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História O Pedido da Lua - Armin


Escrita por: Selley e Luiscavalcante

Notas do Autor


Bem, não vou dizer "Espero que não me matem pelo atraso", até porque não acredito que alguém estava realmente esperando pelo meu capitulo. Hehe.

Mas, se quiserem explicações aqui vão: Ultimamente passei por fase difícil, tanto que agora vou até começar a passar pelo psicologo. E no meio disso tudo fiquei meio mal comigo mesma, e perder a auto estima (que nunca tive mesmo, então não sinto falta), mas enfim, vim postar esse capitulo por que já estava pronto, só faltava coragem para postar, não prometo um próximo logo.

Capítulo 4 - Armin


Fanfic / Fanfiction O Pedido da Lua - Armin

 

 - Você esta bem? – foi o que pode ouvir, ao suspirar fortemente devido à falta de folego.  Pode reconhecer de imediato à voz doce.

  - Eren? - Levantara a cabeça e pode notar Eren que o olhava, preocupado, talvez?

  -S-sim? – O mais alto lhe respondera, parecia tentar testar o Herdeiro, tentando permanecer em uma área segura, para saber se era perigoso responder, ou se estava falando da maneira certa.

   Afinal o que diabos esse garoto fazia naquele lugar?

    - O que pensa que está fazendo aqui? – que idiota! Aquela área era nobre, ninguém com seu status podia entrar naquele lugar! Além de que sua família o procurara a noite toda, talvez ele estivesse mesmo louco, como Jean sugerira - sua mãe está preocupada!

 Não pensava em iniciar uma discussão ou lição de moral, mas graças a Eren, Levi não teve tempo de comprar o que precisava e voltar para o castelo e tomar um banho. Agora tinham guardas atrás de si e não sabia dizer direito onde estava.

  De inicio o garoto o encarara confuso, como se algo não se encaixasse, mas logo sua expressão se suavizou, suspirando levemente.

     - Eu sei que ela deve estar preocupada, mas eu não tenho culpa se dormi no parque! – disse como se fosse algo como uma desculpa esfarrapada.

  Mas que parque? Eren fora num parque depois de fugir do restaurante? Estava louco o suficiente para confundir uma floresta com um parque?

   Eren parecia delirante e sua face estava corada, não era o corado normal de sempre, mas sim um corado febril estampado no rosto do menino. Ele nem parece ter percebido.

  Estava tão delirante que pensara ter dormido num parque.

    - O que esta querendo dizer- fora interrompido por barulho de passos, que se aproximavam de si.

  - O que é agora? Ursos de goma gigantes? – pode ouvir Eren dizer retoricamente, colocando a mão na cintura.

  “O que são ursos de goma gigantes?” Foi à primeira coisa que Levi pensara em dizer ao ouvir a frase do menino, mas os passos pareciam se aproximar naquela direção, quase como se corressem.

  - Tsc, fizemos muito barulho. – falou como um sussurro, ignorando qualquer coisa que Eren fosse dizer seguiu seus instintos e sua única ação imediata fora se jogar atrás de uma arvore com o menino entre suas pernas, tapando sua boca para que não fizesse escândalo.

  Levi Observava pelo canto do olho, tentando ver algo através das arvores da floresta, não pode ver muita coisa, atentou-se mais quando o barulho da grama sendo amassada pelos passos deixou de ecoar pelo lugar.

  Levi tentara controlar sua respiração, para que sua localização não pudesse ser exposta.

  Os guardas andavam cautelosamente pelo local, esperando que ainda não tivessem sido notados. Os passos lentos, quase inaudíveis se aproximavam cada vez mais, andavam na ponta dos pés quase como se estivessem tentando não assustar algum espécime de coelho.

  Levi se preparava para atacar, e Eren nem mesmo se mexia, o que dificultava seus movimentos.

  Levi deixou que sua mão escorregasse de Eren para uma pedra que estava ao seu lado. Procurava com o olhar algum lugar para o qual pudesse laçar a mesma e ver se conseguia desviar a atenção dos guardas para outro lugar.

