coração parar de bater...
Eu era um pássaro. Agora não sou mais nada.
Não respiro, não vivo, não existo.
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