1. Spirit Fanfics >
  2. O Pecado de Anúbis >
  3. Prólogo - ET GRAP LAN LU NECS XEOM PAQ

História O Pecado de Anúbis - Prólogo - ET GRAP LAN LU NECS XEOM PAQ


Escrita por: CaioHSF

Capítulo 1 - Prólogo - ET GRAP LAN LU NECS XEOM PAQ


Fanfic / Fanfiction O Pecado de Anúbis - Prólogo - ET GRAP LAN LU NECS XEOM PAQ

Prólogo

ET GRAP LAN LU NECS XEOM PAQ

Foi há muitos e muitos anos, Antes dos heróis e antes dos impérios. Quando uma estrela caiu antes de poder brilhar. Antes das histórias seriam marcadas nas paredes, e antes dos deuses serem cultuados. Porque antes da canção ser cantada, ela foi escrita, e aqui que os mitos nascem.

Era a noite do inverno em Pathrusim, e a neve derramava seu branco, indo de encontro com uma criança de olhos negros, que despertava nas margens do Nilo. Alguns membros de uma tribo de chacais o encontraram. O pequeno filhote humano, recém nascido, carregando consigo apenas um símbolo de madeira que apertava com força nas mãos. Sua origem foi um mistério para os chacais, que se atemorizaram.

– Temos que mata-lo! – ordenou Calduin, com violência. – Vejam estes olhos tão escuros. – apontou. – Ele nem ao menos está chorando, e acabou de nascer!

Era como uma estatueta de diorito. Negra e brilhante. Banhada em sangue com as mãos na cruz. Seus olhos eram como buracos em uma forma oca, sombras preenchendo um vazio capaz de esconder os mistérios inefáveis além dos limites da loucura. Tal loucura devorando as almas dos chacais.

– O que este ídolo em sua mão? Parece uma cruz. – disse a supersticiosa Nae dos olhos amarelos.

Lunt mantinha uma distância segura.

– Essa coisa não é daqui. – Estreitou os olhos.

– Matamos ele. – Calduin pressionou os lábios.

Mas o medo não possuiu a todos, e uma jovem e sábia chacal, de olhos violeta e rosnado firme tomou a frente.

– Não. – Saharet rosnou. – Ele vai ficar conosco. Eu cuidarei da criança.

Todos a encararam atônitos. Saheret era sempre a mais cuidadosa e protetora, e agora se entregava diante do inexplicável? Eles não podiam compreender com o medo os cegando. Não podiam compreender algo que só com amor se conquista.

A neve continuava caindo, derretendo assim que tocava a pele da criança.

– Ele vai morrer se ficar aqui. – ela disse.

– Talvez nós morramos por causa dele. – Calduin retrucou. O pelo rasgado pelas batalhas se arrepiando com o frio da noite muito iluminada.

Lunt, irmão de Saharet a tocou com um conselho:

– Não acho que seja uma boa ideia, irmã.

– Todos sabem que você jamais poderá ter filhos, mas adotar este humano? – Nae disse. – Veja seus olhos negros e esta runa sinistra em sua mão.

– Ele está amaldiçoado. – Lunt concluiu.

Saharet ouviu na noite. No céu, as estrelas assentiram.

– Vocês são o quê? Demônios? – o velho Azor finalmente se pronunciou. , se voltando aos chacais. – Só porque somos das tribos do Deserto não significa que devemos ser como Seth. Ele é apenas uma criança ainda não mamada, não uma besta mortal. Deixem-na em paz.

Os cães se calaram, e os olhos de Saharet agradeceram Azor.

– Que seja! – A última palavra sempre deveria ser de Calduin, mesmo que perdesse a discussão. – Ele ainda não recebeu um nome, e já é tarde demais. Ainda que ele pense que seja seu filho, Saharet, ele nunca terá uma alma. Não completa.

Mesmo que o bondoso coração da jovem Saharet jamais fosse admitir para si mesma ou para a noite, Calduin estava certo. Esta criança estaria sempre incompleta.

Lunt perguntou se ela tinha certeza de sua escolha, e Saharet assentiu.

Nae detestou completamente a decisão de Saharet. Se essa criança se tornasse um problema, não seria apenas para Saharet, mas para toda a tribo dos chacais. Mas não havia mais nada para se dizer. E de qualquer forma, a morte está vindo para todos nós.

– Vamos sair daqui. – Nae disse. – Antes que os gatos de Kozox apareçam. – A face corada de olhos claros olhando no interior da árvores. A lua iluminava a paisagem por cima, e o seu reflexo no Nilo trazia ainda mais luz.

Saharet lavou o bebe nas águas do Nilo. Ele era muito pequeno e seus olhos brilhavam de tão escuros, como se fossem feitos das águas do Nilo na noite, refletindo a lua. Os chacais foram para seu sepat – onde um dia ficaria o nomo de Anpu, chamado de Cybopolis – com Saharet carregando o bebe negro ensanguentado, que ainda não emitira nenhum som, ou soltara o pequeno amuleto de madeira. O menino recebeu o nome de Anúbis, e seria agora e para sempre, o filho de Saharet. E Azor, que os defendeu tão bravamente, seria o companheiro de Saharet. Os cinco chacais jamais esqueceriam desta noite de neves no Egito, quando uma estrela cadente caiu antes de brilhar, e recebeu uma segunda chance.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...