  E foi o que fizera, deixara a pedra escapar por sua mão, indo em direção ao lado atrás da arvore onde ambos se encontravam, a pedra bateu num galho que se encontrava no chão sobre algumas folhas secas, a força que Levi usara foi suficiente para que parecesse um passo em falso, o que chamou a atenção dos guardas para o local, que saíram correndo aquela direção.

  Levi ainda segou a respiração por um tempo, quando sentiu que a presenças dos guardas se afastara que pode enfim suspirar aliviado, ninguém os encontrara.

  -Ei, Eren! – chamara quase como se pedisse para que acordasse. O mais novo nem mesmo se mexera com seu chamado.

  Balançou-o, mas como antes nenhuma resposta ou sinal de que Eren ouvira algo. Virou o rosto do menino para si, um pouco mais acima do seu já que Eren era um pouco mais alto, vendo seus olhos fechados, numa expressão calma.

  Havia desmaiado.

  Que droga! Como esse garoto podia ser tão mole? Foi apenas um susto!

  Uma veia ameaçou saltar da testa de Levi. Suspirou novamente.

  Avaliando a situação, ele estava com um garoto considerado desaparecido pela família desmaiado em seu colo, estava sujo, não sabia onde estava, estava sujo, estava sendo perseguido, já citei que estava sujo?

  - Garoto, não é hora para desmaiar. – sua voz soava quase desistente. Sabia que não estava sendo ouvido.

  Sem saber exatamente o que fazer Levi olhara em volta, tentando pelo menos reconhecer o lugar.

  Lado bom: sabia onde estava.

  Lado ruim: Sabia onde estava. Aquela era a Floresta do Mogno. Uma região habitada por Mobilliuns, e isso com certeza não era uma boa coisa. Conhecia pouco do lugar, mas talvez soubesse como sair, ênfase no talvez.

  Teria que sair dali logo, antes que fosse atacado. Sem pensar muito pegou Eren em suas costas, indo em direção a aquilo que mais parecia uma possível saída do local.

 

oOo

 

  Caminhava já fazia algumas horas, Eren era pesado, não que não pudesse aguenta-lo, mas carregar aquele gigante em suas costas por horas era demais!

  O moreno não era tão pesado quando o segurara por coincidência uma vez quando escorregou no chão molhado do restaurante da família, pode segura-lo com apenas um braço que ainda lhe parecia leve.

  Mas agora parecia que o menino havia ganhado uns dez quilos a mais! Nem mesmo se compara aquele magrelinho que trabalhava cozinhando para mãe.

  Como se tivesse ganhado mais músculos, massa, talvez?

  Para o segundo maior alivio do dia de Levi, ele encontrara a cidade, pode ver, não muito distante de si a estrada de pedra da cidade mesclada com a de terra da floresta.

  Já era quase o fim da tarde, o céu estava alaranjado numa mescla perfeita entre vermelho, amarelo, laranja e por incrível que pareça a cor rosa também estava presente na pintura.

  Levi não podia ficar admirando o céu nesse momento, sabia que haviam passado horas, mas já estava prestes a anoitecer, além de ter que levar o pirralho em casa, com certeza demoraria muito até chegar ao castelo, e o Rei não gostaria nem um pouco de ver Levi no estado em que estava: Suado e sujo.

  “Estragando a imagem do Príncipe Herdeiro!” pensou Levi, imitando a já conhecida voz irritada de seu pai em sua cabeça.

  Após mais um tempo andando, Levi finalmente chegara ao restaurante. Todos ainda estavam atônitos e preocupados.

  Hanji também estava no meio de todos. Seu amigo e Príncipe de quem ela deveria cuidar haviam sumido há horas depois de ter se perdido dela no meio da perseguição, sem saber o que fazer voltou ao humilde restaurante, o que chocou Carla ao vê-la sozinha se ha pouco havia saído na companhia do Príncipe.

  A ruga de expressão no rosto de Hanji sumira após ouvir o barulho – tão aguardado – da portinhola do salão se abrindo, e Levi passando por ela com Eren em suas costas.

  Ninguém enrolou ao ver o estado dos dois e logo começaram a ajudar, sem cumprimentar ou perguntar nada, bem... Pelo menos por enquanto já que a curiosidade e preocupação corroía todos os presentes por dentro.

  Levi também não se impostou com sua posição “desrespeitada” como diria seu pai, apenas entregou o menino ao pai que subiu, com Eren em suas costa, tal com Levi, as escadas.

 

oOo 

 

  Deixaram Eren em sua cama, mas ninguém se dispôs a sair do quarto. Todos observavam o menino.

  Todos olhavam o menino depositado em sua cama, e todos tinham a mesma questão rondando suas cabeças: O que diabo havia acontecido?!

  Mas ninguém ousou falar nada, todos esperariam o menino acordar antes de qualquer coisa. O acordo fora feito silenciosamente, apenas com o olhar, todos sabiam que o melhor agora era relaxar e colocar a cabeça em ordem antes de surtar e encher o menino de perguntas.

  Levi aproveitava a situação para poder descansar, não estava confortável com suas roupas emporcalhas, mas podia finalmente mover o músculos dos ombros sem que doessem tanto após ele mesmo massagear a área com as mãos.

 

oOo

 

  Seu corpo estava quente, não um quente ruim, apenas aquecido confortavelmente, como quando sua mãe te cobre antes de ir dormir com um beijo estalado na sua testa, enquanto você ainda é pequeno.

  A mãe adotiva de Eren era desse tipo, até mesmo contava histórias. Ela nunca pode ter filhos, então adotar foi à única maneira que encontrou de poder realizar seu sonho de ser mãe.

  Viu naquele lindo garotinho de olhos verdes que parecia ter quatro anos, correndo enquanto brincava entre os outros garotos se destacando em alegria com um pequeno avião vermelho em sua mão. Ela viu em Eren  como o único que pudesse fazer seu desejo se tronar realidade e alegrar seus dias ao lado de seu esposo.

   Foi uma mãe amorosa o tempo todo desde que Eren se lembra, sempre cheia de amor para dar e vender gostava de abraçar e apertar suas bochechas rosadas, e cantava muito, mesmo que meio desafinada só para agradar o moreno.

   Podia sorrir apenas em lembrar-se de sua mãe...

  - Mãe... – sua voz saiu rouca, assustando alguns presentes no quarto.

  Mesmo sem abrir os olhos pode sentir sua mão ser segurada firmemente, por outras mãos bem quentes e várias pares de olhos presos em si.

  Abriu os olhos devagar esperando os mesmos se acostumarem com a pouca luz do local. Quantas vezes seriam necessárias passar por esse mesmo processo no mesmo dia?

  -Eren, querido! –o aperto em sua mão se intensificou, mostrando ansiedade – Você se sente bem, meu amor?

  A voz doce e suave o fez abrir os olhos, sem se incomodar novamente com a iluminação de velas, abrindo-os rapidamente tentando identificar tanto a voz como o lugar desconhecido.

  Havia pelo menos oito pessoas no local, o encarando com perspectiva, muitas pessoas incluindo o duende mal-humorado que lhe encontrara antes. Cerrou os olhos tentando reconhecer o local.

  Era um quarto todo talhado em madeira, não era muito grande. Tinha um armário num canto do quarto, onde o homem de corte militar o encarava junto a uma mulher de óculos que parecia preocupada ou talvez ansiosa – demasiado ansiosa - perto da porta.

  Do outro lado do quarto, ao contrario de onde o homem baixo estava havia quatro pessoas, um pequeno loiro de olhos azuis que parecia inseguro, uma garota asiática sem expressão, um garoto alto com sardas espalhadas pelo rosto que sorria singelamente enquanto lhe encarava e outro que parecia irritado com os braços cruzados sobre o peito.

  Ao lado da cama de lençóis brancos onde estava, havia uma mulher de cabelos longos amarrados em um rabo de cavalo baixo por cima do ombro que segurava sua mão, e um homem também com cabelos longos e presos perto da nuca.

  Todos lhe encaravam, quase como se esperassem que dissesse alguma coisa. A expectativa brilhava em seus olhos afinal... Onde estava?

  - Quem... – iria dizer, mas vacilou ao ver todos os olhos concentrados em si.

  -Quem... ? –incentivou o homem ao seu lado, arrumando seus óculos redondos sobre a ponte do nariz.

  - Quem são vocês?

 

 

oOo

 

 

  Erwin caminhava entre as ruas, com seu equipamento em suas costas, apenas sua espada e um pequeno revolver na cintura. Guiava todos os guardas em busca do príncipe, pelo menos era o que todos achavam.

  O loiro queria ganhar tempo para o moreno voltar ao castelo sozinho, mas o Herdeiro não estava em lugar algum da cidade.

  Sabia onde estava claro Erwin não era bobo, sabia desde o inicio sobre as pequenas fugas do Príncipe, não apoiava o ele em sua ideia, mas também não dizia nada contra.

  Os fragores das solas militares agora estavam mais apressados em sua busca. Agora todos receberam ordens diretas do Rei para que invadisse casas se fosse preciso, não aguentava mais esperar. Portas foram arrombadas assuntando moradores, Erwin não sabia mais o que fazer para proteger o Príncipe que sumira há horas.

  Não conseguira pensar em nem mesmo uma desculpa descente para o Rei nesse tempo, o que faria?

 

oOo

 

 

   A espinha de Carla gelara com a pergunta. Como assim quem são? O que Eren quis dizer com isso? Era brincadeira, certo? Eren apenas estava brincando, ele não poderia esquecer sua família, não é mesmo?

  - Eren – tentou apertando ainda mais a mão do moreno sobre a sua -, o que quer dizer? Como assim quem... –

- Eu sabia. – Levi se pronunciara. Ganhando a atenção de todos inclusive de um Eren desnorteado com o rumo da conversa.

  - O que quer dizer Levi? – Hanji se apressara a expressão ansiosa logo sumira de sua face se tornando numa preocupada e séria ao mesmo tempo.

  Sim, Hanji conseguia ser seria quando preciso.

  - Ele perdeu as memórias. – concluiu, deixando Carla apreensiva e nervosa.

  Como pode dizer isso? Seu bebê não havia perdido a memória, isso seria um desastre! Não Eren, não seu pequeno!

  - Como pode dizer isso?! – quase berrara com Levi, mas Grisha lhe segurara pelos ombros, sabendo sobre o temperamento da mulher quando se tratava de Eren.

  - Carla acalme-se! – Gritou, fazendo com que a mesma lhe encarasse – não desrespeite o Príncipe!

  Príncipe? Que príncipe? O baixinho mal-humorado? Eren agora estava mais confuso, não sabia o que fazer primeiro. Sua cabeça agora rodava a mil, não sabia o que fazer. O que aquele homem quis dizer com “perdeu a memória?”.

  - Querido...

  - Espera, espera, espera! – Eren se descontrolou. Agora todos os olhares estavam sobre si. – Primeiro – ergueu um dedo – Onde eu estou? Segundo: Quem são vocês? E terceiro: Como esse duende pode ser um Príncipe? – a cada citação um novo dedo era erguido, e a expressão de Eren se fechava.

  Todos estavam confusos, mas com certeza o mais confuso era Eren. Jean se irritou aquele paspalho sumira de repente depois de machucar a mãe e depois vem com essas de “Quem são vocês?”. 

  Mas Jean não iria perguntar isso, não, iria perguntar o que com certeza passou pela cabeça de todos no local.

  - O que é um duende?! – a pergunta ecoou na cabeça de Eren, sendo proferida por Jean.

  Como? Ouvira direito? Aquele homem com cara de cavalo não sabia o que era um duende? Quer dizer, essa era mesmo a pergunta que ele queria fazer no meio daquela confusão?

  - Ei, Cara-de-cavalo, não é hora para brincadeiras!

  - Cara-de-Cavalo? Quem você pensa que é seu idiota?! – Jean se sobressaltara, deixando de notar uma coisa importante. Eren estava estranho e isso não passou despercebido por mais ninguém.

  - Como é? Quem brigar agora? – Eren não era do tipo que se deixava levar, principalmente depois da depressão em que Alan lhe deixou. Mas apenas olhar para aquele cara daquele homem lhe dava nos nervos mesmo sem saber por quê.

  Seu punho se erguera em direção ao rosto do outro, mas fora impedido no meio do caminho por Levi lhe segurando o braço.

  - Podem todos se acalmar?! – a voz de Levi era absoluta, soava como uma ordem e nem Eren se atrevia a responder o Príncipe.

  Todos relaxaram os músculos, Carla suspirando tentando se conter. Mikasa permanecia calma apoiando Armin que parecia assustado demais com toda energia ruim do lugar.

  Já Jean calou-se, e Marco não disse uma palavra. Grisha junto com Levi e Hanji suspiraram.

  - Certo – Levi começara – Eren, você sabe quem sou eu? – soltara o pulso do moreno o fazendo lhe encarar nos olhos.

  Não sabia quem era aquele homem, mas só agora pode ver o quão bonito era. Mesmo com sua face mal-humorada. Seus cabelos eram negros, com os fios arrumados num corte militar, seus olhos tinham um tom intrigante de azul quase cinza que despertava o interesse de Eren de um jeito que não sabia explicar.

  - Você? Bem... Um duende? – Estava perdido em pensamentos, então não conseguiu controlar sua língua e apenas disse o que veio a sua mente de uma maneira meio hipnotizada. Só pode perceber o que havia dito quando não podia mais voltar atrás.

  Se for um pergunta idiota? Sim, foi. Tentou não levar tudo a sério, apenas podia lembrar-se de que tudo não passava de um sonho, se não uma loucura da sua cabeça.

  Queria acreditar nisso.

   Tinha que acreditar nisso.

 - O que diabo é um duende? – Jean se pronunciara novamente com a mesma pergunta anterior interrompendo o devaneio de Eren.

  Mas Jean foi completamente ignorado por todos, exceto pelo rapaz atrás de si que era um pouco mais alto que Eren e cheio de sardas, ainda não sabia o nome dele. Mas o viu colocar a mão no ombro do cara-de-cavalo.

 - Então você sabe quem é essa mulher? – O homem de olhos cerrados chamara novamente sua atenção, agora com uma pergunta diferente. Mulher? Aquela ao seu lado?

  Postou sua atenção no rosto da morena. Ela usava um vestido verde, com mangas brancas até um pouco antes do cotovelo. Ambas as mangas volumosas para os lados, que mais pareciam pequenos balões para Eren, e tinha um avental lhe rodeando a cintura fina. Não sabia identificar que tipo de roupa seria aquela, mas era um pouco estranho.

  “Quase medieval... ”, pensou.

  Focou um pouco mais no rosto da mulher, seus olhos cor de mel, gentis... Quase nostálgico por algum motivo...  mas tinha certeza. Nunca vira aquela mulher em sua vida, era estranho que ela estivesse em seu sonho.

 Ao se notar encarada os olhos da mulher brilharam por um segundo.

- N-Não – corara ao responder e ver a cara de desapontamento da mulher, não esperava aquela reação. Mas parando para pensar se sentia estranho. Agora se sentia estranhamente calmo em meio a toda essa situação.

  A cada segundo que passava tudo naquele lugar lhe parecia mais real.

- Não, isso não é possível! – Carla levara à mão a boca, esperando que a ninguém a visse de boca aberta em meio à crise interna que estava passando. Podia ver nos olhos de seu filho a estranheza para consigo.

  Ele realmente não a reconhecia.

- Se acalme – Grisha se apressou em colocar ambas as mãos nos ombros da mulher sentada ao banco do lado da cama. Não esperava que sua esposa fosse levantar repentinamente lhe encarando com uma expressão nada saudável em seu rosto.

 - Me acalmar? Como me acalmar! Meu filho não sabe quem eu sou! – seus olhos acuados mostravam a magoa, frustração talvez? Apenas sabia que sua mulher não era o tipo de mulher que encararia tudo de forma calma.

- Filho? – Eren repetira para si mesmo. Como assim filho?

  Eren sabia que tudo era real, que nada daquilo poderia ser um sonho, mas uma parte dele ainda queria negar e dizer que estava louco. Os olhos da mulher e a pressão em cima de si, com olhares cheios de questões mal resolvidas, estava começando a se assustar.

- Eren...  – o homem com óculos lhe chamara, mas perdeu a atenção no menino guiando os olhos a mulher – Carla ele apenas deve estar confuso – tentara acalmar, mas logo voltara sua atenção a Eren-, Eren se lembra de ter batido a cabeça em algum lugar?

- Não. – não sabia se era seguro falar com aquelas pessoas, mas pareciam conhecê-lo.  Não sabia se eram perigosos, então por enquanto, esqueceria seu medo e responderia tudo que lhe perguntassem.

  Até onde entendeu todos eles achavam que haviam perdido a memoria, então teria que jogar o jogo deles, pelo menos até ter certeza do que esta acontecendo.

- Ele não bateu a cabeça. – o moreno a sua frente falou o que todos menos esperavam ouvir, mas não se abalou com os olhares surpresos que o examinavam.

- Como? Então o que aconteceu?! Onde Eren estava? – Carla finalmente colocara para fora uma das perguntas mais importantes que queria fazer. Queria perguntar realmente o que acontecera na cozinha, mas visto o estado do moreno seria impossível falar disso agora, então por que não perguntar sobre onde Levi encontrara o menino?

  -Eren estava na Floresta do Mogno.

   Silêncio. Ninguém ousara falar nada. Eren apenas olhou os rostos que tomaram uma expressão assustada e preocupada ao mesmo tempo. Não sabia se queria realmente perguntar o que aquela floresta significava, não sabia se queria mesmo saber.

  Mas afinal o que tinha a perder? Já perdera sua sanidade no momento em que morreu... Ou imaginou ter morrido. Ainda não sabia ao certo.

  - O que é isso? – não sabia se queria que eles respondessem isso era fato, mas queria saber o que realmente estava acontecendo.

  Olhou no rosto do homem que lhe levara ate aquele lugar, ou pelo menos era o que achava. Esperou encontrar a resposta ou alguma coisa que pudesse usar como base para tentar responder a própria pergunta que não seja o medo no rosto de todos.

  Mas não viu nada. A expressão do homem era fria. Na verdade mais parecia ter treinado para que não conseguissem o ler pelo olhar.

- Vamos conversar em outro lugar – Eren teria encarado o homem baixinho por mais tempo se não fosse pelo outro homem ao seu lado o livrando do estranho rumo que seus pensamentos tinham tomado;

- Isso, vamos deixar Eren descansar um pouco – a mulher lhe sorriu tocando levemente sua bochecha com sua suave mão quente e nostálgica.

  “Como se meu corpo estivesse acostumado com esse toque...”.

- Eu fico com ele – estranhamente o toque se afastou de sua bochecha e a voz do loirinho invadiu seus ouvidos, o olhou observando o sorriso no rosto do outro.

  “Acho que posso me dar bem com ele”.

  Foi à primeira coisa que pensou ao ver Armin. Sorrindo-lhe e se aproximando enquanto todos saiam.

  - Eren, sei que não me reconhece, mas... Espero que ainda possamos ser amigos. – sorriu, lhe estendendo a mão – Vamos pelo inicio, meu nome é Armin.

 


Notas Finais


Bem, aqui, eu peço desculpas pelos erros, e espero que aceitem o que escrevi e que tenha atingido o minimo das suas expectativas. Uma amiga diz que eu tenho ideias meio doidas, mas espero que me aguentem, mesmo se não fizer sentido. Por favor se tiverem alguma duvida podem perguntar, eu prometo responder se não tiver que dar spoiler.
E por fim, eu peço também que tenham paciência com meus diálogos meio loucos, não sou boa nisso, apesar de estar realmente tentando, reescrevi esse diálogo muitas vezes, e acreditem ta muito melhor desde a primeira tentativa. bem acho que é isso, talvez eu esteja esquecendo de dizer algo, mas vou ficar por aqui.

Obrigada por ler. (Sério de coração)


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